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Diretora de escola se demite após pais reclamarem que 'David', de Michelangelo, é pornografia

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 00:19

Diretora de escola se demite após pais reclamarem que 'David', de Michelangelo, é pornografia

(Guia de Florença)

A diretora de uma escola em Tallahassee, na Flórida, Estados Unidos, pediu demissão após alunos serem expostos à estátua de "David", de Michelangelo. Os pais de estudantes da sexta série indicaram que a imagem é "pornografia" e que o conteúdo da aula sobre arte renascentista precisava de autorização prévia. As informações são do jornal Tallahassee Democrat.

Hope Carrasquilla, da Tallahassee Classical School, recebeu um ultimato do presidente do conselho escolar após o ocorrido. Na última semana, além de um pai alegar que a imagem era pornográfica, outros dois pediram que fossem notificados sobre os temas em classe. "Entristece-me que meu tempo nesta escola tenha terminado desta forma", afirmou Carrasquilla, ao jornal.

A classe também tinha visto as pinturas "Criação de Adão", de Michelangelo, e "Nascimento de Vênus", de Botticelli, na mesma instrução. A nudez da estátua de "David" já ganhou diferentes debates. Nos anos 1500, os órgãos genitais de estátuas eram cobertos por folhas de figueira de metal por conta da Igreja Católica Romana considerar a nudez obscena.

A escultura original, que está exposta em Florença, na Itália, levou três anos para ser produzida e foi finalizada em 1504. Com mais de 5 metros de altura e pesando 5 toneladas de mármore maciço, a peça mostra David antes do confronto com Golias.

Geral

Censo IBGE: Goiás tem mais igrejas do que escolas e hospitais juntos

Levantamento apontou que o estado tem cerca de 269 igrejas para cada 100 mil habitantes

Modificado em 17/09/2024, 16:20

Goiás tem 18.970 estabelecimentos religiosos, enquanto o número de instituições de ensino e saúde contabilizam 7.337 e 7.872, respectivamente

Goiás tem 18.970 estabelecimentos religiosos, enquanto o número de instituições de ensino e saúde contabilizam 7.337 e 7.872, respectivamente (Google Maps)

Dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que Goiás possui mais igrejas do que escolas e hospitais juntos. De acordo com o levantamento, o estado tem 18.970 estabelecimentos religiosos (269 igrejas para cada 100 mil habitantes), enquanto o número de instituições de ensino e saúde contabilizam 7.337 e 7.872, respectivamente.

O número de igrejas registradas pelo Censo coloca Goiás na 12ª posição no ranking nacional, ficando atrás de estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro -- os quais ocuparam as três primeiras posições. Em âmbito nacional a situação foi semelhante: o Brasil tem mais estabelecimentos religiosos do que a soma de saúde e ensino.

Ao todo, o país possui 579.798 igrejas, 264.445 escolas e 247.510 hospitais e UBSs. Essa foi a primeira vez que o IBGE mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do Brasil cadastrados durante a pesquisa.

O estudo também levantou que a maioria dos endereços em Goiás é formada por domicílios particulares (casas e apartamentos). Em segundo lugar estão os estabelecimentos comerciais com "outras finalidades", como comércio, prédios culturais ou públicos.

Confira os dados:

População: 1.437.366

Residências: 655.531

Comércio, cultura, prédios públicos e outros: 100.457

Construções: 14.515

Estabelecimentos agropecuários: 520

Dados em Goiânia:

Residências: 655.531

Igrejas e templos: 2.737

Instituições de ensino: 1.481

Hospitais e UBSs: 1.777

Mais domicílios do que habitantes

As coordenadas geográficas do Censo Demográfico 2022, divulgadas nesta sexta pelo IBGE também revelaram as localidades que possuem mais domicílios do que residentes. A maioria dos casos é de cidades turísticas, como Ilha Comprida (SP), Matinhos (PR), Ilha de Itamaracá (PE), Mangaratiba (RJ) e Saubara (BA).

Em Goiás, apenas uma cidade entrou na lista, o município de Rio Quente, na região sul do estado. Segundo o Censo, a cidade goiana possui cerca de 3.900 habitantes, enquanto o número de domicílios é de aproximadamente 4.100.

Geral

Cine Astor quer deixar de ser pornô e se tornar espaço cultural do Centro de Goiânia

Cinema de conteúdos adultos está entre os pré-selecionados para receber recursos da Lei Paulo Gustavo

Modificado em 19/09/2024, 01:23

Cine Astor, no Centro de Goiânia, atualmente exibe conteúdo adulto

Cine Astor, no Centro de Goiânia, atualmente exibe conteúdo adulto
 (Fábio Lima)

Quem passa pela porta do Cine Astor, localizado na Rua 9, no Centro, nem desconfia que lá já foi um dos cinemas mais disputados de Goiânia. Há duas décadas com fim específico para exibições de filmes pornôs, o local quer voltar à programação cultural da região. Os proprietários inscreveram um projeto na Lei Paulo Gustavo com a proposta de reforma e requalificação da sala no valor de R$ 750 mil.

A ação, inscrita no edital específico para projetos de dinamização de salas de cinema públicas e privadas, foi selecionada em resultado preliminar. A lista dos projetos aprovados será divulgada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás) no dia 29 de novembro. Até lá, outros projetos desclassificados podem entrar com recurso para uma possível aprovação.

"O desejo é retomar o cinema de rua enquanto espaço de cultura, com programação cultural, filmes comerciais e promoção educativa", explica o proprietário do Astor, o empresário Edson Zanini. A ideia de tirar o status de "cinema pornô" para espaço cultural veio após o surgimento do novo plano de revitalização do Centro proposto pela Prefeitura de Goiânia.

Além do Cine Astor, outros projetos de dinamização de salas de cinema também aguardam a aprovação do recurso, a exemplo do Cine Ritz, também no Centro, que propõe a manutenção e funcionamento de salas no valor de R$ 750 mil. Há o Cine Favera Itinerante, que deseja promover a implementação de cinemas de rua e itinerantes no valor de R$ 200 mil. Na mesma linha de execução, o projeto do Cinematopeia objetiva a execução em R$ 200 mil.

O Cine Astor, atualmente com 220 poltronas em sua sala maior, faz parte do grupo de vários cinemas de rua que nasceram em Goiânia nos anos 1970 e 1980 e que, pouco a pouco, perderam público com o crescimento dos shoppings e do esquecimento da região histórica da cidade. Edson Zanini, que desde 2008 toma conta do local, explica que o projeto deseja promover a revitalização do Centro, atraindo mais pessoas em busca de lazer e cultura.

"É um projeto bem elaborado que propõe o retorno ao cinema como ele nasceu, para atrair públicos diversos e retomar o Centro da cidade", reitera Zanini. Existem ainda contrapartidas sociais relativas ao projeto enviado para a Lei Paulo Gustavo, a exemplo de ingressos sociais e parcerias com escolas, exibições e mostras específicas para o cinema realizado em Goiás e o cinematerna, com projeções de filmes para mães com bebês e crianças.

Lei

O edital ainda está na fase de recurso e segue em análise até as próximas semanas. De acordo com a Secult Goiás, não há nada relacionado a conteúdo adulto na proposta recebida pela secretaria. "O projeto objetiva a revitalização da região central de Goiânia ao levar entretenimento a toda população com valores acessíveis em uma área cultural acessível e inclusiva", diz a nota.

Fomento que visa oxigenar a economia da produção artística do País, a Lei Paulo Gustavo (LPG) em Goiás promove a diversificação de ações culturais em 20 editais lançados com recursos que somam mais de R$ 62 milhões provenientes do Ministério da Cultura (MinC). Segundo a ministra Margareth Menezes, trata-se de uma vitória do setor que pode garantir a todas as pessoas o direito à cultura. "O nosso objetivo é auxiliar que ele chegue de forma descentralizada",explica a gestora.
Como é o Cine Astor?

Para adentrar ao Cine Astor hoje, o espectador precisa pagar o ingresso que custa R$ 20. Ao passar pela catraca, dois corredores dão acesso à sala de cinema principal, com 220 assentos. Lá são exibidos filmes com conteúdo pornográfico heterossexual. Uma escadinha dá acesso ao segundo piso, que contém uma sala com menos poltronas e tela menor que projeta filmes de sexo gay. Banheiros e um darkroom (sala escura) completam a experiência do cinema pornô.

Muito comum nos anos 1980 e 1990, os cinemas adultos podem ser encontrados, mesmo que em extinção, em outras capitais brasileiras, como nos centros do Rio de Janeiro e São Paulo. Em Goiânia, além do Astor, o Cine Santa Maria é outra sala que também exibe filmes adultos em sua programação. Localizado na Rua 24, próximo à Av. Anhanguera, o local um dia já serviu de cinema comercial.
Tinha um cinema no meio do caminho

O Cine Astor nasceu em 1979 como uma sala audiovisual que exibia filmes culturais e comerciais. Por lá passaram grandes clássicos do cinema em matinês que reuniam públicos de diferentes lugares da cidade. A história do local mudou em 2001, quando se transformou em cinema com conteúdo adulto. Caso o espaço ganhe os recursos da Lei Paulo Gustavo, o local se juntará ao Cine Ritz como os dois únicos cinemas de rua de Goiânia.

Fazem parte da história de Goiânia outros cinemas que também impulsionavam o entretenimento da região central, a exemplo do Cine Casablanca e do Cine Capri, que atualmente dão lugar a igrejas evangélicas. Já onde abrigava o antigo Cine Frida, na Av. Goiás, funciona uma loja de utensílios domésticos e decoração. O mesmo ocorreu em Campinas, a exemplo do Cine Rio e Cine Campinas, hoje lojas de eletrodomésticos.

Geral

MP pede afastamento de secretário de Educação após escola rural ser parcialmente fechada

Alunos do Povoado de Grupelândia, em Porangatu, terão que andar mais 13 quilômetros de estrada de terra batida para chegar em outra escola, informa a instituição

Modificado em 19/09/2024, 00:18

Escola Reunida Adelino Américo Azevedo localizada no Povoado de Grupelândia

Escola Reunida Adelino Américo Azevedo localizada no Povoado de Grupelândia (Reprodução/MPGO)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou o imediato afastamento do secretário municipal da Educação, João Mário Toledo Lima, de Porangatu, a 409 km de Goiânia. Segundo a instituição, João descumpriu as diretrizes básicas da educação ao realizar o fechamento parcial da Escola Reunida Adelino Américo Azevedo, localizada no Povoado de Grupelândia, que fica a 41 km do município.

Em nota, a Prefeitura de Porangatu informou que se manifestou nos autos do processo e que aguarda decisão do Poder Judiciário para tomar as providências necessárias. "Reiteramos que as unidades escolares estão em funcionamento e as medidas tomadas foram para melhorar a qualidade do ensino e a estrutura física dos locais", enfatiza a gestão municipal.

Entenda

Na ação civil pública, o promotor de Justiça Wilson Nunes Lúcio destaca que a escola rural tem cerca de 80 alunos pré-matriculados, que foram impedidos de efetivar a matrícula. "A alegação é de que a unidade seria fechada parcialmente e os alunos transferidos para a Escola Reunida de São Sebastião, a 13 quilômetros de Grupelândia", informa o MPGO em publicação oficial.

O Ministério Público afirma ainda que a Secretaria alegou estar reduzindo custos, pois a unidade para onde os estudantes seriam transferidos tem mais estrutura. "Ela conta com uma sala a mais, o que, na argumentação da pasta, seria uma melhoria para os alunos", diz a instituição. Entretanto, segundo o promotor, os moradores e pais dos alunos não foram consultados para realizar a mudança.

"Os pais dos alunos, assim como toda a população do povoado ficaram indignados com a forma que fecharam parcialmente a escola, pois não houve qualquer reunião prévia com a comunidade local, causando um enorme constrangimento a todos", detalha o órgão. Wilson Nunes afirma que os moradores protestaram contra o fechamento, mas não foram atendidos.

Sofrimento desnecessário

"Foi dito aos moradores que haviam reunido o Ministério Público, a prefeita, os vereadores 'e o martelo estava batido e não voltariam atrás'", afirma o promotor. Ele ainda diz que a transferência impõe um sofrimento desnecessário aos alunos.

De acordo com o MPGO, o primeiro aluno a pegar o transporte escolar é recolhido às 10h30 da manhã para chegar às 13 horas na escola e retorna para casa às 19h30. "Sem contar que no período chuvoso esse tempo aumenta bastante", enfatiza. Por fim, destaca que uma agrovila poderá ser construída próximo ao povoado e que cerca de 33 famílias poderão se mudar para a região.

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Bairro de Goiânia fundado há 27 anos espera por escola

Alunos do Setor Madre Germana 2 têm de viajar mais de 18 km todos os dias para ter aulas. Unidade que começou a ser construída pelo Estado no local está com os trabalhos parados

Modificado em 20/09/2024, 06:26

Bairro de Goiânia fundado há 27 anos espera por escola

São cerca de 11h20 de segunda-feira (5). Verônica Fogaça, vai pedalando para o ponto de desembarque dos alunos na Avenida José Barbosa Réis, no Setor Madre Germana 2. Ela vai buscar o filho de 10 anos que estuda na Escola Municipal Jardim América, também na capital. O caso é apenas mais um entre muitos do bairro que têm de recorrer ao ensino que está disponível a mais de 18 quilômetros dali.

O ônibus que faz o transporte é da Prefeitura de Goiânia e é necessário porque no bairro fundado há 27 anos não existe unidade de ensino fundamental. O prédio que poderia receber os estudantes, na Rua São Gregório, está com a obra parada.

A unidade de ensino mais próxima é o Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CPMG) Madre Germana, já em Aparecida de Goiânia, a 1 quilômetro (km) do embarque dos alunos. O estabelecimento oferece 23 turmas para o ensino fundamental 2, com vagas do 6º ao 9º ano, e outras 23 para o ensino médio, informa a Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

O ensino médio é de responsabilidade do Estado, já o ensino fundamental, compartilhado com a administração de cada município. As prefeituras são as únicas que têm de cuidar da educação infantil.

Lorena Santos Lima Alves, de 29 anos, é confeiteira e possui duas filhas que estão sem estudar. Ela afirma que as duas estavam matriculadas na Escola Municipal Jardim América e depois do retorno ao ensino presencial, decorrente da redução da intensidade da pandemia da Covid-19, não há vagas para as duas meninas de 12 anos e 9.

Jennifer, a mais velha de Lorena, cursava o 6º ano do ensino fundamental, mas conta que ainda não sabe ler. Com o passar dos dias, o prejuízo para o desenvolvimento da adolescente só aumenta e preocupa a mãe e a própria menina. A irmã mais nova deveria estar matriculada no 3º ano do ensino fundamental, mas segue longe da oportunidade de aprendizado.

A confeiteira afirma que não tem condições de pagar o transporte escolar para uma escola em um bairro próximo e que não confia em deixar as duas andarem sozinhas no bairro. "Ainda mais depois do que aconteceu com a Luana, eu fiquei com mais medo ainda", diz referindo-se ao assassinato de Luana Marcelo Alves, de 12 anos, morta no último dia 27.

O caso das duas meninas sem estudar é acompanhado pelo conselheiro tutelar da região oeste, José Roberto da Silva. "Aqui precisa de uma escola. Ela tem de ser de tempo integral, nós temos demanda para isto", afirmou.

O relógio marca 12h01 quando chega o primeiro ônibus escolar do transporte público municipal. Entre cinco e dez crianças desembarcam. Todas elas carregam agasalhos, sinal de que era frio quando partiram para a viagem, por volta das 6h. O filho de Verônica, que citamos no início da reportagem, não está no veículo. Ela continua esperando.

Àquela hora outras mães se fazem presentes para aguardar o retorno dos filhos. É o caso de Romilda Lopes, de 43 anos, que também reclama da situação do bairro. Ela tem uma filha de dez anos que cursa o 4º ano do ensino fundamental. "Nós precisamos de uma escola aqui. É um absurdo um bairro desta idade não ter vaga para os alunos."

Esperança

Sebastiana de Fátima Ferreira, de 66 anos, buscava uma das netas de 11 anos. Moradora desde o início do bairro, ela conta que as duas cursam o 5º ano do ensino fundamental. Além do transtorno com as netas, ela caminha cerca de 30 minutos com mais quatro vizinhas para ter acesso à Educação de Jovens e Adultos, no Colégio João Barbosa Reis, no Setor Madre Germana 1, em Aparecida de Goiânia.

A idosa conta que não está matriculada, pois tem ido à unidade de ensino há poucas semanas. Sebastiana espera deixar o analfabetismo para trás com uma vaga em 2023. "Tem um colégio aqui, mas não é para a gente. Lá tem aluno até do Centro", diz ao se referir ao CPMG instalado no bairro vizinho, o Setor Madre Germana 1. O relato da avó sobre a unidade militar se repete nas bocas de Verônica, Romilda e outras mães do bairro que foram ouvidas pelo POPULAR .

Enquanto a reportagem ouve as queixas, outros ônibus chegam em horários distintos: dois às 12h05 e um às 12h21. Uns com mais alunos outros com menos vão ficando vazios naquele que é o ponto final da viagem que dura cerca de uma hora. O filho de Verônica, enfim, chega e ela segue com o garoto para casa. Além da mochila, o garoto carrega a certeza de que a rotina vai se repetir no dia seguinte, iniciando junto com o raiar do sol.

Empresa

O Estado assumiu, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab), o compromisso de construir a estrutura física da escola municipal do Setor Madre Germana 2. O termo é de 2011, conforme a pasta, com destinação de R$ 15 milhões do então Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). "Quando a atual gestão tomou posse, a obra estava paralisada, então o Governo de Goiás autorizou contrapartida estadual no valor de R$ 9 milhões para que a Agehab destravasse e concluísse as obras", informou em nota.

O andamento dos trabalhos, no entanto, depende da conclusão de um procedimento licitatório para contratar a executora dos serviços, informa a Agehab. A previsão da administração pública é que esta etapa de destravamento do impasse se concretize até o fim deste ano. A área para a escola é a mesma que vai contemplar um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) (leia ao lado) e uma praça.

A Seduc afirmou à reportagem que o bairro é atendido, além do CPMG Madre Germana 1, pelo Centro de Ensino em Período Integral João Barbosa Reis. Na unidade estão abertas 18 turmas para o ensino médio e outras 18 para o ensino fundamental 2, com turmas do 6º ao 8º ano. Para o local também há a previsão, em 2023, da abertura de duas turmas do Ensino de Jovens e Adultos Médio, com uma turma em cada semestre.

Entrega de Cmei está prevista para o mês de janeiro

No bairro também não há Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei). Lá existe uma construção com salas modulares, mas como mostrou O POPULAR na última sexta-feira (30), o cenário é de abandono. As estruturas são alvos de vândalos.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) explicou que o local não tem condições de funcionar porque faltam itens básicos como água e energia elétrica. Nesta segunda-feira (5), a SME informou, por meio da assessoria de imprensa, que a estrutura deve ser entregue no início do próximo semestre letivo, ou seja, na segunda quinzena de janeiro do próximo ano. O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), afirmou que a estrutura será batizada em nome de Luana Marcelo Alves, como forma de homenagear a menina de 12 anos assassinada no dia 27 de novembro, após desaparecer ao ir a um mercado próximo a sua casa.

A estrutura faz falta para a costureira Deusimaria dos Santos Ferreira, de 26 anos. Ela tem uma filha de três anos que não tem onde se matricular. A unidade mais próxima é o Centro de Educação Infantil Marista Divino Pai Eterno. "Eu teria de pagar uma van para buscar e levar ela e fica caro", reclama. O custo, segundo as mães afirmaram, não é inferior a R$ 300 por mês.