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"Botão do Pânico" será lançado como ferramenta para denúncias de violência contra mulher

O botão de pânico permitirá, ao ser acionado, o direcionamento da ocorrência, via GPS, à viatura da Patrulha Mulher Mais Segura.

Modificado em 20/09/2024, 00:11

Vítima de violência doméstica

Vítima de violência doméstica (Reoridução / PMSC)

Com a intenção de facilitar denúncias de casos de violência contra a mulher, o "Botão do Pânico" será lançado na próxima terça-feira (22), em Goiânia. Ao ser acionada, a ferramenta encaminhará o direcionamento da ocorrência, via GPS, à viatura da Patrulha Mulher Mais Segura , da Guarda Civil Metropolitana, mais próxima, o que irá agilizar o socorro às vítimas.

A ferramenta será disponibilizada no celular da mulher e somente a requerente terá acesso à informação, mediante cadastro prévio da medida protetiva encaminhada pelo Tribunal de Justiça.

Durante o evento de inauguração também será anunciado o Módulo Mulher , no aplicativo Prefeitura 24 Horas , que permitirá, dentre outras funções, inscrições em cursos de capacitação oferecidos pela Secretaria Municipal De Políticas Para Mulheres (SMPM), de forma gratuita.

O aplicativo também conterá um quiz sobre os tipos de violência doméstica e ao respondê-lo, a mulher identificará se é ou não vítima de violência. Em caso positivo, a usuária terá orientações para encaminhamento à rede de proteção.

A prefeitura afirma que as duas ferramentas ampliam e consolidam a rede de proteção e assistência à mulher.

Victoria Lacerda é estagiária de jornalismo do convênio GJC/PUC-GO.

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Homem é morto a facadas ao tentar ajudar mulher que era agredida pelo marido, diz PM

Motivação da briga será investigada pela Polícia Civil (PC)

Modificado em 03/02/2025, 18:33

William da Silva Gonçalves, de 42 anos

William da Silva Gonçalves, de 42 anos (Reprodução/TV Anhanguera)

Um homem, de 42 anos, morreu a facadas ao tentar ajudar uma mulher que era agredida pelo marido, em Jataí, no sudoeste do estado, segundo a Polícia Militar (PM). A vítima, identificada como William da Silva Gonçalves, a mulher, de 42 anos, e o suspeito, de 36 anos, tinham relacionamento aberto e estavam bebendo juntos na casa do suspeito, segundo os policiais. O homem foi localizado e preso na cidade de Serranópolis.

Como o nome do suspeito não foi divulgado, O POPULAR não localizou a defesa até a última atualização desta reportagem.

Cantor sertanejo é preso suspeito de agredir a namorada

O caso aconteceu neste domingo (2). Conforme a PM, os três estavam bebendo e tiveram uma discussão. Nesse momento, o marido tentou agredir a esposa. No entanto, William da Silva interviu para defender a mulher, mas foi esfaqueado no tórax e supercílio. Ele morreu no local.

Conforme a polícia, após o crime, o suspeito fugiu em uma moto preta. Os militares receberam a informação de que o marido poderia ir se esconder em uma casa em Serranópolis e foram à cidade em busca do homem. De acordo com a PM, ao perceber a chegada da equipe, o suspeito fugiu e pulou um muro. Apesar disso, havia um agente da polícia em rua atrás da casa, que conseguiu prender o homem. Ele foi encaminhado para a delegacia de Jataí.

O caso será investigado pela Polícia Civil para apurar a motivação da briga, segundo PM.

(Colaborou Ana Carolina Morais)

Suspeito atingiu vítima com golpes de faca (Reprodução/TV Anhanguera)

Suspeito atingiu vítima com golpes de faca (Reprodução/TV Anhanguera)

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Prefeito de Iporá suspeito de disparar tiros contra a ex diz à polícia que 'perdeu a memória

Modificado em 19/09/2024, 01:24

Prefeito de Iporá Naçoitan Leite foi preso nesta quinta-feira (23)

Prefeito de Iporá Naçoitan Leite foi preso nesta quinta-feira (23) (Reprodução/TV Anhanguera)

O prefeito Naçoitan Leite (sem partido) preso nesta quinta-feira (23) suspeito de invadir a casa da ex-companheira e atirar mais de 15 vezes disse em depoimento que perdeu a memória. Ele teria dito à polícia que acordou em um estrada vicinal sem se lembrar de nada. Segundo a Polícia Civil, ele deve passar por audiência de custódia nesta quinta.

"Ele fala que não se lembra. Ele fala que tem uma perda de memória devido a diversos fatores e não sabe exatamente o que aconteceu", informou o delegado responsável pelo caso, Ramon Queiroz.

Ao se entregar à polícia, após cinco dias foragido, o prefeito entregou uma arma que teria sido usada no crime. De acordo com o delegado, o registro da arma está raspado. Depois de se entregar, o perfil do prefeito em uma rede social fez uma publicação que diz que ele deve "esclarecimentos a população" e que vai estar "à disposição da Justiça".

A Polícia Civil informou que Naçoitan passou por exame de corpo de delito e está preso no presídio de Iporá à disposição da Justiça. Ele deve responder pelos crimes de tentativas de homicídio e feminicídio.

Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) disse que o prefeito está isolado dos demais presos "em virtude das prerrogativas legais reservadas ao ocupante do cargo do poder Executivo Municipal" ( confira a nota na íntegra ao final da reportagem ).

A reportagem entrou em contato com a defesa de Naçoitan para pedir um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno. Em nota enviada ao g1 enquanto o prefeito ainda estava foragido, a defesa alegou que não houve "qualquer intenção, naquela ocasião ou em qualquer outra, de atingir a integridade física de quem quer que seja" ( leia a nota na íntegra ao final da reportagem ).

Entenda o caso
Naçoitan é suspeito de invadir a casa da ex-companheira com uma caminhonete, destruir o local e atirar mais de 15 vezes contra o quarto em que a ex-mulher e o namorado estavam na madrugada do último sábado (18). Segundo a Polícia Civil, o prefeito teve um relacionamento de 15 anos com a mulher e estavam separados há cerca de dois meses, mas ele não aceitava o término. Após efetuar os disparos, o político fugiu do local.

Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que o prefeito invadiu a casa com uma caminhonete. Nas imagens é possível ver que Naçoitan chega na casa, por volta de 1h, em uma caminhonete preta. Ele para o veículo na porta, desce e acelera em direção ao portão. Ele ficou cerca de três minutos na casa. A caminhonete foi apreendida pela Polícia Civil na terça-feira (21).

De acordo com a polícia, o prefeito tentou invadir o quarto da ex-companheira e chegou a tentar arrombar a porta. Conforme a perícia feita pela Polícia Técnico Científica, ele usou duas armas para atirar contra a casa.

Destruição
Vídeos revelam como ficou a casa da ex-companheira de Naçoitan após a invasão. Pelas imagens, obtidas pela TV Anhanguera, é possível ver que uma porta de vidro ficou totalmente destruída e já outra, que dava entrada para o quarto da vítima, está com marcas de tiros (assista abaixo). Sem se identificar, a mulher contou que estava dormindo e acordou com o barulho da porta de vidro da cozinha quebrando.

"Ouvi o meu ex-marido gritando o meu nome umas duas vezes e depois disso ele descarregou um pente de arma na porta do meu quarto. Tenho certeza que ele veio pra me matar", contou a mulher à TV Anhanguera.

Publicação contra violência doméstica
Em junho de 2020, o prefeito chegou a fazer uma publicação contra violência doméstica em suas redes sociais. "Hey... Você mulher, se você sofre algum tipo de violência doméstica, denuncie. Você não está sozinha", escreveu.

Na postagem, aparece uma foto da então primeira-dama com um 'x' vermelho na mão. O símbolo faz parte de uma campanha mundial para amparar mulheres em situação de violência doméstica.

Prisão preventiva
No último domingo (19), o Poder Judiciário determinou a prisão preventiva de Naçoitan após um pedido do delegado Ramon. A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de feminicídio contra a ex-companheira e tentativa de homicídio contra o atual namorado dela.

Nesse primeiro momento nosso pedido de prisão ao poder judiciário foi na capitulação de tentativa de feminicídio, por se tratar da ex-mulher dele, e tentativa de homicídio, por ter um homem na cena do crime", informou o delegado.

Nota DGAP

- O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, deu entrada no sistema penitenciário na manhã desta quinta-feira (23), na cidade de Iporá, em virtude do cumprimento de mandado judicial.

- Ele está isolado dos demais presos em virtude das prerrogativas legais reservadas ao ocupante do cargo de chefe do poder Executivo Municipal.

- A DGAP ressalta ainda que a rotina de segurança do presídio segue normalizada, com o cumprimento dos regulamentos da instituição.

Nota da defesa do prefeito

A defesa do Sr. Naçoitan Araújo Leite, que teve seu nome vinculado a um suposto ato criminoso tentado de feminicídio ocorrido em Iporá-GO, no dia 18/11/2023, vem a público esclarecer e negar a ocorrência de tal conduta, pois a relação conjugal noticiada já tinha se encerrado e não havia nenhum interesse de ambas as partes na reconciliação.

Nunca houve por parte do Sr. Naçoitan Araújo Leite qualquer intenção, naquela ocasião ou em qualquer outra, de atingir a integridade física de quem quer que seja.

A defesa informa ainda que maiores esclarecimentos serão prestados às autoridades competentes, no momento oportuno, depois do acesso a todos os documentos da investigação policial, vez que os autos estão sob sigilo, por incrível que possa parecer.

Era o que tinha a informar.

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Prefeito usou duas armas em série de disparos contra casa de ex-mulher, diz polícia

Perícia encontrou projéteis de diferentes calibres na casa da mulher, em Iporá. Investigação aponta que Naçoitan Leite atirou mais de 15 vezes contra a ex e o namorado dela

Modificado em 19/09/2024, 01:23

Prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite

Prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite

A perícia feita pela Polícia Técnico Científica indicou que os disparos feitos por de Naçoitan Araújo Leite (sem partido), prefeito de Iporá, contra a casa da ex-companheira, foram feitos por armas diferentes. A informação foi divulgada pelo delegado Ramon Queiroz.

"A polícia nos respondeu que foram encontrados projéteis de diferentes calibres na residência, então possivelmente o prefeito teria utilizado de duas armas de fogo e não só de uma", completou.

Em nota, o advogado Francisco Damião da Silva nega a tentativa de feminicídio, pois "a relação conjugal noticiada já tinha se encerrado e não havia nenhum interesse de ambas as partes na reconciliação" e que nunca houve qualquer intenção "de atingir a integridade física de quem quer que seja".

Segundo a Polícia Civil, na madrugada de sábado (18), Naçoitan parou a caminhonete em frente à casa da ex, desceu e viu se tinha alguém no local (assista abaixo). Em seguida, voltou para o carro, acelerou e derrubou o portão.

Depois, atirou mais de 15 vezes contra o quarto em que a ex-mulher e o namorado estavam. Os dois não se feriram. Cerca de três minutos após a invasão, Naçoitan deixou o local.

Furto
O prefeito de Iporá também é suspeito de furtar o equipamento de gravação da câmera de segurança da casa da ex após atirar contra ela e o namorado. Imagens feitas por câmeras da vizinhança mostraram quando ele chegou ao local, horas depois da invasão, em um carro apreendido na fazenda dele (assista abaixo).

"Os funcionários da fazenda fizeram esse depoimento no sentido de que o próprio prefeito teria ido à fazenda, pegado esse veículo e saído tão logo amanheceu no sábado", disse o delegado Ramon Queiroz.

Segundo a polícia, além do carro que está no nome de um funcionário da fazenda do prefeito, também foram apreendidas munições. A caminhonete usada pelo prefeito antes do crime ainda não foi encontrada. O delegado disse que o prefeito segue foragido.

"Os funcionários teriam relatado que o prefeito teria deixado essa caminhonete dele [na fazenda], saído no veículo e depois retornado", detalhou o delegado.

Busca e apreensão
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta segunda-feira (20) na fazenda e na casa do prefeito. Segundo a Polícia Civil, mais de 10 policiais trabalharam nas buscas.

Na fazenda, foram apreendidas as cinco munições e o carro, possivelmente usado no furto do aparelho da casa da ex do prefeito. O caso aconteceu na madrugada de sábado (18), por volta de 1h30 . A mulher contou que teve um relacionamento com Naçoitan por 15 anos, mas eles estavam separados há cerca de dois meses.

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Botão do Pânico tem 1,2 mil mulheres cadastradas em Goiânia

Ferramenta é uma forma de tentar inibir ação de agressores , tem auxílio da Guarda Civil Municipal e já contabiliza 106 ocorrências atendidas

Modificado em 19/09/2024, 00:17

Ferramenta tem mais de 1,2 mil mulheres cadastradas

Ferramenta tem mais de 1,2 mil mulheres cadastradas (Jackson Rodrigues/Secom)

O Botão Pânico completa 9 meses e já tem mais de 1,2 mil mulheres cadastradas e 106 ocorrências atendidas através do aplicativo Prefeitura 24 horas, de Goiânia. Lançado em 22 de março de 2022, a ferramenta foi criada para auxiliar vítimas de violência e que conseguiram na Justiça medidas protetivas.

A prefeitura informou que desde o lançamento da ferramenta, 106 ocorrências foram atendidas. Para poder usar esse mecanismo, as mulheres vítimas de agressão precisam contar com medida protetiva emitida pelo Judiciário, e ser atendida pela Patrulha Mulher Mais Segura, da Guarda Civil Municipal (GCM).

A partir daí, quando o botão é pressionado no aplicativo os guardas escalados para essas ocorrências recebem automaticamente os dados da vítima cadastrada no sistema e do agressor, e vão prontos para lidar com a situação.

"O uso do botão do pânico resulta em dois efeitos. É inibidor para os agressores e encorajador para as mulheres voltarem às atividades rotineiras, como trabalhar ou mesmo sair à rua", destaca Tatiana Lemos, titular da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPM).

Luiza Sol, que é coordenadora do programa Patrulha Mulher Mais Segura, explicou que depois de ter o acesso autorizado, fica disponível para a vítima uma aba com o botão do pânico localizado dentro do aplicativo oficial Prefeitura de Goiânia. Então sempre que se sentir ameaçada é só pressionar o botão que a viatura mais próxima da GCM irá até o local.

O projeto foi desenvolvido pelas secretarias municipais de Políticas para Mulheres (SMPM) e de Ciência e Tecnologia (Sictec), em conjunto com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) em força-tarefa entre município e órgãos externos, como o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).