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Escola entre grades, esperança do futuro em presídios de Goiás

Mais de 4,2 mil reeducandos do sistema prisional vão às salas de aulas para recuperar o tempo perdido, reduzir a pena e se preparar para o reencontro com a liberdade

Modificado em 17/09/2024, 15:54

Professora Josidélia Silva durante aula de matemática: além de quadro, salas com capacidade para até 30 alunos têm TVs e uma delas a ‘lousa mágica’

Professora Josidélia Silva durante aula de matemática: além de quadro, salas com capacidade para até 30 alunos têm TVs e uma delas a ‘lousa mágica’
 (Wesley Costa)

"Ecologia é a ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o seu ambiente". A reprodução é o texto de uma das atividades pelas quais cerca de 1.200 alunos do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia têm acesso à educação.

Em todo o sistema prisional de Goiás são 4.264 matriculados. Em 2017, eram 724. Houve crescimento em todos os anos, exceto 2020, por causa da pandemia da Covid-19. Há no estado mais de 21 mil custodiados.

Direito universal garantido na Constituição Federal, o ensino público para os reeducandos da Penitenciária Odenir Guimarães, Casa de Prisão Provisória (CPP) Feminina, Presídio Feminino e Módulo de Respeito de uma fábrica de roupas, todos no Complexo, é ofertado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) na modalidade educação a distância (EaD).

O jornal acompanhou uma tarde nas salas da escola da POG. As salas de aula têm semelhanças com as de unidades convencionais, mas as grades que separam os alunos dos professores e o controle rígido de circulação mediante vigilância de policiais da Diretoria Geral de Polícia Penitenciária (DGPP).

Gestores do sistema afirmam que a educação contribui para o processo de ressocialização e os reeducandos veem no ensino a oportunidade de recuperar o tempo perdido, reduzir a pena e se preparar para o reencontro com a liberdade.

Pela modalidade EaD, periodicamente eles recebem o material das quatro áreas do conhecimento: matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza. Os professores organizam o conteúdo e monitores, que são os próprios alunos, fazem a distribuição.

Os alunos recebem semanalmente material para poder responder às atividades anexadas ao conteúdo. A ida às salas de aula têm previsão de ocorrer a cada 15 dias. As tarefas retornam para os professores que fazem correção e dão notas.

Diretor da escola da POG desde 2019, padre José Júnior afirma que o ensino é na modalidade Educação de Jovens e Adultos e contempla as três fases da educação básica: ensino fundamental 1 e 2 e ensino médio. A segunda etapa é a que tem o maior número de matrículas.

O diretor da escola afirma também que houve caso de alunos que ingressaram na unidade de ensino para cursar a primeira etapa do ensino fundamental 1 e, ao sair de lá, chegaram a ingressar no ensino superior. "A maior parte dos alunos, em 15 anos que nós tivemos aqui, nós não vimos retornar para a cadeia."

O diretor da POG, Erivaldo da Silva Alves, partilha do mesmo entendimento do diretor da escola. "Nada melhor que a cultura e a educação para transformar pessoas. Nós temos o nosso lema da segurança que é ordem, disciplina e respeito. A partir do momento que temos isto, conseguimos trabalhar a ressocialização, que é a vontade de todos".

Alves afirma que a estrutura educacional do Complexo não consegue atender toda a demanda por falta de estrutura física. "Já está em andamento, inclusive na segunda-feira (11) com a Secretaria de Educação sobre a reestruturação do colégio. Está prevista a reforma. É um colégio que é feito na estrutura de placas, mas já tem o projeto e a verba. Vamos refazer todo o colégio e ampliar."

A cada 12 horas de aula, o que corresponde a três dias de ensino, os alunos têm a redução de um dia na pena. O mesmo acontece com quem trabalha. O direito é cumulativo.

No caso dos reeducandos que estudam no interior do estado, o professor tinha contato presencial com os alunos até o ano passado. Agora, o aluno recebe de um professor mediador o conteúdo impresso e assiste aulas gravadas que são enviadas pelo docente da disciplina.

Estudo alimenta expectativas de futuro

É na escola que Raul (nome fictício), de 34 anos, estuda e trabalha como auxiliar de serviços gerais para reduzir a pena e tornar mais perto o dia de realizar um sonho. Ele almeja fazer um passeio com a filha caçula, de 6 anos, que ele teve nos braços enquanto tinha liberdade quando ela ainda era um bebê de colo.

Raul cumpre pena por homicídio, roubo e tráfico de drogas. Ele está prestes a completar 6 anos de cárcere dos mais de 10 a que foi sentenciado. Além de cuidar da limpeza, ele é uma das pessoas que fazem cópias do material pelos quais os reeducandos têm acesso ao ensino.

Além da garota de 6 anos, Raul tem outros dois meninos de 8 e 12 anos. Além das crianças, que o visitam, a esposa, mãe do primogênito o espera do lado de fora do presídio.

O reeducando diz que o ensino contribuiu para "mudar a mentalidade" dele. Entre os planos para quando cruzar o portão rumo à liberdade, está o de montar um negócio próprio. Enquanto isto ele cursa a 1ª série do ensino médio.

"O estudo para mim é bom para eu adquirir mais conhecimento para quando eu for para a rua, ter uma inteligência a mais para abrir um negócio, até mesmo para conversar melhor com as outras pessoas. A questão da remissão também é bom, porque me ajuda a ir embora mais cedo. É muito importante, a educação é tudo para a gente."

Para Guilherme (nome fictício), de 36 anos, que também cursa a 1ª série do ensino médio, estudar tem motivos semelhantes aos de Raul, mas ele destaca a mudança de perspectiva de vida e a redução de pena. Ele cumpre pena por roubo e estupro. A condenação é de 14 anos, dos quais dois ele já cumpriu.

Guilherme também trabalha com a cópia de materiais. "Para mim o estudo representa expectativa de um futuro melhor."

Edward Correia Lima Filho, de 60 anos, está na rede estadual de ensino há quase 25 anos, 21 deles na escola da POG. O professor de ciências humanas lembra histórias como a de um aluno que foi alfabetizado na unidade e saiu com o ensino médio concluído.

Histórias como essa e a dos dois personagens deste texto são o que o faz não pensar em mudar de local de atuação. "Através da educação eles tentam começar de novo. É a abertura de um novo mundo para eles", descreve o docente.

"Vim para cá não por acaso. Tive o livre arbítrio. Mas eu sinto que o trabalho que eu faço aqui é mais gratificante e eu estou atendendo a parcela da população que mais precisa, pela história de vida deles", conta Edward.

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Postos terão de explicar alta do etanol no feriado

42 postos de combustíveis terão de apresentar documentos que expliquem alta

Modificado em 24/04/2025, 07:41

Posto no setor Aeroporto, em Goiânia: Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem notas fiscais

Posto no setor Aeroporto, em Goiânia: Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem notas fiscais (Wildes Barbosa)

Os motivos para o grande reajuste feito nos preços dos combustíveis, especialmente do etanol, na véspera do feriado prolongado da Semana Santa e Tiradentes, terão de ser justificados, com documentos, pelos postos de combustíveis de Goiânia e da região metropolitana. O Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem, em até sete dias, notas fiscais de entrada e cupons de venda dos produtos dos últimos 30 dias.

Pesquisa semanal de preços feitas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostra que o preço médio do combustível nos postos da capital passou de R$ 3,99, na semana entre 6 e 12 de abril, para R$ 4,84 na semana passada. O objetivo do Procon é averiguar se os postos praticaram aumentos abusivos.

Superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston lembra que os preços subiram na véspera do feriado e também chamou atenção o fato de muitos postos praticarem os mesmos valores. Isso levou o órgão a visitar 42 postos para pesquisar os preços e emitir notificações para que eles apresentem as notas fiscais. "Queremos saber de onde veio este aumento repentino porque, a princípio, não houve reajuste da Petrobras ou das usinas. Precisamos analisar o cenário dos últimos 30 dias para ver se ocorreram fatores externos, como alta de frete, falta de produto ou aumento de salários", explica.

Segundo ele, a meta é verificar se houve um excesso de margem de lucro, com base no artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que veda a prática abusiva de elevação de preços sem justa causa. "Com base na documentação, saberemos se vamos fazer autuação ou não", destaca. Ele ressalta que o mercado é livre, mas adverte que combustível é um bem essencial, que atinge diretamente milhões de consumidores e que qualquer aumento impacta o orçamento das famílias e os custos das empresas, se refletindo na inflação.
Estavam 'baixos'

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, os preços estavam baixos porque foram sendo reduzidos gradativamente, num movimento natural da concorrência de mercado. Assim, os postos foram apertando suas margens e chegou um momento em que a baixa rentabilidade ficou insustentável e os preços voltaram aos valores normais.

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Macacos-prego são monitorados

Pesquisadores da USP analisam interação dos bichos com os humanos

Modificado em 24/04/2025, 07:33

Macacos-prego no Parque Areião: espécie não deve receber alimentos de frequentadores

Macacos-prego no Parque Areião: espécie não deve receber alimentos de frequentadores ( Diomício Gomes / O Popular)

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) avalia cerca de 90 macacos-pregos que residem no Parque Areião Washington Novaes, na região Sul de Goiânia. O local é um dos oito campos de pesquisas que estão sendo conduzidos pela instituição em diferentes cidades brasileiras. Os animais são observados pelos pesquisadores, que analisam como a interação com os humanos impactam no desenvolvimento dos primatas do local. Com base nos resultados do estudo, a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) vai implantar na Vila Ambiental um ponto de informações sobre macacos-prego.

Primeira etapa

A primeira etapa do estudo do grupo de pesquisa Plasticidade Fenotípica de Macacos-Prego, da USP e com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), foi iniciada em meados de 2024 e segue até agosto. Depois disso, serão aplicados questionários junto aos frequentadores do parque. A previsão é que o estudo esteja concluído até 2026.

Conforme a Amma, os resultados irão subsidiar, também, ações e diretrizes para o manejo dos macacos-prego nos parques. "A gente vai destinar uma casa da Vila Ambiental para a exposição das informações sobre os macaco-prego do Parque Areião, e os dados dessa pesquisa vão nos subsidiar para fazer essa instalação com informações, banners, tudo o que a gente acha que é importante para que a sociedade compreenda mais sobre a importância dos macacos-prego. Vai nos subsidiar com informações acerca dos malefícios da interação. Portanto, ajudar com mais argumentos nas nossas ações de educação ambiental", diz o gerente de Formulação de Educação, Política e Pesquisas Ambientais da Amma, Pedro Baima.

Educação

Os resultados irão subsidiar, também, ações e diretrizes para o manejo dos macacos-prego nos parques municipais. Tais ações de educação ambiental são realizadas diariamente. "Todos os dias os educadores ambientais rodam pelo parque abordando as pessoas e orientando sobre a importância dos cachorros estarem com a guia, além de não alimentar os macacos. Quando a população atrai os macacos para alimentá-los, além de se colocar em risco, porque o animal pode machucar a pessoa para tirar o alimento, esse alimento também pode provocar doenças, principalmente os alimentos ricos em açúcar. Retirá-los da mata, onde naturalmente eles buscam alimentos, também é um problema", acrescenta ele.

"Além de tirar eles da alimentação natural além de prejudicar todos os serviços ecossistêmicos que eles oferecem quando ingerem sementes e dispersam pela mata. Isso também atrai o macaco-prego para a calçada ou para a rua, onde ficam vulneráveis, pois acabam que vão buscar esse alimento mais fácil, ao invés de ir para os seus hábitats naturais", complementa o gerente da Amma, Pedro Baima.

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Falso médico é preso suspeito de vender remédio para emagrecer proibido no Brasil

O suspeito irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Defesa diz que mandado de busca foi realizada de forma ilegal na casa dele e que não foram encontrados medicamentos

Modificado em 23/04/2025, 19:44

Prints das conversas entre o suspeito e uma compradora

Prints das conversas entre o suspeito e uma compradora (Divulgação/ Polícia Civil (PC))

Um homem foi preso em flagrante, em Goiânia, no setor Pedro Ludovico Teixeira, na terça-feira (22), pela Polícia Militar (PM), suspeito de fingir ser médico e vender remédio para emagrecimento proibido no Brasil. A PM informou que o suspeito, identificado pela Polícia Civil (PC) como Matheus Moura dos Santos, irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

A defesa de Matheus Moura informou à redação que foi feita uma busca na residência do investigado de forma ilegal, sem mandado ou autorização. De acordo com ela, durante a busca, não foram encontrados medicamentos e nem nada que comprove que o investigado estaria aplicando golpes. Confira a nota na íntegra ao final do texto.

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À redação, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que Matheus Moura dos Santos não tem registro no Conselho e por isso não está autorizado a exercer a medicina em Goiás. Confira a nota completa ao final do texto.

O delegado Carlos Eduardo Florentino, da Central de Flagrantes da Polícia Civil de Goiânia, informou que os policiais militares receberam uma denúncia de que Matheus Moura estava anunciando nas redes sociais a venda de canetas de aplicação para emagrecimento de um medicamento que é fabricado no Reino Unido e que ainda não tem as vendas regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

Nos prints das mensagens trocadas entre uma compradora e o suspeito é possível ver que Matheus estava se identificando com o nome de Thiago Antônio e explicava para compradora sobre quando o medicamento chegaria. Quando percebeu que não iria receber o medicamento, a compradora acionou a polícia.

De acordo com a PC, toda vez que o suspeito recebia o dinheiro dos possíveis compradores ele desaparecia e parava de responder às mensagens que eles enviavam. Segundo a polícia, ao receber esta notícia, a PM conseguiu localizar o hotel em que o investigado estava hospedado, em que praticava as supostas vendas e anúncios do medicamento na internet.

A polícia informou que, quando entraram no apartamento em que Matheus estava hospedado, encontraram documentos falsificados, incluindo um diploma de medicina, do Paraguai, que, de acordo com a PC, era utilizado por ele para comprovar que era médico e que, por isso, poderia prescrever a medicação. A polícia informou que também encontraram uma identidade falsa que tinha o nome de outra pessoa, mas a foto era dele.

Estelionato

De acordo com a PC, toda vez que o suspeito recebia o dinheiro dos possíveis compradores, ele desaparecia e parava de responder às mensagens que eles enviavam. Segundo a polícia, ao receber esta notícia, a PM conseguiu localizar o hotel em que o investigado estava hospedado para a prática das supostas vendas e anúncios na internet.

Durante as investigações policiais, a polícia declarou que uma máquina de cartão no nome da esposa dele foi apreendida e tinha exatamente os extratos que as vítimas apresentaram para a Polícia Militar. De acordo com o delegado, o suspeito está à disposição da Justiça e será submetido a uma audiência de custódia.

Confira a nota da defesa na íntegra:

A defesa informa que foi feita uma busca na residência do investigado de forma ilegal, sem mandado ou autorização para tanto.

E nessa busca, não foi encontrado medicamentos e nem nada que comprovem que o investigado estaria de fato aplicando golpes, conforme restara demonstrado nos autos pela defesa.

Em audiência de custódia agora pela tarde o juíz entendeu por decretar a prisão preventiva.

A defesa descorda da decisão e já está confeccionado o Habeas Corpus para concessão da liberdade do investigado.

Confira a nota completa do Cremego:

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) esclarece que Matheus Moura dos Santos não tem registro no Conselho, portanto não está autorizado a exercer a medicina no Estado. O Cremego está atento e atuante no combate ao exercício ilegal da profissão, que coloca em risco o bem-estar, a saúde, a segurança e a vida de pacientes. O Conselho conta com um canal exclusivo para denúncias dessa prática: o e-mail exercicioilegal@cremego.org.br. Todas as denúncias recebidas são encaminhadas aos órgãos policiais, aos quais compete a apuração de casos de exercício ilegal da medicina.

IcMagazine

Gata do Daqui

Renata vai usar prêmio do BBB junto com Eva

Apesar de indicar que não dará dinheiro diretamente à amiga Eva Pacheco, ela deve empregá-lo nos projetos que as duas têm em comum

Renata vai usar prêmio do BBB junto com Eva

(Léo Rosário)

Campeã do BBB 25, Renata Saldanha revelou, no Mais Você desta quarta-feira (23), se pretende dividir o valor do prêmio com Eva Pacheco. As duas eram amigas e entraram como dupla no reality show da Globo. Só que, enquanto Renata venceu, Eva foi eliminada no 11º paredão.

Além do prêmio acumulado de R$ 2,720 milhões, Renata Saldanha também ganhou um carro e um apartamento ao longo do programa.

Apesar de indicar que não dará dinheiro diretamente à amiga Eva Pacheco, ela deve empregá-lo nos projetos que as duas têm em comum. "Todo mundo pergunta isso [sobre como usar o prêmio]. A gente sonha muitos sonhos juntas, por dividirmos a vida. E um dos nossos sonhos era poder ajudar a escola, o projeto que a gente veio", comentou Renata no tradicional café da manhã com Ana Maria Braga.

Renata venceu o BBB 25 com 51,90% dos votos. A cearense superou o pernambucano Guilherme Vilar (43,38%) e o goiano João Pedro (4,72%). A berlinda teve 178,4 milhões de votos.

(Léo Rosário)

(Léo Rosário)

(Léo Rosário)

(Léo Rosário)