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Gás já passa de R$ 130 em Goiás após 8ª alta no ano

Aumentos sucessivos do preço do botijão de 13 quilos tornam mais difícil adquirir item básico; famílias recorrem a fogão à lenha

Modificado em 21/09/2024, 00:33

Gás já passa de R$ 130 em Goiás após 8ª alta no ano

Após os sucessivos aumentos nos preços do gás de cozinha, o consumidor tem cada vez mais dificuldade para comprar o produto, que ajuda a pressionar o orçamento. Com o oitavo aumento anunciado pela Petrobras este ano, no último dia 9 de outubro, de 7,2%, a estimativa é que o preço do botijão de 13 quilos passe dos R$ 120 na capital e dos R$ 130 em algumas revendas do interior do Estado. Os proprietários de depósitos de gás falam em quedas de até 50% nas vendas, pois as famílias não conseguem mais manter um botijão de reserva cheio em casa.

Com o botijão custando o equivalente a 11% do salário mínimo de R$ 1.100, o consumidor também tem pesquisado muito mais antes de comprar e as famílias mais carentes imploram por mais descontos nas revendas.

Pequenos fogões à lenha feitos de alguns tijolos também ganham cada vez mais espaço nos quintais dos goianos.

Esta foi a estratégia usada pela diarista Doraci Jesus dos Santos para fazer o botijão de gás durar mais tempo e preparar as refeições para os três filhos. Ela conta que fez um pequeno fogão à lenha com alguns tijolos no quintal de casa para cozinhar feijão e outros alimentos que demandam mais tempo no fogo. Para isso, Doraci e o filho mais velho buscam a lenha usada numa pequena mata do bairro onde moram. "Como a chuva começou, já estou com medo de não conseguir mais lenha seca", teme a diarista, com renda de menos de R$ 1,1 mil mensais.

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a inflação para as famílias com renda de até 40 salários mínimos, o botijão de gás de 13 quilos já acumula um reajuste de 29,78% este ano e de 38,55% nos últimos 12 meses na capital. O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, estima que o preço do botijão vai passar dos R$ 120 na capital e dos R$ 130 no interior após este último aumento anunciado pela Petrobras. O preço no produtor, que era de R$ 35,49 em janeiro, passou dos R$ 50.

"Muitas revendas estão fechando as portas porque não conseguem mais repassar tantos aumentos ao consumidor para repor seus estoques", destaca Zenildo. Segundo ele, as vendas já acumulam uma queda de quase 50% desde o começo do ano. "Eu mesmo vendia cerca de 40 botijões por dia e hoje, vendo entre 15 e 20", informa. O presidente do Sinergás conta que pais chegam com os filhos nos depósitos contando moedas, relatando suas dificuldades e implorando para que elas vendam o produto bem mais barato. "Isso chega a nos emocionar e, algumas vezes, ajudamos", diz.

O empresário Henrique Junqueira, da Circular Gás, lembra que as revendas receberam um grande aumento no mês de setembro, resultado do aumento da pauta do ICMS e do dissídio das distribuidoras. Agora, serão mais R$ 3,50. "Estou pagando mais caro desde sábado e ainda não repassei. Ainda estou avaliando como a concorrência vai se comportar", afirma. Ele garante que foram sucessivos aumentos que já deixou de repassar, o que significa uma margem de lucro cada vez menor.

Segundo Henrique, o repasse fica ainda mais difícil quando o cliente é um restaurante ou uma lanchonete, por exemplo, que precisa comprar mais de um botijão por dia. "Minha margem já caiu 40% desde março do ano passado. Hoje, trabalho com o mesmo lucro de 2015. Se fosse repassar tudo, já estaria cobrando mais de R$ 140", garante. Enquanto isso, ele conta que dobrou seu consumo de combustível, pois mais de 99% das vendas são para entrega hoje. "Antes, a pessoa pedia 2 ou 3 botijões por vez e ficava muito mais tempo sem comprar. Hoje, ela só tem dinheiro para um e, por isso, entregamos mais vezes que antes", explica.

O proprietário do Comercial de Água e Gás Ferreira, Fernando Alves de Freitas, informa que recebeu um reajuste de R$ 4,50 da distribuidora, que ainda não repassou. "Já estou alertando meus clientes sobre a alta para que eles se antecipem e comprem antes", destaca. O empresário também garante que não conseguiu repassar todos os aumentos que recebeu desde o início do ano, pois as vendas já caíram cerca de 50%. "Quando subiu R$ 5, só consegui subir R$ 2 ou R$ 3, por exemplo. Se tivesse feito o repasse correto, já estaria vendendo o botijão por R$ 130. Mas, hoje, todo mundo pede desconto", afirma Fernando.

Botijão vendido por R$ 50 como protesto ao governo

Um movimento realizado na manhã de ontem, em Goiânia, alertou para o aumento abusivo no preço do gás de cozinha e pediu a redução do valor cobrado pelo botijão, principalmente para as famílias mais carentes, que estão tendo mais dificuldade para comprar.

A ação "Tá caro? A culpa é do Bolsonaro" foi direcionada à comunidade do Jardim Curitiba e de uma ocupação no Setor Estrela Dalva, região Noroeste de Goiânia, e distribuiu 230 botijões de gás ao custo de R$ 50 cada, um valor considerado justo e acessível para a população.

Pelo menos mil pessoas carentes foram beneficiadas indiretamente pelo ato, promovido pelo vereador Mauro Rubem (PT), com o apoio da Federação Única dos Petroleiros (FUP), SindSaúde, Sint-ifesgo, Sinergás, Sindiposto, Fecomércio e Adufg. De acordo com o vereador, além do fornecimento do gás a um baixo custo, a ação também informou a população sobre política de preços praticada pelo governo federal.

O vereador lembrou que, entre 2003 e 2016, a Petrobras definia o preço do botijão de gás, gasolina e diesel em real, uma vez que toda a produção é feita no Brasil. Entretanto, atualmente, estes valores são cotados em dólar, o que promove a alta nos preços. Segundo ele, o problema pode ser ainda maior caso a Petrobras venha a ser privatizada. "Bolsonaro já vendeu a BR Distribuidora, antiga proprietária da marca de postos BR, e caminha agora para a venda de oito das 13 refinarias de petróleo que a Petrobrás possui", destaca.

O governo federal tem culpado as alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos atuais valores dos combustíveis e gás. "Entretanto, durante nos últimos cinco anos, apesar das constantes elevações nos preços, não houve aumento do imposto. O presidente deu continuidade ao projeto iniciado por Michel Temer de garantir o lucro para os acionistas internacionais em detrimento do povo brasileiro", destaca.

Ele lembra que, enquanto os acionistas internacionais enriquecem com a venda do petróleo brasileiro, a população do País está cozinhando à lenha ou até com álcool, o que é inaceitável.

A próxima etapa do movimento será feita com a venda de gasolina, visando forçar o governo federal a mudar a política de preços da Petrobras.

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Petrobras reajusta preço do gás de cozinha em quase 9%

Novos valores devem começar a vigorar à 0h desta terça-feira (5)

Modificado em 27/09/2024, 00:33

(EBC/Divulgação )

A Petrobras reajustou em 8,9%, em média, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, engarrafado pelas distribuidoras em botijões de até 13 quilos (kg). O reajuste do gás de cozinha entra em vigor à 0h desta terça-feira (5).

O aumento se deve principalmente à alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanha a alta do Brent, (petróleo cru), que indica a origem do óleo e o mercado onde ele é negociado, segundo a Petrobras.

O percentual anunciado de reajuste leva em contra preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado ao consumidor, a Petrobras estima que o preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg deve subir, em média, 4%, ou cerca de R$ 2,53 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

Em nota, o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirma que o reajuste anunciado pela Petrobras ainda deixa o preço dos botijões de cozinha de 13kg cerca de 1,3% abaixo do preço de paridade internacional.

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Aumento de 4,5% no gás de cozinha passa a valer a partir deste domingo

De acordo com a Petrobras, a causa principal do reajuste é a “alta das cotações do produto nos mercados internacionais, influenciada pela conjuntura externa e pela proximidade do inverno no hemisfério norte”

Modificado em 27/09/2024, 00:45

(EBC/Divulgação )

As refinarias aumentaram a partir da 0h deste domingo (5) os preços do gás de cozinha para uso residencial em botijões de até 13 kg (GLP P-13). O aumento é de 4,5%, em média.

Segundo a Petrobras, que anunciou o aumento na sexta-feira (3), a causa principal do reajuste é a "alta das cotações do produto nos mercados internacionais, influenciada pela conjuntura externa e pela proximidade do inverno no hemisfério norte". Ainda conforme a companhia, a variação do câmbio também contribuiu para a necessidade do aumento.

O valor de elevação anunciado é o aplicado sobre os preços praticados nas refinarias, sem incidência de tributos. Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, o preço para o consumidor dependerá de cada distribuidora e revendedora.

Se o reajuste for repassado integralmente ao consumidor final, o botijão pode chegar a aumentar em média 2%, uma alta de R$ 1,21, segundo os cálculos da companhia -- mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

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Araguaína e União empatam na ida e decisão fica para o 2º jogo da final

Quem vencer o segundo jogo fica com a taça. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis

Modificado em 29/03/2025, 20:50

Araguaína e União empatam no primeiro jogo da final

Araguaína e União empatam no primeiro jogo da final (Vinicius Cantuares /União-TO)

Araguaína e União empataram, por 1 a 1, no primeiro jogo da final do Campeonato Tocantinense, neste sábado (29), no Mirandão, em Araguaína. Douglas Pantera marcou para o União, e Matheus Café garantiu a igualdade para o Araguaína. A partida ficou marcada pelo número expulsos. Após um início de confusão no intervalo, o árbitro Tarcísio Matos expulsou Gustavo Gomes e Negreiros, do União. Pelo lado do Araguaína foram expulsos o goleiro Vagne e o atacante Panambi.

Com a igualdade na ida, a decisão ficou para o segundo jogo. Quem vencer na volta levanta a taça. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis.

O jogo

O primeiro tempo foi de equilíbrio no Mirandão. Aos 6, o União chegou com Wanderson, que acabou isolando a chance criada. O Araguaína respondeu aos 8, com Kevin que finalizou da entrada da área. A bola saiu com desvio. Aos 21, Felipe Afonso finalizou no meio do gol, e obrigou o goleiro Vagne, do Araguaína, defender e mandar em escanteio. Aos 34, Douglas Pantera encheu o pé, de fora da área, e abriu o placar para o União.

Aos 41, Kevin recebeu passe em profundidade, invadiu a área e caiu após dividida com o goleiro Davi Guedes, do União -- o árbitro mandou seguir. Aos 46, Davi Guedes tentou impedir a finalização de Panambi e o derrubou na área. O árbitro Tarcísio Matos deu a penalidade para o Araguaína, mas anulou em seguida após os assistentes apontarem impedimento no lance.

O segundo tempo começou com nove de cada lado -- quatro foram expulsos por um início de confusão no intervalo do jogo. O Araguaína perdeu o goleiro Vagne e o atacante Panambi. Já o União ficou sem o meia Gustavo Gomes e o lateral-esquerdo Negreiros. Em desvantagem no placar, o Araguaína passou a pressionar em busca do gol, e ele veio aos 23 após cobrança de falta direto para a área. A bola ficou viva e Matheus Café completou para o gol.

O União, que só se defendia, passou a sair após o gol, mas não chegou a criar chances claras. O Araguaína, também, tentava a virada, mas sem efetividade no último passe.

Agenda

O segundo jogo da final será no próximo sábado (5), às 18h (de Brasília), no Mirandão, em Araguaína - com mando do União, que fez melhor campanha na segunda fase.

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Deputada Adriana Accorsi internada para tratar infecção por herpes-zóster na cabeça recebe alta; vídeo

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a deputada agradece toda a equipe do hospital onde esteve internada por cinco dias

undefined / Reprodução

A deputada federal Adriana Accorsi recebeu alta após ficar internada no Hospital Santa Helena, em Goiânia, para tratar uma infecção por herpes-zóster na cabeça. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a deputada agradece toda a equipe do hospital onde esteve internada por cinco dias (assista o vídeo acima).

Eu quero agradecer toda a equipe do Hospital Santa Helena, desde as pessoas que me atenderam na recepção com todo carinho, das pessoas que limpam, as pessoas que trazem o alimento, que fazem o alimento muito bem feito aqui, as técnicas de enfermagem e enfermeiras que me atenderam com todo carinho", disse Adriana no início do vídeo.

Adriana Accorsi estava internada desde segunda-feira (24) e recebeu alta na manhã deste sábado (28). A deputada procurou atendimento médico no início desta semana quando sentiu fortes dores no corpo. Agora ela 'segue se recuperando e voltando à rotina aos poucos'.

Segundo a assessoria da deputada federal, ela está disposta a lutar para incluir a vacina contra a doença no Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita, sendo que atualmente ela só está disponível na rede privada para pessoas a partir de 50 anos de idade ou indivíduos imunocomprometidos.

Entenda a doença

Deputada federal Adriana Acorssi (PT) (Divulgação/Assessoria de Imprensa)

Deputada federal Adriana Acorssi (PT) (Divulgação/Assessoria de Imprensa)

A infecção provocada pelo herpes-zóster é a reativação do vírus da catapora e varicela-zóster, explicaram infectologistas ouvidos pelo POPULAR . Popularmente, a doença é conhecida como cobreiro e pode se manifestar em várias partes do corpo, segundo o Ministério da Saúde. No caso de Adriana, a assessoria de imprensa informou que ela foi acometida na cabeça.

Em entrevista ao POPULAR , o médico infectologista Marcelo Daher explicou que a herpes-zóster é uma reativação do vírus varicela-zóster. Segundo o médico, a pessoa que já teve varicela ou catapora tem a probabilidade de manifestação da doença.

O grande problema do herpes-zóster é a dor. É um desconforto intenso, com muita dor local. E dependendo do local, por exemplo, se for em uma faixa que pega o ouvido, pode causar paralisia facial e ter perda auditiva. Se pegar na região do olho, a pessoa pode ter risco aumentado de derrame", alertou.

Conforme Daher, o herpes-zóster é transmissível de uma pessoa que manifestou a doença para outra.

Ela [doença] se transmite de uma pessoa para outra pelo contágio direto pelas lesões e transmite na forma de catapora. Então, quem nunca teve catapora, ao ter contato com a pessoa com herpes-zóster, pode adoecer de catapora e não com o herpes-zóster, que é a segunda manifestação da doença", esclareceu.

Tratamento

O infectologista pontua que o tratamento é feito por antiviral. Sobre casos de mortos, Daher disse que não há registros. "A não ser na forma muito grave ou em pacientes imunossuprimidos. No geral, não costuma ter óbito, mas tem muita dor, tem muita morbidade, mas não tem muita mortalidade", explicou.

Daher alerta que o herpes-zóster "pode se manifestar novamente, mas não é tão frequente".