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Argentina vence a França nos pênaltis, é tri da Copa e consagra Messi

Em final épica no Catar, argentinos conquistam terceiro título do Mundial. Camisa 10 celebra seu primeiro título do torneio

Modificado em 20/09/2024, 06:05

Messi comemora na final da Copa do Catar

Messi comemora na final da Copa do Catar (Julian Finney/Getty Images)

A tricampeã da Copa do Mundo é a Argentina, que venceu a França nos pênaltis (4 a 2), após empate por 3 a 3 no tempo regulamentar e na prorrogação da final da Copa do Mundo do Catar, neste domingo (18), no Estádio Lusail. Messi marcou duas vezes na decisão, Di María fez outro para a Argentina e Mbappé marcou três vezes para a França.

O primeiro Mundial no Oriente Médio consagra a carreira do camisa 10 argentino, que, enfim, consegue levar sua seleção ao título mundial.

Foi uma decisão para lá de dramática, com contornos épicos, com a Argentina abrindo 2 a 0 no primeiro tempo, a França buscando o empate na segunda etapa, a Argentina marcando na prorrogação e a França empatando novamente para levar a disputa para os pênaltis. Emi Martínez pegou um pênalti e Tchouamení chutou para fora. Os argentinos todos converteram suas cobranças.

Depois de ser guiada rumo ao título em 1978 por Mario Kempes e em 1986 por Maradona, a Argentina foi conduzida por um dos maiores jogadores da história rumo ao tricampeonato. Em seu último ato em Copas, na quinta edição que disputa e em sua segunda final do Mundial, Lionel Messi conquista a taça que faltava a ele e deve ser eleito o melhor jogador do torneio.

No momento, a Argentina é a única tricampeã do mundo, se descolando de França e Uruguai, que têm dois títulos, e atrás de Brasil (5 vezes campeão), Alemanha e Itália, que são tetra.

Todos os campeões
5 títulos: Brasil
4 títulos: Alemanha e Itália
3 títulos: Argentina
2 títulos: França e Uruguai
1 título: Espanha e Inglaterra

O título da Argentina impediu que a França conquistasse títulos em edições seguidas de Mundial - foi campeã em 2018, na Copa da Rússia.

Mbappé termina a Copa do Catar como artilheiro, com oito gols marcados.

POSICIONAMENTO SURPRESA

Como se tornou rotina na Copa do Catar, a escalação de Lionel Scaloni veio com uma surpresa em relação ao que se especulava antes do jogo. Sem adotar os três zagueiros e com Di María pela ponta esquerda, não na direita como está mais acostumado. A França não teve novidades em sua formação inicial.

A Argentina não demorou a ocupar o campo de ataque e logo começou a mandar no jogo. Aos 2 minutos, Julián Álvarez poderia ter marcado, mas estava em impedimento. A jogada que chegou até o jovem argentino deu indícios do que seria a seleção alviceleste, com troca de passes entre Di María, Messi e De Paul.

Aos 4 minutos, Mac Allister arriscou de fora da área, para defesa de Lloris. Aos 7, foi a vez de De Paul arriscar da direita, mesmo com um companheiro abrindo a linha de passe ao lado. Preferiu bater, e Varane desviou de canela. Giroud teve chance de cabeça, mas a falta foi marcada no lance.

PRIMEIRO GOL

Aos 20 minutos, deu resultado ter colocado Di María para explorar o lado esquerdo. Com a bola dominada, ele passou por Dembelé, que o marcava, e sofreu o pênalti. Messi deslocou o goleiro aos 22 e, sem dificuldade, abriu o placar no Estádio Lusail.

Foi o 12º gol de Messi em Copas, o maior artilheiro argentino em Mundiais. Foi o 6º dele na Copa do Catar.

Aos 31, chute de longe de Mac Allister foi para fora.

CONTRA-ATAQUE PERFEITO

Um gol de contra-ataque perfeito aumentou a vantagem da Argentina. Quem estava à beira do gramado pedindo para seus jogadores apertarem a marcação no setor direito de defesa era o técnico Lionel Scaloni. Deu certo.

A bola roubada passou por Mac Allister, que deu de primeira a Messi, que acionou Julián Álvarez na direita. Álvarez lançou para Mac Allister, que já tinha corrido ao ataque. Ele carregou até a área e percebeu Di María livre do outro lado. Colocou para o atacante, que marcou na saída de Lloris. Um gol muito bem tramado.

MUDANÇAS NA FRANÇA

O técnico Didier Deschamps não esperou o intervalo e o segundo tempo. Aos 40 minutos, fez mexidas. Trocou Giroud e Dembelé por Thuram e Kolo Muani.

SEGUNDO TEMPO

A Argentina voltou para o segundo tempo determinada a fazer um jogo controlado. Conseguiu e não permitiu que a França chegasse com perigo. Aos 14 minutos, Messi foi acionado na direita da área e teve chance, mas Rabiot tira dele.

Como Mbappé, outro que não conseguia sobressair era Griezmann. Enquanto isso, Mac Allister e De Paul ganhavam destaque na atuação da Argentina, capitaneada por Messi e Di María.

Di María deixou o gramado para a entrada de Acuña aos 18 minutos. Foi ovacionado no Estádio Lusail.

A partir dos 15 minutos da segunda etapa, a França ganhou corpo no jogo, conseguindo encaixar algumas jogadas. Mas parava na marcação firme da Argentina. Aos 25 minutos, Mbappé chutou por cima do gol em sua primeira finalização na partida.

A França endureceu mais o jogo, com faltas cometidas. A Argentina buscava explorar mais os contra-ataques ou tocar a bola com tranquilidade, sem se expor muito. Aos 32, os torcedores ensaiaram um "olé" no Estádio Lusail.

PÊNALTI PARA A FRANÇA

Aos 33, quem se desgarrou da marcação argentina foi Kolo Muani, que invadiu a área pela esquerda deixando Otamendi para trás. O zagueiro argentino puxou o jogador francês, cometendo pênalti.

Mbappé, aos 35, cobrou no canto direito, Emi Martínez até acertou o lado, mas não pegou. Les Bleus diminuíram.

Com o gol, Mbappé se igualou a Messi com seis gols no Catar. E veio mais.

MBAPPÉ DUAS VEZES

Aos 36, em um lance em que Messi perde a bola na lateral, a França foi ao ataque. Os jogadores tocaram a bola até ela terminar com Mbappé na esquerda da área. Dois gols na final, artilheiro da Copa para o camisa 10 francês.

Aos 41, Thuram se envolveu em um lance na área e a França ficou pedindo pênalti, mas o árbitro deu simulação do francês, punido com o cartão amarelo.

No último lance de perigo do jogo, Messi chutou de fora da área, e Lloris fez grande defesa, evitando o que poderia ser o gol do título da Argentina. A partida foi para a prorrogação.

PRORROGAÇÃO

A França se impôs na primeira parte do tempo extra, mas a Argentina teve a melhor chance, aos 14, com Lautaro, que teria nova chance não fosse o impedimento marcado.

Na segunda parte da prorrogação, o gol saiu aos 3 minutos. Lautaro chutou da direita da área, Lloris defendeu e deu rebote, que caiu para Messi completar. A bola foi tirada do gol por um jogador francês, mas entrou.

Aos 11 minutos do segundo tempo, veio o empate da França com novo gol de Mbappé, de pênalti, marcado por causa da bola no braço de Montiel.

Quem evitou o gol do título foi Emi Martínez quase no último lance da prorrogação. Em seguida, Lautaro cabeceou mal e não conseguiu marcar para a Argentina. Mbappé ainda tentou no ataque, mas a decisão foi para os pênaltis.

PÊNALTIS

Mbappé, primeiro, e Messi, depois, abriram as cobranças para as suas seleções. Coman parou na defesa de Emi Martínez. Dybala bateu no meio e fez para a Argentina. Tchouamení chutou para fora e complicou de vez a vida da França. Paredes fez. Kolo Muani fez o dele e Montiel também acertou sua cobrança, dando números finais à disputa.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA: Emi Martinez; Molina (Montiel), Cristian Romero, Otamendi e Tagliafico (Dybala); Enzo Fernández, De Paul (Paredes) e Mac Allister (Pezzella); Di María (Acuña), Messi e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni

FRANÇA: Lloris; Koundé, Varane (Kounaté), Upamecano e Theo Hernandez (Camavinga); Tchouaméni, Griezmann (Coman) e Rabiot (Fofana, substituição por concussão); Dembelé (Kolo Muani), Giroud (Thuram) e Mbappé. Técnico: Didier Deschamps

Local: Estádio Lusail
Onde: Al Daayen, Catar
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Assistantes: Pawel Sokolnicki (Polônia) e Tomasz Listkiewicz (Polônia)
VAR: Tomasz Kwiatkowski (Polônia)
Gols: Messi (de pênalti, aos 22'/1ºt), Di María (36'/1ºT), Mbappé (35'/2ºT, de pênalti, e 36'/2ºT), Messi (3'/2ºT do tempo extra) e Mbappé (11'/2ºT do tempo extra)
Público: 88.966 pessoas

Geral

Onça que nasceu em cativeiro em Goiás é levada à Argentina para viver na natureza

Ayní tem apenas três anos de vida e deve passar por um período de adaptação de um ano na Argentina. A viagem está programada para esta quarta-feira (26)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní, que nasceu em cativeiro em Goiás, vai ser levada à Argentina nesta quarta-feira (26) para viver na natureza. O animal nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, localizado em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o custo para soltar uma onça na natureza gira em torno de R$ 1 milhão.

A mãe da pequena onça de apenas 3 anos de vida é a Jací, que foi resgatada na Amazônia há 12 anos, após ser encontrada sozinha e ferida por uma enchente, com uma fratura exposta na pata dianteira.Ela recebeu cuidados no Instituto Nex, mas devido à necessidade de cuidados específicos, acabou permanecendo no santuário de onças.

Em entrevista à TV Anhanguera, Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto Nex, explicou que Ayní é a primeira onça nascida em cativeiro no Brasil que será solta na natureza, embora seja a terceira a ser levada à Argentina, após outras duas fêmeas resgatadas pelo Instituto.

É um animal extremamente ameaçado, e por isso fazemos a reprodução em cativeiro. O ápice do nosso trabalho é poder soltar esses animais na natureza, tanto os resgatados, quando conseguimos reabilitá-los 100%, quanto os que nascem aqui. E, pela primeira vez, temos uma onça nascida em cativeiro com o perfil adequado para a soltura. Ela é agressiva e não gosta do contato humano", explicou Daniela.

De acordo com a coordenadora, Ayní passará por um período de adaptação na Argentina, onde conhecerá o clima local e os outros animais com os quais vai conviver. Antes da viagem, a onça passou por uma bateria de exames para garantir que está saudável.

Ela passará pelo menos um ano de treinamento, caçando animais da região, e depois será feita a soltura branda, ou seja, a porta do recinto será aberta e ela poderá entrar e sair quando quiser. Precisamos deixar a natureza seguir seu curso, e nada nos deixa mais felizes do que ver essa espécie vivendo livre", comemora Daniela Gianni.

Geral

Vaticano parabeniza Francisco por 12 anos de papado e pede orações por sua saúde

Santa Sé lembrou do "momento marcante que comoveu o mundo" no dia da eleição quando, após ter sido anunciado para o mundo como novo papa, Francisco se curvou diante da multidão reunida na praça São Pedro

Papa Francisco

Papa Francisco (Reprodução/Governadoria do Estado da Cidade do Vaticano)

O Vaticano parabenizou Francisco pelos 12 anos de seu papado, completados nesta quinta-feira (13), em um vídeo com a retrospectiva do religioso à frente da Igreja.

A Santa Sé pediu que os fieis continuem orando pela saúde do pontífice, internado há um mês no hospital Gemelli, em Roma, para tratar pneumonia nos dois pulmões.

Celebramos o aniversário daquele famoso e inesquecível 'Habemus papam' que anunciou a eleição de Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa jesuíta que, como ele mesmo disse, 'os cardeais foram buscar quase no fim do mundo'", afirma a Santa Sé em postagem no Instagram.

A mensagem do Vaticano afirma que o pontificado do religioso argentino tem sido marcado por iniciativas e reformas que buscam envolver todos os cristãos em um renovado impulso missionário, "levando o amor de Jesus a toda a humanidade" e preocupação com as periferias.

A Santa Sé lembrou do "momento marcante que comoveu o mundo" no dia da eleição quando, após ter sido anunciado para o mundo como novo papa, Francisco se curvou diante da multidão reunida na praça São Pedro. Segundo o Vaticano, ele se apresentou com humildade, além de um olhar amoroso e um sorriso largo, que marcam sua era à frente da Igreja.

Agora, ao iniciar o 13º ano de seu pontificado, o Santo Padre segue firme em sua missão, guiando a Igreja com sabedoria, espírito de fraternidade e dedicação pastoral. Mesmo em recuperação no hospital Gemelli, continua sendo um exemplo de fé, esperança e resiliência, com o olhar sempre voltado para o rebanho", diz a nota.

O Vaticano diz ainda que este 12º ano de Francisco "foi mais um capítulo de um pontificado desafiador, mas também repleto de conquistas para a Igreja". A nota termina pedindo que os fiéis sigam rezando por ele. "Neste dia especial, nosso maior presente só pode ser aquilo que ele sempre nos pede: nossas orações."

Houve melhora no estado de saúde de Francisco nos últimos dias. A equipe médica retirou na segunda (10) o chamado prognóstico reservado, o que na prática descartou perigo iminente de morte, ao menos por ora.

Já nesta quarta (12), o Vaticano afirmou que uma tomografia de tórax recente confirmou a evolução no quadro clínico. No primeiro boletim desta quinta, a Santa Sé diz que ele teve uma noite tranquila.

Trata-se da quarta hospitalização do pontífice desde 2021, o que gera preocupações devido a problemas de saúde que o fragilizaram nos últimos anos.

O papa de 88 anos luta agora contra uma pneumonia bilateral. Trata-se de uma infecção grave que torna a respiração mais difícil e pode inflamar e cicatrizar ambos os pulmões.

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Morte de Liam Payne tem mais dois funcionários do hotel argentino acusados, diz revista

O músico morreu no dia 16 de outubro após cair da varanda de seu quarto

Modificado em 10/12/2024, 20:20

Morte de Liam Payne tem mais dois funcionários do hotel argentino acusados, diz revista

(Reprodução/Instagram)

Dois funcionários do hotel CasaSur Palermo, na Argentina, foram acusados da morte de Liam Payne. O músico morreu no dia 16 de outubro após cair da varanda de seu quarto.

Um juiz na Argentina indiciou dois funcionários do hotel em que Liam Payne morreu. Um deles seria o gerente do local, enquanto o segundo é gestor da recepção que ligou para a emergência no dia da morte de Liam. A informação é da Rolling Stone: "Como há motivos suficientes para suspeitar que eles participaram do ato investigado, pedimos que as seguintes pessoas prestem uma declaração", pede o juiz.

No início de novembro, outras três pessoas foram acusadas pela morte do cantor. De acordo com a Reuters, um suposto traficante de drogas, um funcionário do hotel que pode ter fornecido a cocaína a Payne e uma pessoa que era próxima ao cantor, afirmaram autoridades.

Os cinco suspeitos devem responder a interrogatórios e caberá o juiz decidir se serão responsabilizados pela morte do músico. Documentos obtidos pelo site não descrevem ao que os novos suspeitos estão sendo acusados.

Liam Payne morreu aos 31 anos no dia 16 de outubro. Ele sofreu traumas múltiplos causados pela queda. Relatórios toxicológicos também mostraram que ele tinha várias substâncias no corpo na época, incluindo álcool, cocaína e antidepressivos.

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Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e técnico ainda vivo

Futebol perdeu Zagallo e Beckenbauer, que eram os outros dois campeões como técnico e jogador

Modificado em 17/09/2024, 15:38

Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e técnico ainda vivo

(Federação Francesa de Futebol)

Após as mortes de Mario Jorge Lobo Zagallo e Franz Beckenbauer, o francês Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e como treinador ainda vivo.

Ele é o único remanescente do trio que conquistou o feito, tendo vencido a Copa jogando, em 1998, e treinando a seleção francesa, em 2018. Zagallo levantou as taças como jogador (1958 e 1962), treinador (1970) e coordenador técnico (1994), enquanto Beckenbauer foi campeão atuando pela Alemanha Ocidental (1974) e comandando a seleção (1990).

O francês de 55 anos atuou como volante na carreira. Relevado pelo Nantes, ele também jogou por Olympique de Marselha, Juventus, Chelsea e Valencia antes de se aposentar, em 2001. Conquistou duas vezes a Liga dos Campeões como jogador, uma pelo Olympique (1992/93) e outra pela Juventus (1995/96).

É treinador da França desde 2012, tendo levado os Bleus às duas últimas finais da Copa. Além do título mundial, foi campeão da Liga das Nações da Uefa em 2020/21. Foi eleito treinador do ano pela Fifa em 2018, após o título da Copa sobre a Croácia na final.

LUTO NO ESPORTE
Em menos de três dias, o futebol perdeu Zagallo e Beckenbauer. A notícia da morte do ídolo brasileiro foi dada na noite de sexta-feira (5), enquanto a do alemão saiu nesta segunda-feira (8).

Eles são duas lendas do esporte. O brasileiro é o único tetracampeão do mundo, e o zagueiro alemão foi o capitão e comandou a seleção na conquista histórica de 1974, derrotando a Laranja Mecânica de Cruyff.