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Eleito vereador em SP, Thammy diz ser privilegiado por superar expectativa de vida trans

Primeiro homem trans eleito diz que ser o nono mais votado simboliza representatividade

Folhapress

Modificado em 24/09/2024, 00:17

Thammy recomendou que seguidores procurem um médico antes de começar a usar o produto

Thammy recomendou que seguidores procurem um médico antes de começar a usar o produto (Reprodução / Instagram)

Thammy Miranda, 38, se prepara para, no começo de 2021, ser o primeiro homem trans a ocupar uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo. Eleito pelo PL (Partido Liberal), com 43.321 votos, ele teve a nona maior votação para o legislativo da capital paulista neste ano.

"Hoje a gente sabe que a realidade de uma pessoa trans é muito difícil, a expectativa de vida é de 35 anos, sou privilegiado por ter passado disso", diz em entrevista ao F5. "Mas o que mais impacta em ser o 9º mais votado é a responsabilidade de representar todas as pessoas que confiaram em mim."

Ele afirma que está aberto ao diálogo com a colega Erika Hilton (PSOL), primeira mulher trans eleita para a casa, com a sexta maior votação (50.508 votos). "Acredito que o diálogo faz parte da política, é a partir daí que grandes coisas acontecem."

Filho da cantora Gretchen, 61, ele ficou conhecido do grande público muito cedo. Antes da transição de gênero, dançou com a mãe, posou para revistas masculinas e atuou na novela "Salve Jorge" (Globo), na qual interpretou a escrivã e DJ Joyce, entre outras participações na TV. Ele diz ainda não ter pensado se a migração para a política é definitiva.

Miranda já havia tentado se eleger em 2016 pelo PP (Partido Progressista, hoje Progressistas), mas recebeu 12.408 votos e acabou como suplente. No ano passado, ele quase assumiu a vaga depois que o mandato de Camilo Cristófaro (PSB) foi cassado por denúncias de fraude eleitoral. O vereador, no entanto, obteve liminar favorável no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e se manteve no cargo.

Logo depois, ele ganhou um cargo de assessor especial no gabinete do vereador Isac Félix (PL), então segundo secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo. Em maio deste ano, ele anunciou ter pedido exoneração por causa da pandemia de coronavírus. "Não achei justo estar ganhando o dinheiro do povo sem estar lá trabalhando", declarou na época.

Embora não tenha declarado voto a um dos candidatos que disputam à Prefeitura de São Paulo neste segundo turno, o vereador eleito tem participado ativamente da campanha de Bruno Covas (PSDB), que disputa a vaga com Guilherme Boulos (PSOL).

Thammy Miranda aceitou dar entrevista para o F5 apenas por email.

Confira:

O que significa para você, um homem trans, ser o nono vereador mais votado de São Paulo?
Representatividade. Hoje a gente sabe que a realidade de uma pessoa trans é muito difícil, a expectativa de vida é de 35 anos, sou privilegiado por ter passado disso, mas o que mais impacta em ser o 9º mais votado é a responsabilidade de representar todas as pessoas que confiaram em mim. Não tenho dúvidas de que daqui a quatro anos elas vão lembrar com orgulho de todo o trabalho feito no meu mandato.

Teremos também uma mulher trans na Câmara. A, acha que, apesar das diferenças políticas, pode haver um diálogo entre vocês para desenvolver políticas públicas para os transexuais?
Com certeza. Esses dias mesmo a Erika Hilton se manifestou em minha defesa quando jornalistas insistiram em falar de mim no feminino, do mesmo jeito que qualquer ato de transfobia que for feito contra ela vai me afetar diretamente. Acredito que o diálogo faz parte da política, é a partir daí que grandes coisas acontecem.

Como foi a comemoração? O que ouviu de sua mãe quando ela soube dessa conquista?
Foi sensacional. Muito emocionante. Estávamos todos muito ansiosos pelo resultado. Desde a primeira parcial meu nome já estava lá entre os 10 primeiros, mas só comemorei mesmo quando apareceu já com mais de 40 mil votos. Meu primeiro abraço foi na Andressa [Ferreira], minha parceira de sonhos e caminhada, que confiou na minha luta desde o primeiro momento. A minha mãe estava muito segura de que eu seria eleito, me passou sempre muita confiança, lembro de ela ter dito que já sabia, porque confiava que as pessoas iriam enxergar quem eu sou de verdade.

Você já havia se candidatado antes, mas não havia sido eleito. O que fez você persistir?
Pelo mesmo motivo que me fez ser candidato pela primeira vez: insatisfação. Estava insatisfeito e, por isso, resolvi me candidatar para participar ativamente da política, para mudar as coisas de dentro dela.

O período em que ficou como suplente serviu para aprender o funcionamento da casa? Sente-se mais preparado hoje?
Bastante, inclusive cheguei a trabalhar na Câmara de Vereadores. Consegui absorver muitas coisas positivas e ver como poderei aplicar tudo que eu propus de projetos para a nossa gente.

Quais são os primeiros projetos que você pretende apresentar? Quais os temas aos quais quer dar mais atenção e quais as suas propostas para eles?
As minhas prioridades são as mesmas das pessoas que confiaram o voto a mim. Lutar pela melhoria da educação, combate à violência contra a mulher e representar as pessoas que não se sentem representadas na política a partir de um mandato participativo, com um vereador que quer escutar essas pessoas e pautar as suas decisões a partir de conversas com a nossa gente.

Tem preferência entre os dois candidatos que disputam a Prefeitura de São Paulo? A sua atuação será alinhada ou contrária à do próximo prefeito?
Uma das minhas pautas durante a campanha, e que vou falar mais uma vez nesta entrevista, é sobre ouvir as pessoas, não em fazer um mandato sentado dentro do gabinete. Quero aproximar as decisões da nossa gente e vai ser alinhado com essas pessoas que a minha atuação vai ser pautada.

Você declarou nas redes sociais que o seu mandato vai ser participativo. Como vai funcionar?
Ainda estamos estudando as melhores maneiras de fazer isso, mas vou continuar algo que comecei há um tempo, que é de visitar as pessoas, buscar saber as necessidades dos bairros e comunidades, escutar e alinhar as decisões.

A maior parte dos famosos que se candidataram neste ano não conseguiram se eleger. Qual foi o diferencial de sua campanha?
Não sei falar pelos outros, sei o que eu fiz. Sempre busquei, mesmo antes de escolher entrar para a política, conversar com pessoas das comunidades, entender as principais dificuldades e manter esse diálogo. As pessoas querem ser representadas, querem alguém que seja o seu sim e o seu não no legislativo municipal, acho que essa proposta fez a diferença.

Você ainda pensa em retomar a carreira artística ou a ida para política é definitiva?
Ainda não pensei sobre isso.

Apesar de ainda não ter assumido o cargo, você já vislumbra voos políticos mais altos no futuro?
Acredito que não é o momento para pensar nisso. Todos os que foram eleitos devem ter o pé no chão e focar no trabalho que tem que ser feito na Câmara de Vereadores.

Geral

Vereador se assusta ao encontrar cobra dentro do carro; vídeo

No vídeo é possível ver a cobra saindo de dentro do veículo pela janela do motorista

Modificado em 09/01/2025, 09:58

undefined / Reprodução

O vereador Eder Magrão, de Rio Verde, no sudoeste goiano, encontrou uma cobra dentro de seu veículo enquanto estava com um amigo em uma fazenda em Santo Antônio da Barra, no sudoeste goiano. No vídeo é possível ver a cobra saindo de dentro do veículo pela janela do motorista (assista o vídeo acima).

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Nas redes sociais, o vereador postou um vídeo do momento em que encontrou a serpente no carro e agradeceu dizendo que a cobra estava dentro do veículo e não o picou.

Uma cobra dentro do meu carro, eu andei várias vezes aqui com ela aqui dentro, mas graças a Deus ele me livrou", disse o vereador no vídeo.

O vereador acredita que a serpente entrou no veículo no momento em que ele deixou a tampa traseira aberta. No final do vídeo é possível ver a cobra sendo retirada com um pedaço de madeira.

Eder Magrão deixou um alerta para as pessoas que viajam para fazendas e chácaras.

Tomar muito cuidado, eu nunca imaginei que uma cobra ia entrar dentro do meu carro, estava aqui no banco, se tivesse me picado, mas Deus me livrou", disse o vereador agradecido.

Espécie da serpente

Em entrevista ao POPULAR , o biólogo Edson Abrão disse que o animal não é venenoso.

Quase 100% de certeza que é uma dormideira, ou chamada jararaca-dormideira", disse o biólogo.

Edson Abrão disse que no vídeo é possível notar que a serpente está bem tranquila, não foi agressiva com o vereador e anda bem calma.

É possível perceber pelo formato da cabeça arredondada e pela cauda, que o corpo vai afinando aos poucos até chegar no final da cauda; ela é um animal bem tranquilo, não é uma serpente ofensiva; ela gosta muito de plantações, principalmente de hortas", complementou.

Geral

Veja quem é o vereador que tomou posse em Ceres mesmo sendo foragido da Justiça

Político é suspeito de integrar uma organização criminosa de produção e distribuição de rebite, além de lavar dinheiro proveniente das atividades ilícitas

Modificado em 05/01/2025, 15:31

Vereador em Ceres, Osvaldo Cabal (PL), é investigado por tráfico de drogas

Vereador em Ceres, Osvaldo Cabal (PL), é investigado por tráfico de drogas (Reprodução / Instagram)

O empresário Osvaldo José Seabra Júnior, de 39 anos, tomou posse do cargo de vereador em Ceres , à 180 km de Goiânia, mesmo sendo foragido da Justiça. O político é suspeito de integrar uma organização criminosa de produção e distribuição de rebite, além de lavar dinheiro proveniente das atividades ilícitas.

O vereador, conhecido como "Osvaldo Cabal" (PL), foi eleito no primeiro turno no dia 3 de outubro de 2024, após receber 427 votos. O parlamentar tomou posse reservadamente na Casa fora da cerimônia oficial, que aconteceu na última quarta-feira (1°), que contou apenas com a presença do presidente da Câmara, Glicério Júnior (DC), e um representante do departamento jurídico, o assessor Daniel Prados.

Investigação

A Operação Ephedra, que investiga um esquema de produção e distribuição de rebite -- um estimulante usado por caminhoneiros -- e outras drogas, é conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A principal questão analisada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) é a situação de Cabal, que é alvo de um mandado de prisão preventiva em aberto que foi expedido no dia 26 de novembro de 2024.

Cabal teve a prisão preventiva decretada quase um mês, após policiais encontrarem na sua residência um arsenal composto por pistolas e fuzis, além de suspeitas que o ligam à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Na mesma operação, outras 23 pessoas também foram denunciadas por participação na quadrilha. Cabal foi eleito vereador pelo PL com 427 votos. A reportagem tentou contato com a defesa do político neste domingo (5), mas não conseguiu encontrar.

Em uma nota divulgada neste sábado (4), pela Polícia Civil de Goiás, foi esclarecido que o mandado de prisão contra o vereador consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) (leia abaixo a nota na íntegra).

Cerimônia de Posse

Conforme O POPULAR divulgou em matéria no dia 3 de janeiro, a Câmara de Ceres informou, por meio de nota, que a cerimônia que empossou os vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos aconteceu às 10h da manhã do dia 1° de janeiro, com a ausência constatada de Cabal . Porém, no mesmo dia, às 15h58, o vereador compareceu à Casa e foi dado posse ao parlamentar, em ato reservado.

Ao POPULAR , o assessor jurídico da Casa presente na posse, afirma que o caso gera estranheza, mas não trata-se de algo "incomum", "proibido" ou "que tenha sido feito exclusivamente para ele". "A primeira vista causa estranheza mesmo, mas vou te falar que não é incomum", diz o assessor jurídico.

Na enorme maioria das cidades do Brasil, os regimentos internos preveem que aqueles que não compareçam à cerimônia de posse marcada, possam tomar a posse individualmente em período posterior. No caso de Ceres, em até 15 dias depois", afirmou ainda Daniel Prados.

Nota Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás informa que o referido mandado de prisão consta do Banco Nacional de Mandados de Prisão - BNMP e qualquer membro das forças policiais poderá dar cumprimento à medida restritiva de liberdade. Ademais, todos os mandados de prisão determinados pela justiça são encaminhados à Delegacia Estadual de Capturas para cumprimento, estando sob diligências.

Geral

Vereador é denunciado por assédio sexual contra servidora em Goiás

Mulher relata que o político teria tocado nos seios dela e a forçado a tocar nas partes íntimas dele. O caso é investigado pela Polícia Civil

Modificado em 19/09/2024, 00:40

Print da conversa do vereador com a servidora

Print da conversa do vereador com a servidora (Arquivo pessoal da vítima)

Um vereador de Cocalzinho de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, é investigado por assédio sexual contra uma servidora municipal. De acordo com relatos da vítima, Jessica Pereira, de 26 anos, Edimar Bezerra da Silva, que é secretário municipal de obras, serviços urbanos, agricultura e pecuária, teria tocado nos seios dela e a forçado a tocar nas partes íntimas dele.

Todos os dias era um assédio. Quando eu levantava da cadeira ele me 'encoxava', passava as partes íntimas nas minhas nádegas, pegava no meu seio, me apertava...", contou.

Ainda de acordo com a jovem, a situação ocorre desde dezembro de 2022, mas ela decidiu fazer a denúncia na Polícia Civil no dia 7 de julho, após não mais aguentar os abusos.

O vereador, segundo ela, chegou até a oferecer dinheiro e uma casa mobiliada para que ela tivesse relações sexuais com ele. E a situação, conforme a jovem, ficou ainda mais grave após ela sofrer um acidente e não conseguir se desviar da importunação.

"Eu sofri um acidente de moto e ia para o trabalho com uma tipoia, porque eu fraturei duas costelas e a clavícula, ai ele pegava na minha mão que estava no mouse, passava no órgão genital dele e falava 'isso aqui tudo é seu'", contou Jessica.

Cansada, Jessica contou que relatou o ocorrido para o então marido, que chegou a ameaçar o vereador, mas que, com ciúmes, teria agredido a jovem e o filho do casal. Ela ainda conta que teria procurado a prefeitura e solicitado a mudança de pasta.

Em uma conversa via WhatsApp, o vereador falo que tudo não passou de um "mal entendido" e que a servidora não precisava mudar de pasta. Ele ainda afirmou que entre ele e a esposa estaria tudo resolvido, relatou a jovem (print abaixo).

A reportagem entrou em contato com a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Cocalzinho, que informou que diante da repercussão dos fatos, o caso teria sido encaminhado para a cidade vizinha, Águas Lindas de Goiás.

A delegada responsável pelo caso, Tamires Teixeira, disse que o inquérito está em andamento e que o vereador deve ser ouvido em breve.

O Daqui tentou contato com a Prefeitura de Cocalzinho de Goiás, Secretaria Municipal de Obras, Serviços Urbanos, Agricultura e Pecuária (SEMOP) e com a Câmara Municipal de Cocalzinho de Goiás, na tarde de sexta-feira (11) e desta segunda-feira (14), por e-mail e por ligações aos contatos disponíveis nos sites, mas até a última atualização desta matéria, não obteve retorno.

A repotagem também tentou contato com o vereador e secretário, por telefone, mas as ligações não foram atendidas.

Print da conversa do vereador com a servidora

Print da conversa do vereador com a servidora (Arquivo pessoal da vítima)

Geral

Vereador suspeito de matar o tio a tiros se entrega à polícia

Eliosmar Araújo Silva, de 46 anos, e o tio teriam discutido por causa do aluguel de uma fazenda

Modificado em 19/09/2024, 00:06

Eliosmar Araújo Silva, vereador de Santa Rita do Novo Destino, Goiás

Eliosmar Araújo Silva, vereador de Santa Rita do Novo Destino, Goiás (Reprodução/Tribunal Superior Eleitoral)

O vereador suspeito de matar o tio a tiros em Santa Rita do Novo Destino, a 241 km de Goiânia, se entregou à polícia nesta terça-feira (3). O crime ocorreu na manhã da última segunda-feira (2) após uma discussão entre Eliosmar Araújo Silva, de 46 anos, e o tio, de 72, por causa do aluguel de uma fazenda.

O delegado responsável pelo caso, Marco Antônio Maia, conta que o vereador marcou com as equipes em uma fazenda onde ele estava se escondendo. Além disso, revela que, durante o interrogatório, Eliosmar alegou legítima defesa, pois seu tio o estava agredindo fisicamente.

Segundo o investigador, essa versão ainda está sendo investigada pois, até o momento, as testemunhas disseram que o tio do vereador começou a discussão, mas que ela teria sido apenas verbal. Marco Antônio destaca ainda que a perícia no local encontrou elementos que sustentam a legítima defesa.

A reportagem tentou contato com o vereador e com o advogado dele, porém não obteve sucesso até a última atualização desta matéria. O delegado informou que aguarda a conclusão dos laudos das perícias e que o inquérito deverá ser concluído em até 10 dias.

Relembre
O crime aconteceu na manhã da última segunda-feira (2) no povoado de Verdelândia, localizado em Santa Rita do Novo Destino, informou a Polícia Militar (PM). Testemunhas contaram que o tio teria cobrado o aluguel do sobrinho e que isso teria iniciado um desentendimento entre os dois.

Marco Antônio conta que, durante a discussão, populares tentaram intervir e separar a briga. "Um começou a agredir verbalmente o outro quando o vereador sacou um revólver e deu três disparos contra a vítima", relatou o delegado em entrevista ao G1 Goiás.