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Fotógrafo comove internautas com ensaio de bebês com microcefalia

Modificado em 29/09/2024, 00:19

Fotógrafo comove internautas com ensaio de bebês com microcefalia

(MacroAmor)

Bebês alegres, sorridentes, brincando com os pais. As fotos de uma tarde de lazer de cinco famílias comuns passariam sem chamar a atenção na linha do tempo do Facebook de qualquer pessoa. Mas o ensaio MacroAmor ganhou uma repercussão muito além do esperado pelo fotógrafo Joelson Souza. São cenas comuns de bebês sorridentes brincando com seus pais, não fosse pelo formato diferente da cabeça das crianças, um pouco menores do que o padrão. "Quando comecei a editar as fotos percebi a riqueza que tínhamos construído juntos e estava só no início. Mas não esperava as mais de 1000 curtidas e centenas de compartilhamentos".

Chocado com o surto da microcefalia na região Nordeste, em fevereiro, Joelson sentiu a necessidade de promover a naturalização do tratamento com essas crianças. "A microcefalia 'pegou de surpresa' centenas de famílias, especialmente aqui em Pernambuco. E dentre as diversas dificuldades que principalmente as mães passam estão o preconceito, o 'olhar torto', as reações negativas e por aí vai. Com o intuito de mostrar um pouco 'o outro lado da história', construi esse projeto", justificou ele em sua página no Facebook.

Cinco mulheres que comandam a UMA - União de Mães de Anjos (grupo de apoio às famílias de bebês e crianças com microcefalia) toparam posar de maneira bem natural e descontraída, na tarde do dia 18 de junho, em um piquenique no parque. O resultado foi esse:

A tarde de fotos vai ficar na memória de Isabel Albuquerque, mãe do Matheus, de 9 meses: "Vi muitos elogios no Facebook. O trabalho ficou maravilhoso. Vivemos em hospitais e terapias e ele nos proporcionou uma tarde diferente e ainda retratando o amor imenso pelos nossos filhos. Guardarei eternamente o gesto dele através das minhas fotos".

Para ela, a experiência tem sido positiva: "Nunca sofri preconceito. Matheus nem aparenta ter microcefalia. Mas já vi muitas sofrerem. As pessoas precisam ver que eles interagem, brincam, riem bastante".

"Nosso intuito era fazer o ensaio com 30 mães (incluindo os pais sempre que possível) e hoje já temos uma demanda maior que essa. A princípio vamos realizar a primeira etapa desses ensaios até agosto e depois sentar e refletir sobre os resultados, qual o significado deles tanto para as famílias que participaram, como em relação ao objetivo central que é superar o preconceito que infelizmente continua forte em nossa sociedade", explica o fotógrafo, sobre a continuidade do projeto.

Joelson encontrou, na fotografia, a sensibilidade necessária tanto para combater a discriminação, quanto para fortalecer a autoestima das famílias, crucial para o envolvimento, principalmente dos pais: "Durante as fotos, muitas vezes parava de fotografar e admirava a forma singela com que elas cuidavam e se relacionavam com as crianças. Assim como os dois pais que participaram também. Ver eles lá, tentando acalmar seus filhos ou brincando com eles, foi algo que me emocionou, já que muitos pais ao saberem que o seu filho tinha microcefalia deixaram suas companheiras e essas tem uma luta em dobro", diz.

(MacroAmor)

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Goleira da seleção americana monta kit inusitado contra zika

Jogadora afirmou que temia o vírus da zika e que poderia até ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Modificado em 29/09/2024, 00:08

Goleira da seleção americana monta kit inusitado contra zika

(Reprodução)

A goleira norte-americana Hope Solo, 34, mostrou que está preocupada com o vírus da zika. Nesta sexta-feira (22), Solo publicou em sua conta no Instagram duas fotos com o possível kit que levará em sua mala para evitar a doença no Rio de Janeiro.

Em uma das fotos, a goleira aparece com o rosto coberto por um mosqueteiro e avisa: "Não vou dividir isso aqui! Arrume o seu! #ÀProvaDeZika #EstradaParaORio".

Not sharing this!!! Get your own! #zikaproof #RoadToRio pic.twitter.com/y3d8hnuEjk --- Hope Solo (@hopesolo) 22 de julho de 2016

Na outra foto, ela mostra todas as suas armas contra o vírus. "Se alguém na Vila esquecer de trazer o repelente, venha me ver #DepartamentoDeDefesa #ÀprovaDeZika".

If anyone in the village forgets to pack repellent, come and see me...#DeptOfDefense #zikaproof pic.twitter.com/x8RdUV6M7c --- Hope Solo (@hopesolo) 22 de julho de 2016

Em fevereiro, a jogadora norte-americana afirmou que temia o vírus da zika e que poderia até ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.

"Se eu tivesse de fazer uma escolha hoje, eu não iria para a Olimpíada", disse à época a atleta em entrevista ao site da revista "Sports Illustrated".

"Eu nunca assumiria o risco de ter uma criança não saudável. Eu não sei que dia eu e Jerramy [marido] teremos um filho, mas eu pessoalmente me reservo o direito de ter um bebê saudável. Nenhum atleta competindo no Rio deveria enfrentar este dilema. Atletas mulheres já enfrentam muitos dilemas e dificuldades que esportistas homens não têm de encarar", disse Hope Solo.

"Não aceito ser forçada em tomar uma decisão entre competir pelo meu país e sacrificar o potencial de saúde da minha criança, ou ficar em casa e desistir de meus sonhos como atleta. Competir nos Jogos Olímpicos deveria ser seguro para todos os atletas, homens ou mulheres. Mulheres não deveriam ser forçadas a tomar uma decisão que pode sacrificar a saúde de uma criança", disparou.

Medalha de ouro em quatro das cinco edições olímpicas do torneio feminino de futebol -foi vice-campeão na outra-, os Estados Unidos estão no Grupo G juntamente com Nova Zelândia, França e Colômbia.

GRUPOS DO FUTEBOL FEMININO NA RIO-2016
Grupo E: Brasil, China, Suécia e África do Sul
Grupo F: Canadá, Austrália, Zimbábue e Alemanha
Grupo G: Estados Unidos, Nova Zelândia, França e Colômbia

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Vírus bovino e zika podem ter relação, dizem pesquisadores

O vírus da zika pode não ser o único responsável pela epidemia de microcefalia.

Modificado em 29/09/2024, 00:12

Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e Zika

Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e Zika (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

O vírus da zika pode não ser o único responsável pela epidemia de microcefalia no Nordeste do país. Traços do VDVB, vírus da diarreia viral bovina, que atinge o gado, foram encontrados em fetos com microcefalia, segundo pesquisadores brasileiros. O estudo está sendo desenvolvido por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do Ipesq (Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto).

"Estamos trabalhando junto com a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde) para fechar esse ciclo. Ainda é muito precoce para falarmos numa colaboração viral, mas está se encaminhando para essa hipótese", afirma um dos pesquisadores da UFRJ.

O VDVB é um vírus que causa má-formação em fetos bovinos. A ação é semelhante ao observado em fetos humanos afetados pelo vírus da zika. Um tipo de VDVB detectado na Europa já havia sido considerado um possível contaminante de leite e carne.
Três fetos com microcefalia apresentaram traços do VDVB. A descoberta das partículas do vírus na necropsia do cérebro dos recém-nascidos foi informada ao Ministério da Saúde no dia 20 de junho.

Os pesquisadores tentam agora isolar o vírus para garantir que existe a relação com a zika e os problemas de má-formação.
Segundo os responsáveis pelo estudo, o VDVB poderia ser um dos responsáveis pelo elevado número de casos e a gravidade dos mesmos no Nordeste. O vírus não é raro e pode estar presente em até 10% das pessoas de determinados grupos.

Contudo, ainda há cautela e dúvidas quanto à possível descoberta: "Falta obter evidências sólidas se há algum papel relevante desse vírus no que estamos observando com a zika", afirma Paolo Zanotto, virologista da USP.

Hipótese

A OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde já foram informados sobre o estudo e a possível correlação entre os vírus. Nesta quinta (30), houve uma reunião com o Ministério da Agricultura para estudar possibilidades de ação caso os indícios sejam confirmados. A pasta diz que vai acompanhar o desdobramento da pesquisa e a comprovação da hipótese junto com o Ministério da Saúde, para então avaliar as medidas que podem ser necessárias.

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (1º) que acompanha novas pesquisas que investigam outros fatores que, associados ao vírus da zika, podem levar à microcefalia e a outras má-formações em bebês ainda na gestação.

Embora seja um achado significativo, a pasta reforça que ainda é cedo para conclusões sobre a hipótese. "A presença de partículas ou fragmentos do VDVB nas amostras coletadas não significa a existência de vírus ativo, nem que essa espécie de vírus seja responsável pelas malformações", informa, em nota. "Há necessidade de novas pesquisas para esclarecer o significado desses achados", completa.

Os estudos sobre a possibilidade de associação dos casos de microcefalia com o VDBD foram divulgados pelo jornal "O Estado de São Paulo".

Após ser informado dos resultados, o Ministério da Saúde enviou uma equipe com quatro pessoas à Paraíba para ajudar na investigação e na análise dos dados. A descoberta de fragmentos do VDBV em amostras dos bebês também foi comunicada à Opas/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde), "conforme o regulamento sanitário internacional".

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Brasil tem 1.581 casos confirmados de bebês com microcefalia

As confirmações correspondem a cerca de 20% do total de casos notificados como suspeitos.

Modificado em 29/09/2024, 00:13

Brasil tem 1.581 casos confirmados de bebês com microcefalia

(Sumaia Villela/ABr)

O número de casos confirmados de bebês com microcefalia já chega a 1.581 registros, distribuídos em diferentes regiões do país, de acordo com boletim atualizado do Ministério da Saúde.

As confirmações correspondem a cerca de 20% do total de casos notificados como suspeitos -desde o início das investigações, 7.936 casos foram informados ao governo federal por secretarias estaduais de saúde, a maioria em Estados do Nordeste.

Deste total, 3.047 ainda permanecem em investigação. Outros 3.308 foram descartados após exames de imagem não apontarem sinais de alteração no cérebro dos bebês ou confirmarem que o quadro de microcefalia, que ocorre quando o perímetro da cabeça é menor do que o esperado para a faixa etária, não foi causado por agentes infecciosos.

O Ministério da Saúde considera que a maioria dos casos confirmados está ligado a uma infecção pelo vírus da zika durante a gestação. Estudos apontam que, em alguns casos, o vírus pode atingir o sistema nervoso do bebê. A pasta estuda outros fatores associados que podem levar ao quadro.

Entre os casos confirmados, ao menos 226 já tiveram resultado positivo para o vírus em exames laboratoriais. O novo balanço abrange dados desde outubro de 2015, momento em que o Brasil declarou emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de bebês recém-nascidos com suspeita de microcefalia, até 11 de junho deste ano.

Neste período, também foram confirmadas 73 mortes de bebês com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central. Em geral, o ritmo de novos casos de microcefalia diminuiu neste ano se comparado a 2015. Por outro lado, têm crescido o número de casos já confirmados e descartados. Os relatórios do Ministério da Saúde são divulgados todas as terças-feiras.

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Perfume de rico é bom para espantar mosquito

Modificado em 29/09/2024, 00:13

Linha Bombshell da Victoria’s Secret: cada item custa, em média, R$ 250

Linha Bombshell da Victoria’s Secret: cada item custa, em média, R$ 250 (Divulgação)

Os produtos de luxo da Victoria's Secret estão na lista de desejo de 100 entre 100 mulheres que queriam uma vida à lá campeã de Big Brother Brasil. Só que além de artigo de luxo os perfumes da marca também são bons para espantar mosquito aedes aegypti transmissor de dengue e zika.

Segundo estudo da Universidade do Estado do Novo México, nos Estados Unidos, o perfume Bombshell da Victoria's Secret tem efeito parecido com repelentes.

Para fazer o teste, os cientistas colocaram duas espécies diferentes de mosquito em um equipamento que lembra um Y. Em uma ponta, eles colocaram a mão com o perfume e, na outra, uma mão sem nada e soltaram os insetos.

A grande surpresa é que o perfume da marca foi quase tão eficiente quanto os mais poderosos repelentes e se manteve ativo por uma hora e meia.

O resultado comprova que aromas florais e frutados não atraem mosquitos, como se acreditava.

O assunto é tão sério que uma reportagem da revista Vanity Fair feita com dermatologistas recomenda às grávidas usarem Victoria's Secret para prevenir zika.

Até dá para usar o perfume como repelente, se você for rico! Um vidro custa, em média, R$ 250.

Linha Bombshell da Victoria’s Secret: cada item custa, em média, R$ 250

Linha Bombshell da Victoria’s Secret: cada item custa, em média, R$ 250 (Divulgação)