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Diretor de 'Parasita' diz ser fã de Glauber Rocha e que 'fica de boca aberta com filme brasileiro'

Bong Joon-ho contou que acompanha as produções latino-americanas

Modificado em 24/09/2024, 01:35

Bong Joon-ho,

Bong Joon-ho, (The Academy/Instagram/@theacademy)

O cineasta coreano Bong Joon-ho, diretor do filme "Parasita", grande vencedor do Oscar 2020 ao levar os prêmios de roteiro original, filme internacional, diretor e, o mais importante, melhor filme do ano, o primeiro não falado em inglês a conquistar tal categoria na história, fez uma revelação. Ele diz que acompanha as produções latino-americanas e que "Deus e o diabo na terra do sol", do baiano Glauber Rocha, chamou muito a sua atenção.

"Sempre que posso, confiro o que estão fazendo os novos diretores chilenos, peruanos, argentinos, brasileiros. Porém, de todos eles, 'Deus e o diabo na terra do sol' (1964), do Glauber Rocha, foi o filme que jamais saiu de minha cabeça. É impressionante, ainda hoje fico de boca aberta ao rever aquela maravilha", afirmou o coreano em entrevista ao jornal O Globo, em 2017, quando promovia outro filme seu, 'Okja', pela Netflix. Bong também disse que Alfred Hitchcock é uma inspiração para os seus filmes.

Quem é Bong Hoo Jo
Grande nome do Oscar 2020, Bong Joo Ho nasceu no dia 14 de setembro de 1969 na cidade de Daegu, na Coreia do Sul. Apesar de ter cursado Sociologia, seu interesse maior, desde cedo, era o cinema, especialmente os filmes de Edward Yang, Hou Hsiao-Hsien e Shohei Imamura. Suas primeiras experiências cinematográficas foram curtas em 16mm e dois deles, Memory in the Frame e Incoherence, foram exibidos em festivais internacionais como de Vancouver e Hong Kong.

Seu primeiro longa metragem, Cão que Ladra Não Morde, foi rodado em 2000, mas teve um inexpressivo lançamento. O sucesso de fato, de público e crítica, veio com o longa seguinte, Memórias de um Assassino, de 2003, baseado na história real do primeiro serial killer da Coreia do Sul.

A consagração, na verdade, veio com seu terceiro filme, O Hospedeiro (2006), que estreou no Festival de Cannes. Trata-se de um longa que une terror, humor, ficção científica e drama para contar a história de uma criatura gerada por poluição de indústria química, que emerge do rio Han, em Seul, causando pânico.

Mais três anos e Bong Hoo Jo rodou Mother -- A Busca pela Verdade, poderoso drama sobre uma mulher que defende com toda a força o filho deficiente, acusado de assassinato. A cada novo longa, o cineasta sul-coreano aumentava o respeito dedicado pela crítica.

A estreia em Hollywood aconteceu em 2013, com a ficção científica Expresso do Amanhã, inspirado na na graphic novel francesa Le Transperceneige, de Jean-Marc Rochette e Jacques Loeb. Em 2017, convidado pela Netflix, Boo Ho dirigiu Okja, fantasia crítica sobre a amizade entre uma garota e seu porco gigante de estimação, motivo para alfinetar a indústria alimentícia, além de defender os direitos dos animais e da natureza.

O sucesso definitivo aconteceu neste domingo, 9, quando Bong Joo Ho ganhou quatro Oscars: roteiro original, filme internacional, diretor e, o mais importante, melhor filme do ano, o primeiro não falado em inglês a conquistar tal categoria na história. Durante a cerimônia, em seus agradecimentos, ele revelou sua dívida com grandes cineastas. "Quando estava na escola, estudei os filmes de Martin Scorsese e já foi uma honra estar indicado junto dele -- o que dizer depois de vencê-lo?", disse, estendendo os elogios a Tarantino. "Quando as pessoas nos EUA não estavam familiarizadas com meus filmes, Quentin sempre destacou meus longas em suas listas."

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'Ainda Estou Aqui' se torna sétimo filme brasileiro mais visto desde 2002

Com esse marco, ele ultrapassou "Se Eu Fosse Você 2", comédia de 2009 com Tony Ramos e Glória Pires

Em Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres vive Eunice Paiva

Em Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres vive Eunice Paiva (Alile Dara Onawale/Divulgação)

"Ainda Estou Aqui" chegou a 5,7 milhões de espectadores no Brasil, se consolidando como o sétimo filme nacional mais visto no país, segundo dados da Comscore, que monitora a audiência de cinemas no país desde 2002. Com esse marco, ele ultrapassou "Se Eu Fosse Você 2", comédia de 2009 com Tony Ramos e Glória Pires.
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A obra que levou o primeiro Oscar do Brasil, estrelada por Fernanda Torres, fica atrás ainda de filmes como "Nada a Perder" (12 milhões de espectadores) e "Minha Mãe É uma Peça 3" (11,6 milhões), que lideram a lista.

Os números têm ligeiras diferenças em relação aos dados da Agência Nacional do Cinema, a Ancine, que em sua atual série histórica contabiliza os filmes de 2018 para cá. Nos dados da agência, o filme chegou, no início deste mês, à quinta maior bilheteria desses últimos sete anos, com faturamento de R$ 85,41 milhões.

Veja a lista dos filmes brasileiros mais vistos, desde 2002, segundo a Comscore:

  • "Nada a Perder": 12 milhões de espectadores
  • "Minha Mãe é Uma Peça 3": 11,6 milhões de espectadores
  • "Os Dez Mandamentos": 11,2 milhões de espectadores
  • "Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro": 10,8 milhões de espectadores
  • "Minha Mãe É uma Peça 2": 9,2 milhões de espectadores
  • "Nada a Perder 2": 6,1 milhões de espectadores
  • "Ainda Estou Aqui": 5,7 milhões de espectadores
  • "Se Eu Fosse Você 2": 5,6 milhões de espectadores
  • "Minha Vida em Marte": 5,3 milhões de espectadores
  • "Dois Filhos de Francisco: A História de Zezé Di Camargo e Luciano": 5 milhões de espectadores
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    Mikey Madison lidera buscas no Google após vitória no Oscar

    Apesar da frustação dos brasileiros, no final da cerimônia, Fernanda Torres conversou com Mikey e posou sorridente ao lado da jovem atriz

    Modificado em 03/03/2025, 20:01

    Mikey Madison lidera buscas no Google após vitória no Oscar

    (Mikey Madison)

    Mikey Madison, de 25 anos, superou Fernanda Torres, de 59 anos e Demi Moore, de 62 anos, e ganhou o Oscar de Melhor Atriz por "Anora". Após a vitória o nome de Mikey disparou nas pesquisas do Google no Brasil.

    O loga estadunidense foi o grande vencedor da premiação, levando cinco das seis estatuetas em que estava concorrendo: atriz, filme, roteiro original, direção e edição. Apesar da frustação dos brasileiros, no final da cerimônia, Fernanda Torres conversou com Mikey e posou sorridente ao lado da jovem atriz.

    Apesar da pouca idade, Madson não tem redes sociais. "Não é algo que pareça autêntico ou natural para mim, e não acho que eu teria algo muito impactante para adicionar às mídias sociais", disse ela.

    "Sou uma pessoa muito sensível, então acho que também é protetor não estar online. Não acho que você deva ler as coisas que as pessoas estão dizendo sobre você. Acho que isso não é natural, e não é humano olhar para todas essas imagens muito selecionadas", completou.

    A atriz foi bastante critica nas redes sociais da Academia. Em diversas publicações sobre a premiação é possível encontrar ataques e xingamentos, com pessoas criticando sua performance, sua aparência e até o figurino.

    (Mikey Madison)

    (Mikey Madison)

    (Mikey Madison)

    (Mikey Madison)

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    Fernanda Torres bate 4 milhões de seguidores após indicação ao Oscar

    Atriz bateu o número de seguidores após três indicações ao Oscar com o filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles

    Modificado em 24/01/2025, 12:04

    Atriz Fernanda Torres foi indicado como Melhor Atriz pelo protagonismo da brasileira na pele de Eunice Paiva.

    Atriz Fernanda Torres foi indicado como Melhor Atriz pelo protagonismo da brasileira na pele de Eunice Paiva. (Fiorenzo De Luca)

    Fernanda Torres, 59, chegou a marca de quatro milhões de seguidores no Instagram.

    Na tarde desta quinta-feira (23), a atriz bateu o número de seguidores após três indicações ao Oscar com o filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles. A produção também foi indicada nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, além de Melhor Atriz pelo protagonismo da brasileira na pele de Eunice Paiva.

    Em seu perfil, Fernanda, que já tem um Globo de Ouro 2025 de Melhor Atriz de Drama por sua atuação no longa, celebrou as conquistas. "A vida presta e muito. Confie! Beijo imenso, Fernanda", disse ela.

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    Fernanda Torres celebra indicações ao Oscar

    Atriz publicou um vídeo nesta quinta-feira (23) no Instagram

    Fernanda Torres é indicada ao Oscar de Melhor Atriz

    Fernanda Torres é indicada ao Oscar de Melhor Atriz (Reprodução/Redes Sociais)

    Fernanda Torres celebrou as indicações de "Ainda Estou Aqui" no Oscar 2025.

    Atriz publicou um vídeo nesta quinta-feira (23) no Instagram. "Eu não tenho nem o que falar. Eu queria agradecer, claro, ao Walter, a generosidade que ele teve comigo nesse filme, ao fato do nosso filme estar indicado não só para filme de língua estrangeira, mas melhor filme do ano. Isso é uma coisa inimaginável."

    Ela também agradeceu a equipe do filme. "Foi um filme que a gente fez na felicidade, assim. E, acima de tudo, eu quero agradecer e homenagear essa mulher extraordinária chamada Eunice Paiva, que está por trás disso tudo, que é a geradora disso tudo."

    Fernanda exaltou o papel de Marcelo Paiva, filho de Eunice na vida real. "E ao Marcelo Paiva, que escreveu esse livro extraordinário e que nos possibilitou fazer esse filme. Eu jamais vou esquecer. É uma coisa histórica, é uma coisa emocionante para mim, pela minha mãe ter estado nesse lugar 25 anos atrás, pelas mãos do Walter."

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    'Ainda estou aqui' no Oscar

    Longa foi indicado na categoria de melhor filme no Oscar 2025 e faz história no prêmio. Ele também concorre a melhor filme internacional e Fernanda Torres está indicada como melhor atriz

    Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015, "Ainda Estou Aqui" narra a história de Eunice Paiva, mãe do escritor. Vivida por Fernanda Torres, Eunice enfrenta a violência do regime militar depois da prisão e do desaparecimento do marido, o deputado cassado Rubens Paiva (Selton Mello), no início da década de 1970.

    A cerimônia do Oscar está marcada para o dia 2 de março. O evento será exibido no Brasil a partir das 21h pela TNT e pela Max.