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Rita Lee integra lista de melhores discos de rock da América Latina

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 01:05

Rita Lee integra lista de melhores discos de rock da América Latina

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A revista americana Rolling Stones divulgou nesta segunda-feira, dia 18, uma lista dos cinquenta melhores álbuns de rock da América Latina, dentre os quais figuram artistas brasileiros.

O disco nacional mais bem posicionado, segundo a publicação americana, é "Clube da Esquina", obra antológica lançada em 1979 por Milton Nascimento e Lô Borges. O trabalho aparece em quarto lugar.

O disco foi registrado praticamente ao vivo, numa mesa de dois canais —um para as vozes, outro para os instrumentos.

Apesar de não ter sido recebido imediatamente como um clássico, "Clube da Esquina" rendeu um segundo volume, em 1978, e só foi sendo mais reconhecido ao longo das décadas.

Além de impulsionar as carreiras solo dos artistas envolvidos, para Milton, o álbum significou uma abertura nos horizontes de sua arte, um passo fundamental para que ele se tornasse um dos grandes nomes da música brasileira.

Em sexto lugar, aparece o disco "Os Mutantes", lançado em 1968 pela banda de mesmo nome da qual a cantora Rita Lee era vocalista. Foi nesse grupo que a cantora, morta em maio deste ano, despontou no cenário musical.

"Em Ritmo de Aventura", de Roberto Carlos, aparece em décimo nono lugar na lista, que ainda inclui o primeiro disco dos Tribalistas, lançado em 2002, "Ventura", dos Los Hermanos, "Selvagem", dos Paralamas do Sucesso, "Fruto Proibido", de Rita Lee e "Krig-ha Bandolo!", de Raul Seixas.

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Marido de Rita Lee se declara em 1º Dia dos Namorados sem a cantora

Em uma publicação no Instagram, o artista publicou um porta-retrato, com decoração de corações, com uma foto dele com a cantora de anos atrás

Modificado em 19/09/2024, 00:31

Na legenda, ele escreveu: "Meu amor, não vai acabar bem, porque nunca vai acabar", disse Roberto

Na legenda, ele escreveu: "Meu amor, não vai acabar bem, porque nunca vai acabar", disse Roberto (Reprodução/Redes Sociais)

Roberto de Carvalho, 70, se declarou para Rita Lee no primeiro Dia dos Namorados sem a cantora, que morreu no dia 9 de maio aos 75 anos.

Em uma publicação no Instagram, o artista publicou um porta-retrato, com decoração de corações, com uma foto dele com a cantora de anos atrás.

Na legenda, ele escreveu: "Meu amor, não vai acabar bem, porque nunca vai acabar", disse Roberto. A frase é uma adaptação da música "Só de Você", que o casal compôs em parceria. Na canção, há versos como: "Será que a gente ainda será / A velha estória de amor que sempre acaba bem, meu bem".

Desde a morte da rainha do rock, Roberto tem usado o Instagram para fazer homenagens e declarações de amor para a amada. Ontem, o artista escreveu um texto emocionante sobre a sua eterna namorada. "Minha namorada, meu amor por você sempre será maior do que todos os universos, será infinito, será sagrado, eu prometo", disse ele.

Roberto afirmou que "uma grande parte" sua também morreu junto com a cantora. Ele destacou que ele e Rita tinham algumas personalidades próprias da intimidade do casal, como um coelho, que era a artista, e uma baleia, que era ele, e ela o protegia. "Eu tava na Granja outro dia, pensando, morreu a coelha... Morreu um pedaço de mim com ela e esse pedaço é grande", declarou ao podcast Globo Livros.

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Álbum póstumo de Elza Soares terá música inédita escrita por Rita Lee

Modificado em 19/09/2024, 00:28

Álbum póstumo de Elza Soares terá música inédita escrita por Rita Lee

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O próximo álbum de Elza Soares terá uma canção com letra escrita por Rita Lee e pelo seu marido, Roberto de Carvalho. A música foi gravada pela cantora considerada a voz do último milênio como parte do disco que deixou pronto antes de morrer, em janeiro do ano passado.

A revelação foi feita por Rita Lee, que morreu no último mês de maio, na autobiografia que ela deixou escrita. O livro, recém-lançado, traz a história desta colaboração entre as cantoras, e também a letra que foi interpretada por Elza Soares.

Lee narra em "Outra Autobiografia" o dia em que ficou sabendo da morte da carioca, de quem se diz "súdita desde pequena". "Pouco antes de eu ser diagnosticada com câncer, ela me pediu uma música para gravar. A letra baixou em dez minutos. Pensei em sua figura majestosa e nasceu 'Rainha Africana'", conta a paulistana.

A ex-vocalista dos Mutantes diz que Roberto de Carvalho fez a melodia, e eles gravaram o rascunho no mesmo dia, no estúdio em sua garagem. "Lembro que tive que me esforçar para cantar, coisas do tumor que já estava ali", ela afirma.

Lee ainda revela que trocou mensagens de amor com Elza, que por sua vez mandou mensagem dando forças após ficar sabendo que a amiga estava com câncer. "Ó, Rita, que prazer imenso ouvir você cantando essa música para mim. Muito obrigada! Te adoro, criatura", ela teria dito.

O disco póstumo de Elza Soares se chamará "No Tempo da Intolerância" e tem lançamento agendado para o dia 23 de junho.

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Veja a letra de "Rainha Africana"

Cara

Olha bem pra minha cara

Veja em mim uma mulher

Que passou por muita dor

Mesmo assim aqui estou

Soltando minha voz

Minha raça, minha cor

Sendo uma guerreira

Que passou a vida inteira

Vista como nega maluca

Uma preta lelé da cuca

Eis-me aqui

Rainha africana

Brazuca sul-americana

Poderosa no meu trono

Eu não tenho dono

Nã Nã Ni Nã Nã

Eu não tenho dono

Nã Nã Ni Nã Nã

Eu não tenho dono

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Rita Lee doou roupas para moradores de rua, revela padre Julio

Modificado em 19/09/2024, 00:26

Rita Lee doou roupas para moradores de rua, revela padre Julio

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O padre Julio Lancellotti revelou neste domingo (14), no encerramento de uma missa na capela São Judas, em São Paulo, que a cantora Rita Lee doava peças de seu guarda-roupa para serem entregues a moradores de rua.

"Eu nunca disse isso enquanto ela estava viva, mas ela mandava muitas roupas", disse o religioso. "Eles ficavam encantados de receber as roupas da Rita Lee. Todo mundo queria as roupas da Rita Lee".

O padre afirmou que a artista, morta na segunda-feira (8) aos 75 anos, era uma amiga querida. Ele agradeceu as doações e afirmou que ela agora está cantando rock no céu, com os anjos.

Segundo o religioso, as roupas doadas eram coloridas, cheias de brilhos, espelhos e com cortes especiais. "Quando eles viam as roupas da Rita Lee, os olhos cresciam", brincou sobre as pessoas que as recebiam.

Conhecido pelas ações sociais com moradores de rua, padre Julio chegou a ouvir a sugestão de fazer um leilão com os figurinos, mas não aceitou a dica alegando que não foi para isso que ela doou. "Ela mandou para dar para os irmãos de rua. E foi isso que foi feito".

Após a revelação, a missa foi encerrada com a canção "Meu Bom José", gravada por Rita no início da carreira, na década de 1970.

Com seu estilo original, a cantora influenciou a moda no país nas últimas seis décadas, como analisou a jornalista e consultora criativa Erika Palomino.

Couro, leggings, coletes, botas de plataforma, tecidos sintéticos, macacão, fraque e óculos de lentes coloridas faziam parte do figurino icônico.

Em entrevista ao Fantástico (Globo), o músico Roberto de Carvalho contou que Rita não queria partir. 'Eu quero trocar de lugar com você, porque você tem muito mais coisa para fazer do que eu", ele dizia para a mulher.

Segundo Roberto, os momentos finais da artista foram leves. Os familiares montaram uma estrutura de hospital no apartamento do casal. "Na última fase, ela parecia uma criancinha, um passarinho. E foi parando. Em paz".

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Rita Lee, além de 'Rainha do Rock', foi também rainha das polêmicas

Cantora nunca se curvou para ninguém e sempre disse (e fez) o que quis

Modificado em 19/09/2024, 00:24

Rita Lee Jones

Rita Lee Jones (Divulgação)

Com os marcantes óculos redondos, o cabelo vermelho na altura dos ombros e os versos sensuais, a capricorniana e cética Rita Lee se consagrou como a "Rainha do Rock" brasileiro. Mas, além dos discos e da ousadia nas letras que falavam abertamente sobre sexo e prazer em plena ditadura militar, ela também nunca se curvou para ninguém e sempre disse (e fez) o que quis. Afinal, além de ícone da música brasileira, ela também foi a "ovelha negra da família".

Era 1976, e a ditadura promovia uma extensa repressão aos opositores do regime quando Rita Lee, aos 28 anos, foi presa sob a acusação de portar maconha. Na época, ela estava grávida de três meses de seu primeiro filho, Beto Lee, fruto do relacionamento com Roberto de Carvalho.

Em uma entrevista para a Folha de S.Paulo em 1997, a artista disse que foi tudo armado, pois "estava grávida e, como boa hippie, não fazia uso de qualquer droga na ocasião". Apesar disso, ela já admitiu, mais de uma vez, que já experimentou drogas ---apesar de não recomendar aos mais jovens fazê-lo, pois "não se fazem mais drogas como antigamente".

Em 2006, em uma entrevista para o programa "Fantástico" (Globo), Rita afirmou que sua saída da banda Os Mutantes ocorreu por meio de expulsão, com a justificativa de que ela não tinha "virtuosismo para instrumentos". Já em uma entrevista para Jô Soares, Rita descreveu o episódio como "machismo puro".

"Eu nunca tive uma técnica, sempre tive intuição musical. E, naquela época, não tinha muito espaço para quem não tinha técnica. Então, nos Mutantes era difícil, teve uma época que eu só era convidada a tocar pandeiro, machismo puro."

Sempre questionadora das autoridades, Rita Lee foi processada por policiais militares do Sergipe depois que ela interrompeu um show para condenar as ações de policias que revistavam a plateia, em 2012.

No mesmo ano, a cantora virou notícia ao abaixar as calças no palco durante um show em Brasília. Depois do episódio, ela foi ao Twitter dizer aos "reacionários" que perdeu patrocínio por conta do ocorrido.

"Alegrai-vos, reacionários, perdi o patrocínio de um banco porque mostrei a bunda. Nunca tive padrinho, nunca fui amiga de cartola, nunca recebi incentivo, nunca fiz teste do sofá. Bye bye mini tour 'Reza'", escreveu.

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