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Fred faz dois, e Fluminense vence o Santa Fé com um a menos na Libertadores

Tricolor soma quatro pontos e está em segundo lugar no grupo D da Libertadores

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:04

Fred comemora gol na Libertadores

Fred comemora gol na Libertadores (Staff Images / CONMEBOL)

O Fluminense sofreu, mas venceu o Independiente Santa Fe nesta quinta (28), por 2 a 1, com gols de Fred, pela Libertadores. Com um a menos desde os 25 do segundo tempo, a equipe de Roger Machado segurou os colombianos e garantiu a primeira vitória na competição.

Com a vitória, o Tricolor soma quatro pontos e está em segundo lugar no grupo D da Libertadores, atrás do River Plate no saldo de gols. O próximo duelo do Flu também é na Colômbia, contra o lanterna Junior Barranquilla, na quinta (6).

FRED BRILHA

O Fluminense viu mais uma noite de gala de Fred pela Libertadores. O camisa 9 marcou dois gols, ganhou todas no pivô, deu lindos passes para os pontas e fez história mais uma vez pelo Tricolor. Agora, o ídolo é o segundo maior artilheiro da história do clube.

EXPULSÃO ATRAPALHA

Quando o Fluminense começava a segurar melhor a pressão do Independiente Santa Fé no segundo tempo, Egídio tratou de atrapalhar o time. Já amarelado, o lateral-esquerdo quis revidar chegada mais dura na disputa de jogo aéreo, chutou Caballero e deixou o Tricolor com um a menos, com mais de 20 minutos pela frente no jogo.

FRED ALCANÇA MARCA HISTÓRICA

O jogo ainda estava em seu início quando Fred escreveu mais um capítulo em sua história de idolatria no clube. Aos quatro minutos, o centroavante aproveitou linda jogada de Kayky e belo passe de Nenê para dominar na área, ajeitar e balançar as redes pela 184ª com a camisa tricolor.

Na segunda etapa, cabeceou forte em cruzamento preciso de Egídio para aumentar o placar. Com os dois gols --- já são oito em sete jogos em 2021 ---, o camisa 9 se tornou o segundo maior artilheiro da história do clube, ultrapassando Orlando Pingo de Ouro. Quem lidera a lista é Waldo, com 319 gols.

TIME ABDICA DA POSSE DE BOLA

Apesar da vantagem inicial, o Flu abdicou completamente da posse de bola e se fechou no campo de defesa. A estratégia do time de Roger Machado passou a ser explorar o pivô de Fred, com os passes de Nenê para a velocidade de Kayky e Luiz Henrique. Com isso, a posse de bola ficou praticamente em 80% para o Independiente Santa Fé, que incomodava pela ponta esquerda com Junior Arias. O problema é que, espertos, os colombianos paravam as transições tricolores com faltas ainda no campo de ataque, e contava com a leniência da arbitragem, que não deu cartões amarelos durante o rodízio de faltas. E aos 18, Marcos Felipe salvou o Tricolor em chute à queima-roupa de Seijas.

CHUTE NO TRAVESSÃO

Mesmo sem ter muito a posse, o Tricolor era mais perigoso quando chegava ao ataque. Aos 29, Egídio achou Kayky dentro da área, e o jovem de 17 anos deu lindo passe para Martinelli, que pegou bem na bola e carimbou o travessão de Castellanos. Por pouco, o Flu, que sofria com as inversões do Independiente Santa Fé para as pontas, não aumentou a vantagem em Armênia.

SANTA FÉ CRESCE E SUFOCA O TRICOLOR

Com 80% de posse de bola, o Independiente Santa Fé levou muito perigo nos últimos cinco minutos. O Fluminense recuou demais suas linhas, e com Martinelli e Yago colados na zaga, havia muito espaço para os meias e atacantes colombianos se movimentarem.

Apesar de não ser um time rápido, o Santa Fé abusava das inversões de bola nas costas dos baixos Kayky e Calegari. Em jogadas assim, como aos 32, o Tricolor não sofreu o empate por sorte, já que na pequena área, Jorge Ramos pegou de tornozelo e isolou. Aos 46, na melhor chance colombiana, Arias rolou para Mosquera, que também bateu por cima.

FRED PEGA DE NOVO

O Santa Fé nem teve tempo de se preparar para o intervalo, já sem Arias, destaque da equipe na primeira etapa, quando viu o Fluminense aumentar o placar. Logo no primeiro minuto de jogo, Egídio levou pela esquerda e cruzou com perfeição para Fred, que cabeceou forte, sem chances para Castellanos.

SANTA FÉ DIMINUI

O início do segundo tempo foi tão movimentado que o Tricolor também nem pode aproveitar sua vantagem no placar. Aos cinco, os colombianos repetiram a única jogada que mostravam até então: inversão de bola pelo alto. Mas o Flu, sem mexidas e muito exposto, não mostrou reação. Egídio ficou distante, Luccas Claro não cobriu, e Giraldo aproveitou para diminuir para o Independiente Santa Fé.

FLU COM UM A MENOS

A partida começava a ficar mais morna quando o Fluminense ficou com um a menos, e o drama começou. Egídio fez falta boba, tomou o segundo amarelo, e de maneira infantil, acabou expulso. Com 10 em campo, o Tricolor sofreu com os ataques do Independiente Santa Fé.

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Flamengo empata com o Fluminense e fatura o Carioca com Vini Jr na torcida

É a 39ª conquista do clube rubro-negro no campeonato

Modificado em 16/03/2025, 19:42

Flamengo levanta troféu do Campeonato Carioca

Flamengo levanta troféu do Campeonato Carioca (Rafael Sacharny/Agencia Enquadrar/Folhapress)

O Flamengo é bicampeão carioca! A equipe rubro-negra empatou com o Fluminense na tarde de hoje (16), no Maracanã, e levantou pelo segundo ano consecutivo. Esta é a 39ª conquista do clube no campeonato.

O jogo ficou no 0 a 0. No primeiro encontro, a equipe da Gávea já havia vencido por 2 a 1.
Esse é o terceiro título de Filipe Luís desde que assumiu o time profissional, em outubro do ano passado: Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e Carioca.

Com o título, o Fla ganhou o Estadual do Rio de Janeiro pela quinta vez em sete anos --- em 2022 e 2023 o Tricolor se sagrou campeão.

Vinicius Júnior na torcida

Cria do Flamengo, Vinicius Júnior marcou presença no Maracanã. O atacante do Real Madrid, da Espanha, está no Brasil para se apresentar à seleção brasileira para os duelos contra Colômbia e Argentina.

Começo promissor

O título no Carioca reforça o começo promissor do Flamengo em 2025. Mesmo após uma janela com poucos reforços e sem algumas estrelas à disposição, como Danilo e Bruno Henrique, a equipe de Filipe Luís garantiu o segundo troféu no ano, após ter levantado a Supercopa do Brasil.

O campeonato não resolve a vida do Rubro-Negro na temporada, mas dá boas direções. Após o começo com jogadores de base, Filipe Luís girou o elenco principal e soube suprir ausências importantes no decorrer das partidas.

Reforço se torna herói

Primeira contratação da gestão do presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, o atacante Juninho acabou se tornando o herói do título. Foi dele o segundo gol da vitória por 2 a 1 no primeiro jogo, placar que fez o Flamengo chegar ao duelo decisivo com o vantagem do empate

Como foi o jogo

O jogo começou com os dois times forçando na marcação e cometendo faltas. Em vantagem, o Flamengo se mostrava um pouco mais à vontade nas tramas para chegar ao ataque. Não à toa, teve as chances mais claras do primeiro tempo - Plata, na pequena área, cabeceou por cima, e Luiz Araújo em toque na saída de Fábio, mandou para fora.

O time da Gávea repetiu a escalação da primeira partida, e viu um ataque sem um jogador de referência funcionar com uma movimentação mais ativa, principalmente pelo lado direito, com Wesley, Gerson e Plata.

Os comandados de Mano Menezes apostaram nas saídas em velocidade e conseguiram dar um "calor" na defesa adversária, mas nenhuma jogada que tenha tirado Rossi da zona de conforto. Com Lima na vaga de Serna, o Flu foi a campo com o meia tendo o auxílio de Canobbio e Arias pelas extremidades, e Cano como referência. Houve busca por espaços e soluções, mas nada muito efetivo.

O Fluminense fez mudanças para o segundo tempo e conseguiu demonstrar melhora quanto às ações da partida. Cano teve boa chance de abrir o placar, mas desperdiçou. Ao mesmo tempo, o Flamengo conseguia ter a bola, mas sem uma criação mais efetiva.

Após a parada técnica, os times entraram em ritmos diferentes. O Rubro-Negro "cozinhava" e tentava aproveitar as brechas. Já o Tricolor, tentou pressionar para mexer no placar --- Mano tirou Martinelli para colocar Serna, e Arias foi para o meio.

Nos minutos finais, lá e cá. Plata fez gol que foi anulado. Keno quase abriu o placar e, pouco depois, Michael fez para o Fla, tirando o grito de "é campeão" da torcida. Mas o gol também foi anulado.

Lances importantes

Quase! Aos 3 minutos do 1º tempo, Wesley cruzou para Luiz Araújo. O atacante dominou na esquerda e cruzou para Plata. Ele cabeceou da pequena área e mandou por cima do gol de Fábio.

Que isso, Fábio? Aos 24 minutos do 1º tempo, Fábio recebeu recuo na pequena área e perdeu a bola para Plata. O atacante, porém, não conseguiu bom ângulo para a finalização, mas bateu e Fábio fez a defesa, recuperando-se no lance.

Passou perto. Aos 33 minutos do 1 tempo, Luiz Araújo foi lançado nas costas da zaga e saiu cara a cara com Fábio. Ele bateu na saída do goleiro tricolor, mas mandou para fora.

Perdeu. Aos 16 minutos do 2º tempo, Renê achou Cano na entrada da pequena área, mas o atacante desperdiçou a chance.

Não deu. Aos 36 minutos do 2º tempo, Michael escapou em velocidade e chegou no mano a mano contra Samuel Xavier. Ele deu o primeiro corte, mas perdeu ao tentar novo drible.

Anulado. Aos 42 minutos do 2º tempo, Plata marcou para o Flamengo, mas o gol acabou anulado após arbitragem analisar o vídeo e avaliar que houve falta de Juninho no lance.

Pegou. Aos 44 minutos do 2º tempo, Keno recebeu lançamento e, sozinho na entrada da área, finalizou. Rossi defendeu.

Anulado de novo. Aos 45 minutos do 2º tempo, Michael balançou a rede, mas o gol foi anulado.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 0 X 0 FLUMINENSE

Competição: Campeonato Carioca - jogo de volta da final
Data e horário: 16 de março de 2025, às 16h (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa e Daniel de Oliveira Alves Pereira
VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga

Cartões amarelos: Arrascaeta, Luiz Araújo (FLA); Thiago Silva, Lima, Canobbio, Riquelme Felipe (FLU)

Flamengo: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Erick Pulgar, De la Cruz, Arrascaeta (Varela) e Gerson (Juninho); Plata e Luiz Araújo (Michael). Técnico: Filipe Luís

Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Ignácio, Thiago Silva e Renê; Otávio (Riquelme Felipe), Martinelli (Serna) e Lima (Hércules); Arias, Canobbio (Keno) e Cano (Everaldo). Técnico: Mano Menezes

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Botafogo celebra Libertadores e pinta Buenos Aires de alvinegro

Celebração oficial foi organizada pela Conmebol em um terreno a cerca de 5 km do Monumental de Nuñez, palco da decisão contra o Atlético-MG

Marlon Freitas, ex-jogador do Atlético-GO, ergue a taça de campeão da Libertadores

Marlon Freitas, ex-jogador do Atlético-GO, ergue a taça de campeão da Libertadores (Vitor Silva / Botafogo)

Eles já eram a torcida mais sonora e, na noite deste sábado (30), com o título da Copa Libertadores em mãos, os botafoguenses se reuniram em pontos turísticos de Buenos Aires para comemorar.

A celebração oficial foi organizada pela Conmebol em um terreno a cerca de 5 km do Monumental de Nuñez, a casa do River Plate que acolheu a partida, mas muitos torcedores buscaram os cartões-postais da capital argentina, como Porto Madero, para comemorar.

Bares e restaurantes no turístico bairro de Palermo ficaram repletos de camisetas branco e pretas. O local de comemoração da torcida mudou várias vezes. O Monumental é afastado dos pontos principais da capital argentina, e os botafoguenses só conseguiram deixar o estádio por volta das 20h, depois de o Galo esvaziar as arquibancadas.

O Obelisco, tradicional ponto de celebração dos argentinos, foi vetado pela polícia. O local já foi palco de acidentes envolvendo torcedores que terminaram em morte. Outra região de parque no bairro de Palermo foi descartada devido à dificuldade de acesso por ônibus.

Restou Porto Madeiro, a região de prédios comerciais e restaurantes colado ao rio da Prata que encanta turistas brasileiros e tradicionalmente lota nas noites de sábado.

Estabelecimentos de comércio e trabalhadores autônomos argentinos aproveitaram a movimentação --os taxistas e motoristas de aplicativo, por exemplo, passaram o dia transportando torcedores alvinegros. Nos restaurantes, o desafio era achar um que não tivesse clientes com camisas listradas branco e preto.

A glória inédita não foi trivial, desde o esforço de torcedores para chegar ao país vizinho para um duelo entre duas equipes brasileiras que fazia alguns argentinos torcerem o nariz.

Um dos que expressaram a frustração foi o porta-voz presidencial Javier Lanari: "Nada mais deprimente que assistir na TV à final da Libertadores entre dois times do Brasil e, ainda mais, na Argentina; completinho o combo", escreveu em seu perfil pessoal no X.

Não apenas o peso financeiro da viagem foi um desafio para muitos, como também a disponibilidade de voos diretos. Torcedores dos dois times brincavam que tinha sido necessário fazer muita baldeação para chegar, em referência às várias conexões aéreas.

"Irmão, eu cheguei a olhar voo fretado, um teco-teco, tamanho o desespero", dizia um torcedor do Galo na madrugada deste sábado no saguão do aeroporto de Florianópolis, enquanto esperava, com a torcida rival, o trecho final de sua viagem a Buenos Aires.

"Teve um [torcedor] que foi para o Peru! Depois Chile, para então chegar a Buenos Aires."

A caminho do Monumental de Nuñez (a pé, já que o trânsito e os bloqueios impediam a passagem de carros em dez quarteirões), mais de 30 ônibus que levaram a torcida brasileira se enfileiravam pela avenida Presidente Figueroa Alcorta. Boa parte dos que vieram por terra já partiriam na madrugada deste domingo (1º) para o Brasil.

O trânsito era intenso para uma tarde de sábado, e a maioria dos torcedores foi caminhando pelos parques portenhos. Os alvinegros mudaram a dinâmica da capital.

Na saída do estádio, torcedores do Galo caminharam pacificamente buscando uma rota de saída para chegar a hotéis, cafés e restaurantes.

No estádio, o espanto eram os preços. Garrafa de 600 ml de água ou refrigerante por 6.000 pesos (R$ 35 no câmbio oficial ou R$ 32 no "blue", o mais usado). Hambúrguer? 12.000 pesos.

É a alta dos preços na Argentina, consequência de um choque econômico que tem rendido louros a Javier Milei, mas que não deixa de desanimar nem a torcida mais vibrante.

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Fluminense anuncia a contratação de Thiago Silva

Defensor assinou com o tricolor até junho de 2026 e só poderá atuar a partir de 10 de julho

Modificado em 17/09/2024, 16:24

Thiago Silva participa de live após ser anunciado pelo Fluminense

Thiago Silva participa de live após ser anunciado pelo Fluminense (Reprodução / Twitter Fluminense)

O Fluminense anunciou nesta terça-feira (7) a contratação do zagueiro Thiago Silva. O clube carioca fez uma postagem para celebrar a volta do "monstro", apelido que o defensor recebeu ainda no início da carreira.

Thiago Silva deixará o Chelsea no meio do ano e vestirá a camisa 3 do Flu. O zagueiro já havia anunciado que deixaria o clube inglês ao final da temporada. O defensor assinou com os cariocas até junho de 2026 e só poderá atuar pelo Tricolor a partir de 10 de julho. A janela de transferências internacionais será aberta nesta data.

Será a segunda passagem do Thiago Silva pelo Fluminense. O zagueiro foi revelado pelo clube carioca e atuou no profissional entre 2006 e 2008. Ele conquistou a Copa do Brasil de 2007 e disputou a final da Libertadores de 2008. Foram 146 jogos e 14 gols pelo Tricolor.

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Manchester City goleia Fluminense, conquista Mundial e amplia domínio

Julián Álvarez (2), Nino (contra) e Foden fizeram os gols do título, fechando um ano em que o clube finalmente extrapolou os limites do Reino Unido

Modificado em 19/09/2024, 01:15

Manchester City ergue a taça do Mundial de Clubes

Manchester City ergue a taça do Mundial de Clubes (Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images)

Considerado há algum tempo a melhor equipe do mundo, o Manchester City agora pode dizer dele ser campeão. Com uma vitória por 4 a 0 sobre o Fluminense, na sexta-feira (22), na Arábia Saudita, o time inglês cumpriu seu favoritismo e conquistou pela primeira vez o Mundial de Clubes.

Julián Álvarez (2), Nino (contra) e Foden fizeram os gols do título, fechando um ano em que o clube finalmente extrapolou os limites do Reino Unido. Soberano no Campeonato Inglês, alcançou, após repetidas tentativas frustradas, a Liga dos Campeões da Europa. E avançou ao Mundial, torneio no qual castigou o campeão asiático e o campeão sul-americano.

O domínio já era amplo em terreno doméstico. São do City cinco dos últimos seis troféus do Inglês - ou da Premier League, como preferem os modernos, amplamente reconhecida como a melhor liga nacional do futebol. Porém, faltava o sucesso internacional, importante para os torcedores e para quem banca o caríssimo elenco.

A agremiação azul de Manchester é, desde 2008, propriedade do Abu Dhabi United Group, fundado e comandado pelo xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, integrante da monarquia dos Emirados Árabes Unidos.

Na prática, o clube é da família real, que despejou 2,27 bilhões de euros (R$ 12,16 bilhões, na cotação atual) até ver a esperada glória continental, com o título europeu.

Próximo à Fifa, o governo dos Emirados usa o esporte em tentativa de limpar sua imagem, ligada à ditadura e às restrições da liberdade de expressão. Com o City, os resultados começaram a aparecer em 2012, quando a equipe levou o Inglês pela primeira vez após 44 anos.

Em 2016, chegou o aclamado técnico Pep Guardiola. Enquanto o domínio era estabelecido na Inglaterra, virou prioridade a conquista da Liga dos Campeões. O time ficou no quase em 2021, em final contra o Chelsea - que seria algoz do Palmeiras no Mundial -, e alcançou em 2023 o que tanto buscava.

Na Arábia Saudita, o favoritismo no Mundial era grande. E, mesmo sem três de seus titulares, dois deles importantíssimos, a equipe britânica atropelou o japonês Urawa Red Diamonds nas semifinais. O 3 a 0 não dá a medida da autoridade exibida em campo, com 25 finalizações, contra duas do adversário.

A partida
De volta ao King Abdullah Sports City, em Jidá, o City encontrou na final outro time que gosta de ter a bola nos pés. Mas o Fluminense de Fernando Diniz não é o Manchester City de Pep Guardiola, e o jogo começou a ser resolvido logo no primeiro minuto.

O craque Marcelo forçou virada de jogo e entregou a bola a Aké, que avançou e bateu de pé esquerdo, a dois passos da meia-lua. Fábio chegou a tocar na bola e a viu explodir no poste até se oferecer a Julián Álvarez, que, de peito, balançou a rede desprotegida.

Em 40 segundos, praticamente ruiu a esperança do desafiante, que manteve seu plano original, de trocar passes. O time arrancou aplausos do público saudita em momentos nos quais arriscou toques dentro da própria área e chegou a ter superioridade na posse de bola.

Aos 17 minutos, Cano recebeu de Ganso e foi derrubado pelo goleiro Ederson. O juiz polonês Szymon Marciniak chegou a apitar pênalti antes de perceber que o assistente apontava impedimento.

Pouco depois, o jogo foi praticamente decidido. Aos 27, Foden recebeu excelente passe de Rodri na área, pela esquerda, e buscou o toque para o meio. Nino tentou o corte, balançou a própria rede, e a reação se tornou praticamente impossível.

O Fluminense ainda teve uma boa oportunidade na etapa inicial, em cabeceio de Arias. No intervalo, Diniz acionou John Kennedy, na esperança de que o talismã da Copa Libertadores voltasse a resolver. Não resolveu.

Já estava clara a superioridade do City, que só não ampliou rapidamente no segundo tempo por causa de boas defesas de Fábio. Aos 27, o goleiro nada pôde fazer quando Julián Álvarez bateu cruzado da esquerda, e Foden apareceu de carrinho para balançar a rede. Aos 43, Álvarez fintou André e finalizou com precisão para estabelecer a goleada.