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Amma vai expandir ecofiltros em Goiânia

Gaiolas instaladas em bueiros fazem a retenção de materiais que entopem galerias pluviais e poluem os cursos d’água

Modificado em 20/09/2024, 06:18

Amma vai expandir ecofiltros em Goiânia

Estruturas que filtram resíduos jogados nas ruas para impedir que cheguem às galerias pluviais e cursos d'água estão sendo implantadas nas bocas de lobo em Goiânia, agora em vias públicas da região da Rua 44. Até então, estes equipamentos, que estão sendo chamados de ecofiltros, estavam sendo utilizados pela Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) nas galerias aos arredores dos parques. O Areião, no Setor Bela Vista, foi o primeiro a receber, ainda em 2021, um total de dez protótipos que ainda estão nas bocas de lobo do local.

Depois houve a instalação nos parques Cascavel, no Jardim Atlântico, e das Flores, no setor de mesmo nome. Somente agora haverá o uso dos ecofiltros em vias distantes dos parques, a começar pela Rua 44, em que três bueiros duplos receberam seis equipamentos. De acordo com o superintendente de Gestão Ambiental e Licenciamento da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Ormando Pires, a instalação do protótipo no Parque Areião mostrou eficácia considerada grande pela quantidade de resíduos que eram retirados após as chuvas.

No caso dos parques, como possuem equipes próprias de manutenção de servidores vinculados à Amma, a limpeza dos ecofiltros é realizada por elas, especialmente após as chuvas mais intensas. Para a Rua 44, a limpeza ficará sob a responsabilidade da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que já realiza o trabalho na varrição das vias. A previsão é que, devido a quantidade de pessoas que transitam no local, a retirada do material dos ecofiltros deverá ser diária. Pires conta que ainda estão sendo estudados bueiros na Avenida Contorno, também na região da 44, para receber os equipamentos.

O superintendente da Amma relata que há o interesse da Prefeitura em ampliar ainda mais o uso dos ecofiltros nas bocas de lobo da cidade, mas que em relação às vias longe dos parques isso deve ocorrer a partir do interesse da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra). "Podemos passar para eles. Nesse caso da 44, ocorreu um pedido do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) porque é uma região que está recebendo modificações", diz Pires. Com relação específica à Amma, o interesse é que os equipamentos sejam instalados em todas as vias que circundam os parques municipais. Ressalta ainda que os materiais retirados dos ecofiltros, como garrafas pets e sacolas plásticas, são destinados às cooperativas de reciclagem.

Ele explica que isso é positivo para o meio ambiente da cidade, já que as unidades de conservação da Prefeitura estão localizadas em cursos d'água e até mesmo nascentes, para onde vão as galerias pluviais. "Queremos colocar em todos os parques em razão dos mananciais, pois evitam em muito que eles sejam contaminados, mas entendemos que se possa colocar nas ruas também, no futuro", afirma o superintendente. Pires completa que, no entanto, ainda é preciso fazer um estudo mais específico para calcular o quanto de materiais foram impedidos de chegar aos córregos e rios da capital pelo uso dos ecofiltros.

Eficácia

Por outro lado, os técnicos da Amma já identificaram a eficácia das estruturas quanto a capacidade de impedir os alagamentos na região, pois uma estrutura equivocada poderia gerar um acúmulo de materiais de tal forma que nem mesmo a água conseguiria chegar à galeria pluvial e, então, alagar a via pública. Segundo Pires, em nenhum dos pontos em que os ecofiltros foram instalados houve a ocorrência de alagamentos, mesmo durante chuvas mais fortes. "Teria que ser uma chuva de dois ou três dias seguidos, o que não acontece normalmente. E conseguimos mostrar que o volume de resíduos retirado foi grande", confirma.

A expansão dos equipamentos, porém, tem sido impedida pela falta dos materiais utilizados. A Amma tem aproveitado as estruturas metálicas de brinquedos públicos instalados em praças e parques que foram estragados e estão inservíveis e os próprios trabalhadores estão fazendo os ecofiltros. Pires reforça que há um pedido de compra de materiais para a confecção das estruturas para o próximo ano, mas que ainda necessita da confirmação se a aquisição será efetuada e qual será a capacidade de produção dos ecofiltros para a instalação nas vias de parques da cidade.

Resíduos

Nesta sexta-feira, a Prefeitura de Goiânia também vai inaugurar o seu quinto Ecoponto na cidade, localizado na Rua Elo 43, Setor Eldorado Oeste. A construção, que durou cerca de quatro meses, possui 1.486 metros quadrados (m²) e custou cerca de R$ 268 mil, em recursos do Tesouro Municipal. Os Ecopontos são espaços em que a população pode descartar resíduos de maior volume, como entulhos, galhos de árvores, pneus e até mesmo óleo de cozinha e materiais recicláveis.

A Amma informa ainda que "a estrutura conta com escritório e duas baias cobertas, para descarte de pneus e recicláveis, além de outras três descobertas". Os outros ecopontos existentes são o Guanabara, na Rua GB-5 com Rua GB-6, Jardim Guanabara II; Faiçalville, na Avenida Nadra Bufaiçal com Avenida Madri APM, Setor Faiçalville; o São José, na Rua Frei Nazareno Confaloni com Rua Irmã Maria Bernarda, Jardim São José; e o Campos Dourados, na Rua São João Del Rei APM 07, Residencial Campos Dourados. Ormando Pires afirma que novas áreas estão em estudo para receber novos ecopontos na cidade, a partir do ano que vem.

Geral

Funcionária é morta pelo ex dentro de supermercado de Goiânia, diz PM

Delegado relatou que vítima estava separada do homem há quatro meses. Eles morreram no local

Modificado em 24/04/2025, 16:26

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Um homem de 62 anos matou a ex-mulher, de 60, a tiros e se matou em seguida dentro de um hipermercado, por volta das 9h desta quinta-feira (24), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A vítima, identificada como Sílvia Barros, era funcionária do estabelecimento.

O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, disse em entrevista a TV Anhanguera que a vítima estava recém-separada do ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira. Segundo ele, a suspeita é de um feminicídio.

O que nós apuramos através das diligências de investigações iniciais é que eles foram casados durante 36 anos e haviam se separado há quatro meses. Ela saiu de casa em dezembro do ano passado, mas ele não aceitou o término e tentou reatar o casamento algumas vezes", disse o delegado.

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No entanto, Alfama pontua que não há relatos na polícia sobre ameaças do homem à vítima. "Não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela, que estiveram aqui no local, relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência", completou.

O supermercado Atacadão disse que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, "e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso".

O delegado relatou que o homem chegou, sabia que ela estava no hipermercado, a procurou e quando encontrou a mulher efetuou ao menos dois disparos. A polícia relatou que a vítima morreu no local.

Alfama antecipou que a arma de fogo usada no crime pertence a um terceiro, que será investigado. Ele disse não saber ainda como o atirador teve acesso a essa arma.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, mas que a vítima e o autor dos disparos já estavam mortos no local.

Nota da PM na íntegra:

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, na Avenida Perimetral, em Goiânia. Informamos também que a ocorrência está em andamento e que os demais órgãos responsáveis pela investigação do caso já foram acionados.

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

IcMagazine

Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".