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Morre Alejandro Sabella, técnico que levou a Argentina à final da Copa de 2014

A última partida da carreira de Sabella como técnico aconteceu em 2014, na final do Mundial. Ele deixou a seleção argentina em seguida

Folhapress

Modificado em 24/09/2024, 00:13

Alejandro Sabella

Alejandro Sabella (Shaun Botterill - FIFA/FIFA via Getty Images)

Alejandro Sabella, no momento mais dolorido da carreira, mostrou sua classe. Minutos após a Argentina ter perdido para a Alemanha a final da Copa do Mundo de 2014 no Maracanã, um humorista brasileiro lhe pediu: "decirme que se siente" (me diga como se sente), na entrevista do treinador após a decisão.

Era uma piada com a música "Brasil, decime que se siente", que foi o hit da seleção naquele mundial.

O técnico poderia ter explodido de raiva. Poderia ter se levantado e ido embora. Havia a possibilidade de responder com outra piada, mas em alusão aos 7 a 1 sofrido pelo Brasil na semifinal. Em vez disso, ele apenas olhou para o autor da pergunta e respondeu de maneira educada, como se nada tivesse acontecido.

Sabella morreu nesta terça (8), aos 66 anos. Ele havia sido internado na madrugada do último dia 26, no Instituto Cardiovascular de Buenos Aires, depois de se sentir mal horas após ter sido informado sobre a morte de Diego Maradona. Não está claro se há relação entre os sintomas e a notícia que recebeu.

Com histórico de problemas cardíacos e recuperado de câncer na garganta, a internação foi considerada pelos médicos uma medida de precaução. Mas com o passar dos dias, o quadro se agravou.

A última partida da carreira de Sabella como técnico aconteceu em 2014, na final do Mundial. Ele deixou a seleção argentina em seguida. Esteve próximo de dirigir o São Paulo no ano seguinte, mas a negociação não foi finalizada. Pouco depois, o treinador começou a ter problemas de saúde.

A sua trajetória como treinador foi curta. Isso porque passou 18 anos como auxiliar de Daniel Passarella.

Um dos clubes em que trabalhou neste cargo foi o Corinthians em 2005. De temperamento difícil, o zagueiro campeão mundial de 1978 era considerado inacessível pelos jogadores e funcionários do clube de Parque São Jorge. A pessoa mais maleável da comissão e com quem era possível ter diálogo era Sabella.

Como assistente, passou também pelo Parma (ITA), Monterrey (MEX), River Plate (ARG) e pelas seleções da Argentina e Uruguai.

Apenas em 2009 aceitou o primeiro voo solo como treinador. Foi contratado pelo Estudiantes e, em seu primeiro ano, conquistou o título da Libertadores contra o Cruzeiro, no Mineirão. O time esteve a três minutos de derrotar o Barcelona (ESP) na final do Mundial, mas levou o empate e perdeu na prorrogação. Foi campeão argentino em 2010.

Este trabalho o credenciou a assumir a seleção após fracasso na Copa América de 2011. Seu estilo tranquilo e de ouvir os atletas fez com que Lionel Messi considerasse que com Sabella teve seu melhor período com a camisa nacional. A sua saída em 2014 marcou também o início de um período de caos no time que, nos seis anos seguintes teve quatro técnicos.

Ser campeão mundial foi a conquista que lhe escapou em toda sua vida no futebol. Era cotado para ser reserva de Maradona na Copa de 1986, no México, que seria vencida pela Argentina. Na última convocação, Carlos Bilardo preferiu chamar Carlos Tápia.

Meia de estilo clássico, foi um dos primeiros atletas do país a atuar no futebol inglês. Destacou-se especialmente no Sheffield United entre 1978 e 1979. Na cidade, há uma banda de rock chamada Sabella para homenageá-lo. Foi negociado com o Leeds United em 1980.

Entre 1986 e 1987 esteve no Brasil e atuou pelo Grêmio. Foi comandado por Valdir Espinosa (morto em fevereiro de deste ano), que elogiou a qualidade técnica do argentino e seu esforço para aprender a falar português.

Após deixar a seleção, Sabella ficou por cerca de três anos sem aparecer em público porque não queria ser visto com aspecto debilitado. Aos poucos, a partir de 2019, começou a aparecer em eventos na cidade de La Plata, principalmente os organizados pelo Estudiantes, equipe em que conquistou os maiores títulos de sua carreira.

Geral

Homem morre e outro fica ferido após tentarem fugir e entrarem e confronto com policiais em Gurupi, diz PM

Troca de tiros aconteceu na madrugada desta quinta-feira (27), em uma das saídas da cidade. Ferido foi levado para o hospital regional

Modificado em 27/03/2025, 17:41

Carro da Polícia Militar do Tocantins

Carro da Polícia Militar do Tocantins (PM-TO/Divulgação)

Um homem morreu e outro ficou ferido após trocarem tiros com policiais militares em Gurupi, na região sul do estado. O confronto aconteceu em uma das saídas da cidade na madrugada desta quinta-feira (27).

De acordo com a Polícia Militar (PM), uma caminhonete trafegava pelas ruas de Gurupi com os faróis apagados entre a noite de quarta-feira (26) e a madrugada desta quinta. O veículo parou em frente a uma casa no setor São José e foram disparados tiros de dentro da caminhonete.

Três moradores do Jardim Tocantins, que fica próximo ao local dos tiros, acionaram a PM pelo 190 informando a presença da caminhonete suspeita.

Em uma das saídas da cidade, que dá acesso ao município de Peixe, os militares encontraram com a caminhonete e deram ordem de parada, que não foi obedecida. Uma viatura passou a perseguir o veículo e os ocupantes passaram a atirar em direção à polícia, que revidou.

Após os disparos, a caminhonete perdeu o controle e parou entre as avenidas Pará e Bahia, no centro de Gurupi. Nesse momento a equipe policial fez a abordagem ao veículo e viu que os suspeitos haviam sido atingidos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para socorrer os feridos. O autônomo Tiago Pereira Barros, de 38 anos, morreu após dar entrada no Hospital Regional de Gurupi. O outro ocupante do carro sobreviveu. O estado de saúde dele não foi informado. A PM constatou na abordagem que ele apresentava sinais de embriaguez.

Dentro da caminhonete os policiais encontraram um revólver calibre 38. Também havia latas de cerveja abertas, o que indica que eles teriam consumido bebidas alcoólicas.

A TV Anhanguera apurou que o autônomo que morreu na troca de tiros tinha passagem na polícia pelos crimes de furto, ameaça e porte de drogas para uso pessoal. O corpo dele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Gurupi e segundo a Secretaria de Segurança Pública, ainda estava no local até a tarde desta quinta-feira.

A perícia também foi acionada para analisar o local do confronto e o veículo dos suspeitos foi removido para o pátio da Sancar.

Geral

Onça que nasceu em cativeiro em Goiás é levada à Argentina para viver na natureza

Ayní tem apenas três anos de vida e deve passar por um período de adaptação de um ano na Argentina. A viagem está programada para esta quarta-feira (26)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní, que nasceu em cativeiro em Goiás, vai ser levada à Argentina nesta quarta-feira (26) para viver na natureza. O animal nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, localizado em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o custo para soltar uma onça na natureza gira em torno de R$ 1 milhão.

A mãe da pequena onça de apenas 3 anos de vida é a Jací, que foi resgatada na Amazônia há 12 anos, após ser encontrada sozinha e ferida por uma enchente, com uma fratura exposta na pata dianteira.Ela recebeu cuidados no Instituto Nex, mas devido à necessidade de cuidados específicos, acabou permanecendo no santuário de onças.

Em entrevista à TV Anhanguera, Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto Nex, explicou que Ayní é a primeira onça nascida em cativeiro no Brasil que será solta na natureza, embora seja a terceira a ser levada à Argentina, após outras duas fêmeas resgatadas pelo Instituto.

É um animal extremamente ameaçado, e por isso fazemos a reprodução em cativeiro. O ápice do nosso trabalho é poder soltar esses animais na natureza, tanto os resgatados, quando conseguimos reabilitá-los 100%, quanto os que nascem aqui. E, pela primeira vez, temos uma onça nascida em cativeiro com o perfil adequado para a soltura. Ela é agressiva e não gosta do contato humano", explicou Daniela.

De acordo com a coordenadora, Ayní passará por um período de adaptação na Argentina, onde conhecerá o clima local e os outros animais com os quais vai conviver. Antes da viagem, a onça passou por uma bateria de exames para garantir que está saudável.

Ela passará pelo menos um ano de treinamento, caçando animais da região, e depois será feita a soltura branda, ou seja, a porta do recinto será aberta e ela poderá entrar e sair quando quiser. Precisamos deixar a natureza seguir seu curso, e nada nos deixa mais felizes do que ver essa espécie vivendo livre", comemora Daniela Gianni.

Geral

Mecânico alega abstinência e surto ao matar empresária e nega roubo

Davi Pereira disse que há três anos sofre de “apagões” por causa da dependência química e que faz coisas sem querer nem pensar, mas versão é contraditória com alguns fatos. Ele foi ouvido em interrogatório por juíza

Davi Pereira (no alto à esquerda) em interrogatório virtual com representantes da Justiça e da Defensoria

Davi Pereira (no alto à esquerda) em interrogatório virtual com representantes da Justiça e da Defensoria (Reprodução)

O mecânico Davi Pereira da Silva, de 44 anos, afirmou em interrogatório na Justiça que estava em surto por causa de uma crise de abstinência por uso de drogas quando matou a empresária Maria da Conceição dos Santos Mendonça, de 74, para quem prestava serviços esporádicos. Ele negou que a tivesse matado para roubá-la, tese defendida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) com penas mais graves. Maria da Conceição foi morta em 6 de janeiro, em uma oficina mecânica de sua propriedade, no Jardim Imperial, em Aparecida de Goiânia, e o interrogatório de Davi aconteceu no dia 18 de março.

Davi não detalhou o que aconteceu dentro da oficina mecânica nem como foi antes do alegado surto. Para a juíza substituta Patrícia Miyuki Hayakawa de Carvalho, da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, ele disse apenas que teve um "apagão na mente" e que desde que passou a reduzir o consumo de drogas e álcool há cerca de três anos tem estes surtos e age de forma que não consegue controlar nem explicar. Ele não deu nenhum exemplo do que já fez no passado assim. "Apenas aconteceu comigo, não sei explicar o que aconteceu, mas quando vi já tinha feito a burrada", afirmou.

O inquérito policial apontou que Davi armou uma emboscada contra a empresária na oficina dela, pedindo-lhe um favor, para em seguida roubá-la. No imóvel, ele a desmaiou com um golpe de mata-leão, a colocou no carro e fugiu. Nada foi roubado, mas segundo a polícia teria sido pelo fato de o mecânico não ter conseguido e não por não ter tentado. O celular da vítima estava no carro com o aplicativo do banco aberto quando foi encontrado. Após saírem da oficina, o mecânico matou Maria da Conceição com golpe de faca no pescoço. O corpo foi encontrado no veículo no dia seguinte, e Davi foi preso um pouco antes, escondido na casa de parentes.

No interrogatório, o réu disse que conhecia a vítima há mais de 20 anos e que em nenhum momento pensou em roubar a empresária. "Não mexi em nada." Ele tentou justificar a fuga da oficina com Maria da Conceição dentro do carro alegando que tentou buscar socorro médico para ela após vê-la ferida. "Tentei correr com ela, era uma quadra de campo de futebol (ali perto), pensei que ali alguém poderia socorrer ela, da oficina até lá dá uns 5, 7 minutos", afirmou. Davi não explica o vídeo que mostra Maria da Conceição tentando fugir do carro e ele saindo do veículo e a colocando no interior novamente. Segundo as investigações, inclusive, que ele a golpeou com facadas após essa tentativa de fuga.

Exame negado

A defesa de Davi tentou conseguir que a Justiça autorizasse um exame de insanidade mental, porém o pedido foi negado pela juíza Luciana Nascimento Silva Gomes, da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, em 6 de março, e a petição já foi arquivada. O mecânico é representado pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). A alegação da defesa é que a insanidade mental decorria da dependência toxicológica, entretanto não foram apresentados documentos complementares pedidos pela Justiça que demonstrassem "dúvida razoável acerca da sanidade mental do acusado".

"A simples afirmação desprovida de qualquer elemento indicativo da existência de alguma perturbação mental não se revela como motivação idônea para o deferimento do pedido, sendo que o incidente de insanidade mental deve ser instaurado naquelas situações em que emerge do caderno processual dúvida concreta, efetiva e relevante, de que o acusado sofre de algum problema mental com força suficiente para abalar sua integridade psíquica", escreveu a juíza em sua decisão. "Com efeito, observo que a defesa do acusado requereu a instauração de insanidade mental baseado tão somente nas alegações do acusado."

O interrogatório de Davi foi rápido, sem perguntas por parte do MP-GO e nem aprofundamento nas alegações apresentadas. Durou pouco mais de 6 minutos. A versão dele é bem parecida com a apresentada durante depoimento para a Polícia Civil. Nem o MP-GO nem a defensoria o questionam sobre qual o momento exato do surto nem os detalhes do que ele se lembra ou o que ele foi fazer na oficina ou a fuga para a casa de parentes. Além dele, foi ouvido um cliente da empresária que a contratou para colocar um parabrisa novo em seu carro. Sobre o crime, ele não testemunhou.

Como o mecânico responde por latrocínio, o caso não será julgado por um júri e a sentença sai após a apresentação das alegações finais pela defesa e pela acusação, próxima etapa do processo judicial. O crime de latrocínio (roubo seguido de morte) tem pena prevista entre 20 a 30 anos de cadeia, enquanto o de homicídio doloso vai de 6 a 20 anos, quando simples, e de 15 a 30 anos, quando há agravantes. Além disso, é um crime inafiançável e não permite anistia ou indulto. Mesmo que o roubo não tenha sido concretizado, como é o caso, a legislação considera crime de latrocínio consumado desde que esteja comprovado que se tentou subtrair patrimônio da vítima.

A Justiça mandou as autoridades analisarem uma denúncia de maus-tratos e violência feita por Davi enquanto esteve preso no Centro de Triagem. Ele diz que foi torturado e ameaçado de morte.

Geral

Jovem de 21 anos morre após carro partir ao meio em acidente com caminhonete e caminhão na BR-153

Corpo da vítima foi encontrado às margens da rodovia. O acidente aconteceu próximo de Nova Olinda e o corpo foi levado para o IML de Araguaína

Modificado em 16/03/2025, 13:34

Carro é partido ao meio após acidente com caminhonete e caminhão

Carro é partido ao meio após acidente com caminhonete e caminhão (Alta Tensão-TO/Divulgação)

Um acidente entre três veículos deixou uma pessoa morta na BR-153, próximo a Nova Olinda, no norte do estado. A batida aconteceu na madrugada deste domingo (16) e por causa do impacto um carro partiu ao meio, segundo os Bombeiros. O caso também envolveu uma caminhonete e um caminhão. O corpo da vítima foi encontrado no meio do matagal de uma ribanceira.

A Polícia Rodoviária Federal informou que inicialmente teria acontecido uma colisão entre o carro e a caminhonete e que depois um caminhão bateu nos dois veículos. A causa do acidente ainda será investigada. A vítima foi identificada como Natanael Silva Souza, de 21 anos.

Conforme o Corpo de Bombeiros, o jovem dirigia o carro que foi partido ao meio. Quando os militares chegaram no local, encontraram o corpo dele às margens da rodovia, em uma ribanceira. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e constatou a morte da vítima.

Não há informações sobre o estado de saúde do motorista da caminhonete e caminhão. No local, os bombeiros fizeram a limpeza da pista e varredura no perímetro, para descartar a possibilidade de outras vítimas.

O corpo de Natanael foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína e foi liberado para os familiares na manhã deste domingo.

O JTo solicitou informações sobre o caso à Polícia Militar e Prefeitura de Araguaína, responsável pelos serviços do Samu, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.