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Rita Lee reaparece nas redes sociais e lança single 'Change'

A cantora anunciou nas redes sociais a nova música em parceria com o seu marido, Roberto de Carvalho e o compositor Gui Boratto

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 00:48

Rita Lee e Roberto de Carvalho lançam novo EP, 'Change'

Rita Lee e Roberto de Carvalho lançam novo EP, 'Change' (Reprodução/ Instagram @ritalee_oficial)

A cantora Rita Lee, 73, que está em tratamento contra um câncer no pulmão, anunciou nesta quinta-feira (23) nas redes sociais o lançamento do single "Change", em parceria com o compositor e músico Gui Boratto. Dias antes, ela havia reaparecido em uma foto compartilhada no Instagram pelo marido, o músico Roberto de Carvalho.

A música é a primeira que ela lança após o diagnóstico de câncer no pulmão esquerdo, anunciado no dia 20 de maio. Dias depois, o marido da cantora usou o perfil do Instagram da mulher para revelar que os resultados positivos após o diagnóstico de câncer de pulmão da artista já estavam acontecendo.

O lançamento do single coincide com a estreia nesta quinta da exposição "Samsung Rock Exhibition - Rita Lee", no MIS, em São Paulo, que reúne memórias das cinco décadas de carreira da cantora, um dos maiores símbolos da música brasileira.

A curadoria foi feita pelas mãos de Rita Lee e de João Lee, mãe e filho, e mostra a jornada iniciada em 1966 quando ela fazia parte da banda Os Mutantes ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, seguindo pela carreira da cantora com o grupo Tutti Frutti e pela carreira solo.

Foi em sua jornada sozinha que Rita colecionou lançamentos famosos como "Mania de Você", "Chega Mais" e "Lança Perfume" até a sua aposentadoria dos palcos, em 2012, ano em que também soltou seu último disco, "Reza". Desde então, a cantora fez apresentações pontuais e lançou livros, como "Rita Lee: Uma Autobiografia", há cinco anos.

Entre os objetos que estarão expostos aparecem cadernos de composições escritos à mão por Rita entre os anos 1970 e 1980, instrumentos musicais e figurinos usados pela cantora em seus shows. A cenografia ficou a cargo de Chico Spinosa, e a direção artística é de Guilherme Samora, jornalista e estudioso do legado da cantora paulistana.

"Convido você a dar uma espiada nas lembranças que minha mãe guardou dos seus 50 anos trabalhando com música por este mundo afora, quando subia no palco e dividia com o público suas peripécias, cantando e dançando. Tempos inesquecíveis, maravilhosos e divertidos", escreveu João Lee.

A exposição fica em cartaz até o dia 28 de novembro e os ingressos começam a ser vendidos nesta quinta, dia 23, quando a mostra tem início.

ENTENDA SOBRE O CÂNCER DE RITA LEE

Este tipo de câncer atinge 30 mil brasileiros por ano e em 90% dos casos está relacionado a cigarro, segundo o Inca ( Instituto Nacional do Câncer).

A oncologista e presidente da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), Clarissa Mathias, diz que o tumor primário é quando ele começa no próprio órgão. "Ele não veio de outro órgão, não foi uma metástase [quando o câncer se espalha pelo organismo atingindo outros órgãos]", explica.

Clarissa diz que as chances de cura vão depender muito do tipo de câncer no pulmão, do estágio da doença e da resposta do tratamento. O tratamento adotado pela equipe médica que atende a cantora é uma combinação de radioterapia e imunoterapia, segundo comunicado divulgado em seu perfil na rede social.

Segundo a oncologista, a imunoterapia é um enorme avanço no tratamento do câncer e seu uso está aprovado há cerca de quatro anos no Brasil. "A imunoterapia é um dos tratamentos mais modernos e eficazes para câncer de pulmão. Ela destrava o sistema imunológico do organismo e ele próprio reconhece as células do câncer e o combate", explica

O oncologista clínico e presidente do Instituto Oncoclínicas, Carlos Gil Ferreira, diz que o diagnóstico precisa ser individualizado e preciso para que a imunoterapia funcione. Segundo ele, conhecendo as células cancerígenas as medicações vão agir para fortalecer o sistema imunológico combatendo a doença.

"Antes, o que ocorria era a destruição total das células, inclusive as saudáveis, para a eliminação do mal. Agora, o tratamento é focado, o que aumenta as chances de sucesso e qualidade de vida", afirma o oncologista clínico.

A presidente da SBOC afirma que a imunoterapia pode ser utilizada isoladamente ou associada à quimioterapia ou radioterapia. "Existem vários tipos de tratamento para o câncer e de acordo com a característica do tumor, perfil molecular [características únicas do câncer em um paciente] e estágio da doença".

Já a radioterapia, a que Rita Lee está sendo submetida, é um tratamento que utiliza radiações para destruir câncer e evitar que as células aumentem. "É feito com uma uma máquina com aplicação de radiação para controle local da doença".

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Rita Lee integra lista de melhores discos de rock da América Latina

Modificado em 19/09/2024, 01:05

Rita Lee integra lista de melhores discos de rock da América Latina

(Divulgação)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A revista americana Rolling Stones divulgou nesta segunda-feira, dia 18, uma lista dos cinquenta melhores álbuns de rock da América Latina, dentre os quais figuram artistas brasileiros.

O disco nacional mais bem posicionado, segundo a publicação americana, é "Clube da Esquina", obra antológica lançada em 1979 por Milton Nascimento e Lô Borges. O trabalho aparece em quarto lugar.

O disco foi registrado praticamente ao vivo, numa mesa de dois canais —um para as vozes, outro para os instrumentos.

Apesar de não ter sido recebido imediatamente como um clássico, "Clube da Esquina" rendeu um segundo volume, em 1978, e só foi sendo mais reconhecido ao longo das décadas.

Além de impulsionar as carreiras solo dos artistas envolvidos, para Milton, o álbum significou uma abertura nos horizontes de sua arte, um passo fundamental para que ele se tornasse um dos grandes nomes da música brasileira.

Em sexto lugar, aparece o disco "Os Mutantes", lançado em 1968 pela banda de mesmo nome da qual a cantora Rita Lee era vocalista. Foi nesse grupo que a cantora, morta em maio deste ano, despontou no cenário musical.

"Em Ritmo de Aventura", de Roberto Carlos, aparece em décimo nono lugar na lista, que ainda inclui o primeiro disco dos Tribalistas, lançado em 2002, "Ventura", dos Los Hermanos, "Selvagem", dos Paralamas do Sucesso, "Fruto Proibido", de Rita Lee e "Krig-ha Bandolo!", de Raul Seixas.

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Marido de Rita Lee se declara em 1º Dia dos Namorados sem a cantora

Em uma publicação no Instagram, o artista publicou um porta-retrato, com decoração de corações, com uma foto dele com a cantora de anos atrás

Modificado em 19/09/2024, 00:31

Na legenda, ele escreveu: "Meu amor, não vai acabar bem, porque nunca vai acabar", disse Roberto

Na legenda, ele escreveu: "Meu amor, não vai acabar bem, porque nunca vai acabar", disse Roberto (Reprodução/Redes Sociais)

Roberto de Carvalho, 70, se declarou para Rita Lee no primeiro Dia dos Namorados sem a cantora, que morreu no dia 9 de maio aos 75 anos.

Em uma publicação no Instagram, o artista publicou um porta-retrato, com decoração de corações, com uma foto dele com a cantora de anos atrás.

Na legenda, ele escreveu: "Meu amor, não vai acabar bem, porque nunca vai acabar", disse Roberto. A frase é uma adaptação da música "Só de Você", que o casal compôs em parceria. Na canção, há versos como: "Será que a gente ainda será / A velha estória de amor que sempre acaba bem, meu bem".

Desde a morte da rainha do rock, Roberto tem usado o Instagram para fazer homenagens e declarações de amor para a amada. Ontem, o artista escreveu um texto emocionante sobre a sua eterna namorada. "Minha namorada, meu amor por você sempre será maior do que todos os universos, será infinito, será sagrado, eu prometo", disse ele.

Roberto afirmou que "uma grande parte" sua também morreu junto com a cantora. Ele destacou que ele e Rita tinham algumas personalidades próprias da intimidade do casal, como um coelho, que era a artista, e uma baleia, que era ele, e ela o protegia. "Eu tava na Granja outro dia, pensando, morreu a coelha... Morreu um pedaço de mim com ela e esse pedaço é grande", declarou ao podcast Globo Livros.

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Álbum póstumo de Elza Soares terá música inédita escrita por Rita Lee

Modificado em 19/09/2024, 00:28

Álbum póstumo de Elza Soares terá música inédita escrita por Rita Lee

(Divulgação)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O próximo álbum de Elza Soares terá uma canção com letra escrita por Rita Lee e pelo seu marido, Roberto de Carvalho. A música foi gravada pela cantora considerada a voz do último milênio como parte do disco que deixou pronto antes de morrer, em janeiro do ano passado.

A revelação foi feita por Rita Lee, que morreu no último mês de maio, na autobiografia que ela deixou escrita. O livro, recém-lançado, traz a história desta colaboração entre as cantoras, e também a letra que foi interpretada por Elza Soares.

Lee narra em "Outra Autobiografia" o dia em que ficou sabendo da morte da carioca, de quem se diz "súdita desde pequena". "Pouco antes de eu ser diagnosticada com câncer, ela me pediu uma música para gravar. A letra baixou em dez minutos. Pensei em sua figura majestosa e nasceu 'Rainha Africana'", conta a paulistana.

A ex-vocalista dos Mutantes diz que Roberto de Carvalho fez a melodia, e eles gravaram o rascunho no mesmo dia, no estúdio em sua garagem. "Lembro que tive que me esforçar para cantar, coisas do tumor que já estava ali", ela afirma.

Lee ainda revela que trocou mensagens de amor com Elza, que por sua vez mandou mensagem dando forças após ficar sabendo que a amiga estava com câncer. "Ó, Rita, que prazer imenso ouvir você cantando essa música para mim. Muito obrigada! Te adoro, criatura", ela teria dito.

O disco póstumo de Elza Soares se chamará "No Tempo da Intolerância" e tem lançamento agendado para o dia 23 de junho.

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Veja a letra de "Rainha Africana"

Cara

Olha bem pra minha cara

Veja em mim uma mulher

Que passou por muita dor

Mesmo assim aqui estou

Soltando minha voz

Minha raça, minha cor

Sendo uma guerreira

Que passou a vida inteira

Vista como nega maluca

Uma preta lelé da cuca

Eis-me aqui

Rainha africana

Brazuca sul-americana

Poderosa no meu trono

Eu não tenho dono

Nã Nã Ni Nã Nã

Eu não tenho dono

Nã Nã Ni Nã Nã

Eu não tenho dono

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Rita Lee doou roupas para moradores de rua, revela padre Julio

Modificado em 19/09/2024, 00:26

Rita Lee doou roupas para moradores de rua, revela padre Julio

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O padre Julio Lancellotti revelou neste domingo (14), no encerramento de uma missa na capela São Judas, em São Paulo, que a cantora Rita Lee doava peças de seu guarda-roupa para serem entregues a moradores de rua.

"Eu nunca disse isso enquanto ela estava viva, mas ela mandava muitas roupas", disse o religioso. "Eles ficavam encantados de receber as roupas da Rita Lee. Todo mundo queria as roupas da Rita Lee".

O padre afirmou que a artista, morta na segunda-feira (8) aos 75 anos, era uma amiga querida. Ele agradeceu as doações e afirmou que ela agora está cantando rock no céu, com os anjos.

Segundo o religioso, as roupas doadas eram coloridas, cheias de brilhos, espelhos e com cortes especiais. "Quando eles viam as roupas da Rita Lee, os olhos cresciam", brincou sobre as pessoas que as recebiam.

Conhecido pelas ações sociais com moradores de rua, padre Julio chegou a ouvir a sugestão de fazer um leilão com os figurinos, mas não aceitou a dica alegando que não foi para isso que ela doou. "Ela mandou para dar para os irmãos de rua. E foi isso que foi feito".

Após a revelação, a missa foi encerrada com a canção "Meu Bom José", gravada por Rita no início da carreira, na década de 1970.

Com seu estilo original, a cantora influenciou a moda no país nas últimas seis décadas, como analisou a jornalista e consultora criativa Erika Palomino.

Couro, leggings, coletes, botas de plataforma, tecidos sintéticos, macacão, fraque e óculos de lentes coloridas faziam parte do figurino icônico.

Em entrevista ao Fantástico (Globo), o músico Roberto de Carvalho contou que Rita não queria partir. 'Eu quero trocar de lugar com você, porque você tem muito mais coisa para fazer do que eu", ele dizia para a mulher.

Segundo Roberto, os momentos finais da artista foram leves. Os familiares montaram uma estrutura de hospital no apartamento do casal. "Na última fase, ela parecia uma criancinha, um passarinho. E foi parando. Em paz".