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Cirurgia de siamesas é finalizada com sucesso depois de duas horas e meia

Elas estão em observação na Unidade de Terapia Intensiva do Hecad. Médico Zacharias Calil, o procedimento foi um sucesso. Elas devem passar por nova cirurgia até o final do ano

Modificado em 20/09/2024, 00:53

As meninas são unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, intestinos delgado e grosso e genitálias

As meninas são unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, intestinos delgado e grosso e genitálias (Reprodução/Instagram/@agirsaude)

A cirurgia de expansão de pele das irmãs siamesas Valentina e Heloá terminou com sucesso depois de duas horas e meia. O procedimento foi comandado pelo médico Zacharias Calil e parte de sua equipe e ele declarou ao final do procedimento que ocorreu como planejado. Elas seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia.

As crianças são naturais de Guararema, São Paulo, mas devido ao tratamento a família se mudou para Morrinhos, no Sul de Goiás. O expansor de 700 ml foi colocado nas gêmeas siamesas, sendo o quarto procedimento de preparação para a cirurgia de separação das irmãs. Isso porque a cirurgia completa só deve ocorrer no final do segundo semestre de 2022.

Valentina e Heloá nasceram unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, intestinos delgado e grosso e genitálias. Os pais das meninas, segundo a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), OS que faz a gestão da unidade, se demonstraram esperançosos com o novo procedimento, que é fundamental para o ganho de pele das crianças e para a preparação para a cirurgia de separação.

Nesta cirurgia, de acordo com a OS, foi realizada com uma técnica inovadora de aromaterapia, que utiliza os aromas preferidos de cada paciente no momento da anestesia. A gerente de enfermagem do Hecad, Murichaine Marques, explica que a aromaterapia ajuda a tornar o momento da anestesia mais confortável e acolhedor para as crianças.

Valentina e Heloá permanecerão internadas no Hecad e serão acompanhadas pelas equipes médica e assistencial, visando a completa recuperação das crianças após a cirurgia.

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Famosos

Preta Gil reaparece nas redes sociais e diz que colocou a bolsa de colostomia de forma definitiva

Cantora explicou que ficou afastada da internet para focar na reabilitação da cirurgia de retirada de tumores

Modificado em 27/01/2025, 10:09

Momento em que Preta Gil falou sobre seu tratamento em um vídeo nas redes sociais.

Momento em que Preta Gil falou sobre seu tratamento em um vídeo nas redes sociais. (Reprodução/Redes Sociais Preta Gil)

Preta Gil, 50, usou as redes sociais neste domingo (26) para atualizar os seguidores sobre seu estado de saúde, após mais de 15 dias sem dar notícias. A cantora explicou que esteve afastada para focar na reabilitação da cirurgia de retirada de tumores, que teve duração de 21 horas, e ainda contou que irá utilizar, de forma definitiva, uma bolsa de colostomia - dispositivo que coleta fezes e gases quando o intestino não funciona adequadamente.

A cantora iniciou o vídeo relatando que não imaginava o quão desafiadora seria a cirurgia. 'Os médicos avisaram, mas a gente nunca acredita, né?', disse. Ela também comentou que o pós-operatório tem sido ainda mais difícil. 'É um desafio diário. Estou no hospital, no Sírio-Libanês, me reabilitando. Estou me alimentando bem, andando, me exercitando e melhorando a cada dia mais'."

A filha de Gilberto Gil não escondeu seu otimismo em relação aos resultados dos exames. "Tudo só melhora, mas é difícil. É um reaprender a fazer muitas coisas. Estou me acostumando com a minha bolsinha de colostomia. Sim, eu precisei colocar uma bolsa de colostomia novamente. Desta vez, definitiva, e não provisória como foi a do ano passado", contou a cantora." Agora vou ficar para sempre com essa bolsinha, e sou muito grata a ela por isso. Estou me adaptando"', avisou.

Por fim, Preta agradeceu aos profissionais do hospital e aos fãs. "O amor de vocês faz toda a diferença. Sei que vocês estavam preocupados, porque estou sumida há algum tempo, e eu não gosto de deixar vocês aflitos. Por isso, quis vir aqui falar com vocês pessoalmente. Estou me cuidando", concluiu

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Famosos

Preta Gil se emociona ao ser presenteada por Angélica antes de cirurgia

Cantora, que está em tratamento contra câncer no intestino, vai precisar passar por novo procedimento cirúrgico nesta quinta-feira (19)

Modificado em 19/12/2024, 09:01

Preta Gil se emociona ao ser presenteada por Angélica antes de cirurgia

Preta Gil, 50, se emocionou ao ser homenageada por Angélica, 51, antes de ser submetida a uma nova cirurgia.

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Preta foi presenteada com uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, santa por quem a cantora tem devoção. "Presente mais lindo que eu ganhei [da Angélica]. Nossa Senhora de Fátima. Se vocês vissem os detalhes dela, coisa mais linda! Minha amiga Angélica que me deu. Eu era devota e vou levar para o hospital para ficar comigo lá", declarou ao mostrar o presente nos stories de seu perfil no Instagram.

Cantora, que está em tratamento contra câncer no intestino, vai precisar passar por novo procedimento cirúrgico nesta quinta-feira (19). Recentemente, ela precisou remover um tumor na parte final do intestino e teve teve que amputar o reto.

Ela chegou a viajar para Nova York, nos Estados Unidos, a pedidos médicos. A artista compartilhou com os fãs que foi para o país norte-americano para se consultar com uma médica oncologista especialista no tipo de tumor que ela tem.

Preta afirmou que buscou alternativas no exterior após não responder tão bem ao tratamento que fez no Brasil. "A gente sabe que existe a possibilidade real de que eu faça a quimioterapia depois [da cirurgia] aqui e a terapia que eu fiz aqui lá no Brasil não foi tão eficaz como os médicos esperavam".

A gente tem que buscar alternativas em países diferentes, com tipos de estudos diferentes, ensaios diferentes ainda não publicados - ou publicados -, drogas que ainda não chegaram ao Brasil", disse Preta Gil.

Geral

Siamesas Lara e Larissa, que nasceram unidas pelo tórax, abdome e bacia deixam hospital pela 1ª vez

A cirurgia de separação continua sem previsão, devido à necessidade das gêmeas siamesas ganharem peso

Modificado em 17/09/2024, 17:24

Kátia segurando suas filhas Lara e Larissa, que são gêmeas siamesas

Kátia segurando suas filhas Lara e Larissa, que são gêmeas siamesas (Reprodução/TV Anhanguera)

Após nove meses de internação, as gêmeas siamesas Lara e Larissa vão para casa nesta quarta-feira (7), em Aparecida de Goiânia. O caso é considerado o mais complexo já realizado em Goiás pelo fato das irmãs estarem unidas pelo tórax, abdômen e bacia, além de ter malformação no sistema urinário, segundo médico Zacharias Calil. Apesar disso, o retorno para o lar foi comemorado pela mãe.

"Agora elas irem para casa é a vitória maior, né?", Segundo a mãe, Kátia Cardoso.

A família veio de Parauapebas, no Pará para Goiânia para acompanhar o tratamento das irmãs no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Desde que nasceram, essa é a primeira vez que as irmãs poderão desfrutar do conforto do lar, mas com todos os cuidados necessários.

A mãe já se considera treinada para o novo estilo de vida para cuidar das filhas em casa. "Preocupações a gente tem, mas eu fui ensinada pela equipe da Unidade de terapia Intensiva (UTI), da enfermaria, todos me ajudaram já me treinando a ir fazendo. Agora sou eu sozinha em casa", afirmou.

As gêmeas estão retornando com 3,900 kg cada uma. Mesmo com os quilinhos a mais, a tão aguardada cirurgia de separação ainda não tem previsão, porque as siamesas necessitam ganhar mais peso.

"Foi feito um fechamento de um canal que ela apresentava que misturava o sangue no coração", informou o cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Após o nascimento, foi uma longa e desafiadora jornada. Uma das gêmeas, a Larissa, precisou fazer uma cirurgia no coração.

O caso da Lara e da Larissa é o mais complexo, porque elas têm várias outras más formações associadas, principalmente na parte do sistema urinário. Mas hoje nós temos uma tecnologia mais avançada, nós temos um hospital que tem todo o recurso necessário", ressaltou o o médico-cirurgião.

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Saiba os perigos do uso do PMMA para fins estéticos

Veja por que entidades médicas não recomendam o uso do produto em casos como da influencer Aline Ferreira

Modificado em 17/09/2024, 16:35

Morte da modelo e influenciadora digital Aline Ferreira reacende o alerta para os perigos do uso do PMMA para fins estéticos.

Morte da modelo e influenciadora digital Aline Ferreira reacende o alerta para os perigos do uso do PMMA para fins estéticos. (Reprodução/Redes sociais)

O caso da morte da modelo e influenciadora digital Aline Ferreira, de 33 anos, reavivou o alerta para os perigos do uso do PMMA para fins estéticos. O polimetilmetacrilato foi injetado nos glúteos de Aline em uma clínica estética de Goiânia por Grazielly da Silva Barbosa, que não possui formação acadêmica e se autointitulava biomédica para realizar os atendimentos. A substância, no entanto, é contraindicada em procedimentos estéticos pelas entidades médicas pelos riscos à saúde, principalmente pelo fato de ser um preenchedor definitivo (que não é absorvido pelo corpo). O risco é ainda maior quando o produto é administrado por pessoas sem preparo.

A advogada Katia Diniz, de 60 anos, procurou um médico em 2019 para realizar um procedimento em seu rosto para amenizar rugas e linhas de expressão na região conhecida como 'bigode chinês', próxima à boca e nariz. "Tive informação que foi usado um tipo de colágeno no meu rosto", conta. Ela foi enganada. Após apresentar as primeiras complicações, cerca de um ano depois, exames de imagem revelaram que a substância usada em Katia era, na realidade, o PMMA.

Dores, inchaço e edemas no rosto levaram a advogada a procurar os médicos para entender o que estava acontecendo. Na maioria dos casos, é preciso um procedimento cirúrgico para fazer a retirada do produto. O quadro de Katia pôde ser revertido com o uso de um medicamento chamado tofacitinibe, em um tratamento experimental.

O polimetilmetacrilato (PMMA) é um componente plástico com diversas utilizações na área de saúde e em outros setores, com uso em lentes de contato, implantes de esôfago, cimento ortopédico, entre outros. Uma das aplicações desse tipo de produto é para o preenchimento cutâneo, com uso específico por profissionais habilitados. A Anvisa esclarece que o produto não é contraindicado para aplicação nos glúteos para fins corretivos, porém, não há indicação para aumento de volume, seja corporal ou facial. Cabe, portanto, ao profissional médico responsável avaliar a aplicação de acordo com a correção a ser realizada e as orientações técnicas de uso do produto.

O cirurgião plástico Marcelo Soares, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), destaca que "novas formas de PMMA", que surgem vez ou outra, seguem não sendo seguras para fins estéticos. "O PMMA tem ciclos. Depois de repercussões dos problemas causados pela substância, esquecem de tudo, ele ressurge como se tivesse uma nova roupagem, mas segue sendo o polimetilmetacrilato, não é um PMMA diferente", diz. Ele lembra também do caso de recente de Wesley Murakami, médico que foi denunciado por 14 pacientes por complicações após o uso do PMMA.

Complicações

O PMMA pode causar complicações semelhantes às de outros preenchedores, esclarece a médica dermatologista e professora da UFG Mayra Ianhez. No entanto, pelo fato de ser um preenchedor definitivo, as complicações são permanentes. "A mais grave delas é a embolia pulmonar, que pode ocorrer quando se injeta grandes quantidades para volumização", diz. Ela lembra do caso do 'Doutor Bumbum', que escandalizou o País há três anos. O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido por Doutor Bumbum, realizava os procedimentos na sala de um apartamento e foi responsável pela morte de uma mulher após a aplicação de PMMA, que teria ocasionado uma embolia pulmonar.

"Só que no caso de outros preenchedores, como o ácido hialurônico, é possível dissolver a substância com um antídoto, no caso a hialuronidase", explica. As complicações pelo PMMA são permanentes, não possuem um "antídoto" e nem um método eficaz para a retirada do produto, pois a cirurgia consegue remover apenas parcialmente.

Aplicado na face, o produto pode provocar necrose de nariz, lábios e até a cegueira também é uma reação temida. Novamente: tal complicação pode ocorrer com qualquer tipo de preenchedor, mas no caso do PMMA não há tratamento que seja eficaz para impedir o dano ao tecido isquêmico. O caso de Mariana Michelini, de 35 anos, que perdeu o lábio superior após preenchimento com PMMA, também teve grande repercussão recente.

Reações tardias também podem ser ocasionadas pelo uso do PMMA, como os nódulos inflamatórios, não inflamatórios e migração do produto, que podem acontecer de meses até anos depois da injeção do produto. "Já acompanhamos pacientes internados com infecções repetidas, que usam corticoides a vida inteira para controlar as inflamações e acabam desenvolvendo outros problemas, como diabetes, osteoporose e glaucoma por conta da medicação", diz.

Mayra lida com complicações relacionadas a preenchedores há muitos anos, mas somente há dois anos tomou conhecimento de uma outra complicação pelo uso de PMMA: insuficiência renal. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) está realizando um estudo sobre alterações renais ligadas à substância, que podem acontecer de meses a anos após a injeção do produto. "No momento, estou tratando quatro pacientes em consultório com o problema."

Casos como o da influencer não são uma novidade em Goiânia. Em outubro de 2014 houve uma grande repercussão devido à morte de Maria José Medrado de Souza Brandão, 39, após uma aplicação de hidrogel para aumentar o bumbum em uma clínica estética capital. Na época, a família informou que o procedimento havia sido realizado por uma mulher que se apresentou como biomédica. Durante a investigação, a polícia constatou que a mulher não era biomédica, e simplesmente havia feito um curso de bioplastia estética com duração de 15 dias. Mais de 15 pacientes prestaram depoimento relatando complicações.

Apesar dos alertas desde então, os problemas continuam recorrentes no noticiário. No mês passado, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra uma enfermeira em Goiânia, suspeita de causar lesões e infecções em pacientes ao fazer uso de PMMA em procedimentos estéticos em diversas regiões do corpo das vítimas, como glúteos, coxas, peitos e partes íntimas.

Em dezembro de 2022, o cantor Naldo Benny dividiu em suas redes sociais uma complicação após uma bioplastia no nariz, também chamada de rinomodelação. A intervenção causou um princípio de necrose do nariz e foi feita com aplicação de ácido hialurônico de alta densidade. O procedimento também é frequentemente feito com PMMA, algo denunciado pelo perfil Vítimas da Bioplastia no Instagram (@vitimasdabioplastia). Na bio da página há um formulário para que pacientes com complicações pelo uso de PMMA contribuam para um estudo sobre reações adversas e riscos à saúde.

Cuidado

A Anvisa orienta que o produto só pode ser administrado por profissionais treinados e, para cada paciente, o médico deve determinar as doses e o número de injeções necessárias, dependendo das características de cada paciente, das áreas a serem tratadas e do tipo de indicação.

"O carro sempre foi o mesmo, o problema é quem dirige. As complicações de preenchedores estão ligadas principalmente a infecção e técnica inadequada. Vimos recentemente o caso do uso do fenol, que usamos há mais de 50 anos na medicina e agora estamos proibidos de usar por causa da morte pelas mãos de uma pessoa que não é capacitada", diz Mayra.
Registro

Além de não possuir curso superior algum, a dona da clínica Ame-se, em Goiânia, Grazielly da Silva Barbosa, responsável pela morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, afirmava ser biomédica. O Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) de Goiás afirmou que não foi encontrado nenhum registro profissional no nome de Grazielly. O presidente do CRBM, Renato Pedreiro Miguel, esclarece que a atuação dos biomédicos em estética está restrita a procedimentos não invasivos de acordo com a resolução nº 241.
"As pessoas não podem agir de forma leviana. É preciso procurar um profissional devidamente habilitado. Essa pessoa que se intitulou biomédica sequer estudou", comenta. Ele orienta a população que antes de se submeter a procedimentos do tipo e colocar a saúde e a vida em risco, entre no site dos conselhos regionais para consultar o nome e/ou CPF do profissional para conferir se é habilitado ou não.