Uma mulher foi presa suspeita de aplicar um golpe em mais de 160 turistas que viajaram para Caldas Novas, cidade turística no sul de Goiás. O grupo comprou com ela um pacote de viagens que incluía hospedagem, alimentação e transporte, mas quando chegaram até o hotel descobriram que nenhuma das despesas estavam pagas. Ao chegar no hotel, o grupo de turistas descobriu que o check-in não estava pago, pois a mulher havia realizado o pagamento apenas de valores “simbólicos” para os fornecedores, sendo eles três imobiliárias, empresa de ônibus e hotéis. De acordo com o delegado Tiago Fraga Ferrão, os turistas foram acomodados mesmo sem o pagamento, porque a golpista informou que já estava resolvendo com o banco. O pacote comprado possui a previsão de diária até sábado (30). O golpe foi descoberto depois que um dono das imobiliárias, que teve um prejuízo de cerca de R$ 40 mil, procurou a mulher para cobrar o pagamento. A mulher conversava por ligação com o homem e postergava o pagamento, dizendo havia pago os serviços, mas que estava com um problema em sua conta do banco para liberar o dinheiro. Então, quando chegaram ao banco para realizar o pagamento, foi constatado que não havia saldo na conta bancária, que segundo ela, tinha R$ 90 mil reais. Ela fingiu que estava passando mal e foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. O dono da imobiliária ligou para a polícia que realizou o flagrante em frente à unidade médica. “Eles estão lá hospedados, mas não estão recebendo alimentação e não sabem como vão voltar para casa, isso porque os motoristas dos ônibus não receberam e provavelmente não vão fazer o retorno dos passageiros para casa”, explica Tiago. Os viajantes compraram os pacotes, que custaram entre R$ 700,00 e R$ 1 mil e ainda não tiveram o reembolso porque a mulher gastou todo o dinheiro. O prejuízo pode chegar aos R$ 150 mil. A mulher foi presa em flagrante por estelionato nesta sexta-feira (29) e encaminhada para o presídio feminino de Corumbaíba, região sudeste de Goiás. A reportagem tentou contato com a agência de turismo de Minas Gerais, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.