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Goiânia tem maior número de mortes por dengue dos últimos seis anos

Assim como na capital, o restante do estado também teve aumento de óbitos pela doença

Modificado em 20/09/2024, 04:56

Histórico de óbitos confirmados e suspeitos por ano

Histórico de óbitos confirmados e suspeitos por ano

Até o dia 17 deste mês de julho, Goiânia registrou 26 mortes por dengue. Esse número é o maior dos últimos seis anos, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). Somente nos últimos 12 dias, 13 pessoas perderam a vida pela doença.

Assim como na capital, o restante do estado também teve aumento de óbitos pela doença. A título de comparação, somente nestas 28 semanas do ano, Goiás já tem 83 óbitos, enquanto em todo o ano de 2021, foram confirmados menos da metade desse número. (Veja abaixo)

Já em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de casos de dengue em Goiás aumentou mais de 300%. Apesar desse crescimento, a semana entre os dias 11 e 17 de julho teve uma queda de 45% em relação a 2021.

Depois de Goiânia, o maior número de casos de dengue está concentrado nos municípios de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e Jataí, respectivamente. Já as cidades com os menores índices são Moiporá, com apenas 1 caso; Sítio D'Abadia e Jaupaci, com 3 e Mutunópolis, com 4.

Além da dengue, outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti têm causado preocupação. Os casos de chikungunya, por exemplo, tiveram um aumento de 315% em relação ao ano de 2021, quando 570 pessoas pegaram a doença. No início do ano, houve a primeira morte confirmada pela doença no estado, uma mulher de 27 anos, moradora de Aparecida de Goiânia.

Cuidados

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) intensifica o alerta sobre os cuidados que devem ser tomados pela população para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti durante o período das férias, agora em julho, quando mais pessoas estão em casa ou viajando. É necessário, portanto, manter a limpeza recorrente dos quintais, eliminar qualquer tipo de objeto, vasilha ou utensílio que acumule água parada, principalmente enquanto os imóveis estiverem fechados durante as viagens.

Antes de sair de casa é fundamental deixar os ralos cobertos, caixa d'água e vasos sanitários, sendo que os últimos devem receber algum tipo de desinfetante. Os reservatórios de água da geladeira e do ar condicionado precisam ser esvaziados, assim como os pratinhos de plantas. Para quem tem piscina em casa, é necessário realizar a limpeza correta com cloro e cobri-la com lona nos momentos em que não estiver sendo utilizada.

Histórico de óbitos confirmados e suspeitos por ano

Histórico de óbitos confirmados e suspeitos por ano

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Mutilações fazem estética virar caso de saúde pública

Desde 2023, o Estado registrou pelo menos 10 casos de grande repercussão que acabaram na polícia. Em dois episódios, mulheres morreram após aplicações de produtos

Modificado em 22/03/2025, 08:21

Polícia Civil prende Maria Silvânia na Operação Beleza Sem B.O.

Polícia Civil prende Maria Silvânia na Operação Beleza Sem B.O. (Divulgação/Policia Civil)

O aumento de casos de procedimentos estéticos que resultam em lesões, mutilações e deformidades, dentre outras sequelas, tornou o assunto uma questão de saúde pública. Desde 2023, Goiás registrou pelo menos dez casos de grande repercussão que acabaram na polícia. Em dois episódios, ocorridos no segundo semestre de 2024, mulheres morreram após se submeterem a aplicações de diferentes produtos.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2018 a 2023 os serviços de estética e embelezamento figuraram como os mais denunciados junto à agência dentre os "serviços de interesse à saúde", categoria que inclui também serviços de hotelaria, estúdios de tatuagem e instituições de longa permanência para idosos, por exemplo. Em 2023, 61,3% das denúncias estavam relacionadas a serviços de estética e embelezamento.

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Nos casos ocorridos em Goiás levantados pela redação, foram verificados alguns padrões. Em pelo menos seis situações, as pessoas que faziam os procedimentos não tinham nenhum tipo de habilitação, mas se passavam por profissionais capacitados. Além disso, algumas das clínicas eram de pessoas famosas nas redes sociais. O uso de PMMA, sigla para polimetilmetacrilato -- substância que já foi usada como preenchedor, mas se mostrou arriscada --, também foi verificado em parte dos casos.

Karine Giselle Gouveia, dona de uma clínica de estética fechada em 2024 por conta da suspeita de realização de uma série de procedimentos estéticos malsucedidos, é um exemplo. Apesar de não possuir formação na área, tinha quase 950 mil seguidores apenas no Instagram, rede social em que fazia publicações sobre procedimentos estéticos e sobre a própria rotina. A defesa de Karine nega que a clínica já tenha utilizado qualquer substância ilícita ou proibida.

Nesta quinta-feira (20), a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) deflagrou a Operação Beleza Sem B.O. As investigadas são Luana Nadejda Jaime, dona de uma clínica em Goiânia, e Maria Silvânia Ribeiro da Silva, proprietária de um estabelecimento em Aparecida de Goiânia. Maria Silvânia foi presa e Luana está foragida. A reportagem não localizou a defesa de ambas.

No final de 2023, uma paciente foi internada em uma unidade de pronto atendimento (UTI) e entubada após aplicação de substância injetável na clínica de Maria Silvânia. A Vigilância Sanitária de Aparecida interditou o local e ela foi ouvida pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO). Na ocasião, ela disse que havia feito uma pós-graduação com Luana, que também passou a ser investigada. Foi apurado que ela era suspeita de cometer lesão corporal contra quatro pessoas, sendo uma delas de um homem que passou por um "preenchimento íntimo" na região peniana e alega ter perdido a funcionalidade do membro após o procedimento. O produto usado teria sido PMMA.

Em 2024, as clínicas da dupla foram fiscalizadas pela Decon em conjunto com a Vigilância Sanitária. Mesmo assim, as mulheres continuaram ofertando, nas redes sociais, procedimentos estéticos invasivos. Além disso, ambas tinham registros -- obtidos por meio da apresentação de diplomas falsos -- no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Eles foram cancelados no final de 2024. Entretanto, quando foi presa nesta quinta, Maria Silvânia estava atuando com um novo número de registro. Questionado, o Coren informou, em nota, que já está ciente do caso e que, como as mulheres não são enfermeiras, "cabe agora às autoridades o cumprimento da justiça e o andamento do processo conforme a legalidade". (Mariana Milioni é estagiária do GJC em convênio com a PUC Goiás)

Pacientes têm vidas arruinadas

A ação de falsos profissionais ou então de profissionais que executam procedimentos que não estão habilitados a realizarem -- como dentistas que realizaram rinoplastias -- deixa um rastro de destruição na vida das vítimas. Em 2023, a motorista de aplicativo Ana Priscila Santos da Silva, de 36 anos, procurou a enfermeira Marcilane da Silva Espíndola para realizar aplicações com fim de harmonização dos seios e glúteos. O procedimento custou R$ 5,5 mil.

Depois da aplicação, Ana Priscila começou a sentir dores. Inicialmente, ela pediu a ajuda de Marcilane, que aplicou uma injeção nela. As dores não apresentaram melhora e Ana Priscila procurou uma unidade de saúde. Então, foi encaminhada para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), onde descobriu que o material injetado era PMMA. Ela já foi internada várias vezes para realizar a retirada do produto. O último procedimento cirúrgico ocorreu nesta quarta-feira (19). A mulher relata que, mesmo após as intervenções, ainda sente dores físicas. Ela tem dificuldade para dirigir, por exemplo. As deformidades nos seios de Ana Priscila prejudicam sua autoestima e saúde mental. "Estou péssima. Muita ansiedade", conta. A defesa afirma que Marcilane não cometeu qualquer ato censurável.

Relatos como o de Ana Priscila se repetem. Entretanto, existem casos ainda mais trágicos. No segundo semestre de 2024, duas mulheres morreram por conta de procedimentos estéticos malsucedidos. Segundo as investigações, Aline Maria Ferreira da Silva, de 33 anos, morreu após ter tido PMMA aplicados nos glúteos. A ré do caso é Grazielly da Silva Barbosa, que não tem formação na área. A defesa dela alega inocência. Já Danielle Mendes Xavier de Brito, de 44 anos, morreu após a realização de uma aplicação no rosto. A responsável pela aplicação foi a enfermeira Quesia Rodrigues Biangulo Lima. A defesa dela diz que, por enquanto, não vai se manifestar.

Vigilância sanitária promove campanhas

Com o avanço dos casos de procedimentos estéticos malsucedidos envolvendo clínicas irregulares, a utilização de produtos proibidos e a atividade de pessoas sem as credenciais adequadas para a atuação na área, a Vigilância Sanitária tem atuado na tentativa de coibir as más práticas. Segundo a Anvisa, o número elevado de denúncias relacionadas a serviços de estética e embelezamento sinaliza que a grande quantidade de estabelecimentos disponíveis e a diversidade de técnicas e procedimentos estão relacionadas ao número elevado de relatos de irregularidades.

Em fevereiro de 2025, a Anvisa realizou a operação Estética Com Segurança em parceria com as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais. Clínicas de quatro Estados foram fiscalizadas. Um dos estabelecimentos interditados ficava em Goiânia e funcionava na cozinha de um apartamento. Foram encontrados produtos com prazo de validade vencido e as equipes descobriram anotações referentes a dois casos de infecção, sendo um deles por micobactéria, após procedimentos realizados na clínica. Os casos não haviam sido notificados ao sistema de saúde público, contrariando a legislação, que estabelece a notificação compulsória.

Em Goiás, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) possui a ação De Olho na Beleza. Por meio dela, a Superintendência de Vigilância Sanitária, Ambiental e Saúde do Trabalhador (Suvisa) promoveu reuniões estratégicas com os conselhos regionais de Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Fisioterapia, Biomedicina e Biologia. O objetivo foi alinhar medidas conjuntas para aumentar a segurança nos procedimentos estéticos. "Tornou-se um problema de saúde pública", aponta Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás.

O auditor fiscal de Saúde Pública da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Dagoberto Costa, atua há 25 anos na área e relata que mais recentemente houve uma explosão de casos de irregularidades ligadas a procedimentos estéticos. Na capital, o órgão municipal tem procurado trabalhar em parceria com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO). Além da esfera criminal, no âmbito da Vigilância Sanitária os estabelecimentos irregulares podem sofrer desde multas até a apreensão de produtos e interdição.

Nesse sentido, Costa alerta para alguns sinais aos quais a população deve ficar alerta antes de se submeter a procedimentos estéticos como, por exemplo, verificar o alvará sanitário do estabelecimento, saber qual material está sendo utilizado -- inclusive se está dentro da data de validade -- e verificar se o profissional responsável está habilitado no conselho da classe. "Também é importante saber o que você realmente precisa e tomar cuidado com as redes sociais", finaliza.

Conselho de Odontologia quer liberação de cirurgias no rosto

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) quer permitir que dentistas possam fazer cirurgias plásticas no rosto. De acordo com o próprio conselho, a instituição tem trabalhado na elaboração de uma resolução sobre as "cirurgias estéticas da face", cujos estudos estão em andamento. A classe médica se posiciona contra o documento e defende que procedimentos como, por exemplo, rinoplastias, só sejam realizados por médicos. Atualmente, a Resolução CFO 198/2019, já permite aos dentistas a prática de harmonização orofacial.

Em nota, o CFO defendeu que o termo cirurgia plástica facial é "equivocado" e que "não estão definidos os procedimentos a serem englobados na futura resolução e as respectivas exigências da regulamentação", sendo que os detalhes completos sobre o tema serão divulgados após a publicação.

O conselho ainda esclareceu que "as cirurgias estéticas da face vão representar um avanço importante para a Odontologia, com reconhecimento das competências legais e técnico-científicas dos cirurgiões-dentistas para atuação na área e, principalmente, serão um passo significativo para a segurança da população, que terá acesso a novos procedimentos regulamentados de forma rígida e adequada".

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica -- Regional Goiás (SBCP-GO), Fabiano Arruda, é um crítico da movimentação do CFO. "Não é mudando o nome (de cirurgias plásticas para cirurgias estéticas da face) que vão conseguir mudar o que esses procedimentos causam e as repercussões que eles têm no organismo. Essa resolução representa, para os pacientes, um risco", argumenta.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que "considera essa medida um grave risco à saúde da população, especialmente em um momento em que se multiplicam denúncias de complicações em procedimentos realizados por profissionais sem formação médica completa para essas intervenções" e que comunicou que "atuará junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para adotar todas as medidas necessárias a fim de impedir que essa decisão seja implementada".

O conselho ainda explicou que "cirurgias plásticas faciais são atos complexos que demandam profundo conhecimento da anatomia humana e técnicas cirúrgicas adquiridas apenas após longos anos de formação médica: seis anos de graduação em medicina, seguidos por três anos de residência em cirurgia geral e mais três anos de residência em cirurgia plástica" e destacou que "permitir que profissionais sem essa trajetória realizem tais procedimentos é colocar em risco a segurança, a integridade e a vida dos pacientes".

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Defesa Civil recomenda demolição de parte afetada de igreja após teto desabar em Goiânia

Telhado de templo desabou durante instalação de placas solares. Seis funcionários estavam trabalhando no momento e um deles foi encaminhado para o hospital

Modificado em 20/03/2025, 13:01

Defesa Civil recomenda demolição de parte afetada de igreja após teto desabar em Goiânia

A Defesa Civil de Goiânia recomendou a demolição de parte afetada da igreja em que teto desabou após a instalação de placas solares, no setor Leste Vila Nova, em Goiânia. O coordenador geral da Defesa Civil, Robledo Mendonça, disse ao DAQUI que a área do tempo foi isolada na quarta-feira (19).

Recomendamos a demolição da parte abalada e que seja feita com acompanhamento de um engenheiro especializado em demolição", salientou Mendonça.

Segundo ele, agora a igreja deve passar por vistoria para identificar possíveis riscos. Além disso, a Defesa Civil deve orientar os responsáveis sobre as medidas de segurança a serem adotadas no local.

A gente vai continuar acompanhando o desenrolar da situação aqui. Estamos aqui para prestar todo o apoio ao pessoal da igreja. A Polícia Técnica-Científica entrou no caso, vai investigar a causa e a gente tem auxiliado a polícia com informações, com fotos que a gente tem, vídeos. E cabe agora a Polícia Técnica-Científica fazer a perícia", ressaltou o coordenador da Defesa Civil.

O DAQUI entrou em contato com a Polícia Técnica-Científica para obter informações prévias sobre o acidente, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

O telhado da Igreja Videira desabou enquanto trabalhadores colocavam os equipamentos sobre o edifício. Segundo a direção do templo, que estava vazio, o prédio recebe em média três mil pessoas aos domingos.

De acordo com relato do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO), no momento do desabamento havia seis funcionários fazendo a instalação. Quatro deles estavam no teto da igreja e dois no chão subindo os paineis.

Os trabalhadores que estavam no telhado precisaram se agarrar nas estruturas para esperar o socorro à medida que um dos auxiliares conseguiu escapar, mas o segundo foi atingido e teve ferimentos na cabeça. Ele foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Por não ter o nome divulgado, a reportagem não conseguiu obter informação sobre o estado de saúde da vítima.

Os bombeiros alertam que as empresas que instalam esse tipo de equipamento precisam apresentar o projeto técnico para avaliação e análise da conformidade com as medidas de segurança contra incêndio, por exemplo. Como o nome da empresa não foi divulgado, a reportagem não conseguiu um posicionamento se houve cumprimento das regras para o serviço.

Desabamento em igreja

O alerta do desabamento parcial do telhado da Igreja Videira foi feito por um trabalhador de uma oficina mecânica localizada em frente ao templo. Ao ver o acidente, o homem acionou o Corpo de Bombeiros.

Matheus Oliveira, de 27 anos, relatou que operários vinham instalando as placas no telhado havia cerca de uma semana. Mas, por volta das 10h30, de quarta, a estrutura cedeu e surpreendeu quem estava por perto.

"Um barulho muito alto e muita poeira", descreveu a testemunha, depois que ele e colegas se assustaram com o incidente.

Além dos bombeiros e da Defesa Civil de Goiânia, esteve no local representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), que irá elaborar um relatório técnico da situação. Os dois primeiros órgãos devem emitir juntos um laudo sobre o acidente.

O capitão do CBM, Guilherme Lisita, disse que os trabalhadores informaram que mais de 70 placas já haviam sido instaladas antes do desabamento. A estimativa é que cada uma delas pesa aproximadamente 30 quilos, o que representou um acréscimo de mais de duas toneladas à estrutura do edifício.

O gerente de fiscalização do Crea-GO, Jeorge Frances, ressaltou que, além das questões administrativas relacionadas à área elétrica, a instalação de placas solares envolve diversos aspectos da engenharia. Conforme ele, o primeiro passo é calcular a capacidade de geração de energia no local.

Frances frisou que a demanda de carga determina tanto a quantidade quanto o tipo de placas a serem utilizadas, sendo que cada modelo possui um peso específico. Esse fator também influencia a maneira como as placas serão distribuídas e fixadas na estrutura.

A Absolar ressaltou que instalações fotovoltaicas em telhados, fachadas e coberturas são seguras quando projetadas e executadas conforme os protocolos de segurança e qualidade estabelecidos pelo setor, em conformidade com as exigências técnicas e legais. Além disso, enfatizou a necessidade de uma perícia técnica específica para investigar as causas do incidente com precisão e transparência.

A Igreja Videira afirmou, em nota, que tomou todas as medidas de segurança necessárias e acionou especialistas para investigar as causas do incidente. A instituição informou que colabora com as autoridades para assegurar que "todas as medidas corretivas sejam tomadas com a máxima responsabilidade e segurança".

Presidente da igreja, o pastor André Francisco lamentou o ocorrido e informou ao DAQUI que o edifício é ocupado pela comunidade há mais de duas décadas. Agora, ele antecipa que o restante da estrutura será demolido, e um novo prédio deve ser construído no local.

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Cancelamento de licitação encerra denúncia sobre semáforos em Goiânia

Com fim de pregão eletrônico para modernizar parque semafórico, unidade técnica do TCM-GO não leva adiante averiguação sobre possível trava que impediria novas empresas de atuarem e sugere que administraçã municipal analise este ponto

Cancelamento de licitação encerra denúncia sobre semáforos em Goiânia

A decisão de revogar o pregão eletrônico que renovaria o parque semafórico de Goiânia fez com que a Secretaria de Controle Externo de Contratações (Secex Contratações) do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) resolvesse não avançar na denúncia de que os semáforos da Dataprom Equipamentos e Serviços de Informática possuem "protocolo fechado". Isso inviabiliza que outras empresas assumam a manutenção de 99,39% dos 805 cruzamentos semaforizados da capital. O processo licitatório se arrastou durante toda a gestão do prefeito Rogério Cruz (SD) e estava parado desde julho do ano passado, mesmo não havendo nenhum entrave administrativo.

A reportagem mostrou na sexta-feira (14) que a Prefeitura desistiu de levar adiante a licitação ainda em 20 de dezembro de 2024, nos últimos dias de Rogério no cargo, porém a decisão só foi oficializada pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) já na gestão do prefeito Sandro Mabel (UB), horas antes da publicação da reportagem e após o jornal acionar a administração municipal em busca de esclarecimentos.

A decisão, entretanto, já era de conhecimento do TCM-GO, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) e da própria Dataprom, empresa de Curitiba cujas chances de vencer o pregão eram baixas. Ao justificar a revogação em dezembro, a Prefeitura alegou morosidade no processo e desatualização dos estudos que embasaram o pregão.

A licitação estava avaliada em até R$ 53 milhões e foi dividida em três lotes: um para o fornecimento e implantação de centro de controle operacional (CCO); outro para o fornecimento, manutenção e comunicação de software de controle de tráfego; e o último para a prestação dos serviços de manutenção preventiva e corretiva do sistema semafórico. O Consórcio Goiânia Semafórica, formado pelas empresas Kapsch Trafficcom e Newtesc Tecnologia e Comércio, ambas de São Paulo, venceu o primeiro lote e passava por teste de capacidade para ver se levava os outros dois. Já a Dataprom estava, respectivamente, em segundo e quarto nesses lotes ainda em disputa.

Mabel já havia anunciado a intenção de passar a gestão do parque semafórico para a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), consórcio de empresas responsáveis pelo transporte coletivo público na região metropolitana de Goiânia. A partir daí, caberia à RMTC fazer a contratação da empresa responsável pela manutenção do sistema. A Prefeitura informa que o processo de transferência está em fase de elaboração de um acordo de cooperação técnica e não deu uma data para que ela se efetive. O prefeito diz que os primeiros novos semáforos seriam instalados ainda em março em três avenidas de grande circulação.

Denúncias

O parecer da Secex Contratações ainda depende de análise por parte dos conselheiros do TCM-GO. No documento, a que O POPULAR teve acesso com exclusividade, o órgão explica que a apuração sobre o suposto "protocolo fechado" demandaria uma avaliação pormenorizada dos produtos fornecidos, inclusive a realização de perícia técnica e avaliação laboratorial, pontos que fogem ao escopo legal do tribunal e que, de qualquer forma, o processo deve ser arquivado após a Prefeitura ter se manifestado, ainda em dezembro, pelo fim da licitação. Outras três denúncias foram consideradas procedentes, o que levou o órgão a sugerir que sejam feitas recomendações.

A equipe da Secex Contratações também alega não possuir "profissionais com alta expertise no tema" para averiguar a parte técnica da denúncia envolvendo os equipamentos da Dataprom. "Não obstante, esta unidade técnica frisa que se trata de uma temática sensível, de grande repercussão à disputa e de elevado nível de discussão técnica, típica de especialista do ramo de comunicação semafórica", afirma o relatório. No documento enviado aos conselheiros do TCM-GO, a equipe da Secex Contratações afirma que o problema levantado na denúncia é "o principal ponto a ser observado pela nova gestão, pois foi o cerne da discussão deste processo e dos grandes embaraços na condução do pregão".

A Dataprom foi responsável pelo controle do parque semafórico de Goiânia entre 1997 e 2019 e conseguiu manter contratos emergenciais para manutenção dos equipamentos até abril de 2022. Depois, por meio de um consórcio, desde novembro de 2023 fornece material para que equipes da própria Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) faça a correção dos problemas. O contrato mais recente foi renovado em novembro, com validade por 12 meses.

Entre as denúncias confirmadas pela unidade técnica do TCM-GO, todas já haviam sido noticiadas e, de certa forma, resolvidas quando o tribunal liberou o procedimento licitatório em julho. Uma é que o Consórcio Goiânia Semafórica foi prejudicado pelo "efeito surpresa" na prova de conceito do lote 3. Também não foram apresentados "elementos técnicos robustos" para justificar a redução do checklist dos lotes 2 e 3. E faltou deixar mais claro qual o período a ser disponibilizado para que a licitante possa demonstrar sua capacidade nos testes. No relatório da Secex, esses pontos são tratados como recomendações de atenção se a Prefeitura decidir fazer um novo pregão.

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Veja fotos: Teto de igreja desaba enquanto trabalhadores instalavam placas solares, em Goiânia

Uma pessoa foi levada para o Hospital Estadual de Urgências de Goiás (Hugo) com suspeita de traumatismo craniano

Modificado em 19/03/2025, 16:16

O teto de uma igreja desabou nesta quarta-feira (19) enquanto trabalhadores instalavam placas solares, no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia . De acordo com os bombeiros, quatro trabalhadores estavam sobre o telhado no momento do desabamento.

Uma pessoa foi levada para o Hospital Estadual de Urgências de Goiás (Hugo) com suspeita de traumatismo craniano (confira as fotos acima) .

O POPULAR entrou em contato com a Igreja Videira para pedir um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.