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Caetano Veloso confessa insegurança com live e diz ter medo de errar músicas antigas

Após muita resistência, o cantor decidiu aderir ao "movimento das lives" e vai se apresentar ao vivo com o show nomeado "A Lenda"

Modificado em 24/09/2024, 00:31

Caetano Veloso de pijama durante a pandemia, em vídeo de Paula Lavigne

Caetano Veloso de pijama durante a pandemia, em vídeo de Paula Lavigne (Reprodução / Instagram / @paulalavigne )

Caetano Veloso, 78, faz aniversário nesta sexta-feira (7), mas quem vai ganhar presente são seus fãs. Após muita resistência, o cantor decidiu aderir ao "movimento das lives" e vai se apresentar ao vivo com o show nomeado "A Lenda", que irá passar por todo seu repertório.

Em entrevista com Fátima Bernardes na tarde de quinta --e exibide nesta manhã pelo programa Encontro --, o músico afirmou que está inseguro e com medo de errar algumas letras de músicas antigas. "A gente ensaiou pouquíssimo, algumas eu não lembrava a própria letra... há tanto tempo que eu não cantava."

Caetano também disse que a transmissão não vai contar com uma mega estrutura, assim como as dos demais artistas, e será algo mais "precário", segundo ele. "Ele falando assim nem parece que foi um sufoco", interrompeu Paula Lavigne, esposa do cantor.

O show de Caetano Veloso vai acontecer às 21h30 desta sexta e terá transmissão exclusiva pela Globoplay. Segundo a assessoria da plataforma, Caetano não estará sozinho. Ele terá a companhia de seus filhos Moreno, Zeca e Tom, com quem costuma fazer shows.

"Vai ter live, vai ser no dia do meu aniversário. [Estou] imitando o Gilberto Gil, vou fazer no dia do meu aniversário. Eu faço 78 anos e é no dia 7/8", contou o músico em vídeo publicado no dia 29 de julho.

Até agora, o cantor baiano era um dos poucos artistas que resistiram a entrar na onda de apresentações virtuais enquanto a pandemia de Covid-19 fez os shows presenciais ficarem impossíveis.

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Caetano Veloso erra questão de Enem que cita música 'Sampa'

Mesmo não prestando a avaliação cantor foi desafiado

Caetano Veloso erra questão de Enem que cita música 'Sampa'

(Van Campos / AgNews)

Mesmo não prestando o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), Caetano Veloso foi desafiado a responder uma das questões da prova de linguagens da última edição, que citava uma de suas canções. E errou.

O desafio tinha como questão um texto da colunista da Folha de S.Paulo Tati Bernardi, publicado em abril de 2023, sobre o uso da palavra "coisa" no dia a dia e na música "Sampa" do cantor.

Os estudantes deveriam escolher qual das alternativas era a correta sobre o recurso utilizado pela autora no texto. Caetano bem que tentou: "[A alternativa] É a A, 'intertextualidade, marcada pela citação de versos de letras de canções", disse num vídeo publicado em seu Instagram.

No entanto, o gabarito oficial da prova foi divulgado nesta quinta-feira (14) e a resposta dada como certa é outra. "Reiteração, marcada pela repetição de uma determinada palavra e seus cognatos."

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Conselho Regional de Contabilidade de Goiás promove 24 horas de tira-dúvidas do Imposto de Renda

A ação gratuita terá início às 6h no dia 19 de março, transmitida ao vivo pelo canal do YouTube do CRCGO.

Modificado em 17/09/2024, 16:12

Conselho Regional de Contabilidade de Goiás promove 24 horas de tira-dúvidas do Imposto de Renda

(Comunicação CRCG)

O Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO) realiza nesta terça-feira (19), às 6h, a 2ª edição da 'Jornada Contábil CRCGO: Imersão 24 horas no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF)'. A transmissão segue até às 6h do dia seguinte (20). Serão 24 horas de conteúdo técnico explicado por especialistas da área.

De forma gratuita no canal no YouTube da entidade (@crcgo), profissionais da contabilidade, contribuintes e toda a sociedade brasileira poderão conhecer, na íntegra, as principais novidades e mudanças no imposto deste ano. Na primeira edição do evento no ano passado, mais de 7,9 mil pessoas acompanharam em tempo real. O número agora já passa dos 17,8 mil acessos.

A presidente do CRCGO, Sucena Hummel, conduzirá a abertura discorrendo sobre o histórico e atualizações da declaração. Na sequência, o supervisor do programa do IR em Goiás, o auditor fiscal da Receita Federal em Goiânia, Jorge Martins detalhar o programa do IR, bem como o prazo de entrega da declaração -- 15 de março a 31 de maio, a declaração pré-preenchida e a prioridade na restituição para quem optar por receber a restituição via PIX.

O auditor fará ainda o preenchimento dos formulários de forma prática, demonstrando aos contribuintes a forma correta de inserir informações, evitando erros e penalidades (malha fina) com o fisco. O evento permanecerá disponível no canal do YouTube da entidade (@crcgo), para que todos que tenham interesse possam assistir a qualquer momento.

Imposto Solidário
Outra missão do CRCGO é fazer com que cada vez mais a população conheça a campanha "Leão Solidário" e participem dela. Essa é uma iniciativa realizada pela Receita Federal e fiscalizada pelo Ministério Público, com apoio do CRCGO, a fim de mobilizar as pessoas a destinarem. No Brasil, no último ano, R$ 284,51 milhões foram destinados, mas o potencial é muito maior.

"O contribuinte tem a possibilidade de destinar até 6% do imposto devido para instituições devidamente cadastradas no Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (FDCA) e no Fundo da Pessoa Idosa (FDPI). Essa é uma ação sem custo adicional para o contribuinte e que pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas", pontuou a presidente Sucena Hummel. Para dialogar e orientar sobre o tema, o Conselho apresenta a temática às 13h.
<br /> Produtor Rural
Práticas de plantio, colheita, criação de gado, extração e exploração vegetal e animal são consideradas atividade rural e deve ser declarada no IRPF pelo produtor. Um dos temas mais complexos que envolve a prestação de contas com o Fisco requer atenção do público do campo quanto às suas principais leis, normas, prazos e multas. Outro ponto em que esse estilo de contribuinte deve se atentar é em relação a qual categoria o produtor ou a propriedade se encaixa.

Para sanar todos os detalhes que envolvem o tema, o CRCGO destinará mais de duas horas completas para o assunto. Ainda entre as dúvidas, os palestrantes detalham sobre procedimentos para informar rendimentos e gastos. Além de declarar o IR, os produtores rurais devem preencher uma ficha de atividade rural para informar os dados do imóvel, receitas, movimentação de rebanho e dívidas.

Confira a programação:

06h -- Abertura: Histórico e Atualizações
Presidente do CRCGO, Sucena Hummel e presidente do Sescon-Goiás, Edson Cândido

07h - Apresentação do Programa do Imposto de Renda da Pessoa Física em 2024
Auditor fiscal da Receita Federal em Goiânia e coordenador do IR em Goiás, Jorge Martins

10h - Tira-dúvidas ao vivo
Presidente do Sescon-Goiás, Edson Cândido

11h - Malhas fiscais: Cruzamento de Informações Entregues nas Obrigações Acessórias; Erros Comuns e Regularização de Pendências de Declarações Retidas na Malha Fina
Conselheira do CRCGO, Ivone Vieira, auditor fiscal de tributos e secretário Executivo de Finanças, Lucas Morais, e a advogada tributarista, Luzimar Morais

12h30 Momento Apoiador

13h - Destinação do Imposto de Renda aos Fundos das Crianças e Adolescentes e da Pessoa Idosa
Vice-presidente Administrativo, Henrique Ricardo Batista, o auditor fiscal da Receita Federal em Goiânia, Jorge Martins e o promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás (MPGO), Marcelo Miranda

14h -- Atividade Rural
Delegado representante do CRCGO em Trindade, José Maria, contadora Albertina Alves, e o contador João Emílio Valongo

16h -- Momento Apoiador

16h30 -- Plantão tira-dúvidas
Conselheiro do CRCGO, Francisco Canindé Lopes

17h - Ganho de Capital e Distribuição de Lucro
Conselheiro do CRCGO, José Gilmar e ex-presidente do CRCGO, Edson Bento

18h - Como Declarar Espólio
Presidente do Sescon-Goiás, Edson Cândido e ex-presidente do CRCGO, Liviel Floresta

19h - Declaração de Saída Definitiva do País: Pessoa Física Equiparada a Pessoa Jurídica; Variação Patrimonial
Ex-presidente do CRCGO, Liviel Floresta, delegado do CRCGO em Aparecida de Goiânia, Gilvanor Pereira e a coordenadora da Comissão da Mulher Contabilista, Maria Luzia Silveira

20h - Livro Caixa Profissional Liberal e Carnê-Leão
Conselheiro do CFC, Weberth Fernandes e o técnico em contabilidade e ex-conselheiro do CFC pelo Acre, Cil Farney Assis

21h - Investimentos e Bolsa de Valores
Conselheiro do CRCGO, Cassius Rodrigues
<br /> 22h00 - Declaração Imposto de Renda para MEI
Conselheiro do CRCGO, Cassius Rodrigues e o analista do Sebrae da Região Metropolitana, Almir Ferraz de Oliveira
<br /> 23h - Como Trabalhar com IPRJ: Aprenda a Captar Clientes, Ganhar Dinheiro e Precificar
Contador Cleovan Lima e o contador, Thiago Sousa

01h -- Declaração em Separado ou Conjunto; Rendimentos Tributáveis; Recebidos Acumuladamente; Isentos; Não Tributáveis ou Tributáveis Exclusivo na Fonte
Presidente do CRCGO, Sucena Hummel e o presidente do Sescon-Goiás, Edson Cândido
<br /> 02h -- Tira Dúvidas: IRPF 2023
Auditor fiscal da Receita Federal em Goiânia, Jorge Martins
<br /> 03h -- Aprendendo na Prática
Vice-presidente de Ética e Disciplina do CRCGO, Francisco de Assis
<br /> 5h -- Finalização
Presidente do CRCGO, Sucena Hummel e o presidente do Sescon-Goiás, Edson Cândido

Geral

Rodoviária de Anápolis é alvo de reclamações

Queixas vão desde situação de pista de rolamento até segurança. Prefeitura diz que tem planos para melhorar serviços

Modificado em 19/09/2024, 01:20

Após cessão por parte do Estado, cabe agora à Prefeitura de Anápolis manter e conservar o terminal&#13;

Após cessão por parte do Estado, cabe agora à Prefeitura de Anápolis manter e conservar o terminal&#13; (Wesley Costa)

Os usuários e os profissionais que trabalham no Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga, em Anápolis, reclamam das condições estruturais do terminal intermunicipal de passageiros. As queixas vão desde pistas de rolamento esburacadas que estragam os ônibus até a falta de segurança no local. A prefeitura da cidade afirma que tem planos para melhorar serviços e modernizar o espaço.

O diretor da Viação Evolução, que faz viagens diárias para a região Norte de Goiás e passa pela rodoviária, Dorcilo Rabelo, aponta as condições da pista de rolamento do local como o principal problema vivenciado pelas empresas de ônibus. "São muitos buracos, ainda mais na época de chuva. Os veículos que passam por lá são de quatro eixos, com uma carga grande. Chega a estragar a suspensão e os amortecedores", diz.

O jovem Gabriel Diniz, de 24 anos, frequenta a rodoviária quase todos os finais de semana. Ele costuma pegar um ônibus rumo a Goiânia para visitar a namorada. Ele reclama, principalmente, da limpeza do local. "Os banheiros são sujos, às vezes a descarga não funciona. O bebedouro, quando funciona, só tem água quente", afirma. Atualmente, a taxa de embarque, que serve para viabilizar o funcionamento do terminal, é de R$ 6,55.

Um taxista que trabalha na rodoviária há mais de 10 anos e preferiu não se identificar conta que falta segurança no lugar, especialmente durante a noite. "Aqui acontece de tudo. Você cruza com todo tipo de gente e tem que ficar quietinho, porque não tem ninguém pra te proteger de nada. Nós ficamos com medo, mas não tem jeito, temos que trabalhar", desabafa.

Gestão

O vice-prefeito de Anápolis, Márcio Cândido, admite que a rodoviária está em condições estruturais ruins. "É um problema antigo", conta. Apesar de o edifício do terminal ter sido do governo estadual, o terreno sempre pertenceu à prefeitura da cidade, o que gerou uma série de entraves para o desenvolvimento do local. "Dessa forma, o estado não conseguia avançar, porque o terreno nunca foi dele", diz Cândido.

Depois de uma longa negociação, no dia 4 de outubro deste ano foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) a cessão do terminal à Prefeitura de Anápolis. Pelo extrato de renúncia de indenização, o governo estadual abriu mão de R$ 26,6 milhões, valor estimado da rodoviária. Em troca, caberá à administração municipal manter, conservar e 'dar correta destinação' ao terminal.

Agora, Cândido afirma que o Executivo municipal aguarda a celebração de um termo de transição de gestão para que a prefeitura possa cuidar da operação do terminal intermunicipal. "Nele vai constar a obrigação da prefeitura e do Estado. Precisamos dessa segurança jurídica. Deve sair em até 90 dias."

Segundo Márcio, ainda não se sabe se a atual empresa que toma conta do terminal, a Atlântica Construções Comércio e Serviços, permanecerá na gestão. "Temos três opções: a própria prefeitura cuidar da gestão da rodoviária, terceirizar ou então privatizar. Só vamos conseguir decidir depois que tivermos esse termo de transição de gestão em mãos", enfatiza.

De qualquer forma, em um primeiro momento, Cândido diz que a prioridade é melhorar a qualidade dos serviços e do atendimento aos atuais usuários do terminal. "Estamos falando de melhorias nos banheiros, na praça de alimentação, na limpeza, na promoção de segurança, dentre outros", pontua. Para isso, ele aponta que a prefeitura não descarta a possibilidade de um contrato emergencial com a Atlântica ou outra empresa. "Para tirar ela (a rodoviária) da UTI", destaca.

Modernização

A longo prazo, os planos visam uma modernização do terminal. "Aquela é uma área muito valorizada. Está no coração de Anápolis. Tem acesso pelos quatro cantos da cidade. Por isso, a ideia é potencializar o que a rodoviária já tem, com serviços agregados ali dentro. O estacionamento, por exemplo, é muito grande. Podemos aproveitar isso. A praça de alimentação também pode ser muito mais explorada", finaliza o vice-prefeito da cidade.

Empresa não tem interesse em seguir com a gestão

A Atlântica Construções Comércio e Serviços, empresa responsável pelo Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga, em Anápolis, informou, por meio de nota, que não tem interesse em continuar no terminal nas condições atuais. Entretanto, a empresa esclareceu que isso não impedirá uma composição com o município de Anápolis, caso seja procurada a esse respeito, para que permaneça no terminal "durante um curto período de transição".

A Atlântica comunicou que, no momento, não pode descartar a participação numa futura licitação do terminal "desde que haja viabilidade do contrato de concessão". A empresa se tornou concessionária do local por meio da vitória de uma concorrência pública. Na segunda metade do ano de 2001, foi assinado o contrato de concessão com prazo de 15 anos, renovável por igual período, totalizando o prazo de 30 anos.

A empresa argumentou que algum tempo após o início do contrato, ela tomou conhecimento do imbróglio envolvendo o fato de que o prédio do terminal pertencia ao Estado e o terreno à prefeitura, o que "impediu a exploração plena do contrato". A situação teria gerado insegurança jurídica, "o que impediu que a empresa conseguisse, por exemplo, trazer um grande lojista para o local e explorasse o estacionamento", diz trecho da nota. Segundo a empresa, mesmo com um contrato deficitário e todas as dificuldades enfrentadas, ela sempre se colocou "como parceira do estado de Goiás na continuidade dos serviços aos usuários".

Sobre a cessão do terminal à prefeitura, a empresa comentou que essa movimentação "permitirá segurança jurídica para uma futura licitação, caso seja o entendimento do município de Anápolis na sua realização" e afirmou ter "muito orgulho de ter contribuído para esse desfecho".

Após cessão por parte do Estado, cabe agora à Prefeitura de Anápolis manter e conservar o terminal&#13;

Após cessão por parte do Estado, cabe agora à Prefeitura de Anápolis manter e conservar o terminal&#13; (Wesley Costa)

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Sem vigilância fixa, UPA é vandalizada em Goiânia

Homem não aceita procedimento padrão de atendimento e quebra recepção. Ação expõe vulnerabilidade da segurança das unidades de saúde da capital

Modificado em 19/09/2024, 00:40

Agressor quebrou o vidro que separa atendente do paciente na recepção, além de agredir verbalmente servidores&#13;

Agressor quebrou o vidro que separa atendente do paciente na recepção, além de agredir verbalmente servidores&#13; (Wesley Costa)

Um novo episódio de danos ao patrimônio público em Goiânia voltou a ocorrer na noite desta quinta-feira (10) expondo a vulnerabilidade da segurança dos servidores e dos bens que pertencem à toda sociedade. Um homem destruiu parte da recepção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. João Batista de Sousa Junior, no Residencial Itaipú, região Sudoeste da capital, depois de se irritar com profissionais de saúde, alegando demora no atendimento à pessoa que o acompanhava. No local não havia nenhum tipo de vigilância e ninguém ficou ferido.

O caso ocorreu por volta das 19 horas. Logo em seguida à explosão de fúria um dos profissionais de saúde lotados na UPA registrou em vídeo os danos causados pelo agressor, mais tarde identificado como João Batista Lemes Abadia Nascimento. As imagens viralizaram pelas redes sociais. No vídeo, aparecem vidros estraçalhados, um computador e lixeiras quebrados. "Nós precisamos de uma guarda fixa na unidade. Não dá para ficar sem uma segurança mínima para executar o trabalho. Graças a Deus ele não tocou em ninguém, mas isso é patrimônio da Prefeitura", lembrou o profissional indignado.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou que o casal chegou à UPA em busca de sutura para a mulher do agressor e não houve demora no atendimento. "A ficha da paciente foi imediatamente preenchida e ela estava sendo encaminhada para a triagem, quando houve a reação do acompanhante", afirma o comunicado. Além de agredir verbalmente os servidores, o homem quebrou lixeiras, o vidro que separa o atendente do paciente na recepção e o teclado do computador.

Antes que a mulher fosse atendida, o casal deixou a unidade em uma caminhonete preta enquanto a Guarda Civil Metropolitana (GCM), corporação responsável pela segurança dos bens públicos, era acionada. A reportagem apurou que depois da quebradeira, o casal passou em uma farmácia, comprou material para curativo e retornou para casa. Também em nota, a GCM disse que logo depois de ter sido acionada, localizou o autor dos atos em sua residência. O homem foi detido e conduzido à Central de Flagrantes para as devidas providências legais.

Sem segurança fixa

É cada vez mais frequente reclamações de servidores públicos sobre falhas no monitoramento da segurança de parques, escolas e unidades de saúde de Goiânia. E também as consequências em razão disso, provocando medo e tensão. As atribuições da GCM vêm crescendo, mas não na mesma proporção do número do efetivo. Desde 2014, a corporação ganhou poderes de polícia, com uso de armas de fogo e ações de policiamento ostensivo, deixando desfalcada a segurança cotidiana de unidades públicas por onde transitam centenas de pessoas. A UPA Itaipu, por exemplo, atende em média 380 pessoas por dia, como informou a SMS. Em caso de violência, quando a GCM é acionada, o dano já foi feito. A corporação divulga o número emergencial 153 para ser acionada em caso de crimes.

A cada momento ganhando mais atribuições, a GCM não possui um efetivo previsto por lei. A Lei Complementar Municipal 353, de 10 de junho de 2022 detalha que para entrar na corporação o cidadão precisa fazer concurso público e o efetivo precisa ser de, no mínimo, 1.985 servidores e no máximo o correspondente a 0,2% da população de Goiânia. No último Censo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a capital conta com 1.437.237 habitantes. Ou seja, a GCM de Goiânia deveria ter hoje em torno de 2,8 mil servidores.

O efetivo da GCM atualmente está em torno de 1,2 agentes, segundo dado mais recente obtido pela reportagem. O último concurso data de 2006 quando 1,1 mil aprovados foram convocados, quase o total do número de agentes atuando. O prefeito Rogério Cruz autorizou a realização de um concurso para ampliar o efetivo da GCM, com previsão de 700 novas vagas, entretanto o anúncio do certame ainda é aguardado.

Em março de 2022 a corporação assinou um convênio com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para fiscalizar o trânsito da capital. Depois de muita polêmica, as ações começaram efetivamente um ano depois. Na época, a direção da GCM comentou que 100 agentes seriam direcionados para monitorar crimes de trânsito, mas após intervenção do Ministério Público, apenas 35 foram autorizados.