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TDAH precisa de atenção da sociedade

Na data de conscientização do transtorno, especialista pontua que ele não é modismo e fala sobre o tratamento

Modificado em 17/09/2024, 16:31

TDAH precisa de atenção da sociedade

(Freepik)

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional para a idade.

De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência de TDAH é estimada em 7,6% em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, 5,2% nos indivíduos entre 18 e 44 anos e 6,1% em maiores de 44 anos. Cerca de 11 milhões de brasileiros são afetados pelo transtorno, conforme dados divulgados em 2022.

O dia 13 de julho é o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), criado para lembrar a importância da conscientização sobre isso e sobre os prejuízos que os portadores enfrentam em todos os espaços e contextos em que frequentam.

A psicóloga Soraya Oliveira, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, cita alguns sinais do transtorno. "Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e se manifestar de maneiras diferentes em crianças, adolescentes e adultos, mas os principais geralmente se enquadram em três categorias: desatenção, hiperatividade e impulsividade".

A especialista pontua que normalmente o TDAH aparece na infância e, mesmo sendo normal as crianças serem mais ativas, é possível diferenciar os sintomas. "Eles causam sofrimento devido a própria agitação e inquietação que a criança sente, o que, às vezes, acaba criando situações constrangedoras por agitar os locais, principalmente, salas de aula e ambientes desconhecidos. A criança dificilmente tem autocontrole diante da hiperatividade. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos".

Sem modismo
Muitas pessoas minimizam o transtorno, dizendo se tratar de um modismo, mas Soraya Oliveira rebate esse pensamento. "O TDAH é um transtorno neurobiológico, com base genética, e o aumento de casos não é um mero 'constructo', mas fruto de uma maior conscientização e compreensão da condição. À medida que a sociedade se tornou mais informada, mais indivíduos passaram a ser identificados. Além disso, mudanças nas práticas de diagnóstico, incluindo a implementação de critérios mais abrangentes, também contribuíram para a melhor caracterização do transtorno nas pessoas".

A psicóloga explica que os impactos do aumento do transtorno são multifacetados e afetam sociedade, família e educação. "Lidar com pessoas que sofrem de TDAH nem sempre é fácil devido às alterações de comportamentos na infância e dificuldades de atenção na fase adulta. No âmbito da escola, crianças com a condição, podem enfrentar dificuldades acadêmicas, desafios de comportamento e problemas de relacionamento com colegas e professores. Nos adultos, a dependência de substâncias como drogas e álcool é uma comorbidade bastante frequente em pessoas com essa condição".

O tratamento é multidisciplinar. "Adultos que sentem os sintomas ou pais que os percebam nos filhos devem procurar auxílio profissional assim que for percebido, não procrastinar na procura de um profissional habilitado. O tratamento normalmente une psicoterapia, psicopedagogia e medicamentos. A melhor forma de lidar, além do tratamento, é ter compreensão desse transtorno para melhor compreensão do comportamento tanto da criança como do adulto. E não deve-se utilizar nenhuma medicação para TDAH se não for prescrito por seu médico diante dos sintomas que fecham o diagnóstico", alerta Soraya.

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Lei que tira professores de apoio das salas de aula em Goiás é questionada por pais e educadores

Pai de aluno avalia que futuro dos estudantes sem atendimento especializado em sala de aula será a incapacidade

Modificado em 20/09/2024, 06:33

Tiago teme que o filho, de 20 anos, fique à deriva em sala de aula. "O futuro deles dessa forma será a incapacidade"

Tiago teme que o filho, de 20 anos, fique à deriva em sala de aula. "O futuro deles dessa forma será a incapacidade" (Arquivo pessoal / Nubia Melo)

Pais, educadores e advogados questionam o Projeto de Lei do governo de Goiás que tira professores de apoio das salas de aula da rede pública. A Lei nº 10882/22, que também prevê alteração da carga horária dos professores, chegou nesta segunda-feira (12) à Casa Civil. O projeto passará agora para sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).

Para a advogada e professora de Direitos da Pessoa com Deficiência, Tatiana Takeda, a lei proposta pelo governo tem o papel de economizar em cima dos hipervulneráveis. "O aluno com deficiência precisa ter acompanhamento em caráter pedagógico para garantir o aprendizado do aluno. A partir do momento que você coloca uma pessoa sem capacitação pedagógica dentro da sala de aula para acompanhar o aluno de inclusão está-se a negar o aprendizado", pontua.

Tatiana, que também tem um filho de 11 anos com autismo, conta que ele não consegue ficar na sala sem o profissional de apoio escolar em razão da sua necessidade. "Teve apoio no período em que esteve no CMEI e depois na escola privada. Não imagino como teria sido sem esse suporte. Um cuidador tem por competência higiene e alimentação e esse não é o objetivo da Educação. O Direito à Educação está no aprender", reforça.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) Bia de Lima, também questiona a troca de professores inclusivos por cuidadores. "É sobre-humano para os professores trabalharem com todos os alunos, incluindo aqueles que necessitam de educação especializada. Os professores inclusivos estudaram para dar esse suporte. Tanto aos alunos, quanto os regentes sem esse suporte sairão prejudicados", comenta.

Quem também questiona essa troca é a professora da rede estadual Pollyana Volpato, que tem alunos autistas, com TDAH, síndrome de Down, paralisia cerebral, déficits intelectuais e TOD. Para ela, sem os professores inclusivos aconteceria uma verdadeira exclusão desses alunos. "Eles não conseguem (em sua maioria) entender os comandos dados à turma em geral, e infelizmente, o professor regente não consegue dar a atenção especial que esses alunos precisam", diz.

Pollyana reforça que sem o professor de apoio na sala, os professores regentes terão grandes dificuldades. "Por vários motivos, mas o primeiro e mais importante é o de entender de perto o que um aluno especial precisa. Os professores de apoio são nosso braço direito e esquerdo em uma sala de aula. Eles estão ali lidando diretamente com a dificuldade de cada aluno, elaborando atividades dentro do nosso conteúdo, mas específico para aquele aluno", pontua.

Com um filho autista de 20 anos estudando em um colégio da rede estadual, o empresário Tiago Machado Melo revela que o jovem foi diagnosticado aos três anos e sempre teve acompanhamento escolar. "Essa lei é uma vergonha, inconstitucional e desumana. O prejuízo é total. Imagina como essas crianças e jovens que têm deficiências intelectuais poderão almejar algo em suas vidas, se os mesmos não têm oportunidade do aprendizado e do estudo. Estão ficando à deriva, o futuro deles dessa forma será a incapacidade. Muito triste tudo isso", lamenta.

Trabalhando como professora da rede pública há 25 anos e com a educação inclusiva desde o início do ano, a pedagoga, pós graduada em Psicopedagogia e Educação Inclusiva, Glenda Maris Hamu de Aquino, reforça que os alunos que necessitam de acompanhamento ficarão "abandonados em um canto da sala". Para ela, um professor de segunda fase, com 50 minutos de aula (em média) dificilmente poderá sanar dificuldades ou explanar conteúdos aos alunos com demandas específicas em uma sala com cerca de 30 alunos.

"O professor de apoio está na sala não só como apoio, mas como verdadeiro professor. Ministra aulas e aplica atividades que ele mesmo adapta. Eu, conhecendo o "aluno especial", na sua especificidade, pude fazer e elaborar todas as atividades e provas adaptadas de acordo com a realidade desse aluno. Não acredito em uma educação de qualidade para os alunos com necessidades especiais, como estão querendo. Será um verdadeiro retrocesso à tão esperada inclusão! Os alunos estarão inclusos na sala, mas não no ensino de qualidade", reforça.

O que diz a Seduc
De acordo com o gerente de Educação Especial do Estado, Weberson de Oliveira Morais, a nova lei vem para regularizar o profissional de apoio escolar. "Estamos apenas regularizando o cargo, já que muitos professores foram "desviados" da sua função para ocupar o cargo de professor inclusivo. Continuaremos ofertando o mesmo serviço de apoio", explica.

Weberson pontua ainda que o profissional de apoio precisa ter nível superior e, preferencialmente, no curso de pedagogia. "Mas caso o município não tenha profissionais o suficiente, serão abertas vagas para licenciatura e posteriormente outras áreas de linguagem e humanas", diz.

Segundo o gerente, atualmente o Estado atende 19.440 estudantes que precisam de acompanhamento e conta com mais de 5 mil profissionais de apoio. "Destes, temos a estimativa que 500 voltem para a sala de aula como professores regentes", frisa Weberson, acrescentando que o Governo deve realizar um processo seletivo para a contratação dos novos profissionais de apoio, mas ainda sem previsão.

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Jeferson de Castro Vieira

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Trechos de BRs em Goiás terão restrição para obras nesta semana

Haverá interdição parcial das pistas a partir desta segunda-feira (30) até sábado (4)

Modificado em 20/09/2024, 00:15

Os trabalhos estão previstos para ocorrer entre 6h e 18h

Os trabalhos estão previstos para ocorrer entre 6h e 18h (Reprodução/Ecovias do Araguaia)

Motoristas goianos que trafegam pelas BRs-153, 414 e 080 precisarão redobrar a atenção ao trânsito, pois trechos dessas estradas passarão por obras durante esta semana. De acordo com a Ecovias do Araguaia, concessionário que administra essas rodovias, haverá interdição parcial das pistas a partir desta segunda-feira (30) até sábado (4), entre 6h e 18h.

A concessionária informa que deve realizar trabalhos de recuperação do pavimento, implantação de defensas metálicas e reparo de placa, recuperação e reparos estruturais, instalação de praças de pedágio, atividades de terraplanagem, tapa-buracos, roçadas e limpezas de drenagem.

Por isso, a empresa orienta que os motoristas reduzam a velocidade nos trechos para evitar acidentes. "Recomenda-se atenção dos motoristas e indica que reduzam a velocidade ao passar por trechos em obras, que estarão sinalizadas seguindo as normas vigentes da legislação", afirma.

Confira os trechos:

BR-153

  • Quilômetros 418 e 442 da BR-153, em Anápolis;
  • Quilômetros 55 ao 3, em Porangatu;
  • Quilômetros 106 ao 144, entre Santa Tereza de Goiás e Campinorte;
  • Quilômetros 292 ao 317, entre Rialma e Rianópolis;
  • Quilômetros 318 e 212, entre Rianópolis e Uruaçu;
  • Quilômetro 11 ao 13, em Porangatu;
  • Quilômetro 233 ao 235, em Hidrolina;
  • BR-414

    - Quilômetro 398 ao 408, entre Corumbá de Goiás e Abadiânia;

    BR-080

  • Quilômetros 137 e 145, entre Barro Alto e Santa Rita do Novo Destino;
  • Quilômetro 163, em Santa Rita do Novo Destino.
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    Fique atento ao "Golpe do WhatsApp", que pode resultar no roubo da conta no aplicativo

    Surgiu agora o “Golpe do WhatsApp”, no qual os bandidos se utilizam de redes sociais e de um procedimento padrão de confirmação para aplicar a fraude

    Modificado em 25/09/2024, 00:47

    Os criminosos estão cada vez mais criativos acompanhando a mudança da sociedade e a evolução da tecnologia, de modo que a cada dia surgem novos golpes para tentar ludibriar os cidadãos e obter vantagens indevidas. Surgiu agora o "Golpe do WhatsApp", no qual os bandidos se utilizam de redes sociais e de um procedimento padrão de confirmação, através de mensagens SMS de verificação por meio de um código, o que possibilita a fraude.

    Leia abaixo e saiba mais sobre o roubo da conta do WhatsApp e como se previnir. O texto é da advogada especialista em Direito Civil do escritório "Aith, Badari e Luchin Advogados", Leticia Marques.

    Entenda como funciona o "Golpe do WhatsApp":

    Imagine a seguinte situação: você anuncia algum produto em uma determinada plataforma de comércio online. De repente uma pessoa entra em contato identificando-se como funcionária da plataforma e informa que você necessita compartilhar o código de confirmação da publicação do anúncio, através de um SMS.

    Como você acabou de realizar o anúncio e acredita que se trata de um funcionário da plataforma, informa o código de verificação que aparece na tela do celular.

    No entanto, o que você não sabe é que o suposto interlocutor se trata de um criminoso. E que o código de verificação que esse criminoso pediu era o número de autenticação exigido pelo WhatsApp para concluir a configuração do perfil em outro aparelho celular.

    Desse modo, os criminosos se passam por você com acesso ao seu WhatsApp e passam a ter acesso à sua agenda de contatos em outro aparelho celular. É com essas informações em mãos, que inventam histórias e pedem dinheiro emprestado à sua família, amigos e conhecidos, que podem acabar caindo no golpe e realizando depósito ou transferência bancária em prol do golpista.

    O que pode acontecer se você cair no "Golpe do WhatsApp"

    O problema é maior por conta do fato de que o acesso ao aplicativo em um aparelho é bloqueado no mesmo momento em que a conta é habilitada em outro. O WhatsApp leva certo tempo até devolver a conta em razão dos procedimentos de confirmação e, nesse ínterim de você perceber e entrar em contato com a empresa, algum contato seu pode ter perdido muito dinheiro.

    É importante ressaltar que os criminosos conseguem o celular com WhatsApp por conta do fato de o contato telefônico ter sido deixado no anúncio.

    Veja como se prevenir do golpe

    De qualquer maneira, a melhor forma de se proteger é se atentar às mensagens SMS que receber ao invés de apenas confirmar o código, além de sempre verificar o conteúdo da mensagem e quem é seu remetente.

    Também é interessante ativar a verificação em duas etapas do WhatsApp, o que pode ser feito por meio das configurações do próprio aplicativo. Mesmo que o criminoso consiga o código enviado pelo SMS, irá precisar colocar a senha de seis dígitos que foi criada.

    Caso você seja vítima desse golpe, deve imediatamente entrar em contato com o WhatsApp para informar que alguém está utilizando a sua conta. Já se algum contato seu realizar o depósito, deve lavrar um boletim de ocorrência (B.O) e posteriormente ajuizar ação em face do próprio WhatsApp a fim de obter o IP (internet protocol), que é o endereço digital atribuído ao determinado dispositivo conectado a uma rede de computadores, de modo que possa ser feita eventual investigação e localização do criminoso.

    Todo cuidado é pouco!

    O mais recomendável, para evitar dor de cabeça, é não agir de modo automático e, caso alguém entre em contato se identificando como funcionário de uma plataforma, abrir a mensagem de verificação e confirmar se é da plataforma ou do próprio WhatsApp. O ideal é nunca compartilhar esse tipo de informação confidencial com ninguém. Todo cuidado é pouco com os golpes em ambientes virtuais!

    Quer saber mais? Veja o vídeo abaixo feito pelo Fantástico, que explica mais casos de roubo de número de celular.

    Fique atento ao "Golpe do WhatsApp", que pode resultar no roubo da conta no aplicativo

    (Reprodução/Pixabay)

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    Outro jovem morre eletrocutado enquanto dormia em cima do celular que estava carregando

    Segundo familiares, o rapaz estava deitado jogando um game no smartphone e com o telefone carregando na tomada

    Modificado em 25/09/2024, 00:39

    Jovem morre eletrocutado enquanto dormia em cima do celular que estava carregando

    Jovem morre eletrocutado enquanto dormia em cima do celular que estava carregando (Divulgação)

    Um jovem de 25 anos morreu após adormecer em cima do celular que estava carregando. Segundo familiares de Sastra Mo-in, da cidade de Chonburi, Tailândia, o rapaz estava deitado jogando um game no smartphone e com o telefone plugado na tomada quando caiu no sono.

    Uma tia do rapaz limpava a casa pela manhã quando percebeu que Sastra não se movia. Quando chegou mais perto, viu que o jovem estava roxo e com marcas de queimaduras pelo corpo. Imediatamente, ela desligou a eletricidade da casa e chamou o serviço de emergência.

    "Meu sobrinho sempre passou muito tempo na cama usando o telefone, jogando, e com o cabo ligado na tomada. Várias vezes vi que ele adormeceu próximo ao telefone", disse Watchareeporn Mo-in, tia do menino, ao Daily Mail. Não se sabe se o telefone usava equipamentos originais.