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Catar faz abertura com discurso de inclusão e diversidade

Primeiro país árabe a sediar o Mundial, Catar varreu para baixo do tapete seu histórico de violação dos direitos humanos, pregando valores como inclusão e diversidade em uma cerimônia grandiosa

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 05:17

Cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar

Cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar (Marcelo Machado de Melo /Fotoarena/Folhapress)

Agora é oficial. Temos Copa. A cerimônia de abertura realizada no Catar, primeiro país do Oriente Médio a sediar o Mundial, varreu para baixo do tapete seu histórico de violação dos direitos humanos, pregando valores como inclusão e diversidade em uma cerimônia grandiosa, com direito a narração (presencial) do ator americano Morgan Freeman.

A cerimônia durou cerca de 30 minutos no estádio Al Bayt, com capacidade para 60 mil pessoas, e que vai receber nove jogos na Copa, incluindo o primeiro, Catar x Equador, e uma das semifinais.

Freeman interagiu com o youtuber Ghanim al-Muftah, ativista que nasceu com a rara síndrome de regressão caudal, uma má-formação que afeta o desenvolvimento da parte de baixo do corpo.

Do ponto de vista técnico foi superior às recentes aberturas da Copa de 20018, na Rússia, que durou cerca de 15 minutos, e a da Copa-2014, no Brasil, que teve até coreógrafa chamada em cima da hora.

Antes mesmo de Freeman pisar no palco, já tinha rodado um vídeo com tubarão-baleia, desertos, mulheres cataris e outras figuras da culturas do país. Ao lado do ator hollywoodiano, o outro anfitrião da festa foi a mascote La'eeb, que sobrevoava a cerimônia, que também teve danças árabes típicas de tribos beduínas e tambores misturados a bastões de LED.

A festa catariana apelou à memória afetiva de torcedores, com mascotes de todas as Copas ---até o Fuleco foi ressuscitado--- e medley com os principais hits, incluindo "Waka Waka", sucesso de Shakira em 2010, e "The Cup of Life", com Ricky Martin, tema do Mundial de 1998.

Shakira chegou a ser convidada para a cerimônia, mas, assim como outros astros da música, declinou o convite ---juntando-se a Dua Lipa e Rod Stewart.

Camisas de 2 metros de altura de todas as seleções desfilaram no campo, deixando em destaque as duas equipes que abririam o Mundial, Catar e Equador.

Antes do final, houve tempo para o astro do k-pop Jung Kook, integrante do grupo sul-coreano BTS, apresentar uma das músicas do Mundial, "Dreamers", ao lado do cantor catari Fahad Al-Kubaisi. O hit traz versos como "respeitar o amor é o único jeito", "as portas estarão sempre abertas", "nós somos os sonhadores, faremos acontece porque podemos enxergar isso".

Porém, "Light the Sky", outra música oficial para o Mundial, com quatro mulheres de origem árabe no comando, ficou fora da abertura.

O foco na diversidade também se fez presente no discurso do emir Tamim bin Hamad al-Thani. "Recebemos a todos de braços abertos na Copa do Mundo 2022", disse.

Ele também falou que a festa é um espaço para "diálogo e civilização". "As pessoas, por mais que sejam de culturas, nacionalidades e orientações diferentes, vão se reunir aqui no Catar. Que beleza juntar essas diferenças todas."

Durante a preparação para a Copa, o Catar foi inundado de críticas pelo tratamento dado às mulheres, pelas leis que criminalizam a comunidade LGBTQIA+ e pelos direitos trabalhistas restritos.

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Paris inaugura Paralimpíadas com cerimônia 'militante'

Assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos, é a primeira vez que a cerimônia de abertura paralímpica ocorre fora de um estádio

Modificado em 17/09/2024, 17:21

Abertura das Paralimpíadas de Paris ocorreu fora de um estádio pela primeira vez a história

Abertura das Paralimpíadas de Paris ocorreu fora de um estádio pela primeira vez a história (Alessandra Cabral/CPB)

Uma cerimônia "militante" - na definição de seu criador, o diretor de teatro Thomas Jolly -, com uma mensagem de conscientização para a inclusão das pessoas com deficiência, abre os Jogos Paralímpicos de Paris na noite francesa de quarta-feira (28).

Menos ambiciosa que a abertura dos Jogos Olímpicos, um mês atrás, mas nem por isso pouco grandiosa, a festa foi realizada nos Champs-Elysées, principal avenida da capital francesa, e na praça da Concórdia, onde em 1793 o rei Luís 16 e a rainha Maria Antonieta foram guilhotinados.

Na abertura olímpica, organizada em um percurso de seis quilômetros às margens do rio Sena, Jolly tinha criado polêmica com diversas provocações, entre elas uma cantora representando a rainha decapitada. Desta vez, em suas próprias palavras, o diretor decidiu enfatizar a "concórdia" que dá nome à praça.

O nome dado por Jolly ao espetáculo, "Paradoxe", é, segundo ele, uma referência à contradição entre o heroísmo dos campeões paralímpicos e os desafios cotidianos às vezes prosaicos com que eles se deparam nas ruas -como descer uma escada para pegar o metrô.

"É a primeira vez que uma cerimônia de abertura paralímpica é realizada no centro de uma cidade, e sabemos que as cidades não são adaptadas [para pessoas com deficiência]", afirmou.

Como definiu a ministra dos Esportes e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Amélie Oudéa-Castéra, a intenção da cerimônia não é "chocar", mas "chamar a atenção".

Assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos, é a primeira vez que a cerimônia de abertura paralímpica ocorre fora de um estádio. Boa parte dos cerca de 4.400 atletas, representando 167 delegações e a equipe paralímpica de refugiados, desfila nos Champs-Elysées, diante de um público de cerca de 50 mil pessoas.

Os 88 atletas russos inscritos, autorizados a competir sob o nome de "atletas individuais neutros", foram impedidos de participar em razão da invasão da Ucrânia.

Beth Gomes (atletismo) e Gabriel Araújo, o Gabrielzinho (natação), campeões paralímpicos em Tóquio, três anos atrás, representam o Brasil como porta-bandeiras.

Doze tochas paralímpicas diferentes convergiram de todas as regiões da França em direção ao local da cerimônia de abertura, depois de um revezamento de quatro dias e mil participantes, iniciado no Reino Unido, em Stoke Mandeville, localidade berço do movimento paralímpico: ali, em 1948, foi realizado o embrião do que viria a se transformar nos atuais Jogos.

Entre os portadores da tocha mais famosos está o ator chinês Jackie Chan, 70, estrela de filmes de ação hollywoodianos, muito popular na França.

A mesma pira dos Jogos Olímpicos voltará a ser acesa para os Paralímpicos. Instalada em um balão e sem fogo de verdade - a "chama" é um efeito criado por vapor d'água e lâmpadas LED -, ela se tornou uma atração turística da capital francesa, no Jardim das Tulherias, entre o Museu do Louvre e o obelisco da Concórdia.

Os Jogos Paralímpicos terão 22 esportes em 19 sedes de competição, entre elas algumas das que mais impressionaram nos Jogos Olímpicos, como Versalhes (paraequitação), Grand Palais (esgrima em cadeira de rodas e parataekwondo) e Torre Eiffel (futebol de cegos).

O evento terminará em 8 de setembro, com uma cerimônia também concebida por Thomas Jolly, que será realizada no Stade de France, mesmo palco do encerramento dos Jogos Olímpicos, no último dia 11.

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Abertura das Olimpíadas no Sena foi uma ideia louca, diz Macron a cinco dias da cerimônia

Abertura organizada no centro da capital francesa, com desfile de atletas em barcos pelo rio Sena, é uma operação complexa, pois não conta com o ambiente controlado de um estádio

Modificado em 17/09/2024, 16:28

Atletas americanos já estão em Paris para a disputa dos Jogos

Atletas americanos já estão em Paris para a disputa dos Jogos (Divulgação / @USSailingTeam / X (antigo Twitter))

Em uma recepção para jornalistas internacionais no Palácio do Eliseu, nesta segunda-feira (22), Emmanuel Macron reconheceu que considerou uma loucura a ideia de fazer a cerimônia de abertura dos Jogos de Paris pelos cartões postais da cidade.

"É uma ideia louca, pensamos no começo, mas vamos entregá-la", afirmou o presidente francês, com um sorriso de cumplicidade em direção a Tony Estanguet, o executivo principal dos Jogos.

Macron repetiu pelo menos três vezes, durante um discurso de pouco mais de dez minutos, o bordão "escolham a França", parte de uma campanha internacional pela imagem de seu país e de seus produtos.

Também presente à cerimônia, Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), disse que Paris recebe atletas refugiados e de países em conflito para enviar um sinal eloquente para o mundo. "Isso é uma coisa que só o esporte consegue fazer", afirmou o dirigente.

Macron repetiu alguns dos feitos prévios de Paris-2024, como a marca de Jogos mais sustentáveis da história, e disse que isso "não acaba" na sexta-feira (26).

A abertura organizada no centro da capital francesa, com desfile de atletas em barcos pelo rio Sena, é uma operação complexa, pois não conta com o ambiente controlado de um estádio. Com chefes de Estado e grande número de atletas, a cerimônia é o momento de maior risco dos Jogos, segundo especialistas.

Não à toa, a presença de forças de segurança nas ruas é maciça. O governo francês emprega 45 mil agentes na cidade nesta semana.

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'Mantenho o que a gente fez', diz árbitro goiano sobre decisões em França x Inglaterra

Wilton Pereira Sampaio atuou em quatro partidas na Copa do Catar, entre elas o clássico europeu

Modificado em 20/09/2024, 05:33

Wilton Pereira Sampaio apitou França x Inglaterra

Wilton Pereira Sampaio apitou França x Inglaterra (Visionhaus/Getty Images)

O árbitro Wilton Pereira Sampaio disse que não mudaria as decisões tomadas por ele no clássico entre França e Inglaterra, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Os franceses venceram por 2 a 1, avançaram de fase, mas os dois lados do duelo criticaram a atuação do profissional goiano na partida.

Os ingleses deram tom mais pesado às críticas. A principal alegação é que Wilton Pereira Sampaio errou em decisões durante o jogo, não manteve nível de concentração que a partida exigia e não anotou uma possível falta no início da jogada do primeiro gol da França na vitória de 2 a 1. Outra crítica foi em relação a dois lances de pênaltis para a Inglaterra, um não marcado e outro em que deixou o lance seguir e sinalizou penalidade após orientação do VAR.

O goiano disse, em entrevista ao Jornal O POPULAR, que não mudaria as decisões, por terem sido feitas em um trabalho em conjunto com os demais profissionais da arbitragem da partida.

"Primeiramente, eu mantenho o que fizemos juntos. Foi uma equipe. A crítica é normal, temos que aceitar principalmente quando for uma crítica construtiva. O que vale para nós é a avaliação da comissão de arbitragem da Fifa", disse Wilton Pereira Sampaio, de 40 anos.

Nesta partida, o profissional goiano foi auxiliado pelo conterrâneo Bruno Pires e pelo paranaense Bruno Boschilia. O quarto árbitro foi Mohammed Mohammed, dos Emirados Árabes. O VAR teve o comando do colombiano Nicolás Gallo, com os espanhóis Alejandro Hernández e Juan Martínez, além da brasileira Neuza Back.

Na opinião do goiano, a resposta da Fifa em manter na Copa os profissionais brasileiros envolvidos na partida entre França e Inglaterra é o que importa.

"Nós ficamos até o final da Copa, é sinal de que a Fifa teve avaliação positiva da nossa participação na partida. Se não tivéssemos feito um bom trabalho, teríamos sido liberados. A Fifa manteve os árbitros que poderiam seguir trabalhando. Essa avaliação é a que mais importa, nos deram oportunidade para seguir no torneio", completou o árbitro goiano.

Inglaterra x França foi o duelo 'mais pesado'

Wilton Pereira Sampaio trabalhou em quatro jogos na Copa do Catar. A mais "pesada" foi o duelo entre ingleses e franceses pelas quartas de final.

"Quando saiu a escala, vi que seria o clássico. Houve uma conversa entre a equipe para não nos cobrarmos muito. Sabíamos onde estávamos, a importância do jogo, mas o mais importante seria cumprir o que a Fifa nos pede e fazer o melhor no jogo. Estudamos tudo que envolve o jogo: esquemas táticos, comportamentos de jogadores, o histórico dos países, os confrontos entre as equipes, tudo. Nos preparamos bem", contou Wilton Pereira Sampaio.

Esse jogo foi o último do goiano na Copa. O assistente Bruno Pires, por sua vez, trabalhou como assistente do VAR na decisão do 3º lugar entre Croácia e Marrocos. Segundo Wilton Pereira Sampaio, não houve nenhum tipo de "geladeira" dele no Mundial após o duelo entre França e Inglaterra.

"Quando terminamos as quartas de final, houve uma seleção do grupo de árbitros que iam seguir. Nós seguimos. São critérios, entendemos a análise que a Fifa faz. Trabalhamos em quatro jogos e tratamos todos como finais", avaliou Wilton Pereira Sampaio sobre não ter sido mais utilizado nas fases seguintes da Copa do Catar.

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Após Catar-2022, dupla goiana do apito mira Copa de 2026

Árbitro e assistente de Goiás retornam do Catar com meta de seguir no topo e estar no próximo Mundial

Modificado em 20/09/2024, 06:14

Árbitro Wilton Pereira Sampaio (E) e assistente Bruno Pires trabalharam na Copa do Mundo do Catar

Árbitro Wilton Pereira Sampaio (E) e assistente Bruno Pires trabalharam na Copa do Mundo do Catar (Wildes Barbosa / O Popular)

Wilton Pereira Sampaio e Bruno Pires terão alguns dias de descanso depois de atuarem na Copa do Mundo do Catar, mas o foco da dupla goiana do apito é voltar a ser convocada para trabalhar nos próximos Mundiais. O topo na arbitragem foi alcançado pelos profissionais do Estado no Catar. A meta dos dois, agora, é permanecer entre os principais árbitros do quadro da Fifa, já de olho em 2026.

No Catar, Wilton Pereira Sampaio trabalhou em sua segunda Copa do Mundo, a primeira como árbitro de campo. Já o assistente Bruno Pires fez sua estreia em uma edição de Mundial. A avaliação da dupla é que o desempenho foi bom e isso se torna combustível para os dois, que querem trabalhar na Copa de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.

"Chegamos no topo da carreira. Começamos lá embaixo e alcançamos o topo. Mas e aí? Vamos fincar a bandeira no topo e o que fazer agora? O ano de 2023 está logo aí, a nossa Copa do Mundo, que é o Campeonato Goiano, começa dia 11. Quando você atinge o status de mundialista, a cobrança aumenta. A mesma importância que damos para uma seleção é o que damos para um time do Estadual. Queremos colocar tudo que aprendemos na subida até o topo e contribuir para a arbitragem goiana", afirmou o assistente Bruno Pires, de 37 anos.

Na Copa conquistada pela Argentina, quatro jogos tiveram participações, no campo, da dupla goiana: Senegal 0x2 Holanda, pela 1ª rodada do Grupo A, Polônia 2x0 Arábia Saudita, na 2ª rodada do Grupo C, Holanda 3x1 Estados Unidos, pelas oitavas de final do Mundial, e Inglaterra 1x2 França, nas quartas de final. Bruno ainda foi assistente de VAR na disputa de 3º lugar.

Depois de atuar em quatro jogos no Catar, Wilton Pereira Sampaio é o 3º brasileiro a apitar mais jogos de Mundiais, ao lado de José Roberto Wright. Carlos Eugênio Simon soma sete partidas, e Sandro Meira Ricci possui seis jogos no currículo.

"A Copa do Mundo é o topo da arbitragem. É difícil chegar nesse estágio e pretendemos seguir com os pés nos chão. A cobrança vai ser ainda maior agora, as pessoas vão olhar de maneira diferente. Que a gente consiga manter o bom desempenho nas nossas 'Copas do Mundo', que são o Goiano e o Brasileiro", completou o árbitro Wilton Pereira Sampaio.

Um fator que motiva os goianos a buscar uma nova participação na próxima Copa do Mundo é o feedback positivo que receberam, informalmente, da atuação da arbitragem brasileira no Mundial do Catar.

Segundo Wilton Pereira Sampaio, uma avaliação será feita pela Fifa sobre a atuação dos árbitros no Mundial. "O presidente da comissão de arbitragem da CBF, o (Wilson Luiz) Seneme, me disse que a arbitragem brasileira sai fortalecida, que os sete profissionais deixaram boa impressão para a Fifa. Quando divulgarem o relatório final, vão lembrar da arbitragem brasileira", contou o árbitro goiano, que, além do conterrâneo Bruno Pires, teve Raphael Claus, Bruno Boschilia, Danilo Manis, Rodrigo Figueiredo e Neuza Inês Back como companheiros brasileiros na arbitragem da Copa.

O processo para chegar na Copa de 2026 começa, segundo os profissionais goianos, no próximo dia 3 de janeiro. Será nesta data que eles iniciam as avaliações física e técnica para atuarem no Goiano e competições nacionais em 2023.

"A análise que a Fifa vai fazer é geral. Ela exige regularidade e considera isso desde o Campeonato Goiano. Além dessa regularidade, boas avaliações físicas e técnicas são consideradas. A exigência para chegar em uma Copa do Mundo é alta, por isso temos que ter disciplina e foco para nos mantermos na lista de convocados", falou Wilton Pereira Sampaio, que explicou sobre o elevado tempo de acréscimos na Copa.

A quantidade de acréscimos que os árbitros deram na Copa causou curiosidade. De acordo com o árbitro goiano, a orientação da Fifa foi de não deixar tempo perdido nos jogos. Wilton Pereira Sampaio reconheceu que, nos primeiros jogos, o número era elevado, mas isso foi diminuindo conforme a sequência de jogos e agilidade de jogadores nas paradas.

"A questão dos acréscimos foi a orientação de cumprir o tempo perdido, de ser criterioso com o tempo de jogo parado. Substituição leva tempo, atendimento médico, procedimentos do VAR, todo tempo era calculado pela arbitragem, o quarto árbitro e um membro na cabine (do VAR). A orientação era cumprir com o que o jogo pedia. Tiveram jogos com dois minutos, outros já pediam sete de acréscimo", frisou o profissional.

Viver dias de Copa é algo que marcou Wilton Pereira Sampaio e Bruno Pires e foi considerado por eles como "a realização de um sonho". No Catar, pouco tempo sobrou para eles conhecerem o país, mas, quando sobrava um tempo entre jogos, aproveitaram para andar por Doha. Visitas a mercados eram de praxe, deu tempo até de montar um camelo. "Só montar. Andar era caro (risos)", brincou Bruno Pires.

"Quando não tinha jogos, a gente treinava e fazia algumas atividades obrigatórias, como analisar os lances dos jogos anteriores. Não podia sair na véspera de uma partida, mas consegui assistir a oito jogos, o do Brasil contra a Suíça e a final. Lembro da sensação que tive ao sair do hotel para os estádios, o filme que passa na cabeça com tudo que vivemos para chegar ali. As torcidas da Copa me marcaram. São diferentes, mais apaixonadas", detalhou Wilton Pereira Sampaio sobre sua rotina no Catar e algumas lembranças fora dos jogos em que atuou.