Mabel diz que demissões na Comurg podem chegar a 2,5 mil
Prefeito afirma que, além dos aposentados, cerca de 1,3 mil efetivos "que não trabalham" devem ser dispensados

Fabiana Pulcineli
13 de fevereiro de 2025 às 06:51

Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) (Diomício Gomes / O Popular)
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), disse nesta quarta-feira (12) que o número de demissões na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) pode chegar a 2,5 mil, que representam cerca de metade dos empregados que atuam hoje na empresa. A conta inclui até 1,2 mil aposentados cuja demissão foi revelada pela reportagem em 30 de janeiro, e outros 1,3 mil que "não trabalham", segundo o prefeito.
Mabel afirmou, no entanto, que as demissões ocorrerão aos poucos e não haverá necessidade de aumento do aporte de R$ 100 milhões previstos para os acertos trabalhistas com aposentados. Segundo ele, com os cortes realizados e a execução do plano para equilibrar as contas neste primeiro semestre, a companhia terá recursos suficientes para as demais dispensas ao longo dos próximos meses.
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"Não é um número exato, mas um levantamento inicial. E não vai sair tudo de uma vez. Mas tem alguns casos absurdos que já vamos tirando prioritariamente. Temos cuidado para não cometer injustiças, mas quem não trabalha não vai ficar. É um critério simples", disse Mabel a reportagem, completando que, em alguns casos, os próprios empregados já estão pedindo demissão.
Ele garante que há respaldo jurídico para a dispensa de efetivos, em caso da justificativa de não exercer adequadamente suas funções. A Comurg já teve casos em que servidores foram demitidos e conseguiram retornar por decisão judicial.
A folha de janeiro da companhia aponta pagamentos salariais a 4.747 efetivos e 517 comissionados. A maioria dos comissionados, no entanto, foi demitida e só recebeu proporcionalmente ao período trabalhado. Segundo a direção, em balanço do fim de janeiro, ficaram 115 comissionados. Mabel disse que também solicitou maior redução nesses cargos sem vínculo.
Outros 1,42 mil empregados estão cedidos a outros órgãos, sem ônus para a Comurg.
A companhia ainda não esclareceu se o número de aposentados chega a 1,2 mil. Levantamento inicial apontava de 800 a 1,2 mil. Os dirigentes sindicais que representam servidores falam em número menor, de cerca de 400.
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