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Cadela comemora própria adoção nos EUA e não consegue largar novo tutor; assista

Fish, uma staffordshire terrier, estava em um abrigo local

Modificado em 25/09/2024, 01:05

Cadela comemora própria adoção nos EUA e não consegue largar novo tutor; assista

(Reprodução/ Instagram @fishypup)

Uma filhote de staffordshire terrier comemorou ao ser adotada por um casal em Tampa, na Flórida, nos Estados Unidos. Apesar da sarna espalhada pelo corpo, a pequena Fish não conseguia parar de lamber e abraçar o novo tutor.

"Meu namorado e eu nos apaixonamos quando a vimos enrolada em uma bola em seu canil. Ela veio até nós e nos lambeu com carinho", revelou Madison Sheriff na publicação que fez no Instagram.

A adoção aconteceu no domingo, 21, no Pet Resource Center, um abrigo local. Em um vídeo, Fish se joga no colo do novo dono, como se o estivesse abraçando.

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The first video we got of fish and our meeting. She's such a sweetie and we are counting down the hours to take her home!! Here's her showing her affection! #fishypup #Fishthepup #shelter #adopt #dogs #dogsofinstagram #puppy #demodex #recovery #love #adoptdontshop #tampa #florida #adoptions

Uma publicação compartilhada por Fish (@fishypup) em 24 de Jul, 2019 às 7:28 PDT

Sheriff relata que quando eles tiraram Fish inicialmente do canil, a cadela imediatamente se agarrou às pernas deles. "Seu rabinho estava abanando e partes do pelo estavam voando por todo lugar. Meu namorado se sentou e ela subiu em seu colo e rolou em cima dele para lhe dar todo o carinho que seu pequeno corpo pode dar", lembra.

Fish está se recuperando de uma infestação de sarna, que resulta em perda de pelo e descamação. Sheriff visitou a cadelinha todos os dias até que assinou a papelada para adotá-la na terça-feira, 23. "Eu a visitava todos os dias até podermos descobrir algumas coisas em casa com nossos outros animais, mas sabíamos que precisávamos dela", diz.

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Fish, was found locked inside the front gates with her brother outside my shelter that I volunteer at. She is a very small pit in size only being about the size of a beagle but with the sweetest face. My boyfriend and I fell in love when we saw her curled in a ball in her kennel. She wiggled her way to us and she showered us with affection. When we took her out of her kennel she cowered in fear from the barking dogs being completely confused by the circumstances. We had to stop and keep cheering her on to get her to the meet and greet yards. Once inside and she noticed how much quieter it was she ran to us and cling tightly to our legs. Her tail was wagging and dandruff from her bare skin was flying everywhere. My boyfriend sat down and she climbed into his lap and rolled all over him to give him all the affection her tiny body can give. She covered his shirt in blood from her tiny scabs opening up in the Florida heat. She literally marked us. I visited her everyday till we could figure out some things at home with our other animals but we knew we needed her. After my shift on Tuesday I signed the paperwork and gladly stamped the adopted paper eagerly. And walked back to her kennel showing her the page and talking to her as if she could understand. I gave her one last treat and a few scratches before leaving it up to the vets to do more testing and treatments. Once they clear her Fish will be joining a family that will give her the love she always deserved! #fishypup #Fishthepup #shelter #adopt #dogs #dogsofinstagram #puppy #demodex #recovery #love #adoptdontshop #tampa #florida #adoptions

Uma publicação compartilhada por Fish (@fishypup) em 24 de Jul, 2019 às 8:33 PDT

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Cadela morre em pet shop de Águas Lindas de Goiás, diz tutora

Hasha, de 4 anos, foi encontrada pendurada na coleira com a língua e olhos para fora, segundo o filho da responsável pela cadela. Em vídeo, funcionário minimiza: "acontece"

Hasha, de 4 anos, morreu na terça-feira (3). O corpo foi cremado e deverá ser custeado pelo petshop (Arquivo pessoal / Angélica Alves)

Hasha, de 4 anos, morreu na terça-feira (3). O corpo foi cremado e deverá ser custeado pelo petshop (Arquivo pessoal / Angélica Alves)

A cadela Hasha, de 4 anos, morreu enforcada por uma coleira após ser deixada em um pet shop de Planaltina, no Entorno do Distrito Federal (DF), denunciou a tutora. Segundo a corretora de imóveis Angélica Alves, o filho dela quem viu o animal pendurado nos fundos do local já sem vida: "pela porta de vidro, ele a viu pendurada e correu desesperado. A pegou no colo, ainda tentando fazer alguma coisa, mas ela já estava sem vida. Já tinha defecado e estava com a língua e olhos para fora".

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Um vídeo gravado por um familiar da tutora mostrou que o estabelecimento continuava aberto logo após o ocorrido e havia outros pets amarrados por coleiras nos fundos. Após ser questionado a respeito da morte da cadela, um funcionário minimizou a situação e disse "acontece" (veja o vídeo abaixo).

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Em nota divulgada nas redes sociais, a proprietária da My Pet -- Pet Shop lamentou o ocorrido e reconheceu que houve negligência por parte de um funcionário, demitido posteriormente pela empresa. Disse que iria custear integralmente o sepultamento da cadela. Além disso, segundo a proprietária do estabelecimento, o local foi vandalizado, ocasião em que teve que parar o funcionamento (veja o comunicado completo no final da matéria).

O caso aconteceu na terça-feira (3), no Setor Leste. À reportagem, a tutora disse que agendou o banho e tosa da cadela e a levou às 9h30 no pet shop onde já costumava levar outras vezes. Por volta das 11h30, recebeu a mensagem de que a Hasha estava pronta e podia buscá-la.

Foi avisado também que os funcionários sairiam às 12h para o almoço e só retornaram às 14h.

Ela me mandou um áudio falando para eu ficar tranquila, que Hasha não estava agitada, estava caladinha. Nesse momento, eu imaginei que ela estava num cercadinho no chão e que eles estivessem a acompanhando pelas câmeras lá em cima", disse Angélica.

Contudo, no instante em que o filho saiu para buscar a cadela, a corretora afirmou que recebeu uma ligação da proprietária do pet shop pedindo para ela acalmar o filho. Nesse momento, ela e o filho mais novo se desesperam.

Segundo a tutora, a cadela foi encontrada morta pelo filho na bancada onde são secados os animais com uma coleira que é presa na parede. O filho precisou ser hospitalizado após flagrar o ocorrido: "Ele deu uma crise muito forte, deu um apagão, teve que ir para a sala de emergência, foi um desespero".

Cadela era dócil e amava crianças, segundo a tutora (Arquivo pessoal/ Angélica Alves)

Cadela era dócil e amava crianças, segundo a tutora (Arquivo pessoal/ Angélica Alves)

Investigações

O caso foi denunciado e segue sendo investigado pela Polícia Civil de Planaltina de Goiás. À reportagem, o delegado José Mendes de Melo afirmou que deu início as investigações, ocasião em que foi determinada algumas diligências. Envolvidos devem prestar depoimento nesta semana.

Nos próximos dias faremos a oitiva dos envolvidos, tais como a vítima e os funcionários do estabelecimento", acrescentou o delegado.

Saudades

A tutora disse que aguarda receber do pet shop os valores que foram gastos para a cremação do corpo de Hasha. Segundo Angélica, a cadela era bastante dócil, meiga e amava crianças.

Quando meu filho mais novo chegava da escola, entrava para o meu quarto e ligava o ar. Ela corria e se deitava junto dele para ficar no geladinho. Aqui estamos sentindo muita, muita falta dela, do cheirinho dela, pelinhos dela pela casa, da alegria que ela nos trazia. Tudo aqui está ruim sem ela", lamentou a corretora.

Veja a nota divulgada pelo pet shop

Meu nome é Mayara, sou a proprietária e fundadora do My Pet - Pet Shop, e hoje venho a público com o coração profundamente entristecido para falar sobre o lamentável ocorrido em nosso estabelecimento.

No dia de hoje [terça-feira], enfrentamos uma situação extremamente dolorosa: a perda de um cachorro sob os nossos cuidados, causada por negligência de um funcionário. Quero, antes de tudo, expressar minhas mais sinceras desculpas e sentimentos aos tutores do animal. Entendo que nenhum gesto pode reparar essa perda, mas gostaria de garantir que estamos fazendo todo o possível para lidar com as consequências deste trágico episódio.

Assim que tomei ciência do ocorrido, medidas imediatas foram tomadas. O funcionário envolvido foi advertido, nos próximos dias outras medidas serão tomadas, e estamos revisando nossos protocolos de treinamento e supervisão para garantir que algo assim jamais volte a acontecer.

Além disso, nosso compromisso foi honrar a dignidade do animal. Custeamos integralmente o envio do corpo ao crematório, uma pequena atitude que, naquele momento, era o mínimo que poderíamos fazer. Desde então, temos buscado entrar em contato com os tutores para oferecer o devido apoio emocional e qualquer outra assistência que possa aliviar, ainda que minimamente, essa situação.

Na condição proprietária do local, busco sempre estar presente e monitorar todos os procedimentos que são feitos nos pets, porém hoje, infelizmente, não pude estar na empresa porque estou de resguardo e tive que cuidar dos meus dois filhos pequenos.

Em relação à continuidade do funcionamento do petshop após o incidente, gostaria de esclarecer que decidimos não fechar as portas naquele momento porque outros animais sob nossos cuidados aguardavam tratamentos e atendimentos que não poderiam ser adiados sem comprometer o bem-estar deles. Essa decisão foi tomada com base na nossa responsabilidade com todos os pets que estavam sob nossa responsabilidade neste dia.

Por fim, quero reforçar que este petshop foi criado com o propósito de oferecer um cuidado especial e humanizado aos animais que são parte fundamental da vida de tantas pessoas.

Este compromisso permanece, e estamos dedicados a reconstruir a confiança de nossos clientes e da comunidade, trabalhando incansavelmente para que nunca mais haja um incidente dessa natureza.

Agradeço pela compreensão e reitero o meu mais profundo pesar. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e comprometidos com a melhoria constante de nossos serviços.

Atualização: O funcionário já foi desligado da empresa, terei que parar com o funcionamento por segurança minha, da minha equipe e dos pets que estavam agendados porque o estabelecimento foi vandalizado e nos sentimos ameaçados. Agradeço aqueles que nos prestaram apoio e confiam no nosso trabalho, mas infelizmente não nos sentimos seguros para continuar.

Colaborou: Gabriela Macedo, jornalista do g1 Goiás

Geral

Abrigo de crianças em Goiânia é interditado por falta de condições estruturais

Decisão judicial fecha Residencial Professor Niso Prego por falta de servidores e problemas em prédio. 15 serão removidos. Paço alega ter convocado servidores e estar com obras em andamento

Modificado em 17/09/2024, 15:54

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos
 (Wildes Barbosa)

++GABRIELLA BRAGA++

Ao menos 15 crianças foram retiradas, na última semana, da unidade de acolhimento Residencial Professor Niso Prego, após uma decisão judicial interditar temporariamente o local. A medida foi tomada diante do déficit de servidores e de problemas estruturais no prédio, gerido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), que recebe crianças de 0 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social.

O prazo de interdição da unidade, localizada no Setor Goiânia II, é de quatro meses. Neste período, conforme a determinação da juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, do Juizado da Infância e Juventude da comarca de Goiânia do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), o Paço deve efetuar reforma e a adequação na "estrutura material, administrativa e de recursos humanos".

Datada de 29 de fevereiro, a decisão judicial acata ação civil pública (ACP) movida em janeiro pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). O órgão ministerial aponta que tem acompanhado a situação de déficit de pessoal desde abril passado, quando foi instaurado procedimento administrativo. Em julho, também foi relatado pela equipe técnica do Juizado que havia problemas de infraestrutura. Entretanto, os problemas não teriam sido solucionados.

Com a interdição, as crianças foram levadas ao abrigo da Sociedade Eunice Weaver de Goiânia, localizado no Residencial Morumbi. Após ser procurada pela 11ª Promotoria de Justiça de Goiânia, que ajuizou a ACP, para recebimento dos acolhidos do Residencial Niso Prego, a entidade sem fins lucrativos apresentou valor mensal R$ 4,7 mil por criança. Conforme os cálculos do MP-GO, o repasse mensal deve ser de R$ 188,1 mil. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 5 mil.

A Sedhs informa, em nota, uma média de 65 servidores na unidade municipal, o que inclui "porteiros, motoristas, cozinheiros, administrativos, assistente social, psicólogos, técnicos de enfermagem, educadores e outros". Em resposta ao questionamento do jornal se os mesmos serão remanejados, a pasta informa que "nesse momento, os servidores estão elaborando os planos individuais de atendimento que serão repassados à instituição de acolhimento Eunice Weaver, conforme determinação judicial". Após, "passarão por processo de reorganização do trabalho por meio de cursos de capacitação e formação."

Coordenadora do Residencial Niso Prego, Leda Luz aponta que os servidores seguem atuando no local e pondera ser necessário manter o efetiva para que seja feita a reestruturação da unidade. "Essa decisão judicial é para reestruturar o serviço. Então, nesse período, necessita de assegurar a equipe aqui para reorganizar os serviços necessários, para que sejam desenvolvidos conforme as normativas da Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS)."

Ela destaca ainda que o Residencial Niso Prego é a única unidade da rede municipal que faz a acolhida de crianças em situação de abandono, maus-tratos ou violência. Em todo o município, pondera, também são poucos os locais privados que fazem o serviço. "É lamentável esse desfecho, porém, estamos confiantes de que vai se normalizar e que poderemos continuar assegurando um serviço de qualidade", acrescenta.

Na unidade interditada, conforme a Sedhs, as crianças permanecem por um tempo determinado até que possa ser feito o "retorno ao convívio coma família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta". A capacidade máxima é de 50 crianças, que são encaminhadas pelo Juizado da Infância e da Juventude e também pelos conselhos tutelares de Goiânia.

Justiça

A ação civil pública movida pelo MP-GO destaca que a Sedhs foi oficiada em agosto e setembro passado sobre a situação da casa de acolhimento institucional. Naquele primeiro mês, a coordenadora da unidade alegou ao órgão ministerial que o "déficit de pessoal na instituição permanecia sem solução por parte da administração pública municipal".

Já em outubro, a titular da pasta, Maria Yvelônia, informou que enviaria em até 20 dias "proposta de acordo visando à resolução das irregularidades na instituição de acolhimento". Entretanto, consta na ação, não houve cumprimento, mesmo com prorrogação do prazo.

Dois meses depois, em dezembro passado, uma decisão judicial o suspendeu novos acolhimentos no local diante da persistência das "irregularidades" levantadas pelo MP-GO. Na ocasião, ao menos 32 crianças estavam acolhidas na instituição. Já em janeiro, a coordenadora local solicitou a prorrogação da suspensão provisória diante da continuidade do déficit de servidores, mesmo com envio de funcionários lotados em outras unidades.

Em meio ao processo, a Sedhs apontou que 11 novos servidores foram convocados no dia 30 de janeiro. São eles: auxiliar de enfermagem (1), técnico em enfermagem geral (3), agente de apoio educacional (5), e analista em assuntos sociais (2). Dentre as medidas tomadas, também foi feita a contratação de uma empresa, por dispensa de licitação, para serviços de limpeza, higienização, conservação, manutenção, asseio, cozinha, reparos e de motorista. O contrato teve início em 19 de fevereiro, para 180 dias.

A Sedhs informa, em nota, que "as equipes de apoio (cozinheira, auxiliar de cozinha, de limpezas e motoristas) já estão trabalhando na unidade". E acrescenta: "quanto aos educadores sociais, psicólogos e assistentes sociais, estamos tomando as providências para normalizar o quadro necessário de profissionais". O jornal questionou qual o mínimo necessário de servidores à instituição, mas não obteve resposta.

A pasta destaca ainda que a convocação de aprovados no concurso público deve "obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal em relação ao limite prudencial de gastos com pessoal" e que tem avaliado o remanejamento de servidores para a unidade. Além disso, afirma que as obras de reforma já estão em andamento e devem ser concluídas "brevemente", mas sem dar uma data exata.

Para a decisão, a juíza Maria Socorro apontou que "a implementação das medidas são demoradas e insuficientes para sanar todas as carências materiais, estruturais e de recurso humano no Residencial Niso Prego, onde carecem há tempos, até mesmo os serviços básicos de higiene e de alimentação por faltas profissionais para tanto."

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos

Residencial Professor Niso Prego tem problemas em serviços básicos
 (Wildes Barbosa)

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Abrigo de animais busca alternativa para cuidado de 700 cães e gatos para evitar despejo de terreno

Ministério Público pede que a prefeitura garanta um lugar provisório para os animais. A gestão municipal afirma que aguarda uma decisão judicial para adotar uma medida.

Modificado em 19/09/2024, 00:42

Mônica Raquel Aquino é a dona do abrigo Lar dos Animais, que sobre ameaça de despejo

Mônica Raquel Aquino é a dona do abrigo Lar dos Animais, que sobre ameaça de despejo
 (Fábio Lima)

A dona do abrigo Lar dos Animais (Instituto Transformare), Mônica Raquel Aquino, busca alternativas para continuar cuidando de 700 cachorros e gatos resgatados da rua após ter que sair da chácara onde eles vivem, em Goiânia. Desempregada, a dona do abrigo está sem conseguir pagar o aluguel desde o ano passado e, por isso, o dono da chácara entrou na justiça para recuperar o imóvel.

"Eu não tenho condições. As doações que recebemos não dá nem para a ração, quem dirá para pagar o aluguel ou transferência pedida pela justiça. Eu deixo de pagar um funcionário, mas não deixo os animais sem ração, pois sem isso eles adoecem e morrem. Não tenho a menor condição de pagar o aluguel. Eu preciso que a sociedade e o prefeito entendam isso", enfatiza.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pede que a Prefeitura de Goiânia garanta um lugar provisório para os animais ou que apresente outra alternativa para o problema. Em nota, Prefeitura de Goiânia informou que o prefeito Rogério Cruz determinou que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) busque uma solução junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) visando o cuidado e o bem-estar dos animais.

O comunicado também destaca que o município não tem envolvimento com a ação de despejo, pois o abrigo é particular e não público.

A importância do abrigo

Os animais, que antes viviam nas ruas, foram resgatados e passaram a morar no abrigo localizado na região noroeste da capital. Mônica deixou o emprego para cuidar integralmente dos animais, e conta que desde metade do ano passado não consegue arcar com todos os custos do abrigo. As despesas com veterinários, alimentação, higiene e segurança são pagas com doações de pessoas na internet.

Nas redes sociais, a dona do abrigo compartilha a rotina dos cuidados com os animais. Mônica faz publicações dos animais que são resgatados das ruas, os que são deixados na porta da chácara e, principalmente, pedidos de ajuda para arcar com as despesas. Ela escreve que os cachorros e gatos sempre precisam de consultas no veterinário, remédios e ração para comer.

Mônica afirma ainda que, além das doações, não recebe nenhuma ajuda do município para manter o abrigo, que, segundo ela, tem um gasto mensal de R$ 200 mil sem clínica, exames, vacinas e funcionários. A instituição também tem dívidas com clínicas veterinárias. Com a ameaça de despejo, ela relata que teme que os animais tenham que voltar para as ruas.

Ameaça de despejo

Apesar das doações, Mônica não está conseguindo pagar o aluguel da chácara e, por isso, o dono do imóvel entrou com um pedido na justiça para que o abrigo desocupe o local. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do dono da chácara para um posicionamento até a última atualização desta matéria. O processo tramita no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) desde julho de 2022.

Em abril deste ano, a justiça deferiu uma liminar a favor do dono da chácara. O Tribunal explica que não há um mandado de despejo, mas uma intimação para desocupação voluntária, que, segundo Mônica, encerra nesta quarta-feira (12). Com isso, o juiz deverá expedir logo mais uma ordem de despejo.

Diante de tudo isso, a dona do abrigo recorreu ao MP-GO para buscar uma solução para o problema, pois, segundo ela, não tem onde abrigar os 700 cachorros e gatos que vivem na chácara e que não podem retornar para as ruas. O órgão entrou com pedido de tutela incidental contra o Município de Goiânia e estabeleceu um prazo de 48h para ele adotar uma providência.

"O que eu estou pedindo não é para mim. O prefeito não vai doar um dinheiro para mim, ele vai estar cumprindo a obrigação legal dele que o poder público define de cuidar dos animais. Ele tem a obrigação de tirá-los da rua e quando não tem uma política para interromper esse ciclo, ele é responsável pelo aumento do número de animais nas ruas", destaca.

Responsabilidade

De acordo com o MP-GO, no pedido, o promotor de Justiça Juliano de Barros Araújo, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Goiânia, solicita que o município garanta aos animais abrigados segurança e local provisório adequado ou que apresente outra alternativa para o problema, sob pena de multa de R$ 200 mil por descumprimento da liminar, caso concedida.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia disse que o município não foi intimado pelo judiciário para o cumprimento da liminar, por não se tratar de uma atribuição municipal. Apesar disso, a gestão garantiu que concentra esforços para que seja assinado um Termo de Ajustamento de Conduta - TAC para a construção de uma solução para a situação dos animais.

Íntegra da nota da Prefeitura de Goiânia

A respeito da demanda referente à ONG Instituto Transformare, a Prefeitura de Goiânia esclarece o que se segue:

O prefeito Rogério Cruz determinou que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) busque uma solução junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) visando o cuidado e o bem-estar dos animais. Contudo, frisa que o município de Goiânia não é parte na ação de despejo, pois o abrigo é particular e não público.

Destaca que o município não foi intimado pelo judiciário para o cumprimento da liminar, por não se tratar de uma atribuição municipal. Apesar disso, a gestão concentra esforços para que seja assinado um Termo de Ajustamento de Conduta - TAC para a construção de uma solução para a situação dos animais.

A prefeitura destaca ainda que a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) garante políticas públicas voltadas para o bem-estar animal. Neste ano, iniciou a castração de animais de famílias de baixa renda, a fim de promover o avanço das políticas públicas de controle populacional de animais.

Além disso, a Amma incentiva a posse responsável de animais, tendo em vista que são seres vivos e, ao adotá-los, o cidadão se responsabiliza por todo o cuidado necessário para a qualidade de vida e bem-estar. (Colaborou Larissa Feitosa)

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Idoso de 81 anos é encontrado morto após fugir de abrigo, em Alexânia

Corpo foi encontrado mais de 10h após o desaparecimento, pelo Corpo de Bombeiros

Modificado em 20/09/2024, 05:33

Idoso vivia no Abrigo dos Idosos Lar dos Bem Vividos

Idoso vivia no Abrigo dos Idosos Lar dos Bem Vividos (Reprodução/Googçe Street View)

Um idoso de 81 anos foi encontrado morto após fugir de um abrigo, em Alexânia, a 120 km de Goiânia. Segundo a Polícia Civil (PC), a própria instituição registrou o desaparecimento do morador na manhã do último sábado (17) e que, até o momento, as suspeitas são de que a morte tenha sido natural.

O corpo de Trajano Honorato da Silva Lima foi encontrado mais de 10h após o desaparecimento, pelo Corpo de Bombeiros, informou a Prefeitura de Alexânia em nota. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e os médicos atestaram o óbito do idoso no local.

De acordo com a prefeitura, a morte se deu por choque cardiogênico, síndrome coronariana aguda, tabagismo e diabetes mellitus. Ou seja, o coração de Trajano teria parado naturalmente de funcionar devido às doenças preexistentes, suspeitas que foram confirmadas pela Polícia Civil (PC).

O caso é investigado pela delegada Silzane Lúcia Rocha Bicalho, da Delegacia de Polícia de Alexânia. A PC afirma que, até os momento, as perícias indicam que a morte do idoso tenha sido natural, porém destaca que ainda aguarda a conclusão do laudo cadavérico para confirmar as causas da morte.

O sepultamento do idoso foi realizado no Cemitério Municipal Campo da Saúde, de Alexânia. "Foi instaurada Sindicância Administrativa para apurar os fatos, no âmbito administrativo", informou a prefeitura. A reportagem tentou localizar o contato do Abrigo dos Idosos Lar dos Bem Vividos, porém não obteve sucesso.