Geral

Campanha de vacinação contra a gripe é antecipada para o dia 23 de março

Modificado em 24/09/2024, 01:22

O objetivo da vacinação é reduzir as complicações, internações e óbitos provocados por infecções da gripe.

O objetivo da vacinação é reduzir as complicações, internações e óbitos provocados por infecções da gripe. (Diomício Gomes)

O governo federal decidiu começar pelos idosos e trabalhadores da área da saúde a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, que será antecipada para o dia 23 de março. De acordo com o Ministério da Saúde, a ação será realizada em todas as regiões do País ao mesmo tempo.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, a segunda etapa da campanha de vacinação, prevista para ocorrer a partir de 16 de abril, contemplará professores e profissionais das forças de segurança e salvamento.
Na terceira fase, a partir de 9 de maio, entrarão os demais (crianças de seis meses a menores de seis anos, doentes crônicos, pessoas com mais de 55 anos, grávidas, mães no pós-parto, população indígena e portadores de condições especiais).
A mobilização nacional para o "Dia D" da vacinação contra a Influenza está marcada para o dia 9 de maio.
Coronavírus
Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que o número de casos confirmados do novo coronavírus no País permaneceu em 25 de ontem para hoje. O dado foi fechado ao meio dia de hoje. A expectativa é que o número cresça no balanço que será feito amanhã.
Enquanto isso, o número de casos suspeitos aumentou de 663 para 930 entre domingo e segunda. Outros 53 casos foram descartados, totalizando 685 pessoas que foram testadas, mas não apresentaram resultado positivo para o Covid-19 no Brasil.
Até o momento, há 101 países no mundo com registros do novo coronavírus. São cerca de 100 mil casos no total, dos quais 80,8 mil estão na China. A letalidade total é de 3,4%.
Desses países, o Brasil monitora toda a América do Norte, Europa e Ásia. O País acompanha com mais atenção a situação da Argélia, Austrália e Equador.

Geral

Maio vermelho alerta sobre formas de prevenção ao câncer de boca

Durante a campanha, especialistas compartilham principais meios para se prevenir e se diagnosticar precocemente contra o câncer bucal

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Maio vermelho alerta sobre formas de prevenção ao câncer de boca

(Freepik)

Um dos tumores mais comuns entre os brasileiros, com estimativa de 15 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de boca e orofaringe teve ligeiro crescimento em sua incidência nos últimos anos. Em todo o mundo, o Brasil é o terceiro País com o maior número de casos da doença, por isso a campanha Maio Vermelho, alusiva ao dia 31 de maio, data o Dia de Luta Contra o Câncer Bucal.

O câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, pode afetar lábios, gengivas, bochechas, céu da boca, língua (nas bordas, principalmente), amígdalas e a região embaixo da língua. Segundo a cirurgiã dentista Angélica Siqueira, apesar de poder apresentar diferentes tipos de manifestação, os principais sinais são nódulos, caroços ou ínguas no pescoço, alteração na voz, manchas brancas ou vermelhas na boca, feridas ou aftas que não cicatrizam há mais de 15 dias e dores na boca e na face ao engolir.

A maior taxa de incidência da doença está entre homens acima dos 40 anos. Entre as principais causas do tumor está o tabagismo, tanto com o cigarro convencional quanto com o eletrônico, que vem se mostrando cada vez mais nocivo à saúde. Além disso, conforme explica Angélica Siqueira, o consumo de álcool em excesso, a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e, em alguns casos, o histórico da doença na família também são fatores de risco.

Tratamento e prevenção
A higiene bucal, o autoexame e a vacina contra o HPV são as principais formas de prevenção, aliadas a visitas regulares ao cirurgião dentista ou médico, estando sempre atento para os possíveis sinais da doença. "Quando falamos de autoexame, é sobre procurar e identificar tudo o que é incomum na boca para buscar o tratamento precocemente. Consultar o dentista regularmente também é uma forma de diagnosticar o câncer de boca nos estágios iniciais da doença, o que aumenta as chances de cura", informa Angélica Siqueira.

A escolha do melhor tratamento para o câncer de boca é feita após o diagnóstico da doença, que ocorre por meio de exame clínico (visual), com confirmação da biópsia. "Após esse processo, o cirurgião especializado irá avaliar o estágio da doença associado a exames complementares, que determinarão o tratamento mais indicado", explica o médico oncologista clínico do Centro de Oncologia IHG, Augusto Rodrigues Araújo Neto.

De acordo com o médico, a cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. "Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. No entanto, quando o quadro do paciente é mais complexo, a radioterapia e a quimioterapia são indicadas, pois a cirurgia não é possível ou pode trazer sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação e a qualidade de vida do paciente", esclarece Augusto Rodrigues.

Para evitar o desenvolvimento e os estágios mais avançados do tumor, a prevenção é de extrema importância. O oncologista destaca que além de evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso corporal dentro dos limites da normalidade, com uma alimentação mais natural; garantir a boa higiene bucal e usar preservativo na prática do sexo oral, para evitar a infecção por HPV, também são recomendações médicas para prevenção ao câncer de boca.

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Faculdade promove feira com serviços gratuitos para comunidade

Evento promovido pelo Centro Universitário Estácio Goiás oferece atividades como consultas profissionais em contabilidade, orientação financeira e outros para o público de Goiânia

Modificado em 17/09/2024, 16:02

Faculdade promove feira com serviços gratuitos para comunidade

(Divulgação)

Neste sábado (20), acontece a "IV Feira Estácio Goiás + Sociedade", promovida pelo Centro Universitário Estácio Goiás. O evento será das 8 às 12 horas, na Escola Municipal Professora Marilia Carneiro Azevedo Dias, no Setor Guanabara III e promove atendimento gratuito ao público.

A ação conta com uma gama de serviços, entre eles consultas profissionais em contabilidade, orientação financeira e insights sobre questões fiscais. Os participantes também poderão se beneficiar de dicas sobre como se tornar um Microempreendedor Individual (MEI) e receber orientações sobre como se destacar em entrevistas de emprego.

No local, especialistas estarão disponíveis para fornecer informações cruciais sobre segurança online, proteção contra fraudes na Internet e oferecer aconselhamento jurídico através de um posto dedicado de Assistência Jurídica. Terá também fotografia e orientações sobre posicionamento de imagem.

Além disso, a feira contará com o cadastramento de famílias de baixa-renda para assistência técnica gratuita de projetos e pequenas reformas - habitação e comercial. Será possível também fazer um mapeamento participativo, identificando com a comunidade local as demandas da região que podem se transformar em ações e projetos de arquitetura e urbanismo.

Na área de saúde, o evento contará com campanha de vacinação da população local, avaliação de pressão arterial e orientação nutricional sobre o impacto do açúcar, do sal e do óleo dos alimentos na saúde humana. A Feira de Chá Medicinal proporcionará uma oportunidade para os participantes explorarem remédios naturais, e os workshops abordarão o armazenamento e descarte adequados de medicamentos, juntamente com aconselhamento farmacêutico.

Haverá também testes de glicose para prevenção e monitoramento do diabetes. Serão oferecidas informações sobre a conscientização da dengue, bem como testagens de pacientes sintomáticos para doença e para Covid-19. A ação contará com uma oficina de primeiros socorros para funcionários da escola e um minicurso de ginástica para todos.

SERVIÇO

IV Feira Estácio Goiás + Sociedade

Quando: Sábado (20)

Horário: das 08h às 12h

Onde: Escola Municipal Professora Marilia Carneiro Azevedo Dias, no Setor Guanabara III.

Entrada Gratuita

(Divulgação)

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Exames de prevenção continuam sendo a melhor forma de evitar o câncer de colo uterino

99% dos casos de câncer de colo do útero são ocasionados pela presença do Papilomavírus Humano, o HPV

Modificado em 17/09/2024, 16:08

Exames de prevenção continuam sendo a melhor forma de evitar o câncer de colo uterino

(Freepik)

O câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente entre as mulheres. No Brasil, estima-se que sejam registrados mais de 17 mil novos casos da doença por ano até 2025, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença pode ser diagnosticada a partir de exames de rotina, como o Papanicolau, e tem altas chances de recuperação. Por isso, a prioridade é que o diagnóstico seja dado o mais cedo possível.

A médica ginecologista oncológica e mastologista, Larissa Cunha Morais, do Centro de Oncologia IHG, destaca que certos indícios devem trazer um estado de alerta e podem ser sinais da doença. Entre eles estão sangramento vaginal irregular, especialmente após as relações sexuais; corrimento persistente; dor abdominal constante; dor contínua nas pernas, quadris ou costas; rápida perda de peso; cansaço excessivo e inchaço nas pernas. Ao perceber os sinais, recomenda-se que a paciente procure assistência médica.

De acordo com estudos, 99% dos casos de câncer de colo do útero são ocasionados pela presença do Papilomavírus Humano, o HPV. Chamam atenção os resultados obtidos pelo Ministério da Saúde (MS), que apontam que mais de 75% das mulheres sexualmente ativas entrarão em contato com o vírus ao longo da vida; dessas, 5% irão desenvolver o tumor maligno em um prazo de dois a dez anos.

"Por ser considerado um tumor silencioso, muitas vezes os sinais e sintomas só surgem em cenário de doença avançada, além de não existirem sintomas precisos em relação à doença, já que alguns sinais também estão relacionados a outras doenças ginecológicas", afirma Larissa Cunha. Embora essa estatística seja assustadora, esse é um tipo de câncer que pode ser evitado.

A médica ressalta que é necessário o uso de preservativos nas relações sexuais, vacinação e consultas periódicas. "Os cuidados devem ser seguidos durante o decorrer do ano inteiro", assegura a ginecologista, apontando que é importante realizar o exame de Papanicolau, já que nele é possível descobrir lesões que podem levar ao desenvolvimento da doença.

"Apesar da campanha Março Lilás, em que se promove a importância da prevenção do câncer de colo de útero, os cuidados devem ser seguidos durante o decorrer do ano inteiro", acrescenta Larissa Cunha, apontando que é importante realizar o exame de Papanicolau periodicamente. "O exame deve ser realizado em mulheres na idade de 25 a 64 anos que já tiveram relações sexuais", orienta.

Vacinação
As vacinas também são um método efetivo na prevenção da doença, observa o médico oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago, do Centro de Oncologia IHG: "Hoje é possível se imunizar contra o HPV. A vacina deve ser realizada em meninas de 9 a 14 anos no SUS e pacientes de 9 a 45 anos no serviço particular. Se aderida corretamente, a vacina é capaz de prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais. No entanto, a imunização não tem eficácia para quem já desenvolveu a doença", alerta.

Ainda de acordo com o MS, em 2022, entre as meninas, a cobertura vacinal contra o HPV alcançou 77,37% na primeira dose. Em 2023, a cobertura aumentou em 30% em todo o território nacional.

Os médicos reforçam que a prevenção é a melhor forma de evitar o câncer de colo de útero. No entanto, existem meios para tratar pacientes que já apresentam a doença, como quimioterapia, radioterapia e procedimento cirúrgico. "Os tratamentos medicamentosos, como a imunoterapia, são alternativas inovadoras que auxiliam no combate ao câncer. O desafio está em reduzir a mortalidade e promover qualidade de vida para as pacientes", ressalta Gabriel Santiago.

Segundo ele, nos últimos anos, houve progressos importantes em cirurgia, com um número crescente de mulheres, mesmo com tumores mais avançados, que podem ser operadas com chance de cura, evolução em cirurgias minimamente invasivas, melhor classificação de cada subtipo da doença, descoberta de marcadores que predizem resultado ao tratamento e outros avanços que propiciam a medicina de precisão e melhor qualidade de vida da mulher em tratamento, como, por exemplo, técnicas de preservação de fertilidade.

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Reflexo da pandemia aparece em casos de câncer de próstata

Consultórios têm recebido pacientes com quadros mais avançados que demandam tratamentos mais complexos. Médicos orientam procura por prevenção. Só em 2021 foram 915 casos e 516 mortes

Modificado em 19/09/2024, 01:22

Diagnóstico tardio: Randolfo Moreira trata um câncer de próstata

Diagnóstico tardio: Randolfo Moreira trata um câncer de próstata
 (Fábio Lima)

As previsões negativas feitas durante os anos de pandemia estão se concretizando em relação aos casos de câncer de próstata. Médicos têm encontrado pacientes com casos mais avançados, reflexo das medidas necessárias de distanciamento social tomadas à época.

O vácuo nos diagnósticos é evidente nos dados do Ministério da Saúde (MS). Estes registros somaram 1.052 em Goiás em 2019, mas reduziram para 747 em 2020. Somente no ano passado o indicador superou o ano pré-pandêmico. Foram 1.104 em 2022.

A informação precisa ser olhada com atenção, sobretudo neste mês, no qual é celebrado o Novembro Azul, campanha visa a chamar a atenção de homens para realizar acompanhamento médico. O câncer de próstata é o mais prevalente nesta parcela da população.

"O que nós temos vivenciado hoje é exatamente o reflexo da pandemia. Um grande número de homens deixou de ir ao médico. Estamos diagnosticando um número muito maior de casos avançados e vamos ver aumento da mortalidade", explica o chefe do Setor de Urologia do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), Adriano Augusto Peclat.

O médico acrescenta que ainda vai levar tempo para uma situação de normalidade. "O impacto na mortalidade não vai ser visto de imediato. Possivelmente vamos ver dentro de três ou quatro anos. É o que esperemos de acordo com a história natural da doença, que conhecemos."

O médico urologista Rodrigo Rosa de Lima tem a mesma percepção de Peclat. "2022/2023 passaram sem rastreamento, aquele caso que pode ter surgido em fase inicial agora é visto em estágio mais avançado. Isto vai ter impacto, na verdade já temos visto isto."

Os médicos afirmam que além de os pacientes terem mais chances de cura quando o câncer é identificado em estágio inicial, o tratamento é mais simples e o paciente passa por menos transtornos.

"Quando temos o caso de um câncer metastásico ou avançado, ele precisa de um tratamento sistêmico, um bloqueio de hormônios e muitas vezes associado à quimioterapia. É um tratamento mais sofrido, mais penoso e as chances de cura são muito menores", explica Peclat.

Tratamentos mais complexos e, eventualmente, mais invasivos podem contribuir para aumentar a conta dos gastos públicos e privados com saúde.

Se os casos deixaram de ser registrados, as mortes não. De 2018 a 2021 elas continuaram crescendo e chegaram a 516 em 2021 (veja quadro).

A orientação, conforme os especialistas, é para que se o homem for negro ou tiver pelo menos um familiar em primeiro grau (pai ou irmão) que tenha sido acometido pelo câncer de próstata, a visita ao urologista deve ser feita aos 40 anos. Nos demais casos, esta deve se concretizar aos 45 anos.

O organizador Randolfo Moreira Trindade, de 67 anos, não seguiu a recomendação. Atualmente ele faz tratamento no Araújo Jorge contra um câncer de próstata. O diagnóstico veio em 2022. "Eu não estava fazendo xixi. Me preocupei, sentia muita dor ao tentar urinar. Fiz os exames e o médico constatou a doença", relata.

Randolfo conta que fez 39 sessões de radioterapia e agora recebe, a cada 30 dias, uma injeção com hormônios, o que deve acontecer até 2025. "Eu me sinto curado. Estou 100%."

O desleixo masculino com a saúde é cultural, mas os médicos defendem que é preciso mudar. "Costumo receber homens que vêm pela primeira vez aos 40/45 anos e a última vez que teve uma consulta médica foi com o pediatra", relata Lima.

O diagnóstico precoce proporciona chances de cura que chegam a até 95%. Um dos motivos que levam à procura tardia por um rastreamento é o preconceito contra o exame de toque. Embora o exame de sangue (PSA) tenha importância na leitura do quadro, assim como a avaliação clínica, não é possível desperdiçar chances de identificar um câncer.

"Tem uma frase que a gente usa muito é que 'homem forte é homem que se cuida'. Nossa sociedade não aceita mais esses preconceitos em relação ao diagnóstico. O exame do toque é importante, entre 10% e 15% dos casos o tumor não vai afetar o exame de sangue", explica Lima.

Para 2024, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que os diagnósticos possam ultrapassar a marca dos 60 mil em todo o País. Para este ano o número é um pouco menor.

Prevenção

Lima afirma que há estudos clínicos que mostram que maus hábitos de vida contribuem para favorecer a ocorrência de câncer. "Entre os fatores de risco há a obesidade, inclusive para casos mais agressivos. É importante uma alimentação pobre em gordura e açúcar. Tudo que faz bem para o coração, como atividade física e dormir bem, também protege a próstata."

Embora o estresse seja considerado a "doença do século 21", não há estudos que conectem o problema às substâncias inflamatórias, que influenciam na ocorrência de câncer.