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Médicos legistas farão protestos para redução da jornada de trabalho em Goiás

Segundo a categoria, os concursados de 2014 trabalham 40 horas semanais e recebem o mesmo salário daqueles que trabalham apenas 20 horas

Modificado em 21/09/2024, 01:09

Corpo da vítima foi levado para Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia

Corpo da vítima foi levado para Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia (Diomicio Gomes/O Popular)

Os médicos legistas da Superintendência de Polícia Técnico-Científica de Goiás (SPTC-GO) realizarão, na sexta-feira (26), uma mobilização em favor da regulamentação da carga horária de 20 horas semanais para a categoria. Segundo o Sindicato dos Peritos Criminais e Médicos Legitas do Estado de Goiás (Sindiperícias), a jornada reduzida já é praticada por todos os médicos do Estado de Goiás, exceto os profissionais nomeados pelo concurso de 2014.

Os protestos ocorrerão das 7h às 19h, em todo o Estado. Serão fixadas faixas nos muros e grades dos prédios do IML de Goiânia e dos Núcleos Regionais de Polícia Técnico-Científica, e não haverá reunião de pessoas, em virtude da pandemia de Covid-19. A organização ressaltou que o atendimento será garantido, já que pelo menos 30% dos servidores permanecerão em atividade. No entanto, podem ocorrer atrasos nos atendimentos.

A categoria explicou ainda que a luta pela regulamentação já dura mais de cinco anos, e que tem trazido desconfortos psicológicos e insatisfação com o trabalho, uma vez que o servidor se sente injustiçado ao ver colegas executando a mesma função, com mesmo salário, trabalhando 20 horas a menos. Diante dessa situação, 76 médicos legistas do concurso de 2014 já pediram exoneração do cargo.

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Ossada de homem encontrada em fazenda está no IML de Palmas sem identificação

Restos mortais foram encontrados no dia 3 de dezembro. A vítima tem idade estimada entre 25 e 35 anos e cerca de 1,70 m de altura

Modificado em 20/12/2024, 11:58

A ossada trata-se de um homem, com 1,73 metro e idade aproximada entre 25 e 35 anos

A ossada trata-se de um homem, com 1,73 metro e idade aproximada entre 25 e 35 anos (SSP/ Divulgação)

Uma ossada humana, ainda não identificada, foi encontrada em uma fazenda próximo a Pedro Afonso, região noroeste do estado. Os restos mortais estão há 18 dias no Instituto Médico Legal (IML) de Palmas aguardando o reconhecimento de familiares ou conhecidos. A vítima seria um homem.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública, a ossada foi encontrada no dia 3 de dezembro na Fazenda Santa Luzia, próxima à divisa com a Fazenda São José, na zona rural da cidade.

A ossada trata-se de um homem, com 1,73 metro de altura. De acordo com a SSP, a idade aproximada da vítima está entre 25 e 35 anos.

Para reclamar o corpo, o familiar deve ligar no IML para checagem dos dados, depois comparecer na unidade munido de documentos que comprovem o parentesco. Em seguida o corpo é liberado, entregue à família e/ou à funerária com a devida procuração.

Informações que possam ajudar na localização dos familiares da vítima podem ser repassadas diretamente ao IML de Palmas, por meio do telefone (63) 3218-6840.

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Goiás vê protesto em último jogo na Série A: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás"

Partida contra o América-MG tem o menor número de torcedores pagantes do clube esmeraldino na Série A, apenas 793

Modificado em 19/09/2024, 01:13

Faixa estendida no setor Tobogã Força, na Serrinha: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás"

Faixa estendida no setor Tobogã Força, na Serrinha: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás" (Wesley Costa)

No jogo de despedida da Série A após o rebaixamento sofrido na competição, o Goiás, que venceu o América-MG por 1 a 0, viu faixa de protesto da torcida na arquibancada do Estádio Hailé Pinheiro, a Serrinha, com a inscrição: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás". A faixa foi estendida na noite desta quarta-feira (6), no setor Tobogã Força, onde tradicionalmente fica a torcida organizada, que não compareceu à partida.

A partida contra o América-MG tem o menor público do Goiás no Brasileirão. Foram 793 pagantes - 1.966 pessoas no total. Foram mais não pagantes do que torcedores que pagaram: 1.173.

O número de pessoas no estádio para o jogo da 38ª rodada é, de certa forma, um protesto. Nas redes sociais, antes da partida, houve uma mobilização "público zero" por parte de torcedores.

A média de público do Goiás na Série A, antes da partida desta quarta-feira (6), é de 7.697 torcedores.

O Goiás sofreu, em 2023, seu sexto rebaixamento na história, o quarto nos pontos corridos. O clube vai passar, neste mês de dezembro, por processo eleitoral. O clube marcou para o próximo dia 15 de dezembro, uma sexta-feira, a eleição do Conselho de Administração, regime que vai substituir a figura do presidente executivo na gestão do clube. Será o primeiro pleito no atual modelo, aprovado no fim de novembro.

Alvo do protesto

A diretoria executiva, alvo do protesto na Serrinha, já se despediu do clube. Paulo Rogério Pinheiro, presidente nos últimos três anos, se despediu em carta encaminhadas aos conselheiros em que diz que, a partir da publicação do novo estatuto, o cargo fica extinto e a gestão dele se encerra, o que ocorreu, segundo ele, no dia 1º de dezembro.

Vice-presidente de futebol, Harlei Menezes também se despede com o fim da gestão.

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Servidor é afastado da Prefeitura de Luziânia após troca de bebês mortos

Mãe relata que tentou reconhecer o corpo do filho, mas recebeu a informação que ele já havia sido liberado para outra família

Modificado em 19/09/2024, 01:20

Bebê nasceu prematuro aos 7 meses de gestação e morreu após quatro horas de nascido, em Luziânia

Bebê nasceu prematuro aos 7 meses de gestação e morreu após quatro horas de nascido, em Luziânia (Arquivo Pessoal/Tamires Oliveira Santos)

O servidor da Prefeitura de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, que estava no Serviço de Verificação de Óbito (SVO) foi afastado após a troca de corpos de dois bebês. À TV Anhanguera, a mãe de um dos bebês, Tamires Oliveira Santos, contou que tentou reconhecer o corpo, mas recebeu a informação que ele já havia sido liberado para outra família. A Polícia Civil investiga o caso.

Por não ter o nome divulgado, a reportagem não conseguiu localizar o servidor afastado para que se posicionasse até a última atualização desta matéria.

Em nota, a Prefeitura de Luziânia informou que " reconhece possível erro humano na identificação dos corpos dos bebês", por isso, "abriu uma sindicância para apurar o caso e que afastou de suas funções o servidor responsável pelo ocorrido" ( confira a nota na íntegra ao final da reportagem ). A reportagem entrou em contato com a prefeitura novamente, às 10h18 desta quinta-feira (26), para saber se houve alguma atualização no caso e aguarda retorno.

Entenda o caso
O caso aconteceu na terça-feira (24). Tamires conta que o filho, Thaylor Gael Santos, nasceu de uma cesariana no último sábado (21), no Hospital Estadual de Luziânia, mas acabou morrendo quatro horas depois do nascimento. Ela precisou ficar internada, mas saiu do hospital na terça para fazer o reconhecimento do corpo do filho no SVO.

Chegando lá, descobriu que o bebê já havia sido enterrado por outra família. "O meu filho já tinha sido enterrado. Foi enterrado por uma família que eu nem sei quem é. Não sei quem enterrou meu filho", contou a mãe.

Em nota divulgada na quarta-feira (25), a Prefeitura de Luziânia explicou que o reconhecimento dos corpos é feito exclusivamente pela família. Neste caso, em específico, a prefeitura disse que "uma das famílias fez o reconhecimento equivocado do corpo de uma das crianças, o que infelizmente causou todo o transtorno".

Ocorrência
De acordo com o boletim de ocorrência, uma funcionária do SVO percebeu que uma outra mãe havia reconhecimento o bebê por engano e orientou as famílias a procurarem uma delegacia para registrar o ocorrido.

O caso foi registrado na Polícia Civil (PC) e será investigado no 1º Distrito Policial de Luziânia. A reportagem pediu informações ao delegado que registrou o boletim de ocorrência, mas não teve detalhes sobre a investigação até a publicação desta matéria.

A família que reconheceu o bebê por engano também procurou a delegacia. À polícia, a mãe do outro bebê disse que reconheceu o corpo visualmente, por um vidro, e prosseguiu com os procedimentos para o enterro, sem saber que não era seu filho.

"Nosso reconhecimento no SVO só é feito visualmente, a gente olha o corpo e reconhece. É muito mais simples quando é adulto, porque adulto você já tem o convívio e tudo mais, já conhece a pessoa. Mas duas crianças de 1,3 kg, mais ou menos, nascidas na mesma época, uma nasce morta e outra morre logo que nasce, a característica delas é muito parecida", explicou diretor do SVO do Entorno do DF, Douglas Westphal, disse à TV Anhanguera.

A reportagem entrou em contato com o SVO de Luziânia para pedir um posicionamento sobre o ocorrido, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O advogado da família entrou com um pedido na Justiça para fazer uma exumação do corpo do bebê enterrado, para que o erro seja corrigido. À TV Anhanguera, o delegado disse que vai entrar com pedido de desenterro, que é um procedimento mais rápido.

Diferença entre SVO e IML
O Serviço de Verificação de óbito (SVO) fica no mesmo prédio do Instituto Médico Legal (IML). Em nota, a Polícia Científica explicou que o SVO é um órgão da saúde e de responsabilidade dos municípios, não tendo ligação com o instituto. A função de cada um dos órgãos também é diferente.

++SVO++ : órgão da saúde, de responsabilidade do município, busca a causa de mortes naturais;
++IML++: órgão policial, de responsabilidade do Estado, busca a causa de mortes violentas ou suspeitas.

Nota da Prefeitura de Luziânia sobre afastamento do servidor :

A Prefeitura de Luziânia, por meio da Secretara Municipal de Saúde reconhece possível erro humano na identificação dos corpos dos bebês que estavam no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do município. Por sua vez, informa que abriu sindicância para apurar o caso e que afastou de suas funções o servidor responsável pelo ocorrido.

Luziânia, 26 de outubro de 2023

Nota da Prefeitura de Luziânia sobre reconhecimento do corpo:

A Prefeitura de Luziânia, por meio da Secretara Municipal de Saúde, se solidariza com as famílias e lamenta profundamente o ocorrido. Todavia, esclarece que o reconhecimento do corpo de pessoas em óbito é realizado exclusivamente pela família. Especificamente, neste caso, uma das famílias fez o reconhecimento equivocado do corpo de uma das crianças, o que infelizmente causou todo o transtorno. A Prefeitura também comunica que está à disposição para prestar toda assistência necessária às famílias.

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Corpo de bebê que morreu após injeção com dipirona é retirado durante velório para exames no IML

Exames poderão apontar circunstâncias da morte. Polícia Civil investiga o caso

Modificado em 19/09/2024, 00:53

Família de Ayslla Helena Souza Lopes, de 5 meses, denuncia que a bebê morreu após receber atendimento médico

Família de Ayslla Helena Souza Lopes, de 5 meses, denuncia que a bebê morreu após receber atendimento médico (Reprodução)

O velório de Ayslla Helena Souza Lopes, de 5 meses, foi interrompido na manhã desta terça-feira (8), para que o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia recolhesse o corpo da bebê e encaminhasse para a realização de um exame cadavérico. A família denuncia que a bebê morreu após receber uma injeção intramuscular na última sexta-feira (4), na Unidade de Pronto Atendimento Dilson Alberto Souza, a UPA do Setor Cristina, em Trindade.

O velório da bebê começou na madrugada desta terça-feira (8), por volta das 4 horas da manhã. A família, que é de Porangatu e tinha ido a Trindade para que os avós conhecessem Ayslla, decidiu que o corpo da bebê seria velado e enterrado em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia.

À reportagem, Cássia Borges, delegada à frente do caso, explicou a importância da realização do exame nesta terça-feira (8). "Com esse exame a gente objetiva saber a causa da morte, o modo que a morte ocorreu e se teve alguma relação com a forma com que remédio que foi administrado ou com o tipo de remédio administrado. É a prova que a gente tem pra poder verificar se há ou não algum tipo de responsabilidade criminal e era indispensável que [o exame] fosse feito o quanto antes", afirmou.

Após ser liberado pelo IML, o corpo voltará para Trindade, para que o velório seja concluído e o enterro seja realizado.

De acordo com a delegada, a Polícia Civil já fez algumas requisições para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Trindade, como o prontuário médico integral e a lista de todos os funcionários que estavam trabalhando na UPA nos dias em que Ayslla esteve no local. "Todo mundo será ouvido", afirmou a delegada.

Entenda o caso

A família de Ayslla Helena Souza Lopes, de 5 meses, denuncia que a bebê morreu após receber atendimento médico na última sexta-feira (4). O caso aconteceu na Unidade de Pronto Atendimento Dilson Alberto Souza, a UPA do Setor Cristina, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo os pais, as complicações começaram após a injeção, e a bebê voltou outras duas vezes à UPA, onde acabou morrendo na segunda-feira (7).

De acordo com o boletim médico, as causas da morte apontadas foram insuficiência respiratória e choque séptico, e, conforme o documento, a injeção aplicada na bebê contribuiu para a morte dela.

Em nota, a Prefeitura de Trindade afirmou que a equipe envolvida no caso já foi afastada de suas atribuições e que instaurou uma sindicância para verificar se houve equívoco na assistência prestada à paciente em relação às prescrições e modo de administração de medicamentos. "Todas as investigações necessárias serão realizadas para elucidar a causa da morte", diz um trecho do comunicado.

Outro trecho afirma que a Prefeitura presta total apoio à família por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social. "Foram disponibilizadas profissionais de assistência social para atender as necessidades dos pais e serviço funerário", afirma.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) afirmou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás são apuradas e tramitam em sigilo.

Por não ter tido o nome divulgado, a reportagem não localizou a defesa da enfermeira responsável pela aplicação da injeção em Ayslla Helena Souza Lopes até a última atualização desta reportagem.