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Messi x Mbappé: Ídolos têm chance de subir de patamar com título da Copa do Mundo

Argentinos e franceses que estão em Doha contam o que um eventual título da Copa pode trazer a Messi e a Mbappé em comparação com Maradona e Zidane. Paralelo é difícil, sobretudo para Argentina

Modificado em 20/09/2024, 07:03

Jessica Parraga evita comparações entre dois grandes ídolos da França

Jessica Parraga evita comparações entre dois grandes ídolos da França (Rafael Xavier)

A decisão da Copa do Mundo do Catar entre Argentina e França, no domingo (18), ao meio-dia (de Brasília), fará mais do que um novo tricampeão mundial. É a chance de o campeão eternizar ídolos e subir heróis nacionais de patamar. Se de um lado os argentinos têm Messi, sob a sombra de Maradona e ainda sem o título da Copa, os franceses, que têm em Zidane o ídolo que liderou a equipe no primeiro título mundial, em 1998, contam com Mbappé, que, aos 23 anos, pode ser bicampeão.

Os argentinos dominam a cena em Doha. O azul claro e branco estão em todas as partes, mas eles vão além. Na tarde desta quinta-feira (15), uma enorme bandeira com o rosto de Maradona se destacava entre a multidão que estava no mercado Souq Waqif, ponto de concentração turístico na capital catari. O objeto era levado pelo argentino Daniel Mases, de 40 anos, que se esquivou de apontar um favorito para o título.

Porém, ao ser confrontado sobre a grandeza dos ídolos do país, Daniel resumiu, mas não deixou de cravar o astro dos anos 1980 e 1990 como maior. Maradona foi campeão mundial em 1986, no México, com grandes atuações. Além disso, chegou a disputar a decisão, em 1990, quando os hermanos foram superados pela Alemanha, que ficou com a taça na Itália.

Messi foi vice-campeão em 2014, no Brasil, também perdendo para a Alemanha. Agora, no entanto, o jogador é o maior artilheiro da Argentina em Copas. Ele tem 11 gols anotados - cinco deles no Catar, onde ultrapassou o próprio Maradona (9 gols) e Batistuta (10). "São corações distintos. Messi é Messi, Maradona é Maradona. Cada um tem seu lugar na história, mas Maradona é o maior da história", decretou Daniel.

A idade também é fator determinante para se estabelecer um paralelo entre Messi e Maradona. "Messi é uma grande figura na história do futebol mundial. Maradona foi Maradona e Messi é Messi. Não há como comparar", contemporizou Osvaldo Santander, de 57 anos, que viu seu filho Julian, de 22, dar um depoimento diferente. "Pessoalmente, Maradona não me emociona tanto quanto Messi. Sou um caso excepcional, pois só vi Messi. Para mim, Messi é o maior de todos."

Para Florencia Moncalvillo, de 34 anos, o melhor é deixar essa questão sem ser respondida. "Messi é tão bom jogador quanto Maradona. Acho que isso responderia a pergunta. Os dois foram líderes indiscutíveis, cada qual com o seu perfil. Se Messi não ganhar a final, também será tão grande quanto Maradona", finalizou.

Timidez francesa
Local de encontro das torcidas, o mercado Souq Waqif era, nesta quinta-feira (15), uma amostra da diferença de quantitativo de argentinos e franceses em Doha. Enquanto os sul-americanos dominam a cena, engrossados pela torcida local, é difícil encontrar algum torcedor da França na multidão. Quase sempre arredios às abordagens, os franceses esperam que Mbappé, além de campeão, seja eleito o melhor jogador do mundo.

Independentemente da geração, a terceira estrela francesa deve eternizar o ídolo atual. "Se Mbappé vencer, será maior do que Zidane. Afinal, terá no currículo duas Copas do Mundo e com grandes performances. Ele merece ganhar a Bola de Ouro (tradicional prêmio da revista francesa France Football para melhor jogador do mundo). Mbappé será maior do que Zidane", decretou Olivier Bochu, de 55 anos.

Já Jessica Parraga, de 29 anos, admitiu a grandeza do atacante do Paris Saint-Germain, mas tentou evitar confrontar os ídolos. "Eles não são iguais, mas já acho o Kylian (Mbappé) maior do que o Zidane. Mbappé, para mim, é tão grande quanto Messi e, depois da final, creio que ele será eleito o melhor jogador do mundo", destacou a francesa, que completou: "Zidane não é da mesma geração. Zidane é Zidane".

O discurso dela é semelhante ao de Humbert Laurent, de 43 anos. "Mbappé não é Zidane. Cada um tem suas características. O Mbappé é mais finalizador enquanto o Zidane coordenava mais o time. Não consigo estabelecer um comparativo entre os dois, que são ídolos mundiais", disse Humbert, lembrando as características em campo dos dois astros.

Jessica Parraga evita comparações entre dois grandes ídolos da França

Jessica Parraga evita comparações entre dois grandes ídolos da França (Rafael Xavier)

Olivier Bochu acredita que Mbappé merece ganhar a Bola de Ouro

Olivier Bochu acredita que Mbappé merece ganhar a Bola de Ouro (Rafael Xavier)

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Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e técnico ainda vivo

Futebol perdeu Zagallo e Beckenbauer, que eram os outros dois campeões como técnico e jogador

Modificado em 17/09/2024, 15:38

Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e técnico ainda vivo

(Federação Francesa de Futebol)

Após as mortes de Mario Jorge Lobo Zagallo e Franz Beckenbauer, o francês Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e como treinador ainda vivo.

Ele é o único remanescente do trio que conquistou o feito, tendo vencido a Copa jogando, em 1998, e treinando a seleção francesa, em 2018. Zagallo levantou as taças como jogador (1958 e 1962), treinador (1970) e coordenador técnico (1994), enquanto Beckenbauer foi campeão atuando pela Alemanha Ocidental (1974) e comandando a seleção (1990).

O francês de 55 anos atuou como volante na carreira. Relevado pelo Nantes, ele também jogou por Olympique de Marselha, Juventus, Chelsea e Valencia antes de se aposentar, em 2001. Conquistou duas vezes a Liga dos Campeões como jogador, uma pelo Olympique (1992/93) e outra pela Juventus (1995/96).

É treinador da França desde 2012, tendo levado os Bleus às duas últimas finais da Copa. Além do título mundial, foi campeão da Liga das Nações da Uefa em 2020/21. Foi eleito treinador do ano pela Fifa em 2018, após o título da Copa sobre a Croácia na final.

LUTO NO ESPORTE
Em menos de três dias, o futebol perdeu Zagallo e Beckenbauer. A notícia da morte do ídolo brasileiro foi dada na noite de sexta-feira (5), enquanto a do alemão saiu nesta segunda-feira (8).

Eles são duas lendas do esporte. O brasileiro é o único tetracampeão do mundo, e o zagueiro alemão foi o capitão e comandou a seleção na conquista histórica de 1974, derrotando a Laranja Mecânica de Cruyff.

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Copa 2034 cai no colo da Arábia Saudita após definição da Fifa sobre 2030

Fifa definiu que as candidaturas para 2034 só podem ser de países da Oceania e da Ásia

Modificado em 19/09/2024, 01:17

Troféu da Copa do Mundo

Troféu da Copa do Mundo
 (Divulgação / Fifa)

O projeto da Arábia Saudita é sediar a Copa do Mundo de 2034. E o país surge como um dos favoritos para isso.

Os sauditas anunciaram nesta quarta-feira (4) a intenção de lançar a candidatura ao Mundial de 2034.

A Fifa definiu que as candidaturas para 2034 só podem ser de países da Oceania e da Ásia, confederação da qual a Arábia Saudita faz parte.

Entre os asiáticos, há um apoio amplo ao projeto dos sauditas. O movimento é similar ao que aconteceu com a candidatura do Qatar para 2022.

Assim, a Arábia Saudita larga como favorita na disputa para sediar a Copa 2034.

O QUE OS SAUDITAS QUEREM

O movimento saudita acontece após a Fifa confirmar que a Copa do Mundo de 2030 será majoritariamente em Portugal, Espanha e Marrocos ---com jogos de abertura em Uruguai, Argentina e Paraguai.

O projeto da Arábia Saudita para o futebol envolve a monarquia local. Neste ano, já houve o investimento volumoso nos clubes locais, resultando na contratação de vários jogadores que estavam no futebol europeu ---Neymar e Benzema são alguns deles. Cristiano Ronaldo já estava lá antes.

A Copa do Mundo é a meta para servir como auge do projeto chamado de Visão 2030, que pretende catapultar o país em diversas áreas, como economia e estrutura ---e o esporte cumpre o papel de trabalhar a imagem dos sauditas.

Os sauditas têm boa relação com a Fifa. O país será sede do Mundial de Clubes 2023 e vai receber a Copa da Ásia de 2027.

O plano da Arábia Saudita para a Copa envolve uma candidatura sem a parceria de outros países, como acontecerá em 2026 (Estados Unidos, México e Canadá) e no formato aprovado para 2030 (envolvendo seis países de três continentes).

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Seleção brasileira feminina embarca rumo à Copa do Mundo da Austrália

A delegação brasileira conta com as 26 atletas convocadas por Pia Sundhage e 31 membros da comissão técnica. A duração da viagem será de mais de 14 horas

Modificado em 19/09/2024, 00:46

Seleção brasileira feminina embarca rumo à Copa do Mundo da Austrália

(Thais Magalhães/CBF)

A seleção brasileira feminina embarcou no final da madrugada desta segunda-feira (3) rumo à Austrália, país que sediará junto com a Nova Zelândia a Copa do Mundo 2023 da categoria, entre 20 de julho e 20 de agosto.

A seleção deixou o Brasil em voo fretado que saiu do Aeroporto Internacional de Brasília com destino à cidade de Brisbane.

A delegação brasileira conta com as 26 atletas convocadas por Pia Sundhage e 31 membros da comissão técnica.

Durante a viagem, o avião fará uma pausa para abastecer na Polinésia Francesa. O trajeto total entre Brasilia-Papeete tem previsão de duração de 14h35.

Na sequência, a delegação segue rumo à Brisbane, este último trecho conta com uma estimativa de 8h50 de duração.

Por fim, a seleção desembarca no Aeroporto Internacional de Brisbane às 18:35 (horário local) de terça-feira (04), e depois parte rumo a Gold Coast de ônibus, onde fará a preparação final para a Copa do Mundo Feminina FIFA 2023.

Pouco antes do embarque, a lateral da seleção brasileira, Thamires explicou o sentimento de estar finalmente viajando para o país-sede do Mundial.

"Estamos emocionadas e felizes. É um novo sonho, um novo processo. A gente vai pensar nessa preparação para se adaptar aos horários da Austrália. Já estamos tendo a melhor preparação possível para que a gente estreie bem no dia 24".

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'Mantenho o que a gente fez', diz árbitro goiano sobre decisões em França x Inglaterra

Wilton Pereira Sampaio atuou em quatro partidas na Copa do Catar, entre elas o clássico europeu

Modificado em 20/09/2024, 05:33

Wilton Pereira Sampaio apitou França x Inglaterra

Wilton Pereira Sampaio apitou França x Inglaterra (Visionhaus/Getty Images)

O árbitro Wilton Pereira Sampaio disse que não mudaria as decisões tomadas por ele no clássico entre França e Inglaterra, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Os franceses venceram por 2 a 1, avançaram de fase, mas os dois lados do duelo criticaram a atuação do profissional goiano na partida.

Os ingleses deram tom mais pesado às críticas. A principal alegação é que Wilton Pereira Sampaio errou em decisões durante o jogo, não manteve nível de concentração que a partida exigia e não anotou uma possível falta no início da jogada do primeiro gol da França na vitória de 2 a 1. Outra crítica foi em relação a dois lances de pênaltis para a Inglaterra, um não marcado e outro em que deixou o lance seguir e sinalizou penalidade após orientação do VAR.

O goiano disse, em entrevista ao Jornal O POPULAR, que não mudaria as decisões, por terem sido feitas em um trabalho em conjunto com os demais profissionais da arbitragem da partida.

"Primeiramente, eu mantenho o que fizemos juntos. Foi uma equipe. A crítica é normal, temos que aceitar principalmente quando for uma crítica construtiva. O que vale para nós é a avaliação da comissão de arbitragem da Fifa", disse Wilton Pereira Sampaio, de 40 anos.

Nesta partida, o profissional goiano foi auxiliado pelo conterrâneo Bruno Pires e pelo paranaense Bruno Boschilia. O quarto árbitro foi Mohammed Mohammed, dos Emirados Árabes. O VAR teve o comando do colombiano Nicolás Gallo, com os espanhóis Alejandro Hernández e Juan Martínez, além da brasileira Neuza Back.

Na opinião do goiano, a resposta da Fifa em manter na Copa os profissionais brasileiros envolvidos na partida entre França e Inglaterra é o que importa.

"Nós ficamos até o final da Copa, é sinal de que a Fifa teve avaliação positiva da nossa participação na partida. Se não tivéssemos feito um bom trabalho, teríamos sido liberados. A Fifa manteve os árbitros que poderiam seguir trabalhando. Essa avaliação é a que mais importa, nos deram oportunidade para seguir no torneio", completou o árbitro goiano.

Inglaterra x França foi o duelo 'mais pesado'

Wilton Pereira Sampaio trabalhou em quatro jogos na Copa do Catar. A mais "pesada" foi o duelo entre ingleses e franceses pelas quartas de final.

"Quando saiu a escala, vi que seria o clássico. Houve uma conversa entre a equipe para não nos cobrarmos muito. Sabíamos onde estávamos, a importância do jogo, mas o mais importante seria cumprir o que a Fifa nos pede e fazer o melhor no jogo. Estudamos tudo que envolve o jogo: esquemas táticos, comportamentos de jogadores, o histórico dos países, os confrontos entre as equipes, tudo. Nos preparamos bem", contou Wilton Pereira Sampaio.

Esse jogo foi o último do goiano na Copa. O assistente Bruno Pires, por sua vez, trabalhou como assistente do VAR na decisão do 3º lugar entre Croácia e Marrocos. Segundo Wilton Pereira Sampaio, não houve nenhum tipo de "geladeira" dele no Mundial após o duelo entre França e Inglaterra.

"Quando terminamos as quartas de final, houve uma seleção do grupo de árbitros que iam seguir. Nós seguimos. São critérios, entendemos a análise que a Fifa faz. Trabalhamos em quatro jogos e tratamos todos como finais", avaliou Wilton Pereira Sampaio sobre não ter sido mais utilizado nas fases seguintes da Copa do Catar.