Funcionário que escondeu celular no banheiro de empresa alegou que queria filmar colegas usando drogas, diz PM
Banheiro era unissex e o suspeito confirmou à polícia que estava ciente de que mulheres também utilizam o espaço. A Polícia Civil investiga o caso
Kariny Bianca
24 de janeiro de 2025 às 19:00
Modificado em 24/01/2025, 19:20

Pia de banheiro onde celular foi encontrado e celular coberto com papelão que estava filmando no banheiro de empresa (Reprodução/TV Anhanguera)
Um funcionário de 27 anos, suspeito de esconder um celular no banheiro de uma empresa de garagem de ônibus, alegou à Polícia Militar (PM) que sua intenção era filmar colegas supostamente usando drogas. O aparelho foi encontrado por uma funcionária de 40 escondido debaixo da pia do banheiro e posicionado para gravar o vaso sanitário. Após a descoberta, ela acionou o supervisor, que identificou o proprietário do celular e chamou a polícia.
Como o nome do funcionário não foi divulgado, o Daqui não conseguiu localizar a defesa para obter um posicionamento. A reportagem tentou contato com a empresa por telefone, por volta das 9h45 desta sexta-feira (24), mas as ligações não foram atendidas.
O caso ocorreu na terça-feira (21), em Luziânia, região do Entorno do Distrito Federal. A PM informou que o banheiro era unissex e questionou o homem sobre seu conhecimento de que mulheres também utilizavam o local. Ele confirmou estar ciente, mas não explicou por que a câmera do celular estava direcionada para o vaso sanitário.
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De acordo com os policiais, o celular estava coberto com jornal e papelão e só foi descoberto porque um fone de ouvido conectado ao aparelho estava tocando música.
A Polícia Civil (PC) confirmou que o celular estava gravando o banheiro, mas não pôde analisar as imagens imediatamente, pois a verificação depende de autorização judicial. O delegado Lucas Soares, responsável pelo caso, disse que o aparelho foi apreendido e que já solicitou à Justiça a quebra de sigilo para prosseguir com a investigação.
Celular escondido
O delegado Lucas Soares destacou ainda que o celular não estava exposto tanto quanto mostram as fotos, visto que as imagens foram feitas depois que a camuflagem já havia sido retirada. "O aparelho estava bem escondido", disse o investigador.
À Polícia Militar, o funcionário confirmou que o celular era dele. O homem foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por filmar cenas de nudez sem consentimento.