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Mãe que ateou fogo em bebê recém-nascido em Anápolis tentou interromper a gravidez

Caso foi revelado nesta quarta-feira (12), quando o corpo de um bebê carbonizado foi encontrado no Residencial Cerejeiras

Modificado em 21/09/2024, 01:08

Corpo estava próximo de um lote cuja vegetação foi queimada

Corpo estava próximo de um lote cuja vegetação foi queimada (Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco)

A jovem que ateou fogo em seu bebê teria tentado aborto antes de dar à luz ao menino. De acordo com o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) em Anápolis, Wllisses Valentim, "essa jovem já teria tentado interromper a gravidez por meio de aborto, não obteve êxito, e agora com o nascimento da criança decidiu por fim à vida da mesma".

O caso veio à tona na manhã desta quarta-feira (12), quando transeuntes encontraram a caixa em que o recém-nascido foi deixado. O corpo estava parcialmente carbonizado. Segundo o GIH, a perna direita do bebê não foi carbonizada, o que permitiu a preservação da pulseira de identificação do hospital, contendo parte do nome da mãe.

Por meio de imagens de câmeras de segurança, a Polícia Civil conseguiu flagrar o momento em que a mãe chega ao local em um carro, na tarde de segunda-feira (10). As imagens revelam que a mulher deixou o bebê no terreno, em seguida retornou ao veículo para pegar álcool e atear fogo no local.

A jovem confessou o crime e não soube informar se o bebê estava morto no momento em que foi ateado fogo. Ela afirmou ainda que escondeu a gravidez de seus familiares e de seu namorado. De acordo com o perito da Polícia Científica, Pedro Arcanjo, o corpo será submetido a um procedimento de necropsia para averiguar se o recém-nascido já estava morto ao ser deixado no local ou se morreu carbonizado.

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Sobrinha de motociclista que morreu após ser arrastada por enxurrada em Anápolis desabafa: 'Família está muito abalada'

Segundo o Corpo de Bombeiros, devido à força da enxurrada, a mulher perdeu o controle da moto, e foi arrastada para debaixo de um carro

Modificado em 16/04/2025, 19:47

Fábia Francisca de Castilho, de 44 anos

Fábia Francisca de Castilho, de 44 anos (Reprodução/TV Anhanguera)

A sobrinha da motociclista Fábia Francisca de Castilho, de 44 anos, que morreu afogada após ser arrastada por uma forte enxurrada em Anápolis, no centro goiano, disse em entrevista à TV Anhanguera que a família está muito abalada. Thais Souza, contou que a tia estava sempre alegre, mesmo com todos os problemas enfrentados.

Ela era uma pessoa muito boa, sempre estava ajudando todos. Buscava entender o que cada um estava passando, sempre trazia alegria mesmo diante dos problemas. Não tem dois meses que a gente perdeu um avô também que é o pai dela, então nossa família está muito abalada porque foi uma morte muito trágica", disse a sobrinha.

O caso aconteceu na Rua 12 no bairro Antônio Fernandes por volta das 18h24 desta segunda-feira (14) durante a chuva. Segundo o Corpo de Bombeiros, devido à força da enxurrada, a mulher perdeu o controle da moto, e foi arrastada para debaixo de um carro amarelo (veja no vídeo abaixo) .

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Conforme os bombeiros, eles chegaram ao local e retiraram a vítima debaixo do veículo, mas ela já estava sem vida.

Em nota, a Prefeitura de Anápolis disse que já apresentou mais de R$ 300 milhões em projetos de macrodrenagem e contenção de áreas de risco, considerando os problemas históricos da cidade que nunca foram devidamente solucionados.

Em entrevista à TV Anhanguera, o secretário de obras de Anápolis, Thiago de Sá, disse que já foram determinadas a instalação de placas e a sinalização no local.

Já temos projetos apresentados na ordem de R$ 300 milhões para obter recursos para que a gente remodele a drenagem urbana de Anápolis. Já determinamos a instalação de placas e a sinalização, e estamos buscando alguns desvios da água para garantir que parte dessa água não desça por essa rua onde foi a ocorrência de ontem", disse o secretário.

A Câmara Municipal de Anápolis disse em nota que se solidariza com os familiares e amigos, expressando suas mais sinceras condolências.

Segundo a prefeitura, a Defesa Civil do município fará uma avaliação da rua para adotar medidas que possam melhorar a segurança de quem passa pelo local.

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Homem é preso suspeito de estuprar adolescente e duas jovens

Segundo delegada, investigado cometeu o último crime enquanto era investigado por outros dois estupros semelhantes. Ele chegou a ser condenado e preso na Espanha

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Um homem de 38 anos foi preso, nesta segunda-feira (14), suspeito de estuprar uma adolescente e duas jovens, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A delegada Aline Lopes, que investiga o caso, contou ao POPULAR que as vítimas identificaram como autor Pedro Paulo de Jesus Costa. Uma delas, inclusive, chegou a morder o dedo dele.

Uma das vítimas que o mordeu, o sangue dele ficou na roupa da vítima. Então, agora estamos aguardando o resultado dos exames periciais que vão confirmar e dar mais certeza, que ele é o autor desse crime", explicou a delegada.

O POPULAR não conseguiu localizar a defesa do investigado, até a última atualização desta reportagem.

Segundo Aline Lopes, o suspeito abordava as vítimas aleatoriamente passando em ruas próximas de locais de mata, que não possuía câmeras de segurança.

Ele conseguia em algum momento se aproximar dessas vítimas, cruzar com essas vítimas, no momento que a vítima passava por ele, ele abordava ela por trás, a imobilizava pelo pescoço e arrastava para o matagal", narrou a delegada.

De acordo com Aline Lopes, o perfil das vítimas escolhido pelo suspeito sempre era de mulheres jovens e "frágeis".

Todas com o mesmo perfil, estrutura física, franzina, baixinha, magrinha... frágeis, que não poderiam oferecer resistência frente ao porte físico dele. Ele é um lutador de artes marciais, de judô e jiu-jitsu", disse a delegada.

A delegada destacou que o homem foi identificado e preso no decorrer de investigação de dois crimes que ocorreram na mesma região, com descrições de um homem que teria as mesmas características de Pedro Paulo. "Em fevereiro, o crime foi contra uma menor, o estupro foi consumado", disse.

Ela lembra que o suspeito chegou a ser preso em 2023, pela Polícia Civil de Anápolis, "pelo crime de estupro tentado, agindo da mesma forma e de uma região muito próxima também".

Então, nós acreditávamos que poderia se tratar da mesma pessoa e poderia ser esse homem preso em 2023. Enquanto, nós estavamos investigando esses dois crimes ocorridos em janeiro e fevereiro, um envolvendo uma maior de idade e uma menor, ocorreu um outro crime de tentativa de estupro", salienta a investigadora.

Esse outro crime similar, segundo a delegada, foi registrado no último dia 6, quando a vítima mordeu o dedo do suspeito e conseguiu fugir. À polícia, a jovem descreveu o modo de agir do homem e suas vestimentas. "Então, nós tivemos certeza que se tratava da mesma pessoa", pontuou.

A delegada ressaltou que Pedro Paulo foi encontrado na casa dele e apresentava um ferimento no dedo, conforme idicado pela jovem. Durante a prisão, a polícia informou que o investigado negou o crime. Mas, ele ainda será interrogado formalmente.

Aline Lopes contou que Pedro Paulo chegou a ser condenado na Espanha também por estupro. Por enquanto, ela aguarda confirmação por quantos anos ele ficou preso por lá.

Ele é brasileiro, morou um tempo na Espanha, lá ficou preso, segundo ele, por 10 anos", comentou a investigadora.

Com a divulgação da imagem do investigado, a delegada acredita que outras vítimas do homem devem procurar a delegada.

Segundo polícia, suspeito foi encontrado com ferimento provocado por vítima (Divulgado/PC-GO)

Segundo polícia, suspeito foi encontrado com ferimento provocado por vítima (Divulgado/PC-GO)

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Estudante de medicina grava exame Papanicolau de paciente e expõe nas redes sociais

O vídeo, obtido pela TV Anhanguera, mostra as duas no consultório de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis. Prefeitura considerou “inadmissível” a conduta

Modificado em 12/04/2025, 20:47

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Uma estudante de medicina gravou o momento em que fazia o exame Papanicolau em uma paciente e expôs em suas redes sociais, sem nem mesmo censurar as partes íntimas da mulher. O vídeo, obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, mostra as duas no consultório de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia (veja acima).

Na cena, a aluna faz a coleta do exame, enquanto a paciente permanece deitada com as pernas afastadas da outra e com um dos braços sob o rosto. Após a repercussão do caso, as redes sociais da estudante foram excluídas.

A reportagem entrou em contato com a estudante, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

À redação, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Anápolis informou, em nota, que considera "inadmissível" a conduta da estudante e destaca que nenhum procedimento deveria ser realizado sem a presença de um preceptor (instrutor). Acrescentou que a universidade foi notificada (veja a nota completa no final da matéria) .

A Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica) disse à reportagem que, ao tomar ciência dos fatos, em janeiro de 2025, adotou todas as medidas cabíveis para apurar a situação e aplicou as "sanções disciplinares pertinentes". Segundo a instituição, na época, a aluna cumpriu suspensão de cinco dias, e depois foi reconduzida às atividades acadêmicas (veja a nota completa no final da matéria) .

Segundo apuração da SMS, a estudante foi transferida para uma instituição de ensino no Tocantins.

A reportagem questionou a Polícia Civil (PC) se houve alguma denúncia e se o caso está sendo investigado, mas não teve retorno.

O Ministério da Saúde recomenda o exame Papanicolaou (exame citopatológico) para rastrear o câncer do colo do útero em mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram atividade sexual. O exame é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

(Colaborou Diego Itacaramby, repórter da TV Anhanguera)

(Reprodução/TV Anhanguera)

(Reprodução/TV Anhanguera)

Nota da SMS de Anápolis

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, ao tomar conhecimento do caso, notificou imediatamente a universidade e solicitou providências. A pasta considera inadmissível a conduta da estudante e destaca que nenhum procedimento deveria ser realizado sem a presença de um preceptor.

A secretaria também reforça que a Organização Social (OS) responsável pela gestão da UPA na época --- já destituída da função --- deveria ter comunicado o ocorrido à Semusa tão logo os fatos vieram à tona.

A Semusa reitera que o respeito à privacidade dos pacientes é princípio fundamental da formação em Saúde e que todos os profissionais, desde o início da graduação. A aluna, segundo apuração da pasta, foi transferida para uma instituição de ensino no Tocantins.

Nota da UniEvangélica

A Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA informa que, ao tomar ciência dos fatos, em janeiro de 2025, prontamente adotou todas as medidas cabíveis para apurar a situação com rigor e aplicou as sanções disciplinares pertinentes.

Após cumprir suspensão de 5 (cinco) dias, a estudante foi reconduzida às atividades acadêmicas.

Reafirmamos nosso compromisso inabalável com o bem-estar e a segurança de nossa comunidade.

Atenciosamente

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Motorista de caminhão que levou meia tonelada de cocaína com carga de melancias disse que iria receber R$ 20 mil

Em depoimento, o motorista afirmou a policiais que foi abordado com a oferta por dois suspeitos em um posto de Porto Nacional. Caso foi enviado para tramitar na Justiça Estadual

Modificado em 11/04/2025, 12:44

Operação em Fátima apreende 565 kg de cocaína escondidos em caminhão que transportava melancias (Divulgação/FICCO-TO)

Operação em Fátima apreende 565 kg de cocaína escondidos em caminhão que transportava melancias (Divulgação/FICCO-TO)

O motorista do caminhão que transportava mais 556 kg de cocaína junto com uma carga de melancias prestou depoimento à Polícia Federal (PF) e afirmou que receberia R$ 20 mil pelo transporte das drogas . A versão também foi informada a dois policiais que fizeram a abordagem no município de Fátima, na região central do Tocantins.

A apreensão aconteceu nesta quarta-feira (9) em ação realizada pela Polícia Federal, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO). A suspeita da polícia é de que a droga tenha entrado no Brasil de avião.

Além do motorista, de 37 anos, mais dois presos vão passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (10). Outras duas pessoas chegaram a ser levadas para delegacia, mas acabaram sendo liberadas. Os nomes não foram divulgados e por isso o Daqui não conseguiu contato da defesa deles até a última atualização desta reportagem.

Conforme o relato do motorista e dos policiais, o caminhoneiro saiu de Santa Fé de Goiás com a carga de melancia na segunda-feira (7) e deveria fazer a entrega na quarta-feira em Santa Izabel, no Pará.

Por volta das 11h de terça-feira (8), o motorista parou em um posto de Porto Nacional depois que o caminhão apresentou problemas mecânicos. Nesse momento ele foi abordado por dois homens, que chegaram em uma picape branca e ofereceram R$ 20 mil para ele fazer o transporte da droga.

Segundo o motorista, como estava com problemas financeiros, resolveu aceitar o dinheiro, que só receberia após entregar a grande quantidade de cocaína no destino.

Como acordo feito, os homens teriam levado o caminhão para ser carregado com a droga, mas não permitiram que o motorista fosse junto. Cerca de uma hora depois, teriam voltado e entregado o veículo ao caminhoneiro.

Durante a negociação os suspeitos não teriam dito ao motorista onde a droga deveria ser entregue, mas afirmaram que no dia seguinte, na quarta-feira, alguém entraria em contato para combinar o local.

O plano foi frustrado quando o motorista chegou em Fátima e foi abordado pelas equipes policiais que acabaram descobrindo e apreendendo a droga. Aos policiais ele contou que não conhecia os dois suspeitos que o abordaram e que não sabia a quantidade de droga que estava transportando.

Maços de dinheiro apreendidos durante oparação (Divulgação/FICCO-TO)

Maços de dinheiro apreendidos durante oparação (Divulgação/FICCO-TO)

Caso enviado para Justiça Estadual

A identificação do caminhão com as drogas contou com o apoio de diversas forças de segurança, entre elas do Grupo Especial de Fronteira de Mato Grosso (GEFRON/MT). Segundo a polícia, pelas características da embalagem, a cocaína pode ter sido produzida na Bolívia, Peru ou Colômbia .

Após pedido do Ministério Público Federal para que sejam decretadas as prisões preventivas dos suspeitos presos, a 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal no Tocantins declinou da competência e determinou que o caso fosse enviado para a Justiça Estadual dar andamento ao processo.

No caso, não restou minimamente evidenciada transnacionalidade do ilícito, uma vez que as drogas foram apreendidas no Município de Fátima/TO quando era transportada para local ignorado pelo condutor do veículo, tendo o delito, portanto, ocorrido dentro do território nacional", conforme destacou o juiz substituto Hallisson Costa Glória.

O caso foi enviado ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Porto Nacional. O Tribunal de Justiça informou que o motorista e os outros dois suspeitos passarão por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira (10).

Maior apreensão em 15 anos

Conforme informações da Polícia Federal, esta foi a maior apreensão de cocaína dos últimos 15 anos no estado. Também houve a apreensão de dinheiro em espécie, veículos utilizados na logística de distribuição dos entorpecentes, cinco armas de fogo de uso restrito e de uso proibido, incluindo pistolas e carabinas com numeração raspada e sem registro legal.

Os suspeitos foram conduzidos à Superintendência Regional da Polícia Federal no Tocantins, em Palmas, onde prestaram depoimentos.

Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, posse ilegal de armas de fogo de uso restrito e de uso proibido. As penas somadas podem ultrapassar 47 anos de reclusão.

Armas e munições apreendidas com suspeitos de tráfico internacional (Divulgação/FICCO-TO)

Armas e munições apreendidas com suspeitos de tráfico internacional (Divulgação/FICCO-TO)