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Idoso de 81 anos é encontrado morto após fugir de abrigo, em Alexânia

Corpo foi encontrado mais de 10h após o desaparecimento, pelo Corpo de Bombeiros

Modificado em 20/09/2024, 05:33

Idoso vivia no Abrigo dos Idosos Lar dos Bem Vividos

Idoso vivia no Abrigo dos Idosos Lar dos Bem Vividos (Reprodução/Googçe Street View)

Um idoso de 81 anos foi encontrado morto após fugir de um abrigo, em Alexânia, a 120 km de Goiânia. Segundo a Polícia Civil (PC), a própria instituição registrou o desaparecimento do morador na manhã do último sábado (17) e que, até o momento, as suspeitas são de que a morte tenha sido natural.

O corpo de Trajano Honorato da Silva Lima foi encontrado mais de 10h após o desaparecimento, pelo Corpo de Bombeiros, informou a Prefeitura de Alexânia em nota. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e os médicos atestaram o óbito do idoso no local.

De acordo com a prefeitura, a morte se deu por choque cardiogênico, síndrome coronariana aguda, tabagismo e diabetes mellitus. Ou seja, o coração de Trajano teria parado naturalmente de funcionar devido às doenças preexistentes, suspeitas que foram confirmadas pela Polícia Civil (PC).

O caso é investigado pela delegada Silzane Lúcia Rocha Bicalho, da Delegacia de Polícia de Alexânia. A PC afirma que, até os momento, as perícias indicam que a morte do idoso tenha sido natural, porém destaca que ainda aguarda a conclusão do laudo cadavérico para confirmar as causas da morte.

O sepultamento do idoso foi realizado no Cemitério Municipal Campo da Saúde, de Alexânia. "Foi instaurada Sindicância Administrativa para apurar os fatos, no âmbito administrativo", informou a prefeitura. A reportagem tentou localizar o contato do Abrigo dos Idosos Lar dos Bem Vividos, porém não obteve sucesso.

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Idoso desaparece durante o Natal e bombeiros militares fazem buscas na Ilha do Bananal

Vítima tem 69 anos está desaparecido deste o dia 25, após deixar a pousada em que estava hospedado, em uma embarcação

Vista aérea do arquipélago do Tropeço, na Ilha do Bananal

Vista aérea do arquipélago do Tropeço, na Ilha do Bananal (Jackson Reis/Governo do Tocantins)

O Corpo de Bombeiros faz buscas por um idoso de 69 anos desaparecido desde último dia 25 de dezembro, no rio Araguaia, na região da Ilha do Bananal. A operação começou nessa quinta-feira (26).

Segundo apuração da TV Anhanguera, o idoso estava hospedado em uma pousada na zona rural de São Miguel do Araguaia, na divisa do Tocantins com Goiás. Ele teria deixado o local sozinho em uma embarcação, no feriado de Natal.

Os bombeiros informaram que o local é de difícil acesso. Para o trabalho de localização, a corporação utiliza barcos e cilindros de oxigênio, além de contar com auxílio de moradores da região.

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Idoso de 67 anos morre após carro capotar e pegar fogo na TO-476

Bombeiros militares apagaram o fogo do veículo e confirmaram a morte da vítima. Acidente aconteceu em Dianópolis, no sudeste do estado

Modificado em 09/12/2024, 15:37

Carro pegou fogo após acidente em Dianópolis

Carro pegou fogo após acidente em Dianópolis (Kennedy Feitosa/Divulgação)

Um idoso, de 67 anos, morreu após capotar o carro e sair da pista na rodovia TO-476, próximo ao aeroporto de Dianópolis, região sudeste do estado. O veículo pegou fogo e as chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.

O acidente foi registrado na noite de domingo (8). De acordo com a Polícia Militar, não foi possível identificar em qual sentido o motorista trafegada no momento do acidente. A vítima foi identificada como Orivaldo Ferreira Guedes.

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O carro ficou completamente destruído e as chamas se espalharam pela vegetação. O idoso foi retirado de dentro do veículo pelos bombeiros e chegou a ser socorrido pela equipe de resgate, mas morreu.

O local foi periciado e o laudo deverá apresentar as circunstâncias do acidente. O caso será investigado pela 101ª Delegacia de Polícia de Dianópolis.

O corpo de Orivaldo foi levado para o Núcleo de Medicina Legal de Natividade, e será liberado aos familiares após passar por exames.

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Iphan lista patrimônio de Olhos D'água

Instituição promove oficina de inventário participativo com a comunidade do vilarejo de Alexânia, com o intuito de levantar lista de bens materiais e imateriais para um possível tombamento

Modificado em 17/09/2024, 15:44

Área onde é realizada a Feira da Troca, um dos principais atrativos do vilarejo

Área onde é realizada a Feira da Troca, um dos principais atrativos do vilarejo
 (Diomício Gomes)

Os casarios, praças e minas de Olhos D'Água, distrito da cidade de Alexânia, a 118 quilômetros de Goiânia, estão na rota do patrimônio histórico de Goiás. Desde o início da semana que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promove uma oficina de inventário participativo com a comunidade com intuito de elaborar um levantamento sobre os bens materiais e imateriais do vilarejo.

Para a primeira etapa do projeto, são os próprios moradores que ajudam a identificar os patrimônios focados em cinco pontos de pesquisa: formas de expressão, a exemplo do teatro de mamulengo e da catira; celebrações, como festas populares e a Feira do Troca, a maior vitrine turística do povoado; objetos, a exemplo dos artesanatos; lugares, como a Praça Santo Antônio; e saberes, oriundos de artesãos que formam a identidade cultural do distrito.

"Trata-se de um inventário desenvolvido na Coordenação de Educação Patrimonial que coloca a própria comunidade para dizer o que é ou não patrimônio. É a primeira vez que está sendo executado, pioneiro em todo País", explica a arquiteta e urbanista do Iphan Beatriz Otto. A oficina também promove rodas de conversa com moradores mais antigos e mapeia bens que devem ser preservados nos próximos anos.

A ideia é de que o resultado da pesquisa sirva para um possível tombamento e registro de Olhos D'Água, vila que conta parte da história do Brasil Central. De acordo com Beatriz, todas as informações coletadas servem de dados para a identificação dos bens históricos que podem ser reconhecidos formalmente e incluídos nos livros de proteção. "A importância do processo é porque a própria comunidade reflete e diz o que é patrimônio, muito além de um especialista ou do poder público", destaca a profissional.

Polêmica

O possível futuro tombamento de Olhos D'Água começou a ganhar forma depois que o antigo pároco da Igreja Santo Antônio, Cleyton Garcia, anunciou, em 2023, que aquela seria a última edição da Feira do Troca na praça. Um dos eventos mais tradicionais da região, surgido há mais de 50 anos, o projeto é realizado sempre nos primeiros fins de semana de junho e dezembro, e promove o escambo de diversos tipos de serviços e produtos. Também serve de janela para o turismo e artesanato do vilarejo.

Depois do comunicado, entidades culturais de Olhos D'Água entraram em contato formal com o Iphan pedindo o tombamento da Praça Santo Antônio. O presidente da Associação dos Artesãos de Olhos D'Água, Djalma Valois, explica que a Feira do Troca é uma das expressões que mais oxigenam o turismo e a economia local e que a praça é de toda a comunidade, e não apenas da igreja.

"Ainda não sabemos qual será o futuro da feira e se a próxima edição, agora em junho, será realizada no espaço. O que desejamos é que, com esse tombamento, a Feira do Troca, a praça e os outros bens da vila possam ser resguardados", reitera o artesão, que vive no distrito há quase 20 anos. "Em um fim de semana, o evento já chegou a reunir 10 mil a 15 mil pessoas, que chegam para participar da feira e aproveitam para conhecer o povoado", completa.

Moradora do distrito há mais de duas décadas e presidente da Associação Comunitária de Olhos D'Água, a carioca Mariana Bulhões explica que o terreno da praça e da paróquia foi doado por um fazendeiro para a construção da capela como pagamento de uma promessa. "Isso pode ter acontecido há décadas, mas hoje a praça é de todos os moradores que podem usufruir do bem comunitário. Por aqui são feitos vários projetos ao longo do ano, muito além da Feira do Troca", diz Mariana.

Sobre a proibição da feira na praça central, o subprefeito da vila, Cristian Bublitz, explica que o evento nem sempre foi realizado no local e que o espaço pode ser propriedade da igreja, mas também pertence aos moradores. "Ninguém consegue conversar e ninguém abre mão de seu ponto de vista, então é legal que haja uma terceira via, como o Iphan, que utiliza uma metodologia participativa", acredita.

A reportagem entrou em contato com a paróquia, mas o atual padre que coordena o local, Allan Carlos, está em viagem ao continente africano e só poderá falar após o retorno da missão.

Atrativos

Diversos casarões em arquitetura colonial rodeiam a praça Santo Antônio, coração do povoado. Entre eles está o Memorial de Olhos D'Água, que reconta a história da formação da vila, as tradições herdadas e passadas de geração em geração, e resgata fotos, objetos e adornos sobre hábitos culturais e religiosos do distrito. É Mariana Bulhões que também toma conta do espaço. Para a gestora, que participa da oficina do inventário, a ação do Iphan colabora para que a comunidade possa contar suas próprias histórias.

"É preciso que os órgãos públicos, como o instituto, possibilitem que os moradores decidam sobre o que é ou não patrimônio e o deve ou não ser tombado. É uma iniciativa que beneficia a todos os envolvidos", comenta Mariana, que abandonou o barulho dos carros e das ondas do mar do Rio de Janeiro e foi parar no vilarejo goiano com o marido. "Tive meus dois filhos na vila, que hoje ainda moram aqui. Eles são formados, podem viver em qualquer lugar do mundo, mas decidiram estar em Olhos D'Água", comenta.

A charmosa vila tem atraído turistas nos fins de semana, principalmente de Brasília (DF), e moradores de outras regiões brasileiras que vão para visitar e acabam ficando. É o caso, por exemplo, da professora aposentada Alda Ilza de Lima, de 75 anos, que mora em Olhos D'Água desde 2020 e diz que não há melhor lugar para se viver. "Existe um potencial turístico e um encanto sem igual por aqui", comenta a colaboradora comunitária.

Além da Praça Santo Antônio, o distrito oferece um roteiro de barzinhos tradicionais, artesanato focado em tecelagem e cerâmica e atividades ambientais, como cachoeiras e trilhas. "É um lugar encantado no meio do Cerrado", reflete Alda.

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Abrigo de crianças em Goiânia é interditado por falta de condições estruturais

Decisão judicial fecha Residencial Professor Niso Prego por falta de servidores e problemas em prédio. 15 serão removidos. Paço alega ter convocado servidores e estar com obras em andamento

Modificado em 17/09/2024, 15:54

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos
 (Wildes Barbosa)

++GABRIELLA BRAGA++

Ao menos 15 crianças foram retiradas, na última semana, da unidade de acolhimento Residencial Professor Niso Prego, após uma decisão judicial interditar temporariamente o local. A medida foi tomada diante do déficit de servidores e de problemas estruturais no prédio, gerido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), que recebe crianças de 0 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social.

O prazo de interdição da unidade, localizada no Setor Goiânia II, é de quatro meses. Neste período, conforme a determinação da juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, do Juizado da Infância e Juventude da comarca de Goiânia do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), o Paço deve efetuar reforma e a adequação na "estrutura material, administrativa e de recursos humanos".

Datada de 29 de fevereiro, a decisão judicial acata ação civil pública (ACP) movida em janeiro pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). O órgão ministerial aponta que tem acompanhado a situação de déficit de pessoal desde abril passado, quando foi instaurado procedimento administrativo. Em julho, também foi relatado pela equipe técnica do Juizado que havia problemas de infraestrutura. Entretanto, os problemas não teriam sido solucionados.

Com a interdição, as crianças foram levadas ao abrigo da Sociedade Eunice Weaver de Goiânia, localizado no Residencial Morumbi. Após ser procurada pela 11ª Promotoria de Justiça de Goiânia, que ajuizou a ACP, para recebimento dos acolhidos do Residencial Niso Prego, a entidade sem fins lucrativos apresentou valor mensal R$ 4,7 mil por criança. Conforme os cálculos do MP-GO, o repasse mensal deve ser de R$ 188,1 mil. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 5 mil.

A Sedhs informa, em nota, uma média de 65 servidores na unidade municipal, o que inclui "porteiros, motoristas, cozinheiros, administrativos, assistente social, psicólogos, técnicos de enfermagem, educadores e outros". Em resposta ao questionamento do jornal se os mesmos serão remanejados, a pasta informa que "nesse momento, os servidores estão elaborando os planos individuais de atendimento que serão repassados à instituição de acolhimento Eunice Weaver, conforme determinação judicial". Após, "passarão por processo de reorganização do trabalho por meio de cursos de capacitação e formação."

Coordenadora do Residencial Niso Prego, Leda Luz aponta que os servidores seguem atuando no local e pondera ser necessário manter o efetiva para que seja feita a reestruturação da unidade. "Essa decisão judicial é para reestruturar o serviço. Então, nesse período, necessita de assegurar a equipe aqui para reorganizar os serviços necessários, para que sejam desenvolvidos conforme as normativas da Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS)."

Ela destaca ainda que o Residencial Niso Prego é a única unidade da rede municipal que faz a acolhida de crianças em situação de abandono, maus-tratos ou violência. Em todo o município, pondera, também são poucos os locais privados que fazem o serviço. "É lamentável esse desfecho, porém, estamos confiantes de que vai se normalizar e que poderemos continuar assegurando um serviço de qualidade", acrescenta.

Na unidade interditada, conforme a Sedhs, as crianças permanecem por um tempo determinado até que possa ser feito o "retorno ao convívio coma família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta". A capacidade máxima é de 50 crianças, que são encaminhadas pelo Juizado da Infância e da Juventude e também pelos conselhos tutelares de Goiânia.

Justiça

A ação civil pública movida pelo MP-GO destaca que a Sedhs foi oficiada em agosto e setembro passado sobre a situação da casa de acolhimento institucional. Naquele primeiro mês, a coordenadora da unidade alegou ao órgão ministerial que o "déficit de pessoal na instituição permanecia sem solução por parte da administração pública municipal".

Já em outubro, a titular da pasta, Maria Yvelônia, informou que enviaria em até 20 dias "proposta de acordo visando à resolução das irregularidades na instituição de acolhimento". Entretanto, consta na ação, não houve cumprimento, mesmo com prorrogação do prazo.

Dois meses depois, em dezembro passado, uma decisão judicial o suspendeu novos acolhimentos no local diante da persistência das "irregularidades" levantadas pelo MP-GO. Na ocasião, ao menos 32 crianças estavam acolhidas na instituição. Já em janeiro, a coordenadora local solicitou a prorrogação da suspensão provisória diante da continuidade do déficit de servidores, mesmo com envio de funcionários lotados em outras unidades.

Em meio ao processo, a Sedhs apontou que 11 novos servidores foram convocados no dia 30 de janeiro. São eles: auxiliar de enfermagem (1), técnico em enfermagem geral (3), agente de apoio educacional (5), e analista em assuntos sociais (2). Dentre as medidas tomadas, também foi feita a contratação de uma empresa, por dispensa de licitação, para serviços de limpeza, higienização, conservação, manutenção, asseio, cozinha, reparos e de motorista. O contrato teve início em 19 de fevereiro, para 180 dias.

A Sedhs informa, em nota, que "as equipes de apoio (cozinheira, auxiliar de cozinha, de limpezas e motoristas) já estão trabalhando na unidade". E acrescenta: "quanto aos educadores sociais, psicólogos e assistentes sociais, estamos tomando as providências para normalizar o quadro necessário de profissionais". O jornal questionou qual o mínimo necessário de servidores à instituição, mas não obteve resposta.

A pasta destaca ainda que a convocação de aprovados no concurso público deve "obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal em relação ao limite prudencial de gastos com pessoal" e que tem avaliado o remanejamento de servidores para a unidade. Além disso, afirma que as obras de reforma já estão em andamento e devem ser concluídas "brevemente", mas sem dar uma data exata.

Para a decisão, a juíza Maria Socorro apontou que "a implementação das medidas são demoradas e insuficientes para sanar todas as carências materiais, estruturais e de recurso humano no Residencial Niso Prego, onde carecem há tempos, até mesmo os serviços básicos de higiene e de alimentação por faltas profissionais para tanto."

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos
 (Wildes Barbosa)