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Homem faz refém no aeroporto de Guarulhos e é detido pela Polícia Federal

Em vídeos feitos por pessoas que estavam no aeroporto e divulgados nas redes sociais, o homem aparece ameaçando a funcionária e falando frases sobre policiais, corrupção e cartas marcadas

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:13

O passageiro, que não teve o nome divulgado, ameaçou a funcionária com uma caneta no pescoço

O passageiro, que não teve o nome divulgado, ameaçou a funcionária com uma caneta no pescoço (Reprodução )

Uma funcionária da empresa Gol Linhas Aéreas foi feita refém por um passageiro na noite deste domingo (11) no aeroporto de Guarulhos, em um dos portões de embarque do terminal 2.

O passageiro, que não teve o nome divulgado, ameaçou a funcionária com uma caneta no pescoço. Ele também dizia que tinha uma bomba na mochila que carregava nas costas.

Em vídeos feitos por pessoas que estavam no aeroporto e divulgados nas redes sociais, o homem aparece ameaçando a funcionária e falando frases sobre policiais, corrupção e cartas marcadas.

"Eles fazem a cagada, fazem a corrupção e suicidam o policial bom", disse. "Estou com uma bomba na mochila, afasta".

O homem afirmou que é policial militar no Paraná e em três anos vai se formar em medicina. Nenhuma dessas afirmações foi confirmada até o momento.

Com a refém mantida sob seus braços, ele pediu para chamarem a Polícia Federal e tentou acalmar a funcionária da empresa aérea. "Fica tranquila, eu não vou te machucar", disse.

Homem ameaça funcionária de empresa aérea no aeroporto de Guarulhos Reprodução/Redes sociais Homem ameaça funcionária de empresa aérea no aeroporto de Guarulhos **** Os órgãos responsáveis pela segurança do aeroporto foram acionados e a Polícia Federal controlou a situação em poucos minutos. O homem foi detido pela Polícia Federal, que deverá investigar o caso. O passageiro foi levado para a delegacia do local.

Ninguém ficou ferido e, segundo a administração do aeroporto, o incidente não causou impacto nas operações aéreas e demais atividades.

A Gol informou que oferece todo o suporte necessário para a funcionária, que passa bem após ser libertada. A companhia se colocou à disposição para prestar as informações necessárias às investigações.

"A ocorrência ficou restrita à sala de embarque do aeroporto e o envolvido no caso não era passageiro da Gol em nenhum dos seus trechos de origem ou destino", diz nota divulgada pela companhia.

No dia 28 de março, um policial militar foi baleado após ter passado cerca de quatro horas dando tiros para o alto e gritando palavras de ordem no Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador (BA).

Ele foi atingido por tiros por volta das 18h30, após ter erguido um fuzil e disparado contra os colegas da PM que negociavam a sua rendição. O soldado chegou a ser socorrido por uma ambulância e levado para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, afirmou que a PM só atirou contra o soldado após ter sido alvo de disparos de fuzil e lamentou o desfecho do caso: "A ocorrência teve um término que nós não gostaríamos".

O caso levou parte da base bolsonarista na polícia, além de políticos aliados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a defender uma narrativa de que o policial protestava contra as medidas de restrição adotadas pelo governador Rui Costa (PT) para evitar a disseminação do coronavírus.

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Quem era Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP encontrada morta na zona leste de SP

A mais velha de três irmãos, pesquisadora de 28 anos viveu toda a vida em Itaquera e tinha o sonho de visitar a Europa

Modificado em 20/04/2025, 13:54

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo (Reprodução/Redes Sociais)

A estudante e pesquisadora Bruna Oliveira da Silva, 28, foi a primeira de sua família a chegar ao ensino superior. Era estudiosa desde a infância na zona leste de São Paulo, seguindo os conselhos da mãe, que dizia: "quando você estuda, você não deixa ninguém te manipular".

Bruna foi encontrada morta na noite de quinta-feira (17) em um estacionamento na região da Vila Carmosina, na zona leste. Estava desaparecida desde domingo (13), quando foi de metrô do Butantã, na zona oeste, até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha.

Na estação, Bruna disse que não tinha como chegar em casa e que estava com pouca bateria no celular. Seu namorado então fez uma transferência de dinheiro para que ela pudesse pedir uma viagem por aplicativo para completar o trajeto. A partir daí, a família não teve mais notícias de Bruna.

Eu tenho certeza que ela morreu lutando, porque ela falava 'mãe, ninguém põe a mão em mim'", diz Simone Silva. "Ela tinha pavor desse tipo de coisa, de feminicídio. E dizia: 'temos que lutar por essa causa."

Ela era formada em Turismo na EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), conhecida como USP Leste. Recentemente, Bruna havia sido aprovada no mestrado no programa de pós-graduação em mudança social e participação política da mesma unidade. Em nota, a direção da EACH-USP lamentou a morte de Bruna.

Tinha dois irmãos mais novos ---um de 25 anos e outro de 12, este último do segundo casamento de sua mãe.

O último ano de Bruna na graduação coincidiu com a gravidez, aos 21. Ela pensou em pausar os estudos, mas a insistência da mãe a fez persistir. O filho, Iuri, era recém-nascido quando ela se formou. Hoje, tem sete anos.

Segundo a mãe, ela deu aulas de inglês em colégios particulares e também dava palestras, inclusive fora de São Paulo. Morou em várias casas e apartamentos, sempre na região de Itaquera.

Há cerca de cinco anos, passou a morar com o pai, numa casa que ele havia acabado de comprar com as economias de uma vida inteira do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Devorava livros e tinha paixão por viagens. A última foi para o Espírito Santo ---uma promoção de passagens aéreas e uma decisão impulsiva a levaram até lá. Simone só ficou sabendo quando Bruna enviou uma foto da praia.

Voltou encantada com as praias e alimentando a ideia de se mudar para lá. Seu grande sonho era atravessar o Atlântico e conhecer a Europa.

Com o passar dos anos, virou uma conselheira da própria mãe. "Ela falava para mim: 'não abaixe a cabeça para ninguém, não deixe ninguém machucar você'", conta Simone.

"Ela nasceu para sorrir. Se você pegar qualquer foto dela desde bebê, é sempre sorrindo."

A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte. Não há ainda informações sobre possíveis culpados ou o que teria ocorrido até a sua morte.

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Operação prende grupo suspeito de fraude eletrônica e dar golpe de meio milhão em empresária

De acordo com a polícia, organização movimentou R$ 3,3 milhões em apenas três meses. Mandados de prisões, buscas e apreensões foram cumpridos em São Paulo e em Brasília

Agentes estiveram em endereços localizados em São Paulo e em Brasília (Divulgação/PC-GO)

Agentes estiveram em endereços localizados em São Paulo e em Brasília (Divulgação/PC-GO)

Uma operação da polícia prendeu, nesta terça-feira (15), um grupo suspeito de fraude eletrônica e dar um golpe de meio milhão em uma empresária goiana. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), os suspeitos fizeram seis transferências via TED de uma conta bancária da vítima.

Como o nome dos suspeitos não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

Conforme a polícia, a suposta organização criminosa é "altamente estruturada" e responsável por aplicar fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro.

Durante as investigações, a PC identificou que o grupo conseguiu movimentar mais de R$ 3,3 milhões em três meses. Com a deflagração da Operação Nexo Oculto, de acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernético (DERCC), foram cumpridos 59 ordens judiciais, sendo 27 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão em dois estados.

Nesta manhã, os policiais estiveram em endereços de Embu das Artes e Itanhaém, em São Paulo; e em Brasília. Essa ação contou com o apoio das polícias Civil de São e do Distrito Federal.

Polícia deflagrou Operação Nexo Oculto, nesta terça-feira (Divulgação/PC-GO)

Polícia deflagrou Operação Nexo Oculto, nesta terça-feira (Divulgação/PC-GO)

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Piloto goiano morre após avião agrícola cair em fazenda, em São Paulo

Acidente aconteceu na manhã desta sexta-feira (28)

Josias Pereira Lemes, de 52 anos, morreu após avião que ele pilotava cair (Reprodução/g1 SP e Divulgação/Defesa Civil)

Josias Pereira Lemes, de 52 anos, morreu após avião que ele pilotava cair (Reprodução/g1 SP e Divulgação/Defesa Civil)

O piloto goiano Josias Pereira Lemes, de 52 anos, morreu após o avião agrícola que ele conduzia cair em uma fazenda entre Guaíra e Miguelópolis, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (28).

Testemunhas disseram ao g1 SP que o avião bateu em um fio de alta tensão antes de cair. Em nota ao POPULAR , o Grupo Precisão, responsável pelo avião, lamentou a morte do piloto, natural de Anápolis, e afirmou que a aeronave possuía manutenção e documentação em situação regular.

A empresa acrescentou que o piloto era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia.

O Grupo Precisão segue dando todo o suporte à família de Josias, cuja dor neste momento é claramente impossível de mensurar", descreveu na nota.

Conforme informações do g1 SP, o piloto fazia trabalho de pulverização no local do acidente. Ele estava sozinho na aeronave. Equipes do Corpo de Bombeiros de Guaíra e pessoas que passavam pela região tentaram socorrê-lo, mas ele já estava morto, segundo a reportagem.

Avião agrícola caiu em fazenda entre Guaíra (SP) e Miguelópolis (SP) — Foto: Defesa Civil (Reprodução / g1 SP)

Avião agrícola caiu em fazenda entre Guaíra (SP) e Miguelópolis (SP) — Foto: Defesa Civil (Reprodução / g1 SP)

O POPULAR entrou em contato com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Ao g1 GO, o vice-presidente do Aeroclube de Goiás, Raoni Monteiro Jacobson disse que o Josias se formou em Goiânia, e já foi piloto da linha aérea da companhia Gol.

Exímio piloto, já voo em vários táxis aéreos em Goiás. Extremamente experiente era piloto agrícola a mais de 4 anos", afirmou.

Josias era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia, segundo a empresa que ele trabalhava (Reprodução/Redes sociais)

Josias era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia, segundo a empresa que ele trabalhava (Reprodução/Redes sociais)

(Colaborou Vinícius Moraes)

Nota do Grupo Precisão

O Grupo Precisão manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do piloto Josias Pereira Lemes, 52 anos, ocorrido nesta manhã em um acidente aeronáutico no interior do Município de Guaíra, São Paulo.

Destaca-se a qualidade de um profissional experiente e querido por todos na empresa, sua partida deixa um vácuo impossível de ser preenchido em seus círculos de amigos e colegas.

Ratificamos que, o profissional era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia, assim como, a aeronave possuía manutenção e documentação em situação regular.

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Vitória foi morta a facadas e não houve abuso sexual, aponta laudo do IML

Além de não ter marcas de violência sexual, os exames necroscópicos não identificaram consumo de entorpecentes.

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura.

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura. (Reprodução / Redes sociais)

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura. (Reprodução / Redes sociais)

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura. (Reprodução / Redes sociais)

A adolescente Vitória Regina de Sousa, 17, morreu em razão de facadas no tórax, pescoço e rosto, segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal) a que a reportagem teve acesso. Não há sinais de abuso sexual. A causa especificada no documento é hemorragia traumática.

Vitória foi morta em Cajamar, na Grande São Paulo, e teve seu corpo encontrado no último dia 5, após ter desaparecido em 26 de fevereiro.

Além de não ter marcas de violência sexual, os exames necroscópicos não identificaram consumo de entorpecentes. Os exames deram positivo para álcool etílico no organismo. No entanto, de acordo com o laudo, "a dosagem alcoólica, pode indicar um processo de fermentação característico da putrefação, no qual ocorre formação de álcool etílico semelhante ao presente em bebidas alcoólicas".

Em razão da presença do álcool, a polícia investiga se ela pode ter sido dopada antes do crime.

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A Polícia Civil encontrou manchas de sangue na casa do principal suspeito de envolvimento na morte da adolescente, Maicol Antonio Sales dos Santos, que está preso temporariamente. Os investigadores agora analisam se o local foi usado como cativeiro da jovem.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (18), o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), disse que Maicol era obcecado pela adolescente e confessou o crime.

Carmo chamou Maicon de "stalker" e disse que ele vinha monitorando Vitória desde o ano passado. "Ele era obcecado pela vítima", declarou o delegado.

A investigação também encontrou material genético em uma pá e uma enxada encontradas perto do local onde foi encontrado o corpo da adolescente.

As ferramentas pertencem ao padrasto de Maicol, que prestou depoimento. Ele afirmou que a pá e a enxada haviam sumido há cerca de 15 dias, e que, antes do crime, achava que elas tinham sido roubadas por um funcionário.

A polícia agora fará testes para analisar se o material genético e o sangue são de Vitória. O processo demora de 30 a 40 dias para ficar pronto.

O mesmo está sendo feito para identificar o sangue encontrado no porta-malas do carro de Maicol, um Toyota Corolla prata.

Dos três carros apreendidos desde o início das investigações (os outros sendo um Corsa branco e um Yaris prata), o Corolla é o único no qual foi encontrado sangue.

Outras provas contribuem para a suspeita sobre Maicol. Sua mulher, por exemplo, desmente que ele tenha dormido com ela na noite em que Vitória teria sido raptada.

A localização do celular de Maicol também aponta que ele esteve perto da adolescente Vitória, segundo Luis Carlos do Carmo, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo).

Os agentes também afirmam que gritos e movimentações estranhas foram ouvidas na casa do suspeito. Testemunhas teriam sido ameaçadas por ele durante a investigação da polícia, afirmou Carmo em entrevista coletiva no dia 10.

Isso o torna o principal suspeito, mas não o único, segundo o delegado. Outras duas pessoas também são investigadas. A polícia pediu a prisão de três pessoas mas a Justiça só permitiu a de Maicol.

Perícia realizada pela polícia de São Paulo no celular de Maicol Antonio Sales dos Santos, preso como suspeito pela morte da adolescente Vitória Sousa, aponta que ele seguia a jovem desde o ano passado.