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Fica 2024 terá Fórum Infantil sobre mudanças climáticas com alunos das redes municipal e privada

Ao todo, mais de 300 crianças do 5º ano participam de atividades educativas de cunho ambiental.

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Fica 2024 terá Fórum Infantil sobre mudanças climáticas com alunos das redes municipal e privada

(Mônica Bárbara Santos)

Além da programação de cinema, debates e atrações culturais, a 25ª Edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) contará também com atividades educativas de cunho ambiental. Uma delas é o primeiro Fórum Infantil - Mudanças Climáticas, voltado para crianças do 5º ano das redes municipal e privada da cidade de Goiás e zona rural.

O Fica acontece entre os dias 11 e 16 de junho e é uma realização do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em correalização com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa (RTVE).

Ao todo, são mais de 300 alunos participando do projeto, que envolve ações de produção de material, atividades educativas em sala de aula, palestras, visitas nas escolas, dentre outras. Todas as atividades são voltadas para a compreensão das crianças em relação às problemáticas ambientais e as suas possíveis soluções. As ações já estão acontecendo.

Angela Oliveira, professora e coordenadora do projeto, conta que a dinâmica da ação é promover, junto a esses alunos, uma espécie de plenária para discutir, com linguagem acessível e pedagógica, os assuntos relacionados ao meio ambiente. Inclusive, projetando a discussão para a realidade local da cidade de Goiás. Durante o encontro, as crianças conversam, aprendem e elaboram propostas de soluções para os governantes.

"Nessa ida às escolas a gente já aproveita para colher deles as sugestões que eles têm para passarem para os governantes. O que eles acham que os governantes precisam fazer para reduzir as consequências das mudanças climáticas. A gente puxou também esse gancho aqui para o Rio Vermelho, que é uma coisa que faz parte do nosso dia a dia, a questão da poluição, do assoreamento e da própria história do rio", explica.

Todas as sugestões serão compiladas em um documento que será intitulado como a 1ª Carta Infantil da Cidade de Goiás para ser entregue às autoridades no dia da premiação do Fica. A proposta, segundo Ângela, é que o projeto se estenda para além do festival com um comitê que acompanhará o desenvolvimento das sugestões enviadas.

"A gente já tem pensamentos de ir até o final do ano e depois a intenção de que continue no próximo. A questão é que a gente quer um fórum permanente, que ele não se encerre agora com o Fica, porque a gente quer acompanhar os pedidos dos alunos que eles fizerem para as autoridades", declara.

Para ela, inserir as crianças em momentos de aprendizagem e desenvolvimento da consciência ambiental é crucial para que, no futuro, se tornem cidadãos mais engajados: "A gente cria momentos de reflexão, de levar os alunos a pensar, de provocar neles mudança de atitudes, de conscientizar a própria comunidade escolar sobre a necessidade da mudança de hábitos. Eles já vão crescendo entendendo que isso é uma coisa necessária, que é uma coisa boa, e que todo mundo pode participar".
Evento multicultural
O Fica 2024 conta com uma vasta programação gratuita, com mostras competitivas, debates com grandes nomes do cinema nacional e internacional, atividades de cunho ambiental e atrações culturais.

O festival conta com apoio do programa Goiás Social; das secretarias de Estado da Retomada; de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Saneago; Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG); Serviço Social do Comércio (Sesc) e Prefeitura da cidade de Goiás.

Este ano o evento também tem como apoiadores a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Grupo Kelldrin e Saga BYD.

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Estátua de Leodegária volta a sofrer vandalismo

Imagem da poetisa, instalada ao lado da escultura de Cora Coralina no Mercado Municipal, foi quebrada no último sábado (5); avaliação para possível restauro será feita nos próximos dias

A escultura que fica no pátio do Mercado Municipal está sem a cabeça, fruto de um golpe com o joelho que sofreu do autor.

A escultura que fica no pátio do Mercado Municipal está sem a cabeça, fruto de um golpe com o joelho que sofreu do autor. (Reprodução/Instagram)

A cidade de Goiás receberá nos próximos dias milhares de turistas para as celebrações da Semana Santa, que começam no dia 13 de abril. Quem passar pelo Mercado Municipal, no entanto, terá uma triste surpresa: novamente a escultura da poetisa Leodegária de Jesus, instalada no pátio interno, foi alvo de vandalismo.

O fato ocorreu na noite de sábado (5), segundo a Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, e o autor já foi identificado.

Na imagem é possível ver que a escultura está sem a cabeça, fruto de um golpe com o joelho que sofreu do autor, um rapaz menor de idade. Ele estava acompanhado de outras pessoas que não depredaram a obra, todos moradores da cidade. O jovem foi identificado pelas câmeras de segurança do mercado, e uma investigação está em curso.

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DE NOVO

Em maio de 2023, tanto a imagem de Leodegária quanto a de Cora Coralina, instalada logo ao lado, foram completamente destruídas. Após avaliação do criador das obras, o artista plástico Carlos Antônio Silva, foi constatado que não seria possível fazer a restauração das esculturas. Outras duas esculturas das poetisas foram feitas do zero e instaladas novamente no banco, em frente à Livraria Leodegária. O artista deve ir até a cidade de Goiás nos próximos dias para avaliar a possibilidade de restauração da escultura.

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Mulher vai ao hospital após passar mal e descobre gravidez horas antes de parto no Tocantins: 'Achei que fosse calor'

Família é tocantinense, mas mora no Mato Grosso há três anos e estava passando as férias em São Salvador do Tocantins. Mariane Rodrigues é casada e já tinha dois filhos, todos nascidos no Tocantins

Modificado em 12/01/2025, 13:04

Mulher descobre gravidez de terceiro filho durante parto no Tocantins (Reprodução/Arquivo pessoal/Mariane Rodrigues)

Mulher descobre gravidez de terceiro filho durante parto no Tocantins (Reprodução/Arquivo pessoal/Mariane Rodrigues)

A assistente administrativa Mariane Rodrigues está de férias no Tocantins e não imaginava que a viagem para visitar os pais seria marcada pela chegada de um novo integrante da família. Ela descobriu que estava entre 7 e 8 meses de gestação horas antes do parto, após ter convulsões e ser levada ao hospital.

Meu filho de 18 anos está em Querência (MT) bastante surpreso porque agora terá dois irmãos pequenos, muito feliz. O pequeno, até semana passada o caçula, não sabe direito, até porque não entende. O meu esposo considero a pessoa mais sensata e resiliente do mundo, super parceiro, e estamos unidos no propósito", contou Mariane.

A família é tocantinense, mas vive em Querência (MT) há três anos. Mariane, o marido Gerôncio Jean e o filho Pedro, de 2 anos chegaram a São Salvador do Tocantins no início de dezembro de 2024. Na última sexta-feira (3) eles iriam voltar para o Mato Grosso, mas a assistente administrativa teve convulsões.

"Na sexta pela manhã, por volta de 04h30 meu esposo acordou comigo dando convulsões severas, me debatendo. Fui levada para unidade básica de saúde local, onde tive um atendimento rápido, preciso e objetivo. E foi confirmado para nossa surpresa que eu estava grávida e precisaria com urgência de uma cesárea", explicou.

Gravidez sem sintomas

A notícia da gravidez foi uma surpresa para toda a família, mas principalmente para Mariane que não apresentou sintomas e mudanças comuns da gestação. Segundo ela, o ciclo menstrual estava normal e inclusive fazia uso de anticoncepcional.

"Até então eu não tinha sintomas de gestação, vida social normal, trabalho em uma empresa privada, trabalhando normalmente, rotina de casa normal, filhos, marido! O que percebi desde o início das minhas férias foi a pressão alta, algo que nunca tive, porém achei que fosse calor, tempo quente. Serve de alerta para todas as mulheres", contou.

Como Mariane precisava fazer um parto de urgência foi encaminhada para o Hospital Regional de Gurupi. Quando chegou a cidade foi solicitado que ela fosse transferida para Palmas, onde tem uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal.

Nascidos no Tocantins

Em Palmas, o bebê Mateus nasceu na noite do dia 3 de janeiro de 2025. Assim como todos os integrantes da família, o menino veio ao mundo em solo tocantinense, como se tivesse sido premeditado pelo destino. A mãe é Tocantinópolis, o esposo de Palmeirópolis. O filho mais velho, João Neto, é de São Salvador do Tocantins e Pedro também nasceu na capital.

João Neto, de 18 anos, e Pedro, de 2 anos, são os outros filhos de Mariane e Gerôncio (Reprodução/Arquivo Pessoal/Mariane Rodrigues)

João Neto, de 18 anos, e Pedro, de 2 anos, são os outros filhos de Mariane e Gerôncio (Reprodução/Arquivo Pessoal/Mariane Rodrigues)

A família continua no Tocantins, pois o bebê está na UTI por ser prematuro e mãe está internada em um hospital particular, sendo acompanhada pela equipe médica.

"Tudo foi na sexta-feira. A noite já estava com meu pequeno no colo. Fiquei três dias na UTI, melhorando dia após dia. Ele [bebê] seguirá internado pela prematuridade", contou Mariane.

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Cachorro puxa menino de 4 anos pela grade e arranca pedaço da boca em Águas Lindas, diz tia

Segundo a família, hospital municipal da cidade não prestou atendimento e mandou que levasse menino para unidade de saúde em Brasília

Modificado em 10/01/2025, 16:27

Criança teve ferimentos nos lábios superiores e inferiores

Criança teve ferimentos nos lábios superiores e inferiores (Arquivo Pessoal/ Andressa Lima)

Um menino de 4 anos foi mordido por um cachorro e teve um pedaço da boca arrancada, contou a tia do garoto, a autônoma Andressa Natháli, de 25 anos. O caso aconteceu em um condomínio de Águas Lindas de Goiás, no entorno do Distrito Federal.

Segundo Andressa, caso aconteceu na quarta-feira (8) e o portão da casa onde o cachorro vive possui grades largas, que teria permitido que o animal alcançasse e puxasse a criança. O POPULAR não conseguiu localizar o tutor do cachorro até a última atualização desta reportagem. No entanto, de acordo com a tia do menino, ele teria se comprometido a fechar as grades do portão.

Após o ataque, o menino foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Bom Jesus, na cidade, pela mãe e por um tio dele. No entanto, a unidade teria mandado eles procurarem um hospital em Brasília.

A gente foi na sala de triagem e a única coisa que eles [equipe do hospital de Águas Lindas] falaram que não tinha como atender a criança, mas em nenhum momento passou remédio e deu os primeiros socorros", contou a tia.

Ela acrescentou ainda que a equipe médica do hospital informou que o caso da criança era para cirurgia. "No outro hospital não precisou de cirurgia, a boca do menino só foi costurada", relatou a mulher.

Ao POPULAR , o Corpo de Bombeiros informou que foi acionado e atuaram na ocorrência. A reportagem também entrou em contato com a Polícia Civil (PC), mas não obteve retorno até a publicação dessa matéria.

O POPULAR também entrou em contato a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Águas Lindas e com o hospital, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

(Colaborou Thauany Melo, do g1)

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Trabalho de descontaminação busca diminuir danos no Rio Vermelho

Manancial recebe raspagem do solo afetado por agrotóxicos, além da lavagem das pedras que compõem suas margens na cidade de Goiás

Equipes fazem a descontaminação das margens do Rio Vermelho

Equipes fazem a descontaminação das margens do Rio Vermelho (Divulgação/Semad)

Autoridades municipais da cidade de Goiás percorreram o Rio Vermelho nesta segunda-feira (23), até o distrito de Buenolândia, para avaliações sobre a contaminação por agrotóxicos. A carga de pesticidas entrou em contato com o manancial após um acidente na GO-164, na manhã de terça-feira (17), que matou um casal e deixou dois homens feridos. Desde a última semana, moradores vêm registrando a morte de centenas de peixes ao longo das águas que cortam a antiga capital.

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A contaminação é monitorada pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Municipal do Meio Ambiente da cidade de Goiás. Nesta segunda-feira (23), equipes realizaram a remoção dos resíduos com a raspagem do solo contaminado e a lavagem das pedras que compõem as margens do rio.

A preocupação, tanto de pesquisadores da cidade como da administração pública com a qualidade das águas, que podem sofrer prolongadamente os efeitos da contaminação, gerou recomendações quanto à utilização do recurso hídrico. De acordo com a Semad, a população que necessitar de água para a hidratação de animais pode recorrer à secretaria pelo WhatsApp 62 92798321.

"Eu não tive coragem de descer mais em outros poços, só no que eu fui já fiquei bem triste", diz um agricultor familiar da região sobre a contaminação do Rio Vermelho. Em áudio ao qual a reportagem teve acesso, o homem pede a um agente público para solicitar à prefeitura uma fiscalização urgente junto do rio: "A situação não está normal, estamos muito tristes", complementa.

O homem diz ter encontrado ao longo do rio diversas espécies de peixes mortos, devido à grande quantidade de "veneno" nas águas. Após a ida ao local, ele diz não conseguir mais voltar pelo cheiro e situação em que o rio se encontra. "Tem uma espuma, está grossa, um cheiro muito estranho", complementou. Os peixes vêm sendo vistos mortos na antiga capital desde o museu Casa de Cora Coralina e se estendido também ao Balneário Cachoeira Grande, na junção do Rio Vermelho com o Bagagem.

Acidente

O acidente ocorreu na terça-feira passada, depois que um caminhão carregado de agrotóxicos teve uma falha nos freios próximo ao primeiro trevo de acesso à cidade. O caminhão atingiu a traseira de um veículo, o que causou a morte de um casal. Com o acidente, o Corpo de Bombeiros chegou a comunicar a Semad sobre os agrotóxicos espalhados na área. A carga foi identificada como roubada de um local no município de Marcelândia (MT).

Apesar de a Gerência de Gestão e Prevenção de Incêndios e Acidentes Ambientais (Gegia) da Semad tomar iniciativas para evitar o contato com o rio, como barreiras de contenção, as chuvas torrenciais na região acabaram levando produtos tóxicos para o manancial. Após a morte dos peixes, a secretaria entrou em contato com os fabricantes dos produtos, Bayer e Basf, para atender à emergência ambiental. Como prevê a Lei Federal 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, as duas empresas contrataram a Ambipar, que enviou profissionais para atuar na descontaminação da área.

Os ocupantes do caminhão onde a carga estava foram encaminhados ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). De acordo com nota da unidade, enviada na segunda (22), os dois homens estão internados na enfermaria do hospital, com o estado de saúde estável, conscientes e respirando espontaneamente.
(João Gabriel Palhares é estagiário do GJC em convênio com a UFG)