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Unidades da UFG voltam a exigir máscara em ambiente aberto

Fábio Lima
UFG: algumas unidades da universidade reforçaram o controle sanitário, o que inclui a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos

Diante do aumento do número de casos da Covid-19, algumas unidades da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiram se antecipar ao Conselho Universitário (Consuni) reforçando exigências de controle sanitário, como o uso obrigatório de máscaras em ambientes abertos.

No dia 25 de maio, a instituição iniciou o ano letivo de 2022 com o retorno pleno à modalidade presencial. Desde segunda-feira (6), a testagem ampliada é realizada diariamente no Centro de Saúde do Câmpus Samambaia, das 8h às 10h30, e está aberta a toda a comunidade.

No dia 3, a direção do câmpus da UFG na cidade de Goiás emitiu um comunicado à comunidade universitária pedindo atenção à exigência do uso de máscaras em suas dependências e apresentação do comprovante de vacinação. A medida, conforme o documento, ocorreu em razão do ritmo acelerado de casos confirmados de Covid-19 na antiga capital.

Na segunda-feira (6), 535 pessoas estavam em tratamento em domicílio na cidade de Goiás, segundo informe da prefeitura local. Um mês antes, este número era de 25 pessoas. 

As direções da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) e da Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ), em Goiânia, tomaram a mesma providência.

Coordenador do Diretório Central de Estudantes (DCE), Jonas Toufic, que testou positivo há pouco para Covid-19 e ainda se recupera em casa, reconhece que há um relaxamento por parte dos estudantes, mas lembra que o DCE defende a manutenção das medidas de proteção sanitária. “Esperamos um posicionamento do Consuni para que possamos fazer uma discussão melhor. Nossa ideia não é de policiamento, mas de conscientização.”

Desde a volta presencial dos alunos à UFG, o uso de máscaras é obrigatório nos ambientes fechados e recomendável ao ar livre. A preocupação com a piora do cenário epidemiológico acendeu o alerta.

Pro-Reitora Adjunta de Graduação  e coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde da universidade, Heliny Carneiro Cunha Neves disse que “em consonância com os decretos municipais, a UFG recomenda fortemente o uso de máscara, especialmente nos ambientes fechados e em locais que possuem maior risco de transmissão, como espaços com aglomerações”.

De acordo com a coordenadora do GT Saúde, no retorno pleno das atividades na UFG, foram realizadas testagens ampliadas nos dias 25 de maio e 3 de junho, com positividade de 14,7% e 14,5%, respectivamente. Desde segunda-feira (6), a testagem vem ocorrendo no Centro de Saúde da UFG, para pessoas sintomáticas, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Heliny Neves ressaltou que toda a comunidade universitária deve notificar casos suspeitos ou confirmados à plataforma Monitoramento Covid-19 - Comunidade UFG.

Não há previsão de reunião do Consuni para discutir a questão. A coordenadora do GT Saúde lembra que, além da recomendação do uso da máscara nas dependências da UFG, “outras medidas devem ser seguidas, como priorização da ventilação natural nos ambientes das salas de aulas e laboratórios, higienização frequente das mãos, etiqueta respiratória nas dependências da UFG e vacinação”. Todas as recomendações de biossegurança estão disponíveis no site retomada.ufg.br.

Estudantes protestam contra cortes no orçamento

Nesta quinta-feira (9) o DCE da UFG realiza às 15 horas, na Praça Universitária, um ato em favor da educação pública e contra os cortes orçamentários que vêm atingindo as instituições de ensino federal. O bloqueio de recursos de mais de R$ 1 bilhão anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro no dia 27 de maio reduziu em 14,5% o orçamento de cada unidade, impactando o planejamento de gastos para 2022. Desde 2016 as instituições federais vêm sofrendo com as restrições orçamentárias. 

A mobilização será realizada simultaneamente em todo o País. “Os cortes são absurdos. Mesmo durante a pandemia, as instituições federais não pararam, criando materiais para Covid-19 e fazendo ciência. O projeto do governo federal é sucatear as universidades para depois privatizá-las. Não há dinheiro para a assistência estudantil, para bolsa de pesquisa. Mostramos para os estudantes como os cortes vêm nos prejudicando”, disse Jonas Toufic, coordenador do DCE da UFG. 

Para acesso à manifestação, o DCE conseguiu ônibus que farão o transporte gratuito dos estudantes a partir dos câmpus de Aparecida de Goiânia e do Samambaia, em Goiânia, em direção à Praça Universitária.

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