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Macaulay Culkin endossa levante para apagar Donald Trump de 'Esqueceram de Mim 2'

A reivindicação começou em tom de piada, após algumas pessoas dizerem que o próximo passo deveria ser remover digitalmente Trump das filmagens, considerando as expulsões em cascata de redes sociais

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:29

Macaulay Culkin e Trump em 'Esqueceram de Mim 2'

Macaulay Culkin e Trump em 'Esqueceram de Mim 2' (Reprodução)

Depois de ser banido de praticamente todas as redes sociais, Donald Trump agora enfrenta um levante na internet para ser excluído do filme "Esqueceram de Mim 2", que ganhou apoio até mesmo do ator Macaulay Culkin, que interpreta o protagonista na história.

A reivindicação começou em tom de piada, após algumas pessoas dizerem que o próximo passo deveria ser remover digitalmente Trump das filmagens, considerando as expulsões em cascata do Facebook, do Instagram e do Twitter, após o presidente ter insuflado seus apoiadores a invadir o Capitólio, em Washington, na semana passada.

As brincadeiras ganharam vulto quando Culkin respondeu a uma publicação que pedia para o substituto de Trump ser o próprio Macaulay Culkin, aos 40 anos. Segundo o ator, a petição estava "aprovada".

Lançado em 1992, "Esqueceram de Mim 2" conta com uma breve aparição de Trump indicando a direção do saguão do Plaza Hotel para Kevin McCallister, personagem interpretado por Culkin.

Na época, Trump era o dono do hotel, um dos mais famosos de Nova York, e teria usado isso como argumento para forçar sua participação no filme, como contou o diretor Chris Columbus em entrevista ao site Insider.

Matthew A. Cherry, vencedor do Oscar por "Hair Love", aproveitou a onda de petições e também deixou a sua sugestão --um pouco mais ácida. Em sua rede social, ele pediu que Trump fosse trocado por Christopher Plummer, ator que fez o filme "Todo o Dinheiro do Mundo" no lugar de Kevin Spacey, envolvido em denúncias de abusos sexuais contra menores de idade.

No site Change.com, que serve de plataforma para abaixo-assinados, uma petição já atingiu sua meta de 500 apoiadores. O pedido é que Donald Trump seja substituído digitalmente pelo presidente eleito Joe Biden.

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Moraes reage a post do governo Trump e diz que Brasil deixou de ser colônia em 1822

Sob reserva, magistrados e assessores próximos a eles afirmam que não há impacto significativo sobre a rotina do Supremo

Modificado em 27/02/2025, 18:31

Moraes deu as declarações durante a sessão plenária

Moraes deu as declarações durante a sessão plenária (Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu a soberania do Brasil e afirmou que o país deixou de ser colônia em 1822. Sem citar os Estados Unidos, o magistrado citou a independência do Brasil e a construção da ONU contra o nazismo.

Moraes deu as declarações durante a sessão plenária da corte nesta quinta-feira (27), antes de iniciar o relatório de casos sobre a Lei de Abuso de Autoridade que relata. Ele participa por videoconferência.

O ministro Alexandre de Moraes, durante sessão Adriano Machado - 27.nov.24 Reuters Um homem calvo, com expressão séria, está sentado em uma cadeira de couro amarelo. Ele usa um terno escuro e uma gravata azul clara. Ao fundo, há outras pessoas em um ambiente que parece ser uma sala de reuniões ou tribunal. "Reafirmo nosso juramento integral de defesa da Constituição brasileira e pela soberania do Brasil, pela independência do Poder Judiciário e pela cidadania de todos os brasileiros e brasileiras, pois deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma República independente e cada vez melhor", disse.

Até então, os ministros do Supremo vinham minimizado as ações tomadas em território americano, desde que a empresa de mídia de Trump, a Truth Social, e a Rumble, plataforma de vídeos, recorreram à Justiça na Flórida para que as ordens do ministro sejam declaradas ilegais.

Sob reserva, magistrados e assessores próximos a eles afirmam que não há impacto significativo sobre a rotina do Supremo e negam grandes preocupações em relação aos movimentos do presidente americano, de aliados e de bolsonaristas no país.

Alvo prioritário da ofensiva, Moraes diz a interlocutores que não tem o hábito de viajar aos EUA, não tem bens imóveis ou patrimônio no país e, portanto, não estaria dando muita importância às medidas por não ser afetado por elas.

Os demais magistrados mantêm linha parecida. Até o momento, acompanham o noticiário, mas sem se mobilizarem internamente para pedir uma posição institucional de defesa ou resposta.

Ainda na terça-feira (25), antes da publicação do Departamento de Estado dos EUA, o decano do Supremo, Gilmar Mendes, afirmou em conversa com jornalistas ser extravagante a apresentação de uma ação judicial contra Moraes em um tribunal americano, mas sem grande impacto.

É algo muito extravagante uma empresa que sofra algum tipo de sanção aqui entrar com ação nos Estados Unidos contra o juiz que tomou a medida. A forma de impugnar as decisões judiciais é impugnar perante a própria corte que é competente", disse.

Geral

Papa Francisco afirma que deportações de Trump ferem dignidade de migrantes e vão acabar mal

O pontífice, que anteriormente já havia chamado de vergonhoso os planos do republicano em relação ao tema, disse que é errado assumir que todos os migrantes em situação irregular são criminosos.

Papa Francisco

Papa Francisco (REUTERS/Remo Casilli)

O papa Francisco condenou as medidas contra migrantes que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem empreendido em uma incomum carta aberta enviada nesta terça-feira (11) aos bispos católicos americanos.

"Tenho acompanhado com atenção a importante crise que está ocorrendo nos EUA devido ao início de um programa de deportações em massa", escreveu o papa na carta. O pontífice, que anteriormente já havia chamado de vergonhoso os planos do republicano em relação ao tema, disse que é errado assumir que todos os migrantes em situação irregular são criminosos.

"Exorto todos os fiéis da Igreja Católica (...) a não ceder a narrativas que discriminam e causam sofrimento desnecessário aos nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados", disse o pontífice. "O que é construído com base na força, e não na verdade sobre a igual dignidade de todo ser humano, começa mal e terminará mal.

O jesuíta vem defendendo repetidamente os direitos dos migrantes em seus quase 12 anos à frente da Igreja Católica. Em 2016, por exemplo, quando Trump ganhou as eleições para a Presidência dos EUA pela primeira vez, Francisco afirmou que o republicano não era cristão em suas opiniões sobre imigração.

No documento publicado nesta terça pelo Vaticano, o papa reconhece "o direito de uma nação se defender e manter suas comunidades seguras daqueles que cometeram crimes violentos ou graves enquanto estão no país ou antes de chegar".

Mas ao mesmo tempo, adverte que o "ato de deportar pessoas que em muitos casos deixaram sua própria terra por motivos de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou pelo grave deterioro do meio ambiente fere a dignidade de muitos homens e mulheres, de famílias inteiras".

"Esta questão não é menor: um verdadeiro Estado de Direito se verifica precisamente no tratamento digno que todas as pessoas merecem, especialmente os mais pobres e marginalizados", escreveu o papa. "Isso não impede a promoção da maturação de uma política que regule a migração de forma ordenada e legal. No entanto, a mencionada 'maturação' não pode ser construída por meio do privilégio de uns e do sacrifício de outros."

Após voltar ao poder, Trump emitiu uma série de ações executivas para redirecionar recursos militares ao esforço de deportação em massa e autorizou os agentes de imigração dos EUA a fazerem mais prisões, incluindo em escolas, igrejas e hospitais.

Geral

Trump suspende tarifas sobre México por um mês após promessa de 10 mil soldados na fronteira

A decisão veio junto a uma promessa do governo mexicano de mobilizar 10 mil militares para a fronteira norte a fim de evitar o tráfico de drogas para os EUA

Trump suspende tarifas sobre México por um mês após promessa de 10 mil soldados na fronteira

A decisão veio junto a uma promessa do governo mexicano de mobilizar 10 mil militares para a fronteira norte, como forma de evitar o tráfico de drogas para os EUA, em particular do fentanil.

Em publicação no X (antigo Twitter), Sheinbaum disse que os EUA se comprometeram a "evitar o tráfico de armas de alto poder para o México". "Nossas equipes começarão a trabalhar hoje mesmo em duas frentes: segurança e comércio", escreveu a presidente mexicana.

No sábado (1º), Trump havia anunciado tarifas de 25% sobre todas as exportações do México e Canadá, acusando ambos os países de permitir o fluxo de migrantes irregulares e drogas para seu território. As barreiras comerciais passariam a valer a partir de terça (4).

Os EUA são o principal destino das exportações mexicanas, que têm se beneficiado do tratado de livre comércio da América do Norte.

O peso mexicano teve forte alta após o anúncio de Sheinbaum. O dólar virou para queda no início da tarde no Brasil.

Em publicação em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump confirmou a suspensão das tarifas e afirmou que os soldados mexicanos serão especificamente designados para interromper o fluxo de fentanil e migrantes ilegais para os EUA. "Acabei de falar com a presidente Claudia Sheinbaum do México. Foi uma conversa muito amigável", disse o presidente.

Segundo ele, durante o período de suspensão das tarifas, serão realizadas negociações com o país vizinho, lideradas pelo secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick.

"Estou ansioso para participar dessas negociações com a presidente Sheinbaum, enquanto tentamos alcançar um 'acordo' entre nossos dois países", publicou Trump.

No domingo, Sheinbaum já havia proposto uma mesa de diálogo com Trump sobre migração e narcotráfico, reiterando que as tarifas teriam efeitos "muito graves" para a economia americana, pois elevariam os preços dos produtos exportados do México.

Trump afirmou ter falado também com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e que conversaria novamente com ele ainda na tarde desta segunda. As tarifas sobre o Canadá e a China continuam programadas para entrar em vigor na terça-feira.

No domingo, Trump indicou que a União Europeia, composta por 27 nações, seria a próxima na linha de fogo, mas não disse quando.

Geral

Goiano deportado dos EUA relata voo de retorno assustador

Kaleb Barbosa, 28 anos e de Rubiataba, contou como foi aterrorizante a primeira viagem de repatriados do Brasil após o início do governo de Donald Trump

Kaleb Barbosa morou seis anos nos EUA e voltou apenas com uma sacola

Kaleb Barbosa morou seis anos nos EUA e voltou apenas com uma sacola (Reprodução)

Após ser repatriado juntamente com outros 87 brasileiros, o goiano Kaleb Barbosa, de 28 anos, relatou momentos de tensão durante o voo vindo dos Estados Unidos ao Brasil. A aeronave estava prevista para pousar em Belo Horizonte na noite da última sexta-feira (24), mas teve de aterrissar em Manaus, para passar por manutenção. Este foi o primeiro voo com deportados enviado após Donald Trump assumir o governo dos EUA e os migrantes chegaram ao País algemados -- o que, no passado, já gerou impasse diplomático entre as duas nações.

"Foi uma viagem muito difícil. Trataram a gente muito mal. Estragou o ar-condicionado, avião estava em péssimas condições, estragado. Teve de parar no Panamá, viajar com mecânico. Eu nunca vi isso, viajar com mecânico dentro do avião. Não queria funcionar, mas tomamos uma atitude drástica e abrimos a porta de emergência e pedimos socorro, quando chegou a Manaus", relatou, em entrevista concedida no Aeroporto Internacional de Confins, na capital mineira.

Após o pouso na capital amazonense, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada das algemas dos deportados e o envio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para finalizar o trajeto até Minas Gerais. De lá, 84 repatriados seguiram viagem até o destino final e chegaram na noite de sábado (25). Outros quatro permaneceram em Manaus. A ação citada por Kaleb repercutiu mundo afora, com a imagem de brasileiros algemados do lado de fora da aeronave pedindo por ajuda.

No Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, mãe abraça filho repatriado que chegou em avião da FAB (GISLAINE OLIVEIRA/Agencia Enquad)

No Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, mãe abraça filho repatriado que chegou em avião da FAB (GISLAINE OLIVEIRA/Agencia Enquad)

"Pessoas começaram a passar mal, hipertensos, gente com diabetes. Tinham crianças chorando, a turbina estava falhando. Um momento muito ruim, condições precárias. Ficamos com muito medo. Foi muito crítico, coisa de filme, que nunca mais quero viver na vida", contou. "Em Manaus estava saindo fumaça da turbina e eles (tripulação) mesmo assim querendo viajar. Creio que, se tivesse vindo esse avião, todos estaríamos mortos, então tomamos uma atitude drástica e fomos para cima, mesmo com eles nos agredindo, e abrimos a porta de emergência."

Natural de Rubiataba, no interior goiano, Kaleb morava havia seis anos em Kirkland, cidade localizada no estado de Washington e trabalhava como "house cleaning" (limpeza de casas). Ao chegar ao aeroporto de Belo Horizonte, levava em mãos apenas um saco, onde guardava uma coberta, toalha e a roupa que foi dada a ele ainda em Manaus, além de alguns livros. "Deixei tudo para trás. Casa, carro...", contou.

O goiano relata ainda que a prisão era degradante. "Mau atendimento médico, comida muito ruim mesmo. Desumano". Agora, cita, a previsão é permanecer no Brasil, ou tentar um futuro na Europa. "Já deu o que tinha de dar", respondeu Kaleb, ao ser questionado sobre um possível retorno aos Estados Unidos.

Itamaraty

O Itamaraty, por sua vez, disse no sábado (25) que pedirá explicações ao governo Trump sobre o "tratamento degradante" contra os brasileiros no voo de deportação. Os migrantes que chegaram a Belo Horizonte no sábado relataram agressões, ameaças e tratamento degradante que sofreram por parte dos agentes de imigração americanos.

Vários disseram ter ficado 50 horas algemados, sem ar condicionado no voo e sujeitos a abusos dos americanos. Relataram, como também disse Kaleb, que só conseguiram alertar as autoridades brasileiras depois de abrir uma das portas de emergência do avião e gritar por socorro do alto da asa. "A gente disse pra eles: nós não vamos mais viajar neste avião, chama nossa polícia, tira a gente daqui", afirma Denilson José de Oliveira, 26 anos. "Senti muito medo. Parecia que estavam tentando nos matar."

Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o governo Lula determinou a retirada das algemas dos brasileiros assim que foi informado da situação pela PF. O ministro falou em "flagrante desrespeito" aos direitos dos brasileiros. O Planalto enviou um avião da Força Aérea Brasileira para fazer o transporte até Belo Horizonte, destino final do voo original.

Trump reage com sanções à recusa colombiana de receber deportados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (26) que seu governo impôs sanções contra a Colômbia depois de o presidente Gustavo Petro se recusar a receber dois voos militares americanos carregando deportados. Trump anunciou uma série de medidas contra o país latino-americano: proibiu membros e apoiadores do governo Petro de viajar aos EUA e suspendeu seus vistos; prometeu tarifas alfandegárias de 25% contra mercadorias colombianas, dizendo que vai subir o porcentual para 50% em uma semana; e falou em "sanções financeiras e bancárias" contra o país, aliado mais tradicional dos EUA na América do Sul.

"Acabo de ser informado que dois voos de repatriação dos EUA, com um grande número de criminosos ilegais, não tiveram o pouso autorizado na Colômbia. Essa ordem foi dada pelo presidente socialista da Colômbia, Gustavo Petro, que é muito impopular entre seu povo", escreveu Trump na sua rede social Truth Social. Na avaliação do presidente americano, a decisão de Bogotá "coloca em risco a segurança nacional e segurança pública dos EUA", o que justificaria as medidas drásticas. Essa é uma das primeiras sanções impostas por Trump desde que voltou ao poder, e o fato de estarem relacionadas à imigração mostram a centralidade do tema para o republicano neste novo mandato.

"Essas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo da Colômbia viole suas obrigações legais em relação ao retorno de criminosos que eles forçaram contra os EUA", conclui Trump no comunicado. Nas redes sociais neste domingo, Petro citou o caso dos brasileiros que chegaram algemados ao País e acusam agentes de imigração americanos de agressão e tratamento degradante ao dizer que não aceitará deportações em aviões militares.

De acordo com uma autoridade americana que falou à agência de notícias Reuters em condição de anonimato, o avião com 80 migrantes já havia decolado do estado da Califórnia quando o governo colombiano suspendeu a autorização. Na sexta (24), mesmo dia em que os brasileiros começaram sua viagem de deportação, a imprensa americana relatou que o México também se recusou a receber um voo militar com deportados.

Citando o caso brasileiro, Petro disse neste domingo (26) que não permitirá aviões militares dos EUA façam voos de deportação até o seu País. "Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece", afirmou Petro em publicação no X. "Não posso fazer com que migrantes fiquem em um país que não os quer; mas se esse país os devolve, deve ser com respeito, em aviões civis", afirmou. "A Colômbia exige respeito." O presidente colombiano ressaltou que mais de 15 mil americanos em situação irregular vivem em seu país.

Já o voo que estava marcado para levar outros 80 migrantes deportados para o México teve a autorização do governo mexicano rescindida antes de decolar. Outros três voos com destino à Guatemala com 80 pessoas cada, dois deles, militares, foram concluídos sem problemas, disseram autoridades americanas à emissora NBC. A Cidade do México não deu detalhes para a recusa do voo. (Victor Lacombe / Folhapress)