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Gabriela Lima

Gabriela Lima

Jornalista e editora de Vida Urbana

Fica 2021 será híbrido, com foco na cidade de Goiás

De 14 a 19 de dezembro,Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental terá mostras virtuais de filmes, mas shows e oficinas presenciais

Gabriela Lima

Modificado em 21/09/2024, 00:31

Cidade de Goiás, palco do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental

Cidade de Goiás, palco do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fábio Lima)

Após duas edições menores, o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) voltará a movimentar a cidade de Goiás. Em formato híbrido, o Fica 2021 será de 14 a 19 de dezembro, com uma programação diversificada, mas focado na antiga capital. A programação é toda gratuita e contará com shows de artistas locais, apresentações culturais, oficinas, feiras, workshops, mas a exibição de filmes (curtas e longas-metragens) segue de forma virtual.

O anúncio da 22ª edição do evento, que é considerado o maior festival de cinema ambiental da América Latina, será feito pelo governador Ronaldo Caiado nesta terça-feira (19/10), às 16h15, no Palácio das Esmeraldas. Entre as novidades deste ano está a parceria firmada com o Sesc, que deverá investir R$ 339.680. O Estado, por su vez, investirá R$ 1.499.630.

Para o secretário de Estado de Cultura, César Moura, a 22ª edição será uma homenagem à antiga Vila Boa, berço que acolhe o festival desde sua primeira edição, e também os artistas da cidade. "A principal mudança no Fica, assim como em todos os eventos de Goiás, é o protagonismo que agora passa a ser da cidade, da população local. As diretrizes são nossas, mas o vilaboense deixa de ser apenas figurante, ele assume o festival e ficará depois com o legado para a cidade."

Assim como no ano passado, todas as exibições de filmes serão on-line, disponibilizadas no site do Fica e também no canal do Youtube da Secult Goiás. Fazem parte da programação: Mostra Oficial Competitiva, Mostra Becos da Minha Terra (cidade de Goiás), Mostra José Petrillo, Mostra Washington Novaes, Mostra do Cinema Goiano e Mostra de Vídeo Clipes.

Já os shows e as atividades paralelas serão presenciais. De acordo com Secult, serão seguindos todos os protocolos de segurança estabelecidos pelas autoridades sanitárias. A secretaria não informou quais serão os shows, mas disse que a organzição dos espetáculos de abertura e encerramento ficará a cargo do Sesc.

Criado em 1999 para apresentar e propagar as produções com temática ambiental, o Fica se estabeleceu no cenário da cultura goiana e se tornou mais um patrimônio da cidade de Goiás. Anualmente, recebe centenas de inscrições de filmes de várias partes do Brasil e do mundo, além de movimentar o turismo e aquecer a economia local.

Em 2019 houve um grande impasse em torno da realização do festival. No entanto, mesmo sem recursos, a comunidade vilaboense acabou fazendo um Fica alternativo, sem a chancela do Estado.

No ano passado o festival retornou ao calendário oficial. Mas, por conta da pandemia de Covid-19, a 21ª edição do evento precisou ser realizada de forma totalmente digital, e teve como grande homenageado o jornalista, ambientalista e escritor Washington Novaes.

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Cine Teatro São Joaquim sedia conferência sobre saúde e doenças

Encontro terá programação gratuita e participação de palestrantes de vários Estados brasileiros

Cine Teatro São Joaquim sedia conferência sobre saúde e doenças

(Leo Iran)

Cine Teatro São Joaquim, unidade da Secretaria de Estado da Cultura, na cidade de Goiás, recebe, entre terça e sexta-feira (6a 8), a abertura e encerramento do VI Colóquio de História da Saúde e das Doenças, conferência realizada pelo Instituto Federal de Goiás (IFG).

A programação é gratuita e inclui palestras na área de saúde, mesa-redonda com debates sobre relevantes temas e participação de diversos profissionais da área.

O Colóquio é um evento interdisciplinar, constituído por historiadores, médicos, arquitetos, antropólogos, cientistas sociais, museólogos entre outros profissionais que trazem suas percepções e olhares sobre os impactos da saúde e das doenças ao tecido social.

Cada vez mais, o evento tem atraído pesquisadores de outras regiões do país e estrangeiros, o que vem possibilitando a construção de uma rede de pesquisadores em torno da temática.

A 6ª edição do Colóquio também terá simpósios temáticos, de forma remota, que inclui oito palestras com professores de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, entre outros.

Diversos temas serão abordados, entre eles o Césio-137 em Goiânia, medicina e política, nutrição e enfermagem. A transmissão será por meio deste link .

Confira a programação presencial: Quarta-Feira (06)
Manhã - Credenciamento

14h -- 17h - Mesa-redonda: Estética da Pele Enferma, com Dr. Ricardo dos Santos Batista (UNEB), Dra. Leicy Francisca da Silva (UEG), Dr. Doriam Erich de Castro (IFG)
Mediador: Dr. Robson Mendonça Pereira (UEG)
Local: Salão de Eventos IFG

19h -- 21h - Conferência de abertura - Debates sobre a alimentação infantil, com a Dra. Gisele Porto Sanglard (Fiocruz/RJ)
Mediadora: Doutoranda Lara Alexandra T. da Costa (PPGH/UFG)
Local: Cine Teatro São Joaquim
Quinta-Feira (07)
09h -- 12h - Simpósios Temáticos [On-line]

14h -- 17h - Mesa-redonda: Fome, carência e doenças, com Dra. Ana Karine Martins Garcia (BECE), Dra. Sônia Maria de Magalhães (PPGH/UFG), Dr. Rildo Bento de Souza (PPGH/UFG)
Mediador: Dr. Leandro Carvalho Damacena Neto (IFG)
Local: Auditório UEG

19h -- 21h - Homenagem à Maria de Fátima Cançado e Dr. Anuar Auad
Coquetel e Lançamento de livros
Local: Fundação Frei Simão Dorvi
Sexta-Feira (08)
09h -- 12h - Reunião GT História da Saúde e das Doenças Local: Sala de Reuniões IFG

14h -- 17h - Conferência de encerramento: Museu Histórico da FMUSP e seu acervo Dr. André Mota (FMUSP)
Mediadora: Dra. Sônia Maria de Magalhães (PPGH/UFG)
Local: Cine Teatro São Joaquim

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Cine Teatro São Joaquim recebe espetáculo de dança neste sábado (29)

A apresentação, que tem apoio da Secult Goiás, será realizada às 19h com entrada gratuita

Modificado em 17/09/2024, 16:26

Cine Teatro São Joaquim recebe espetáculo de dança neste sábado (29)

(Lu Barcelos – Chocolate Fotografias)

O Cine Teatro São Joaquim, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) na cidade de Goiás, recebe o espetáculo "PRESSA", do Grupo Bacae Dança neste sábado (29). A apresentação é gratuita e terá apenas uma sessão, às 19h. O projeto foi contemplado pelos editais do Fundo de Arte e Cultura (FAC) do Estado de Goiás, promovido pela Secult.

PRESSA é um espetáculo de Dança Contemporânea que busca refletir sobre a banalização da urgência e os consequentes impactos na sociedade. A proposta também tem o intuito de inspirar alternativas para saída do ciclo vicioso da pressa, apontando benefícios da desaceleração das rotinas, a partir das potenciais possibilidades de pequenas ações diárias e intimistas.

As coreografias são uma interpretação da vida corrida da sociedade contemporânea. A correria, a pressão das redes sociais, prazos de entrega 'para ontem', o tempo nunca é suficiente para a conclusão das tarefas diárias. Com isso, há uma ilusão de que tudo é emergencial. Nas entrelinhas, fazemos o questionamento: realmente precisamos fazer [e ter] tudo tão rápido? Quanto custa viver atendendo às solicitações tão imediatas?

Serviço: Espetáculo "PRESSA"
Data: 29/06
Horário : 19h
Local: Cine Teatro São Joaquim -- cidade de Goiás

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Palácio Conde dos Arcos recebe exposição fotográfica sobre art déco nesta sexta-feira (21)

Mostra faz parte de uma exposição itinerante e reúne 22 imagens que registram os edifícios tombados como patrimônios

Modificado em 17/09/2024, 15:52

Palácio Conde dos Arcos recebe exposição fotográfica sobre art déco nesta sexta-feira (21)

(Divulgação)

O Palácio Conde dos Arcos, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) na cidade de Goiás, recebe a exposição Memórias em Foco, sob curadoria do fotógrafo Raphael Vieira, a partir desta sexta-feira (21). A mostra reúne obras de 22 artistas da Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV) que representam monumentos e prédios art déco no Estado.

A exposição faz parte do concurso de fotografia Goiânia Art Déco Festival, onde diferentes fotógrafos goianos foram convidados a relembrar e celebrar essa parte da cultura, resgatando a relevância e a beleza atemporal desse patrimônio, e colocando em foco as memórias do passado.

"O diálogo entre a fotografia e o patrimônio histórico do art déco de Goiânia não é apenas conveniente, mas essencial e até simbólico. Trata-se de lançar nosso olhar para o passado, esse que fez de nós quem somos hoje. Trata-se de um resgate das raízes que construíram a cultura e o imaginário goiano através de um resgate da imagem fotográfica", diz Raphael.

A exposição fica disponível para visitação até o dia 04 de julho, de segunda a sábado das 08h às 17h, e no domingo das 08h às 13h. A entrada é gratuita. O Goiânia Art Déco Festival é uma realização da ONYGO Turismo e conta com apoio financeiro do Governo de Goiás, por meio do Fundo de Arte e Cultura (FAC), operacionalizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Serviço: Exposição fotográfica "Memórias em Foco" - Goiânia Art Déco Festival
Data: de 21/06 a 04/07
Local: Palácio Conde dos Arcos, cidade de Goiás
Entrada gratuita

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Goiás aprova marco legal para proteger o Rio Vermelho

Lei municipal criada na antiga capital prevê instalação de comitê para fiscalizar e atuar na proteção de nascentes e despoluição das águas, evitando garimpos e desmatamento ilegal

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Inspiração para criação da lei que reconhece os direitos do Rio Vermelho (foto) na cidade de Goiás veio de iniciativa pioneira do Rio Laje, em Rondônia

Inspiração para criação da lei que reconhece os direitos do Rio Vermelho (foto) na cidade de Goiás veio de iniciativa pioneira do Rio Laje, em Rondônia (Fábio Lima)

"Tenho um rio que fala em murmúrios. Tenho um rio poluído. Tenho um rio debaixo das janelas Da Casa Velha da Ponte. Meu Rio Vermelho"

A poetisa Cora Coralina morreu em 1985 e pouco antes mencionou no poema Rio Vermelho o descaso com um dos principais símbolos da antiga capital que recebe esta semana a 25ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). A urgência para salvar o manancial levou a Câmara Municipal da cidade de Goiás a aprovar o projeto de lei, de autoria da vereadora Elenízia da Mata de Jesus (PT), que reconhece os direitos do Rio Vermelho. A sanção da lei, pelo prefeito Aderson Liberato Gouvea, será nesta quinta-feira (13), às 15h30, na Tenda Multiétnica, montada na Praça do Chafariz.

O marco legal foi inspirado na iniciativa pioneira do Rio Laje, em Rondônia, o primeiro do País a ter direitos reconhecidos por lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Guajará-Mirim. "Com esse marco legal é criado um comitê que irá acompanhar, fiscalizar e atuar para que o Rio Vermelho seja de fato despoluído, que a nascente seja preservada e que haja uma agenda permanente de cuidados e não somente em ocasiões especiais, como durante o Fica. Sabe aquele conceito de mudar o mundo a partir da minha comunidade?", questiona Elenízia, que desde a infância, no Quilombo São Félix, em Matrinchã, tem uma relação afetiva com o Rio Vermelho.

A proposta da vereadora foi aprovada por unanimidade pelos nove integrantes da Câmara Municipal. "Fiz várias discussões e audiências públicas. Quando chegou à Câmara já tinha aprovação popular", explica Elenízia. Ela defende um engajamento de toda a sociedade para salvar o Rio Vermelho e difundir boas práticas. "É preciso ampliar essas vozes. O rio tem direitos, inclusive a fluir com vida plena". Bombas que captam água do manancial, desmatamento descontrolado e a presença de garimpos estão hoje entre os grandes problemas a serem combatidos na bacia do Rio Vermelho.

"Na adolescência, passei a morar na cidade de Goiás e vi de perto as águas bravias derrubarem a Cruz do Anhanguera em 2001. Participei de vários momentos de reflexões sobre a necessidade de nos atentarmos para os cuidados com o Rio Vermelho, que nasce na cidade de Goiás", afirma a vereadora, que pretende ir além. Sua ideia é montar uma espécie de consórcio com os outros municípios banhados pelo Rio Vermelho - Itapirapuã, Matrinchã e Aruanã - para que os cuidados sejam ampliados de forma integral à bacia. "Precisamos cuidar do nosso principal patrimônio que são os recursos naturais."

A lei que reconhece os direitos do Rio Vermelho no município de Goiás, o enquadrando como um ente especialmente protegido, também institui o Dia Municipal do Rio Vermelho, a ser comemorado no dia 4 de novembro, e a Semana Municipal do Rio Vermelho, a ser comemorada também no início de novembro. Pelo marco legal será criado o Comitê Guardião formado por um representante da prefeitura; um do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e Saneamento Básico; um de uma instituição de ensino superior que atue no município; um da sociedade civil organizada e um da Câmara de Vereadores. Todos os anos esse comitê terá de apresentar relatório sobre as condições do rio e o planejamento de ações.

Direitos do Rio Vermelho

  • Manter seu fluxo natural e em quantidade suficiente para garantir a saúde do ecossistema;
  • Nutrir e ser nutrido pela mata ciliar, pelas florestas do entorno e pela biodiversidade endêmica;
  • Existir com suas condições físico-químicas adequadas ao seu equilíbrio ecológico;
  • Inter-relacionar com os seres humanos por meio da identificação biocultural, de suas práticas espirituais, de lazer, da pesca artesanal, de agroecologia e de cultura.
  • Desmatamento é a maior causa da enchente de 2001

    O Rio Vermelho, que nasce a cerca de 15 quilômetros do centro histórico da cidade de Goiás e deságua no Rio Araguaia, em Aruanã, há décadas sofre com os impactos ocasionados pela ocupação humana. A expansão das atividades agropecuárias e comerciais e a construção de moradias em sua planície de inundação provocaram a perda da vegetação ciliar, poluição, assoreamento e fuga da biodiversidade. Seguem avançando os mesmos problemas que originaram a grande enchente de 31 de dezembro de 2001 quando foi perdido grande parte do patrimônio histórico, apenas 17 dias depois de a cidade conquistar o título de Patrimônio da Humanidade concedido pela Unesco.

    Logo após o transbordamento do Rio Vermelho, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios Históricos (Icomos), da Unesco, apontou o assoreamento e a diminuição gradativa da vazão do rio como responsáveis pela enchente. Em 2002, um estudo da então Agência Ambiental de Goiás, mostrou que 80% das matas ciliares entre a nascente e a área urbana da cidade de Goiás já tinham sido dizimadas para dar lugar a pastagens. Garimpeiros atuando clandestinamente também contribuíram para os danos. Medidas para proteger o rio praticamente não saíram do papel ao longo dos anos. "Por isso, o marco legal. Vamos esperar a repetição do que aconteceu no passado ou algo como foi no Rio Grande do Sul?", pergunta Elenizia da Mata.