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Juliana Paes diz que teve crise forte de ansiedade na pandemia: "Nunca tinha vivido isso"

“Tive uma crise de ansiedade durante a pandemia que nunca tinha vivido. Ironizava, às vezes, pessoas que passam por isso por pura ignorância.”, afirmou

Modificado em 21/09/2024, 01:32

Juliana Paes diz que teve crise forte de ansiedade na pandemia: "Nunca tinha vivido isso"

(Reprodução / Instagram)

O isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus afetou muita gente de diversas maneiras. Juliana Paes foi uma delas. A atriz disse que teve uma forte crise de ansiedade.

"Tive uma crise de ansiedade durante a pandemia que nunca tinha vivido. Ironizava, às vezes, pessoas que passam por isso por pura ignorância.", afirmou.

"Esses meses de pandemia fizeram eu viver uma experiência de um quadro de ansiedade que eu nunca tinha imaginado viver. Sempre fui zero ansiosa e me dei muito bem com pressão. Trabalhar na Globo é pressão. E eu sempre fui uma pessoa de segurar muito o rojão", contou.

Paes ainda disse que pensou estar com problemas no coração: "Eu tinha que dar conta do ensino à distância. Meus filhos até conseguiram aprender o conteúdo, mas eu fiquei mal. Eu fiquei bem esquisita. Lá para maio, junho, eu comecei a deitar na cama e sentir meu coração bater de um jeito... Liguei para o meu cardiologista: "Olha só: estou com problema de coração aqui". E ele me disse: "Você está, provavelmente, tendo uma crise de ansiedade". Eu tinha descompasso de batimentos", concluiu.

(Reprodução / Instagram)

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(Ita Mazzutti)

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Após críticas, Deborah Bloch fala sobre Odete Roitman e diz que ela representa Elon Musk

A atriz comentou que existem ainda no Brasil bastante “Odetes” espalhadas e que as pessoas assumem pensamentos loucos que estão sendo normalizados

A nova Odete Roitman, do remake de "Vale Tudo"

A nova Odete Roitman, do remake de "Vale Tudo" (Divulgação / TV Globo)

A nova Odete Roitman, do remake de "Vale Tudo", Débora Bloch, foi criticada nas redes sociais após chamadas lançadas da trama na telinha. Apesar disso, a atriz garante que a sua vilã é completamente diferente da que Beatriz Segall apresentou na versão original de 1988.

A personagem é a mesma, mas sou outra atriz, e todo artista acrescenta seu repertório. Sou uma mulher de 61 anos em 2025, o que já soa diferente do que seria há 37 anos, quando o original foi exibido. A autora está contando a mesma história, mas num outro Brasil", explicou Bloch.

Débora comentou que existem ainda no Brasil bastante "Odetes" espalhadas. "As pessoas estão bem mais loucas. Elas assumem mais esse pensamento. Eu não imaginei que a gente voltaria a um pensamento tão atrasado, conservador... com pessoas pedindo a volta da ditadura", refletiu.

Acho assustador como esse tipo de pensamento pode voltar a qualquer momento. É assustador Elon Musk fazer uma saudação nazista e isso ser normalizado. É tudo muito assustador, e a Odete é uma personagem que representa esse tipo de pensamento", acrescentou.

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Luana Piovani se sente anestesiada em relação aos homens

Agora, a atriz, que mora em Portugal, disse passar por uma fase assexual e anestesiada em relação ao sexo masculino, e comparou sua vida amorosa à um jogo de caça

Luana Piovani se sente anestesiada em relação aos homens

(Jorge Bispo)

Quando passou férias no Brasil no início de janeiro, Luana Piovani reclamou de que os homens não estavam mais visualmente interessantes, e sim velhos e acabados.

Agora, a atriz, que mora em Portugal, disse passar por uma fase assexual e anestesiada em relação ao sexo masculino, e comparou sua vida amorosa à um jogo de caça. "Sabe quando você está com muita fome, a barriga está fazendo barulho, mas você está tão ocupada que de repente fala: 'caraca, eu não comi nada e minha fome passou'?"

Luana afirmou em recente entrevista à revista Marie Claire que sempre foi caçadora em se tratando de relacionamentos, mas que ultimamente, não vinha achando opções.

"Quando saía para caçar, não encontrava mais presas, e isso estava me frustrando. Não é só uma questão de libido. É como se eu estivesse anestesiada. Não penso mais em homem, estou super tranquila."

Mas o período, inédito para ela, está sendo bom. "Tenho me estudado, olhado para dentro, tentando entender se o que eu quero agora é sexo ou um companheiro."

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Carolina Dieckmann comemora retorno às novelas

Última novela de Dieckmann foi "Vai na Fé" (2023). No ano seguinte, a artista anunciou que, após 30 anos, não renovaria seu contrato de exclusividade com a Globo

Carolina Dieckmann comemora retorno às novelas

(Reprodução/Redes sociais)

Na segunda-feira (31), estreia "Vale Tudo" na tela da Globo, escolhida para comemorar os 60 anos da emissora. O folhetim apresenta uma versão atualizada da trama escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, exibida em 1988. A escolhida para assumir a autoria é Manuela Dias. No time de estrelas está Carolina Dieckmann, no papel de Leila, que na versão original foi interpretada por Cássia Kis.

A última novela de Dieckmann foi "Vai na Fé" (2023). No ano seguinte, a artista anunciou que, após 30 anos, não renovaria seu contrato de exclusividade com a Globo. Agora, em 2025, ela faz o seu retorno oficial.

"Eu estou muito feliz de estar em uma novela que está sendo escolhida para comemorar tanta coisa... Sou fã de novelas muito antes de me tornar atriz, fiz minha carreira toda na televisão e tive momentos muito agraciados na teledramaturgia. Estar participando disso tudo faz muito sentido para mim", comemora.

A artista faz questão de afirmar que a personagem será única: "A Leila do remake é totalmente diferente. Acho que a novela toda está sendo feita em clima de releitura, de pegar esse texto clássico e revisitar. O que posso adiantar da personagem da nova versão, assim como do restante, é que serão feitas diversas homenagens. Mas não há comparação", revela.

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Covid 5 anos: sequelas da pandemia seguem vivas

Em 26 de março de 2020, morria a primeira vítima do coronavírus em Goiás. Viúvo e filhas de Maria Lopes ainda choram a perda devido à doença que devastou centenas de milhares de famílias no Brasil

Irmãs Iara e Sandra celebram a vida de seu pai, Paulo Alves de Souza, 1º paciente do HCamp na pandemia (Wildes Barbosa / O Popular)

Irmãs Iara e Sandra celebram a vida de seu pai, Paulo Alves de Souza, 1º paciente do HCamp na pandemia (Wildes Barbosa / O Popular)

Cinco anos depois, ainda é difícil aos familiares de Maria Lopes de Souza recordar o momento de sua partida após a infecção pelo Sars-CoV-2, que por muito tempo foi chamado de "novo coronavírus", surgido na China. A técnica de enfermagem aposentada, então com 66 anos, moradora de Luziânia, município do Entorno do Distrito Federal, foi a primeira vítima fatal da Covid-19 em Goiás. Naquele 26 de março de 2020, o Brasil já registrava 76 mortes, mas ainda havia um cenário de incertezas. No Estado, as autoridades de saúde buscavam respostas para delinear a melhor forma de atendimento à população. A perplexidade pairava Brasil afora.

A assistente social Sandra de Souza, 46, filha caçula de Maria Lopes, busca na memória os dias que antecederam a morte da mãe. "Estávamos com muito medo, as escolas tinham parado de funcionar e nós orientamos nossos pais a ficarem isolados na fazenda, sem receber ninguém." No dia 13 de março, o Decreto 9.633/2020 definiu a situação de emergência na saúde pública em Goiás e a partir daí vieram sucessivos decretos determinando isolamentos. Sandra conta que no final da primeira quinzena de março a mãe foi a uma igreja. "Acreditamos que foi o local da contaminação, porque ela não saía de casa."

O mal-estar respiratório de Maria e do marido Paulo Alves de Souza, então com 72 anos, alertou os filhos. "Pensamos em pneumonia, mas estranhamos porque ficaram doentes juntos", relata Sandra. Levaram o casal a uma unidade de pronto atendimento (UPA), onde foi medicado. Como a febre de Maria não cedeu, ela se dirigiu a um hospital privado de Luziânia e o médico a encaminhou para a UPA do Jardim Ingá, por entender que a unidade pública estaria mais preparada para casos daquele vírus desconhecido. "Ela ficou na sala vermelha e lá não tinha tomografia. Minha irmã a levou para um hospital particular de Valparaíso e o exame deu sugestivo de Covid", lembra a filha.

Maria Lopes de Souza: vítima da doença e do negacionismo (Divulgação)

Maria Lopes de Souza: vítima da doença e do negacionismo (Divulgação)

"Foi aterrorizante. Cinco anos depois é difícil falar nisso. Enquanto tentávamos entender o que estava acontecendo, agarrados a qualquer fio de esperança, o que recebíamos era desinformação. Diziam que era exagero, que era só uma "gripezinha" e que o medo era infundado." Maria Lopes foi transferida para Goiânia e internada no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), então a unidade referência para atender infectados pelo novo coronavírus. Ela morreu na madrugada do dia 26, um dia após a internação. As autoridades de saúde anunciaram o óbito ressaltando que se tratava de uma paciente com comorbidades.

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Ao saber da morte da mulher, Paulo começou a passar mal e foi levado para a UPA do Jardim Ingá e de lá para Goiânia, tornando-se o paciente inaugural do primeiro Hospital de Campanha (HCamp) para enfrentamento da nova doença, montado em 14 dias no antigo Hospital do Servidor Público, que nunca tinha funcionado. "Era tudo novo e foi muito sofrido para a família. As pessoas evitavam contato conosco. Não passavam na calçada de nossas casas. Até parentes tinham receio. Na época, eu não conseguia falar no assunto", lembra a filha. Paulo ficou internado por seis dias. Sua alta foi muito comemorada pelos servidores, mas psicologicamente o motorista aposentado estava devastado.

"Ele se recuperou rapidinho, mas ficou depressivo. Até hoje, quando toca no assunto, chora", afirma a filha. Paulo não ficou com sequelas da Covid-19 e, aos 77 anos, continua morando na propriedade rural da família. Ele e Maria tiveram três filhos (Iara, Luis Carlos e Sandra), nove netos e dois bisnetos. "Há cinco anos, a Covid-19 mudou o mundo. Para nós, é uma mudança que tem nome, tem rosto e tem ausência. Nossa mãe é uma das vítimas dessa doença que muitos insistiram em negar. A nossa perda não foi só um número. Foi um vazio que nunca mais se preencheu. O que dói não é só a perda, mas a maneira como tudo aconteceu. Além da dor de ver quem a gente ama partir, tivemos que enfrentar o peso da negação, do descaso e da mentira."

Para enfrentar o luto, Sandra decidiu homenagear a mãe criando dois perfis em redes sociais -- @oamorquefica -- que, juntos, somam 1 milhão de seguidores. Neles, além de amor, ela fala de ausência e de resiliência. "A dor persiste, a saudade sufoca e a revolta ainda arde. Nossa mãe não foi só uma estatística, foi amor, foi história e foi vida. Ela foi tirada de nós por um vírus e por um sistema que preferiu fechar os olhos para a verdade", enfatiza.

Relações desfeitas pelo vírus

Marcada pela dor, a história de Maria e Paulo Lopes de Souza, até então um anônimo casal de Luziânia, se soma a muitas outras que vieram depois. No dia 12 de março, data em que o Brasil registrou a primeira morte por Covid-19, o músico Roberto Célio Pereira da Silva, o Xexéu, vestiu uma camiseta com a inscrição "Cláudia-se" para uma de suas apresentações. Foi a forma que encontrou para homenagear a afilhada e amiga Cláudia Garcia, cantora que morreu aos 49 anos no dia 26 de fevereiro de 2021. "Hoje chorei muito", contou ao POPULAR. Cláudia foi aliada de Xexéu na criação do projeto Adote a Arte que forneceu alimentos e material de limpeza ao pessoal da cultura que ficou sem trabalho durante a pandemia.

O músico Xexéu mostra no celular a foto com a amiga e cantora Cláudia Vieira, vítima da Covid-19 em fevereiro de 2021 (Diomício Gomes / O Popular)

O músico Xexéu mostra no celular a foto com a amiga e cantora Cláudia Vieira, vítima da Covid-19 em fevereiro de 2021 (Diomício Gomes / O Popular)

Xexéu e a mulher Daniela foram contaminados. Ele chegou a ficar internado com 50% do pulmão comprometido e caiu em tristeza profunda após a morte de Cláudia Garcia. Mas não deixou seu propósito esmorecer. Mobilizou amigos e fez a diferença, assim como outros colegas do meio cultural, entre eles o músico Carlos Brandão e o artista circense Maneco Maracá, que também lideraram iniciativas semelhantes. "Estimo que 15 mil cestas tenham sido distribuídas pelo Adote a Arte no auge da pandemia e depois", afirma. Xexéu lembra ainda que os artistas foram uma espécie de agentes de saúde naquele período tenebroso. "As lives -- apresentações online -- salvaram muita gente da depressão."

Quase dez meses após Goiás ter sido apresentado oficialmente à pandemia e suas consequências sanitárias, econômicas e emocionais, a capital passou por um momento espinhoso. Aos 71 anos, o ex-governador Maguito Vilela morreu no dia 13 de janeiro de 2021 em decorrência das sequelas da Covid. Em agosto do ano anterior, o político havia perdido duas irmãs em Jataí para a doença. Maguito já estava internado quando foi eleito para administrar Goiânia com 52% dos votos no segundo turno das eleições de 2020. Tomou posse de forma virtual e se licenciou do cargo. A gestão da capital pelos quatro anos seguintes ficaria a cargo do vice, Rogério Cruz.

No tribunal

A técnica judiciária Ariony Chaves de Castro, responsável pelo centro de memória do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO), fez da dor uma catarse. Em outubro de 2020, ela viu a Covid levar a cunhada, o irmão, os sogros dele. Em 2021, perdeu a irmã. "O Tribunal ficou fechado, mas trabalhei todos os dias. Foi o período em que mais produzi.Em alguns dias, eu sentava no chão e chorava muito. Tinha muito medo de morrer e deixar meu filho, então com 16 anos. O que me salvou foi a minha fé."

Servidora do TRT, Ariony Chaves, que perdeu 5 pessoas da familia para a Covid, fez documentário sobre a pandemia no tribunal: “O que me salvou foi a minha fé” ( Wesley Costa / O Popular)

Servidora do TRT, Ariony Chaves, que perdeu 5 pessoas da familia para a Covid, fez documentário sobre a pandemia no tribunal: “O que me salvou foi a minha fé” ( Wesley Costa / O Popular)

Ariony produziu o documentário A Repercussão da Pandemia de Covid-19 no TRT-GO, em que mostra as providências para manter o serviço jurisdicional e depoimentos de servidores e magistrados atingidos pela doença. A produção foi exibida no Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica) e concorre este ano ao Prêmio CNJ do Poder Judiciário.

Foi em 2021 que foi registrado o maior número de óbitos pela doença, em razão da chegada da variante ômicron, uma mutação do coronavírus. O produtor Felipe Jorge Kopanakis acompanhou em Goiânia o sofrimento do pai de 81 anos, que ficou cinco dias intubado antes de morrer, em maio daquele ano. Ele vivia em Niterói (RJ) e colaborou na produção do filme Mulheres & Covid, assinado pela irmã Fernanda Kopanakis e Ivan de Angelis, uma parceria com a Fiocruz. Depois disso, se cadastrou na Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid (Avico). "A Covid impactou todo mundo. Fui me aprofundando no tema e vejo que um dos grandes problemas da sociedade brasileira é esquecer o passado. Houve uma onda de desinformação e mentiras, precisamos lutar contra isso."

Membro de uma organização não governamental que atua com cinema e literatura em escolas públicas às margens dos rios Guaporé, Amazonas e Negro, na Amazônia, Jorge Kopanakis conta que após a pandemia só conseguiu voltar à região em 2024. "O impacto da Covid nessas comunidades distantes foi imenso. Já existe um isolamento natural porque não têm estradas. Para chegar a Manaus, é preciso pegar uma voadora (tipo de barco comum na Amazônia) e viajar 12 horas. Ninguém chegava e as pessoas foram morrendo. Teve um professor que morreu por falta de oxigênio." O produtor pretende se dedicar a um documentário sobre vacinação. "A taxa vacinal do País caiu. Estamos negando a ciência."