Homem que confessou ter matado menina de 12 anos é suspeito do desaparecimento de outra adolescente
Thais Lara da Silva, de 13 anos, desapareceu em 2019 após ir sozinha a uma feira do Setor Madre Germana II, em Goiânia
Augusto Sobrinho
6 de dezembro de 2022 às 14:01
Modificado em 20/09/2024, 06:25

Reidimar, que já foi preso pelos crimes de roubo e estupro, agora deve responder por tentativa de estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver (Ton Paulo/O Popular)
O ajudante de pedreiro, que confessou ter matado a adolescente Luana Marcelo Alves, de 12 anos, também é suspeito do desaparecimento de uma menina de 13 anos no Setor Madre Germana II, em Goiânia. Thais Lara da Silva desapareceu em 2019 após ir sozinha a uma feira do bairro.
A delegada Ana Paula Machado, do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID), explica que as investigações do caso Thais foram reabertas devido à semelhança com o caso Luana. Segundo a investigadora, o Reidimar Silva Santos pode estar envolvido nos dois desaparecimentos.
"A Thais está desaparecida desde 2019 e, na época, ela tinha 13 anos. Com o caso Luana, surgiram novas informações e, por isso, reabrimos as investigações para verificar se existe a participação do Reidimar também nesse caso. Vamos fazer novas diligências e ouvir novas testemunhas", explicou.
Segundo a investigadora, o perfil das vítimas e a forma como elas desapareceram é semelhante. "Thais tinha ido com uma tia buscar uma criança na escola e, no meio do caminho, a adolescente disse que iria sozinha à feira, mas não retornou para casa e nunca mais foi vista", relatou.
Ana Paula ainda destaca que o Reidimar mora na mesma rua em que Thais vivia com a avó. "No caso Thais, não temos imagens ou vídeos como no caso Luana. Mas, nesta semana, vamos ouvir novas testemunhas e depois o Reidimar. Por enquanto, as informações ainda são sigilosas", finalizou a delegada.
Crime contra Luana
A menina de 12 anos desapareceu no domingo (27), após ir a um mercado localizado a cerca de 400 metros da casa dela. Vídeos de câmeras de segurança mostram parte do percurso realizado pela menina na ida e na volta do estabelecimento.
Reidimar disse à Polícia Civil que matou a adolescente enforcada e colocou fogo no corpo antes de enterrar a vítima. Ele ainda contou que utilizou parte de um freezer e de um guarda-roupa para queimar o corpo da menina.
O homem ainda jogou cimento por cima da cova, o que dificultou a descoberta. Ele teria convencido a menina a entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro aos pais dela e iria fazer o pagamento. Ao ser preso em sua residência, ele também confessou ter tentado estuprar a menina antes de matá-la e disse não haver motivação para o crime.