Geral

Helicópteros estavam em nome de piloto morto em ação policial

Aeronaves são de empresa de Felipe Ramos Morais. Militares apreenderam 5 quilos de cocaína e afirmaram que chácara servia para distribuir drogas. Outros dois suspeitos também morreram

Modificado em 19/09/2024, 00:12

Helicópteros estavam em nome de piloto morto em ação policial

(Wesley Costa / O Popular)

O piloto Felipe Ramos Morais, de 35 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (17) em uma ação da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) em uma chácara, no município de Abadia. Conforme os militares, teria havido uma troca de tiros que também resultou na morte de outros dois suspeitos de tráfico de drogas. Estavam no local três aeronaves.

Felipe é apontado como condutor do helicóptero que levou dois integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para uma emboscada, em fevereiro de 2018. O piloto chegou a ser detido pela polícia, mas fez uma delação premiada na qual ele entregou chefes do PCC. O piloto ainda foi preso em Caldas Novas em maio daquele ano pela PM-GO.

A PM-GO afirmou que chegou até a chácara na tarde desta sexta onde houve as mortes após uma denúncia anônima. Vizinhos teriam suspeitado da movimentação dos helicópteros. Quando chegaram ao local, os militares verificaram que uma das aeronaves estava com o motor ligado. Neste momento teria havido o confronto.

Os integrantes do trio são apontados como traficantes e os helicópteros serviriam para o transporte de entorpecentes. A PM divulgou que a operação resultou na apreensão de três pistolas semiautomáticas e cinco quilos de cocaína pura. A droga, segundo os militares, teria vindo da Bolívia e os entorpecentes seriam trazidos de outros países em pequenas porções.

"Os policiais foram recebidos com tiros e, no confronto, os três suspeitos envolvidos morreram. As duas outras identidades ainda não foram confirmadas, bem como a do dono da propriedade rural que era usada pelos suspeitos", afirmou à tarde o subcomandante do Comando de Operações de Divisas (COD), major Renyson Castanheira.

Castanheira afirmou que os suspeitos teriam constituído uma empresa de fachada com o objetivo de registrar os helicópteros para dissimular eventuais acompanhamentos da polícia.

O delegado da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) Alexandre Barros esteve na chácara. Ele afirmou à TV Anhanguera que os policiais militares agiram de acordo com os procedimentos operacionais.

A reportagem checou o prefixo de dois dos helicópteros apreendidos. Os códigos foram extraídos de fotografias do local da operação, o que não permitiu ver o registro de um deles.

As duas aeronaves identificadas têm capacidade máxima para três passageiros. Elas têm peso máximo de decolagem de 1.088 kg a 1.134 kg. Uma delas é apenas para voo diurno, conforme a Consulta ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação (Anac).

Os dados do RAB indicam que o helicóptero mais velho foi fabricado em 2001 e o mais novo em 2005. As duas aeronaves tinham problemas para navegação. Uma estava interditada e a outra apresentava o Certificado de Aeronavegabilidade Cancelado.

Os dois helicópteros constam como pertencentes à empresa GF Aviation LTDA, aberta em 2011. Conforme consulta feita na Receita Federal, a mesma possui capital social de R$ 100 mil e tem como sócio administrador o piloto Felipe. O endereço apresentado é a Avenida Deputado Jamel Cecílio, no Jardim Goiás, em Goiânia. No registro do CNPJ não há telefone declarado.

Ainda conforme o registro da Receita Federal, a empresa tem como atividade econômica principal "Outros serviços de transporte aéreo de passageiros não-regular".

Emboscada

O processo que investiga a morte de dois integrantes do PCC numa emboscada da qual Felipe teria participado completou cinco anos na última quarta-feira (15), conforme reportagem do Diário do Nordeste publicada na mesma data.

Acusados de envolvimento no duplo-homicídio estão presos em unidades de segurança máxima, mas também há foragidos da Justiça.

O processo foi desmembrado. As fases de instrução estão encerradas. A Justiça abriu, no último dia 2, vista apra que o Ministério Público do Ceará (MP-CE) e também as defesas realizem as alegações finais. O prazo concedido é de 20 dias.

Depois desta fase, um colegiado de juízes da Vara Única Criminal de Aquiraz deve decidir a respeito ou não da pronúncia dos réus do caso.

O duplo-homicídio resultou na morte de Rogério Jeremias de Simone, O Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paka. Gegê do Mangue era um dos líderes da do PCC. O motivo das execuções seria desvio de dinheiro da facção criminosa.

Inicialmente, o caso foi tratado como a localização de cadáveres sem identificação. Mas com o passar dos dias, parentes reconheceram os dois homens e a apuração mirou a estadia dos membros da facção criminosa no PCC.

A emboscada ocorreu em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.

Felipe fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), que apurava o caso, em julho de 2020. Desde então, o piloto vivia escondido.

As informações repassadas por Felipe à contribuíram para a realização de uma série de operações da corporação. Vários líderes do PCC acabaram presos.

Após o desenrolar dos fatos também houve uma série de assassinatos dentro do próprio grupo criminoso.

A relação de Felipe com o estado também passa pela prisão dele em Caldas Novas, a cerca de 160 km de Goiânia, no sul do estado.

Ele foi detido no dia 14 de maio de 2018. Ele estava em um condomínio de luxo da cidade turística e acompanhado de uma irmã no momento em que foi detido.

Em Goiás, ele vivia da venda de voos panorâmicos. Os voos, realizados na capital e no interior do estado, duravam cerca de 5 minutos e custavam 50 reais por pessoa.

Felipe não possuía autorização para realizar os voos panorâmicos e já respondia a vários procedimentos na Anac.

Em 2012, o piloto chegou a ser preso no Piauí. O motivo era o transporte de 174,8 quilos de pasta-base de cocaína. A droga teria sido retirada na Bolívia.

(Wesley Costa / O Popular)

IcEsporte

Esporte

Piloto goiano campeão da F4 Brasil começa trajetória nos Estados Unidos

Vinicius Tessaro vai participar do USF Juniors, que é o primeiro passo para pilotos que almejam correr na Fórmula Indy

Modificado em 17/09/2024, 15:50

Vinicius Tessaro vai defender a "De Force" no USF Juniors

Vinicius Tessaro vai defender a "De Force" no USF Juniors
 (Divulgação/USF Juniors)

O piloto goiano Vinicius Tessaro inicia neste sábado (6) uma nova fase da sua carreira. O competir de 17 anos vai estrear no USF Juniors, nos Estados Unidos. O campeonato é considerado como o primeiro passo para competidores que almejam correr na Fórmula Indy no futuro. A 1ª etapa será no estado da Louisiana.

Vinicius Tessaro é o atual campeão da Fórmula 4 Brasil. O piloto goiano tinha propostas para correr nos Estados Unidos e Europa. Ele aceitou o convite da norte-americana De Force. Na nova equipe, ele praticou testes nos meses de fevereiro e março nos circuitos de Barber e do NOLA Motorsports Park.

"Esse é um passo muito importante na minha carreira, uma escolha muito bem pensada e estou bastante empolgado para acelerar. Fui bem acolhido pela equipe e fiquei bem contente com o desempenho nos treinos", contou Vinicius Tessaro, que ficou entre os oito melhores em quatro dos cinco treinos realizados em NOLA, em fevereiro.

O USF Juniors é um campeonato que possui seis etapas, com 16 rodadas. As provas vão ser disputadas entre abril e agosto, mesclando rodadas duplas e triplas em circuitos como Barber, Mid-Ohio, Virginia, Road America e Portland, algumas em conjunto com a IndyCar.

"É um universo novo, uma aventura nova, morando fora, falando uma nova língua, com carros, pistas, pneus, costumes, tudo novo, e sempre algo novo para aprender a cada dia. Espero poder honrar minha bandeira e meus patrocínios e manter o título da USF Juniors no Brasil", acrescentou o piloto goiano Tessaro.

O campeão da USF Juniors receberá cerca de 264 mil dólares em aporte para subir de classe no ano seguinte e todos competem com um modelo Tatuus JR-23 com um motor MZR 2.0, que pode alcançar até 220 km/h.

Além de Vinicius Tessaro, outros três brasileiros também disputarão a temporada: Bruno Ribeiro, Leonardo Escorpioni e João Vergara.

A estreia do piloto goiano será neste final de semana. Com uma corrida no sábado (6) e outras duas no domingo (7). As disputas serão transmitidas no aplicativo da USF Pro e no canal oficial da categoria no YouTube.

IcEsporte

Esporte

Stock Car volta a ter equipe goiana no grid: piloto Raphael Teixeira se prepara para estreia

Competidor volta à categoria, agora com equipe sediada em Aparecida de Goiânia, e sonha com mais um carro no grid

Modificado em 17/09/2024, 16:00

Raphael Teixeira na sede da equipe em Aparecida de Goiânia: carro vai estrear no fim de semana, em Goiânia

Raphael Teixeira na sede da equipe em Aparecida de Goiânia: carro vai estrear no fim de semana, em Goiânia
 (Wesley Costa)

++TANDARA REIS++

O piloto goiano Raphael Teixeira, de 37 anos, lança, nesta quinta-feira (29), a equipe ASR Competições. Situada em Aparecida de Goiânia, a ASR será a primeira equipe goiana no grid da Stock Car depois de mais de 20 anos. A primeira corrida já é neste fim de semana, no Autódromo Internacional de Goiânia, na abertura da temporada da categoria. Raphael destaca a importância do projeto para o fomento do automobilismo no Estado.

"É uma necessidade que o automobilismo goiano tinha, precisamos de uma equipe genuinamente goiana. Junto com um aglomerado de empresários, conseguimos iniciar essa equipe. Tem sido um desafio bastante trabalhoso, mas muito gratificante também", disse o piloto.

Chefiada pelo carioca Roberto Ramos, o Betinho, a ASR Competições promete ter boa parte de DNA goiano. Atualmente, o time possui 12 funcionários diretos e 45 indiretos. Além disso, a estruturação da equipe tem incentivado diferentes setores da economia goiana.

"Estamos movimentando a rede hoteleira, alimentação, serviços de serralheria e pintura. A Stock Car é a maior categoria do Brasil e está contribuindo muito para as cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Estamos situados aqui em Aparecida, em um galpão de 600 metros quadrados. Temos aqui todas as ferramentas para uma estrutura de Stock Car, com um tecnologia de primeiro mundo", frisou Raphael Teixeira.

Começar um projeto como esse exige trabalho e investimento. O piloto goiano conta que uma temporada na Stock Car custa de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões. Para tirar a ASR do papel, Raphael contou com o apoio de patrocinadores.

"É cerca de R$ 500 mil de investimento no começo da temporada. Mas não é nada longe do que são os orçamentos de fora. O nosso ideal foi exatamente esse, pegar o patrocínio que levamos para as equipes de fora e trazer para uma equipe goiana. É difícil expressar números, mas temos a expectativa de consumir o que gastávamos lá fora, mas com mais qualidade aqui em Goiânia", ressaltou.

Em 2023, Raphael Teixeira disputou dez corridas (cinco etapas) da categoria com a Scuderia Chiarelli, de São Paulo. Neste ano, o piloto correrá pela ASR, mas a expectativa é que futuramente a equipe possa colocar dois carros no grid da Stock Car.

"Temos a expectativa de ter dois carros, mas, por enquanto, a realidade é só um, comigo à frente desse projeto. Estou doido para termos dois carros e para participarmos também das categorias de base, para formar novos pilotos", projetou.

Apesar do desejo de ter um segundo piloto na equipe, Raphael ainda não tem nenhum nome em mente, mas a tendência é que um piloto goiano seja escolhido.

"Existem nomes que já foram consagrados e nomes que podem vir a ser consagrados. Ainda não paramos para pensar na possibilidade de um segundo carro. Mas acredito que teria que ser um piloto local, sempre digo que temos que dar valor ao atleta da casa. Seria bom fazer por outra pessoa o que eu gostaria que tivessem feito comigo", pontuou.

O carro de Raphael Teixeira recebe os últimos ajustes para a corrida do fim de semana, que marcará a estreia da ASR Competições na Stock Car. O piloto não esconde a satisfação de estrear sua equipe em uma corrida em casa. "Goiânia é sempre especial. Quando soubemos que a primeira corrida seria em Goiânia, ficamos super empolgados", finalizou.

Equipes goianas

A ASR Competições será a terceira equipe de Goiás no grid da Stock Car. Em 1979, a Metalonica-Jorlan-Pneulândia, primeira equipe goiana, compôs o primeiro grid da história da categoria, no dia 22 de abril de 1979, no circuito gaúcho de Tarumã, localizado em Viamão (RS), na região metropolitana de Porto Alegre.

Liderada por Alencar Júnior, único piloto do time, a Metalonica-Jorlan-Pneulândia esteve presente nas pistas até 1987. A equipe levou o título da categoria em 1982. Por apenas um ponto, Alencar Júnior se sagrou campeão em 4 de dezembro, em Interlagos (SP), quando venceu a etapa por apenas 160 milésimos de segundo de vantagem sobre o 2ª colocado, Wilson Fittipaldi Jr.

A equipe acabou quando Alencar Júnior recebeu uma proposta para deixá-la. "Uma equipe de São Paulo me contratou a peso de ouro. Larguei tudo e fui embora", relembra o ex-piloto goiano.

A segunda equipe goiana na Stock Car foi a Justino Motorsport. Comandada pelos irmãos Ananias e Laércio Justino, a equipe esteve presente na Stock Car de 1997 até 2001. "Fomos bem em algumas etapas, chegamos entre os dez primeiros colocados muitas vezes", disse Ananias Justino ao lembrar do desempenho da equipe nas pistas.

O fim do projeto ocorreu após um acidente fatal com Laércio Justino, durante o segundo treino oficial para a 5ª etapa da Stock Car, no Autódromo Internacional de Brasília, no dia 9 de junho de 2001.

O piloto perdeu o controle do carro na curva da entrada da reta dos boxes. O carro foi arrastado por vários metros, atravessou a pista e bateu no guardrail. Laércio sofreu traumatismo crânio-encefálico cervical, torácico e abdominal. Após a morte do irmão, Ananias optou por acabar com a equipe.

Recentemente, o ex-piloto, a convite de Raphael Teixeira, visitou as instalações da ASR Competições. Ananias elogiou a estrutura.

"O Ananias veio visitar nossa sede e 'passar a benção' para nós. Quero representar (Goiás) tão bem quanto eles representaram e construir uma história muito bacana no automobilismo brasileiro, na Stock Car. Já tenho minha história, mas agora quero construir uma nova com a ASR", projetou.

IcEsporte

Esporte

Lewis Hamilton ganha homenagem na Câmara e lota plenário em segunda atípica

Piloto recebeu título de cidadão honorário. GP Brasil de Fórmula 1 será no domingo (13)

Modificado em 20/09/2024, 06:18

Lewis Hamilton recebe título de cidadão honorário pela Câmara dos Deputados

Lewis Hamilton recebe título de cidadão honorário pela Câmara dos Deputados (Fátima Meira/Futura Press/Folhapress)

O piloto britânico de Fórmula 1 Lewis Hamilton recebeu nesta segunda-feira (7), em sessão solene, o título de cidadão honorário pela Câmara dos Deputados. A homenagem foi sugerida pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE) e acatada pelos parlamentares.

Diferentemente de outras segundas na Câmara, em que, geralmente, o plenário da Casa está vazio, nesta segunda o dia foi marcado por longas filas e até espera para entrar na Câmara e no plenário.

As 13h, horário de abertura do plenário, já era possível avistar pessoas aguardando a chegada do piloto no Congresso Nacional. A expectativa de conhecer um ídolo internacional reuniu fãs, parlamentares, assessores e servidores e paralisou a Câmara antes e durante a sessão de homenagem.

Hamilton chegou por volta das 14h e entrou pela rampa da Camara, local onde geralmente entram autoridades brasileiras em eventos políticos importantes. Antes da sessão, ele se encontrou com o presidente da Camara, Arthur Lira (PP-AL), no gabinete da presidência, com Figueiredo e outros parlamentares.

A homenagem foi sugerida no ano passado, quando Hamilton venceu o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, em São Paulo, e repetiu o gesto do brasileiro Ayrton Senna em 1991, dando uma volta adicional no autódromo com a bandeira nacional.

IcMagazine

Famosos

Piloto detecta vazamento de óleo durante voo em avião que levava Zé Neto e Cristiano

Aeronave foi obrigada a voltar para o aeroporto de onde tinha acabado de decolar

Modificado em 26/09/2024, 01:01

Piloto detecta vazamento de óleo durante voo em avião que levava Zé Neto e Cristiano

(Divulgação)

O avião que levava os sertanejos Zé Neto e Cristiano para fazer um show nessa terça-feira, 5, teve de cancelar o voo e voltar para o aeroporto de Marília, interior de São Paulo, após o piloto detectar problemas na aeronave.

A dupla ia para Redenção, no Pará, onde se apresentaria no mesmo dia. Porém, pouco tempo depois de decolar, o comandante da aeronave detectou um vazamento de óleo e, por segurança, preferiu voltar para o aeroporto.

O avião teve de passar por conserto, ao passo que os músicos esperaram por outra aeronave que os levasse para a região Norte do País, onde puderam se apresentar normalmente.

Confira a nota na íntegra:

"Depois da decolagem do avião em Marília o piloto percebeu um pequeno vazamento de óleo e por questões de segurança e precaução retornou. A dupla está bem, nada aconteceu, logo depois eles decolaram em outro avião para Redenção/PA, o show programado aconteceu normalmente."