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Goiânia perde 9 mil árvores em 2022

Em todo o ano passado, Amma registrou 2.102 quedas e 6.905 extirpações de espécimes arbóreos em Goiânia. Número representa 34,6% a mais do que o verificado em 2021

Modificado em 19/09/2024, 00:15

Toco de árvore recém cortada: retirada de modo irregular pode gerar multa de R$ 1,5 mil a R$ 50 milhões

Toco de árvore recém cortada: retirada de modo irregular pode gerar multa de R$ 1,5 mil a R$ 50 milhões (Wildes Barbosa)

Goiânia perdeu pelo menos 9.007 árvores em todo o ano passado em razão das quedas dos exemplares ou espécimes que foram condenadas pela vistoria dos técnicos da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e tiveram de ser extirpadas. Neste caso, foram 2.102 árvores caídas, o que ocorre geralmente em decorrência de alguma ação climática, como ventanias e temporais, ou acidentes com veículos automotores. Houve ainda 6.905 casos em que os moradores entraram com processos na Amma para a avaliação da saúde da vegetação e foi verificada a necessidade da retirada. A agência informa ainda que durante todo 2022 foram recolhidos 2.173 galhos caídos.

Os dados mostram um aumento na quantidade de espécimes arbóreos perdidos pela cidade no decorrer dos anos. Em comparação com 2021, por exemplo, temos uma alta de 34,6%, já que no período anterior foram registradas 1.011 quedas e 5.679 extirpações em toda a cidade. Válido ressaltar que os números se referem a apenas os processos realizados pela Amma, ou seja, não entra na contagem as árvores que foram derrubadas em razão de obras, que possuem licença e compensação ambiental, e também as retiradas feitas por populares de modo clandestino e irregular, que podem acarretar em multas que variam de R$ 1,5 mil a até R$ 50 milhões.

Bióloga da Amma, Wanessa de Castro explica que o alto número de casos é verificado de uma maneira positiva, já que ocorre por um respeito maior à legislação ambiental, em que a população tem optado pelo processo legal que leva à extirpação das árvores, tendo reduzido as ações clandestinas. Atualmente, os pedidos de poda e extirpação de árvores podem ser realizados no formato digital e devem ser realizados pelo proprietário do imóvel ou responsável, por meio do sistema de Processo Eletrônico Digital (PED), que está disponível no site oficial do município: goiania.go.gov.br .

"Presencialmente, os processos podem ser feitos nas agências do Atende Fácil, ou na sede da Amma munido de documentos pessoais e do imóvel com comprovação do endereço", informa o órgão municipal. Nos últimos quatro meses de 2022, de acordo com a Amma, foram registrados 1.221 processos de moradores que solicitaram análise para poda ou extirpação de árvores em calçadas de Goiânia. Essa vistoria de técnicos, que ocorre após cerca de 20 dias do início do processo, verifica se a vegetação está de fato condenada e apta para a extirpação ou se ela deve ser mantida e tem uma taxa de custo de R$ 89. Caso a extirpação seja o processo adequado, a ação é feita de forma gratuita pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).

Responsabilidade

"Vale ressaltar que o cuidado com árvores em calçadas é de responsabilidade do proprietário do imóvel fronteiriço e todo e qualquer manejo deve ser solicitado ao órgão ambiental, no caso, a Amma. Deve-se fazer a abertura do referido processo, não sendo facultados chamados por meio de telefone, e-mail ou outro tipo de comunicado extraoficial", informa a Amma, que ressalta ainda a existência do número 161, pelo qual a população pode registrar denúncias em caso de necessidade de podas ou extirpações irregulares de árvores no canteiro central ou em logradouros públicos. O espécime retirado, mesmo nos casos de condenação técnica, deve ser substituído por outro.

Wanessa explica que o cidadão fica obrigado a fazer essa substituição, mas recebe apoio técnico e até mesmo a muda da nova planta da Amma, ao fazer uso do Disque Árvore, cujo acesso se dá pelo WhatsApp no número 99639-7495. A bióloga diz que é analisado o local em que a árvore será plantada e qual a espécie ideal para o ambiente, além das informações sobre quais serão os cuidados necessários para o espécime. Por outro lado, o programa que facilita o plantio de novas árvores na cidade com a parceria entre o poder público e a população ainda está abaixo da quantidade de vegetação perdida. Em 2022, o Disque-Árvore foi responsável pelo plantio de cerca de mil mudas de árvores em Goiânia.

Ela ressalta que um dos maiores problemas que causam as quedas ou necessidade de extirpações das árvores em Goiânia é justamente a inadequação entre o tamanho da árvore com o espaço destinado a ela nas calçadas. "O que a gente mais percebe é que as quedas ocorrem por interferências externas, como o espaço das árvores nas calçadas, a poda que é feita ou a área impermeabilizada. A árvore precisa de espaço, precisa de água, precisa crescer. Então precisa ser a espécie certa para aquele espaço, se é uma área pequena na calçada, tem que ser uma árvore menor, mais adequada", afirma Wanessa.

As podas também podem ser pedidas para a Amma, tanto que em 2022 foram 53.560 ações deste tipo solicitadas junto ao órgão ambiental. Outros pontos que elevam a possibilidade de aumento das quedas e retiradas de árvores ao longo dos anos na cidade têm relação com o final de ciclo das espécies e a idade das árvores, especialmente na região Central.

Mais de 199 mil mudas plantadas no ano passado

A bióloga da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Wanessa de Castro, explica que a gestão municipal trabalha em duas vertentes com relação à arborização urbana. Uma delas tem relação com o programa Arboriza Gyn, com foco na recuperação das Áreas de Proteção Permanentes (APPs), enquanto que a outra intenção é a recomposição arbórea no espaço urbano, ou seja, nas calçadas. Neste último caso, é necessária a parceria entre o poder público e a população, já que este espaço é de responsabilidade do proprietário ou responsável pelo imóvel e é onde atua o Disque Árvore.

Wanessa afirma que é preciso olhar o microclima e o macroclima para a composição da arborização urbana e, por isso, há a necessidade de atuar nas duas vertentes. Em todo o ano de 2022, de acordo com o balanço da Amma divulgado no início deste mês, foram plantadas 199.591 mudas de árvores, o que representa um recorde na afirmação da agência. Em 2021, foram plantadas 92.088. A meta da atual gestão é chegar a 1 milhão de mudas. No entanto, a maior parte desses números se referem ao Arboriza Gyn, que visa a recuperação de áreas degradadas e, no ano passado, foram atingidos locais como o Setor Grajaú, Residencial Vale do Araguaia, Residencial Eldorado Oeste, os parques Cascavel e Macambira Anicuns, e reservas ambientais.

IcMagazine

Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

Geral

Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)