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MPF cobra medidas de segurança de passageiros no Aeroporto de Goiânia após troca de etiquetas

Duas goianas ficaram mais de um mês presas na Alemanha após terem malas trocadas. Situação levantou questionamentos

Modificado em 19/09/2024, 00:23

Duas goianas ficaram mais de um mês presas na Alemanha após terem malas trocadas. Situação levantou questionamentos

Duas goianas ficaram mais de um mês presas na Alemanha após terem malas trocadas. Situação levantou questionamentos (Wildes Barbosa/O Popular)

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento com o objetivo de apurar as medidas que o Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e as companhias aéreas estão adotando para garantir a segurança dos passageiros que passam pelo local. O procedimento, que abrange expedição de ofício às companhias e pedido de informações ao aeroporto, foi aberto em decorrência da prisão injusta de duas goianas na Alemanha após elas terem suas malas trocadas por bagagem com cocaína.

De acordo com o MPF, a "reincidência das irregularidades em voos de conexão oriundos de Goiânia" pode colocar em risco a atividade aeroviária goiana, uma vez que essas situações geram "insegurança nos passageiros e clientes, afetando a credibilidade dos serviços prestados."

Além do caso das goianas Jeanne e Kátyna, que ficaram mais de um mês presas após terem a identificação de suas malas trocadas por bagagem que continha 40 quilos de cocaína, o MPF lembrou de um outro, divulgado pela Polícia Federal, em que uma passageira com voo saindo originalmente de Goiânia, com destino a Paris e com conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, também teve a etiqueta de sua bagagem trocada durante a conexão.

Providências

No procedimento instaurado, o MPF informou ter expedido ofício às companhias aéreas, com pedido de resposta em até 15 dias, para que informem os procedimentos adotados para as seguintes situações:

  • Contratação de funcionários, se são checados antecedentes criminais;
  • Como se dá o processo de fiscalização das bagagens despachadas, se as malas são monitoradas por câmaras desde o check in até o embarque no voo;
  • Se os passageiros recebem alguma instrução de segurança nas lojas, no site e no app da empresa a respeito do cuidado com as bagagens e se o tempo de conexão da maioria dos voos que saem de Goiânia para outros destinos pode ser um fator de risco;
  • Quais providências estão sendo tomadas para minimizar esses riscos.
  • Por fim, o órgão solicitou informações ao Aeroporto Santa Genoveva sobre o procedimento de fiscalização das bagagens despachadas, inclusive indicando se a área comum do aeroporto e o trajeto das malas, desde o despacho, nas esteiras, até a efetiva acomodação nos aviões, são monitorados por câmeras.

    O outro lado

    Em nota enviada ao POPULAR, a CCR Aeroportos, responsável pelas operações do Aeroporto Santa Genoveva, declarou que "vai colaborar com a apuração do Ministério Público Federal (MPF) assim que for notificada e reitera que as companhias aéreas são responsáveis pela bagagem do passageiro, desde o momento em que ela é despachada até seu recebimento no destino final."

    A reportagem também entrou em contato com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) sobre o caso e aguarda retorno.

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    Funcionária é morta pelo ex dentro de supermercado de Goiânia, diz PM

    Delegado relatou que vítima estava separada do homem há quatro meses. Eles morreram no local

    Modificado em 24/04/2025, 16:26

    Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

    Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

    Um homem de 62 anos matou a ex-mulher, de 60, a tiros e se matou em seguida dentro de um hipermercado, por volta das 9h desta quinta-feira (24), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A vítima, identificada como Sílvia Barros, era funcionária do estabelecimento.

    O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, disse em entrevista a TV Anhanguera que a vítima estava recém-separada do ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira. Segundo ele, a suspeita é de um feminicídio.

    O que nós apuramos através das diligências de investigações iniciais é que eles foram casados durante 36 anos e haviam se separado há quatro meses. Ela saiu de casa em dezembro do ano passado, mas ele não aceitou o término e tentou reatar o casamento algumas vezes", disse o delegado.

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    No entanto, Alfama pontua que não há relatos na polícia sobre ameaças do homem à vítima. "Não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela, que estiveram aqui no local, relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência", completou.

    O supermercado Atacadão disse que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, "e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso".

    O delegado relatou que o homem chegou, sabia que ela estava no hipermercado, a procurou e quando encontrou a mulher efetuou ao menos dois disparos. A polícia relatou que a vítima morreu no local.

    Alfama antecipou que a arma de fogo usada no crime pertence a um terceiro, que será investigado. Ele disse não saber ainda como o atirador teve acesso a essa arma.

    O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, mas que a vítima e o autor dos disparos já estavam mortos no local.

    Nota da PM na íntegra:

    A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, na Avenida Perimetral, em Goiânia. Informamos também que a ocorrência está em andamento e que os demais órgãos responsáveis pela investigação do caso já foram acionados.

    Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

    Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

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    Famosos

    Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

    Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

    Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

    Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

    Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

    Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

    O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

    Entenda o caso

    O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

    Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

    Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
    Colaborou Tatiane Barbosa

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    Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

    Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

    Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

    Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

    Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

    O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

    Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

    Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

    A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

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    Policiais mantêm silêncio

    Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

    Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

    Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

    Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
    O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

    Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

    Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

    A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

    PMs tentam três estratégias

    Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

    A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

    Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".