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Confira quais as recomendações para gestantes, lactantes e puérperas sobre a varíola dos macacos

Em geral, gestantes apresentam quadros leves da doença, diz Ministério da Saúde

Modificado em 20/09/2024, 04:02

Orientações se estendem aos profissionais de saúde envolvidos no atendimento de mulheres grávidas, que estão amamentando ou que estejam no período pós-parto.

Orientações se estendem aos profissionais de saúde envolvidos no atendimento de mulheres grávidas, que estão amamentando ou que estejam no período pós-parto. (Pixabay)

Com o aumento de casos da varíola dos macacos em Goiás, surge a preocupação com as mulheres que estão vivenciando as primeiras fases da maternidade, sendo a gestação, amamentação ou período do pós-parto.

Para evitar a doença, também conhecida como monkeypox, o Ministério da Saúde divulgou, neste mês de agosto, recomendações para este grupo de risco.

Além de orientações de prevenção, a **Nota Técnica ** abrange informações sobre tratamento em casos de sintomas ou positivo do vírus, além de protocolos a serem seguidos pelos profissionais de saúde envolvidos no atendimento de gestantes, lactantes e puérperas.

Para profissionais da saúde que estejam envolvidos no atendimento, entre as recomendações, estão:

Em gestante assintomática pós-exposição ao vírus:

• Em caso de teste negativo -- O monitoramento será suspenso;
• Em caso de teste positivo -- Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas;
• A gestante também será instruída à automonitoração, acompanhando sua temperatura e o aparecimento/evolução das lesões na pele.

Para gestantes com sinais ou sintomas suspeitos de varíola dos macacos:

• Em caso de teste negativo -- Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas e orientada a automonitoração. O teste deve ser feito novamente caso os sintomas persistam;

• Em caso de teste positivo -- Levando em consideração maior risco, é indicada a hospitalização da gestante nos casos moderados, graves e críticos;

• Dentro do conhecimento disponível até o momento, os profissionais de saúde devem saber que: as gestantes devem ficar em isolamento domiciliar com acompanhamento pela equipe assistencial, em caso de doença com quadro clínico leve;

• As pacientes com casos de maior gravidade devem ser acompanhadas em regime de internação hospitalar;

• Não há ainda protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal;

• O monitoramento da vitalidade fetal deve ser cuidadoso nas pacientes com a doença moderada, grave ou crítica, em vista da constatação de maior morbimortalidade do concepto nestes casos;

• A via e o momento do parto têm indicação obstétrica e a cesárea como rotina não está indicada nestes casos; o aleitamento deve ser analisado de acordo com o quadro clínico cada caso específico.

Tratamento na gravidez

Apesar da doença transmitida pelo vírus monkeypox ser considerada uma doença autolimitada, que geralmente apresenta cura espontânea, em alguns casos, pode haver a necessidade de tratamento medicamentoso específico, sobretudo em pessoas imunossuprimidas.

Na maioria das vezes, só há indicação de uso de tratamento sintomático para febre e dor. Nos casos que apresentem lesões mais significativas, algumas medicações podem ser consideradas após avaliação médica.

Em geral, as gestantes apresentam quadros leves e autolimitados da doença; nestas não há indicação de antecipar o parto.

As recomendações do Ministério da Saúde para gestantes, puérperas e lactantes são:

• Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades, e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);

• Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;

• Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;

• Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;

• Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.

Monitoramento da varíola dos macacos no Brasil

Em julho deste ano, o Ministério da Saúde ativou o Centro de Operação de Emergências (COE) para elaboração do Plano de Contingência do surto de varíola dos macacos no Brasil.

Segundo a pasta, o controle da varíola dos macacos é prioridade, e por isso, o monitoramento constante da situação epidemiológica é necessária para orientar ações de vigilância e resposta à doença no Brasil. "Seguimos em tratativas com a OPAS e OMS para aquisição da vacina contra a doença e medicamentos antivirais para tratamento" afirma.

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Governo libera reforço com vacina bivalente contra Covid para todos acima de 18 anos

Modificado em 19/09/2024, 00:26

Governo libera reforço com vacina bivalente contra Covid para todos acima de 18 anos

(Fabio Rodrigues - Pozzebom/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde ampliou a vacinação com a dose de reforço bivalente contra a Covid-19 para toda a população acima de 18 anos. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (24).

De acordo com a pasta, cerca de 97 milhões de brasileiros podem procurar as unidades de saúde. Cada estado deve definir como será o esquema de vacinação.

Deve tomar a imunização quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer), respeitando um intervalo de quatro meses da última dose.

"Precisamos retomar a confiança da população nas vacinas", afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Para tentar incentivar as pessoas a tomarem a vacina, no início do mês, o ministério já havia liberado a aplicação da bivalente para quem tinha a partir de 12 anos com comorbidades, e retirou a exigência de comprovação médica --bastava a autodeclaração.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, até a última terça-feira (18), nem metade do então público-alvo tinha recebido a bivalente da capital paulista -47,6% dos que já poderiam ir aos postos tomaram o reforço.

A vacina, que contém uma mistura da cepa original do vírus de Wuhan, na China, e as variantes da ômicron BA.4 e BA.5, oferece maior proteção contra a ômicron e as linhagens em circulação do vírus da Covid.

Em estudos clínicos em todo o mundo, a vacina se mostrou segura e eficaz.

A FDA (agência que regula medicamentos nos EUA) publicou na última terça-feira (18) uma recomendação de novo reforço da vacina bivalente em indivíduos com 65 anos ou mais que receberam o primeiro reforço (bivalente) há pelo menos quatro meses.

De acordo com o órgão, os grupos de indivíduos com mais de 65 anos ainda representam uma parcela mais vulnerável para adoecimento grave, hospitalização e óbito, por isso estão aptos a uma nova dose da vacina que protege contra a ômicron e suas variantes.

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Goiás já faz testes para detectar monkeypox, diz Saúde

Diagnóstico ocorre em até 72 horas

Modificado em 20/09/2024, 03:03

Hoje, Lacen-GO já analisa amostras de pacientes com suspeita de infecção

Hoje, Lacen-GO já analisa amostras de pacientes com suspeita de infecção (Reprodução)

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que Goiás realiza testes para detecção da monkeypox (varíola dos macacos) desde o dia 14 de setembro. A análise das amostras, que antes era feita no Distrito Federal, agora acontece por meio do Laboratório Estadual Central de Saúde Pública (Lacen-GO) que as recebe das unidades de saúde.

Conforme a SES, não houve nenhuma mudança para as unidades de saúde, que continuam recebendo os kits de coleta. A diferença é que as amostras que antes seguiam para o Lacen-DF agora ficam no Lacen-GO, onde já passam por análise em caráter de rotina para a confirmação, ou não, da doença. "A coleta e o envio para o Lacen-GO permanecem inalterados", destacou.

Inicialmente, os exames eram enviados para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que fazia as análises. O resultado saía em até sete dias. Posteriormente, a referência para as análises passou para o Lacen-DF.

Hoje, segundo a SES, o diagnóstico do Lacen-GO ocorre entre 24 e 72 horas.

Como está a lida com a doença em Goiás

Ainda segundo a SES, os procedimentos para a prevenção e tratamento da monkeypox estão descritos no Plano de Contingência Estadual, que segue as orientações do Plano Nacional.

O atendimento inicial para pessoas que apresentam sintomas de monkeypox - ínguas no pescoço, axilas ou virilha; febre, calafrios, dores de cabela e musculares, cansaço e lesões purulentas na pele, principalmente no rosto, tórax, pernas, mãos e pés -, segundo a pasta, deve ser realizado, preferencialmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Atenção Primária, indicando-se internação hospitalar para casos que apresentem sinais de gravidade.

Com o diagnóstico de caso suspeito, o paciente "deve ser mantido isolado (precauções para contato e gotículas)". "As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas. A notificação à vigilância epidemiológica deve ser imediata", informou a SES.

"Em relação aos pacientes com bom estado geral, recomenda-se que seja prescrito tratamento sintomático e orientado ao paciente a realização de isolamento domiciliar até o desaparecimento das crostas. O monitoramento dos casos suspeitos e ou confirmados serão acompanhados pelo Centro Estadual de Orientações e Informações em Saúde (Cori), e acordo com o termo de aceite dos municípios, destacou a SES, que disse ainda que a condução do caso "vai depender da presença ou ausência de sinais de gravidade."

"Para pacientes com sinais e sintomas de sepse, insuficiência respiratória aguda ou encefalite recomenda-se internação hospitalar", enfatizou.

Por fim, a SES ressaltou que a liberação da vagas seguirá o fluxo conforme a macrorregião. "Na vigência de admitir um paciente com suspeita clínica de monkeypox o hospital deverá notificar imediatamente à Vigilância Epidemiológica local", concluiu.

Emergência em saúde pública

Goiás tem, hoje, 415 casos confirmados de monkeypox, conforme apontado no boletim da SES de nº 54 do dia 20 de setembro.

Em um plano de contingência divulgado pela pasta em agosto deste ano, que levou em consideração as normativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a SES formalizou uma série de medidas e orientações voltadas para profissionais de saúde para rastrear e restringir a doença no território goiano.

Segundo a Secretaria, com base nas normativas da OMS, o estado se orienta hoje pela classificação técnica de emergência em saúde pública - quando há transmissão local da doença.

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Goiânia é a capital com menos pessoas sedentárias, segundo Ministério da Saúde

Pesquisa mostra que 12% dos goianienses declararam que não realizaram qualquer tipo de exercício nos três meses anteriores à pesquisa, nem mesmo caminhada ou faxina doméstica

Modificado em 20/09/2024, 03:49

Personal trainer Thiago Fonseca auxilia aluno Vasco Elias durante treino

Personal trainer Thiago Fonseca auxilia aluno Vasco Elias durante treino (Arquivo pessoal)

Goiânia é a capital com menos pessoas inativas do Brasil, quando o assunto é prática de atividades físicas. Levantamento do Ministério da Saúde (MS) mostra que 12% dos goianienses declararam que não realizaram qualquer tipo de exercício nos três meses anteriores à pesquisa, nem mesmo caminhada ou faxina doméstica. Essa foi a menor média nacional. A maior foi registrada em João Pessoa (PB), quando 19,3% declaram não se exercitar de nenhuma maneira.

O mesmo levantamento mostra que em Goiânia, 39,8% dos entrevistados realizam algum tipo de atividade, mas de maneira insuficiente. Segundo o Ministério da Saúde, o mínimo necessário de atividade física com esforço moderado seria de 150 minutos por semana ou 75 minutos de atividades de intensidade alta. A cidade com a maior média de pessoas com práticas irregulares é o Rio de Janeiro, com 51,7% de pessoas que assumem não atenderem ao mínimo semanal recomendado.

O personal trainer Júlio Divacci entende que existem vários motivos que levam Goiás a ter o menor índice de pessoas sedentárias. O índice em 2021 foi menor que o de 2020, quando Goiânia tinha 15,2% de pessoas sem realizar qualquer atividade. Em 2019, o porcentual era 13,2%. "O período pós pico da pandemia fez muita gente querer sair do sedentarismo para buscar uma vida mais saudável, ainda mais porque quem estava em dia com a saúde, teve melhor resposta imunológica contra a Covid-19. Então, percebo que as pessoas estão em busca de prevenção e mais cuidados com a saúde", destaca o personal trainer.

Ele ainda acrescenta que em Goiânia, a estética também leva muitas pessoas para as práticas esportivas. "O ideal é aliar saúde, bem-estar e, se estiver tudo bem, a estética. A prática esportiva e de qualquer outra atividade física regular, mesmo que seja uma caminhada, traz incontáveis benefícios." Ele mesmo diz praticar atividade todos os dias da semana. "A pessoa pode encontrar algo que dá prazer e investir nisso."

Obesidade

Mas outro dado preocupante apresentado por estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) neste ano é que a obesidade em Goiás está aumentando em praticamente todas as idades. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN/MS) mostram que nos últimos 10 anos, apenas as crianças menores de cinco anos mantiveram estável o índice do excesso de peso.

O Atlas da Obesidade no Estado de Goiás, desenvolvido por pesquisadoras da Faculdade de Nutrição (Fanut) e do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG, em parceria com a Secretaria do Estado da Saúde de Goiás divulgou os números de obesidade em todo estado, mas entre adultos, que é o foco do levantamento do Ministério da Saúde, o aumento foi de 47% (de 44,7%, em 2010, atingindo 66,7% em 2020).

Personal trainer, Thiago Fonseca ressalta que a prática regular de atividade física é capaz de melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico, ajudar a emagrecer, diminuir o risco de doenças cardíacas. "São tantos benefícios que não dá pra listar." Ele ainda comenta que praticar exercícios, como caminhada, corrida, pular corda, entre outras, ajuda até a consolidar aprendizado. "Com a prática regular existe aumento da circulação sanguínea cerebral e aumento das substâncias essenciais para a memória."

Por isso ele ressalta que a prática é recomendada para todas as idades. "Até mesmo idosos, gestantes e outras pessoas com condições delicadas podem fazer alguma atividade, mas sempre com orientação de um médico e com o acompanhamento de um professor de educação física. É importante sair do sedentarismo."

Saúde mental

Os dois profissionais ouvidos pela reportagem são enfáticos ao dizer que entre os principais benefícios, está a melhora da saúde mental. Isso significa uma melhoria na qualidade de vida. "As pessoas encontram mais disposição para realizar as tarefas do cotidiano. A constância acaba refletindo na autoestima e melhora a disposição, concentração e desempenho", diz Thiago Fonseca.

Júlio Divacci acrescenta que a atividade física também diminui os hormônios do estresse, o que reflete também na diminuição da insatisfação, da depressão e da ansiedade. "Além disso, ainda libera endorfina, que é conhecida como hormônio da felicidade." Então, a recomendação dos profissionais é que se faça, no caso dos sedentários, mínimo uma caminhada diária pelo tempo que for possível, entre 30 e 45 minutos. Quando a pessoa se sentir melhor, aumentar o tempo e a intensidade ou mudar de atividade. O importante é continuar.

Personal trainer Thiago Fonseca auxilia aluno Vasco Elias durante treino

Personal trainer Thiago Fonseca auxilia aluno Vasco Elias durante treino (Arquivo pessoal)

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Criança de 3 anos é confirmada com varíola dos macacos em Goiás

Nas últimas 24 horas, 12 casos foram confirmados no Estado; total já chega a 222

Modificado em 20/09/2024, 03:50

Vírus monkeypox

Vírus monkeypox (Getty Images)

Em Goiás, mais uma criança foi confirmada com varíola dos macacos. De acordo com informe da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) desta terça-feira (30), o paciente tem 3 anos de idade. Ainda não há informações de qual o município e do estado de saúde.

Este é o segundo caso confirmado em crianças no Estado. Um menino de 9 anos de Luziânia também já havia testado positivo para a infecção.

Ao todo, 12 novos casos foram confirmados no Estado. Agora, já somam 222 infectados pelo vírus Monkeypox.

Ainda, 385 casos suspeitos estão sob investigação das vigilâncias epidemiológicas dos municípios e aguardam resultados de testes para excluir ou confirmar o diagnóstico. Outros 229 pacientes suspeitos foram descartados.

Até o momento, não há registro de óbitos pela doença em Goiás. A faixa média de idade dos contaminados é 32 anos e a maioria dos pacientes são homens, totalizando 218 dos confirmados. Já as mulheres são 4.

Goiânia é o município com mais casos da varíola dos macacos, com 177 confirmações de infecções. Em Aparecida, são 19 pacientes. Já em Vaparaíso de Goiás, são 5. No total, 17 municípios goianos possuem casos confirmados.