Geral

Mutirama deve voltar em julho com cobrança de ingresso

Prefeitura faz levantamento para reforma e trabalha com retorno no mês de férias. Só famílias com CadÚnico terão gratuidade

Modificado em 28/03/2025, 07:02

Bilheteria do Parque Mutirama: atração ficará fechada para auditoria de todos os brinquedos

Bilheteria do Parque Mutirama: atração ficará fechada para auditoria de todos os brinquedos (Wesley Costa / O Popular)

Fechado há uma semana, o Parque Iris Rezende Machado -- Mutirama não tem data certa para voltar a funcionar. A Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp) trabalha em uma auditoria da situação de todas as 26 atrações do local para verificar o que precisa ser feito para que os brinquedos possam voltar a funcionar com segurança. O consultor da pasta, Flávio Rassi, nomeado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) em meados deste mês, afirma que o objetivo da gestão é "devolver o Mutirama para a população com a mesma importância que tinha antes", ao relembrar que visitava o espaço na sua infância. "Mas com tudo funcionando, bonito e com segurança", diz. A expectativa é que as reformas fiquem prontas até o mês de julho, quando ocorrem as férias escolares.

Consultor da Segenp, Flávio Rassi: “O Mutirama fingia que funcionava” (Prefeitura de Goiânia)

Consultor da Segenp, Flávio Rassi: “O Mutirama fingia que funcionava” (Prefeitura de Goiânia)

Para Rassi, é necessário, no momento, fazer um levantamento de tudo o que tem no parque para saber "o estado real dos brinquedos". "O Mutirama estava fingindo que estava funcionando. Tinham lá seis brinquedos funcionando, isso não é estar aberto", afirma o colaborador. Ele, que é empresário e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), órgão presidido por Mabel até sua posse no Paço Municipal, foi nomeado na pasta junto com o novo secretário, José Silva Soares Neto, com o objetivo de atuar como um servidor eventual e sem custos adicionais à administração pública. A ideia é justamente operacionalizar gestões ditas eficientes em determinados ramos da Prefeitura, como o Mutirama, o Zoológico e os cemitérios.

Na semana passada, o Mutirama ficou sem funcionar desde que os funcionários da empresa Opção Engenharia pararam de trabalhar em razão de falta de pagamento. A Opção não recebeu qualquer valor do atual contrato, firmado em agosto passado, pois o mesmo ainda não recebeu a certificação da Controladoria-Geral do Município (CGM). Sem o laudo técnico de que os brinquedos estão seguros, eles não podem ser operacionalizados e, por isso, o parque ficou fechado. Naquele dia, apenas 5 das 26 atrações receberiam o laudo favorável ao funcionamento e, uma semana antes, 8 brinquedos estavam funcionando. A empresa Trip Locações, responsável pela operação dos brinquedos e bilheteria, também está sem receber há quatro meses.

Para a reportagem, na semana passada, a Opção Engenharia afirmou que precisaria de 15 dias para deixar 22 atrações habilitadas para o uso seguro, com a compra das peças e manutenção. Flávio Rassi conta que o fechamento do parque não se deu apenas em virtude da falta da empresa de manutenção. "O principal problema é que recebemos do engenheiro um laudo de aterramento do parque que constou que não foi feito o aterramento, ou seja, a maioria dos brinquedos são metálicos, é um tempo chuvoso, poderia cair um raio lá e teríamos de fechar o parque porque alguém morreu, seria muito pior. Isso foi muito mais motivo para fechar", diz.

Cobrança

Junto da reforma do Mutirama, a nova gestão municipal já definiu que vai revogar uma decisão feita por Iris Rezende em 2019, quando o parque foi reaberto em junho daquele ano após dois anos de fechamento em razão do acidente com o brinquedo Twister, em que 13 pessoas ficaram feridas. Na época, Iris decidiu que não iria mais cobrar ingressos no parque, que ficou gratuito a todas as pessoas. Antes disso, o ingresso era 16 reais a entrada inteira e 8 reais a meia. Agora, Rassi afirma que já está decidida a volta da cobrança, permanecendo gratuita a entrada apenas para as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). A previsão é que o novo ingresso custe 10 reais a inteira e 5 reais a meia num primeiro momento.

"Vamos voltar a cobrar de quem pode pagar, para quem não pode continuar sem pagar, essa é a determinação do prefeito. As famílias de baixa renda ficam livres, mas quem pode pagar, tem de pagar. Teve época em que compravam o ingresso e usavam todo o parque, tiveram outras em que compravam por tíquete de cada brinquedo. Não vamos inventar modelos, vamos pegar mesmo o que mais se adequa e usar, vai ser uma cobrança acessível e justa", assegura. Rassi afirma que não se fala em privatização ou parceria público-privada (PPP) para a gestão do parque, como seria uma das opções para fazer o espaço rentável, conforme promessa de governo de Sandro Mabel durante as eleições de 2024.

Para ele, o parque não possui características para a privatização, mas que está sendo iniciada a elaboração de um modelo de cessão de direitos de uso da imagem dos brinquedos para que as empresas privadas possam comprar e investir na atração, cuidando da manutenção, por exemplo. "Tem muita empresa com linha infantil, poderia pagar para ter seu nome no brinquedo, algo semelhante aos 'naming rights' dos estádios de futebol, por exemplo." Com isso, as verbas provenientes das cessões e a bilheteria, seria possível fazer com que o Mutirama se torne menos dependente da Prefeitura para se manter.

Porém, Rassi confirma que não há empresas interessadas no momento. "Ninguém tem interesse em colocar dinheiro assim, mas as empresas podem ser convencidas disso. Para isso, a gente tem de mostrar que funciona, que tem transparência, que não tem falcatrua nas bilheterias, que os brinquedos são seguros, que é um espaço bonito para as marcas serem expostas", confirma. Ele entende que a situação no momento, por isso, é de ver as necessidades dos brinquedos e contratar as peças e os serviços necessários para cada um.

"Vamos fazer por etapas mesmo, o que for já sabendo o que precisa, já vamos arrumando. A Casa Mal Assombrada mesmo, a gente descobriu que tem uma verba aqui que podemos usar para ela, então já vamos contratar da melhor forma que tiver, dentro do serviço público. Queremos devolver o parque antes das férias de julho, não sei se vamos conseguir, mas essa é a intenção", fala. Sobre os contratos com as empresas terceirizadas no Mutirama, o consultor reforça que a empresa responsável pela manutenção não foi certificado e, por isso, não seria possível fazer qualquer pagamento, além de não poder mais ser renovado segundo a legislação.

Zoológico

A Segenp também avalia soluções de direitos de cessão de espaço para publicidade para o Parque Zoológico de Goiânia (ZooGyn). "Lá a gente não pode fechar, tem de trocar o pneu com o carro andando mesmo. Vamos fazer concessões, chamar as empresas, mostrar o trabalho que estamos fazendo", diz. Por outro lado, Flávio Rassi entende que o local também deve passar a cobrar um ingresso mais caro do que os atuais 5 reais. A previsão é de que o valor passe a ser de 10 reais, mas com a mesma premissa do Mutirama, com a entrada gratuita para as famílias com CadÚnico.

O consultor da Segenp reforça também o que já havia sido dito na campanha eleitoral, sobre a bilheteria do ZooGyn ter mais opções de pagamento, já que atualmente só se paga com dinheiro. "Não estou dizendo que exista (algo errado) e nem individualizando nada, mas é um ambiente propício a falcatrua, porque as catracas não funcionam, só recebe com dinheiro, muitas vezes não dão os ingressos, só deixam as pessoas entrarem. Temos de pensar na segurança e transparência de tudo isso", diz, ao relatar que já foi instalada uma câmera de segurança na entrada do local que permite a contagem da quantidade de visitantes para comprovar o caixa.

Assim como no Mutirama, Rassi confirma que não é interesse da atual gestão municipal privatizar o Zoológico ou mesmo fazer a concessão da administração do local, e o mesmo é pensado sobre a gestão dos cemitérios municipais. "Temos muitos estudos em andamento, vendo a situação de cada um desses locais, como dos cemitérios, vendo os modelos, o que vai ser mais bem atendido. A nossa principal pergunta é: 'o que fica bom para o povo?'. É isso que a gente tem buscado aqui. Vamos diagnosticar, depois planejar, implementar e testar. Se não ficar bom, a gente muda", afirma ao dizer que a primeira medida deverá ser a gestão dos locais pela própria Prefeitura.

Geral

Mutirama tem 17 dos 26 brinquedos estragados

Com falta de peças de reposição, equipamentos que estragam têm ficado parados à espera da liberação para compras. Local deve passar por revitalização neste semestre

Um dos aviões estragou com uma criança dentro do brinquedo

Um dos aviões estragou com uma criança dentro do brinquedo (Wildes Barbosa / O Popular)

O Parque Iris Rezende Machado, o Mutirama, tem recebido os visitantes, há pelo menos duas semanas, com apenas 8 brinquedos em funcionamento. Outros 17 equipamentos estão parados por estarem em manutenção, sendo a falta de peças de reposição o principal entrave para que a equipe da empresa terceirizada coloque os brinquedos em uso. Além dos 25 brinquedos, o espaço conta ainda com o Parque dos Dinossauros, completando um total de 26 atrações.

Há casos em que a solução parece ser bem mais simples, como o Tobogã, que está sem receber o público pela falta de tapetes para que os usuários possam descer a estrutura sem se machucar. O último que ainda estava inteiro foi rasgado na última semana, depois que o tênis de uma visitante se enganchou no tecido. Ainda assim, não há previsão para que os panos sejam feitos ou adquiridos.

A reportagem apurou junto a funcionários das empresas terceirizadas que atuam no parque para a manutenção e operação dos brinquedos que o principal problema é a falta das peças, que não são adquiridas devido aos decretos publicados pela atual gestão da Prefeitura de Goiânia, no início do ano, para suspender todas as compras e licitações em razão da calamidade financeira. Como a medida tem a estimativa de duração de 60 dias, há a expectativa de que, ainda neste mês, as compras voltem a ser feitas.

Assim, quando os brinquedos sofrem algum problema que não é possível solucionar com as peças já existentes, eles param. Há uma média de dois brinquedos que passam pela manutenção por semana e, por isso, a tendência é que outros também fiquem sem funcionar, caso a situação continue. No Red Baron, por exemplo, um dos aviões parou de descer quando estava em operação, com uma criança dentro do equipamento. A máquina chegou a ser resetada duas vezes, mas não voltou a funcionar plenamente e os técnicos foram chamados para retirar a criança. Como as peças precisariam ser trocadas, a atração permanece fechada.

Já no Bate-Bate (autopista), o problema ocorreu no painel de controle, que possui diversos circuitos, e também necessita de novas peças. Há casos como o Cine 4D, em que não foram pagos os direitos de transmissão dos filmes que são passados aos usuários, o que é preciso fazer a cada quatro anos. Os técnicos chegaram a pensar que o equipamento tinha queimado, mas ele está em funcionamento. No final do ano passado, o Mutirama estava operando com apenas cinco equipamentos sem funcionar (Teleférico, Casa Mal Assombrada, Mini Splash, Mini Bate-Bate e Montanha-Russa).

Levantamento técnico

A Secretaria de Gestão, Negócios e Parcerias de Goiânia (Segen), responsável pelo parque, informou que "uma equipe de engenheiros mecânicos está realizando uma avaliação minuciosa para identificar as reais condições de cada atração" e somente "após esse levantamento serão analisadas as melhores alternativas para reativar os brinquedos". Segundo a pasta, o prazo para o conserto dos brinquedos "dependerá da situação de cada atração, e será definido com base nos resultados do levantamento técnico". Em fevereiro, as empresas terceirizadas chegaram a parar os serviços por falta de pagamento da gestão, o que ocorria desde o ano passado, mas a situação foi negociada com o Paço, e os funcionários voltaram ao local.

A reportagem apurou que os engenheiros que estiveram no parque são ligados ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), órgão do sistema S. Ainda segundo a Segen, também está sendo realizada a auditoria nos contratos de manutenção. Após isso e o levantamento técnico sobre os brinquedos, "os esforços serão direcionados para a reativação das atrações". "A gestão também busca parcerias com a iniciativa privada, fundações e instituições que possam contribuir para esse processo", informa. Questionada se há projeto da atual gestão de privatizar o Mutirama, a Segen respondeu que "a prioridade do prefeito é devolver o Mutirama às crianças, garantindo que o parque continue sendo um espaço de lazer relevante e acessível". "A Segen ressalta que o prefeito Sandro Mabel reafirma seu compromisso em reabrir o parque com segurança e transparência para a população."

Não está descartado o retorno da bilheteria ao Parque Mutirama, ou seja, a cobrança de ingresso, o que não é feito desde junho de 2019, quando o parque foi reaberto após dois anos, em razão do acidente com o Twister, que resultou em 13 vítimas com ferimentos. A reportagem apurou que, após uma revitalização no parque, com a reforma dos brinquedos, há a previsão de retornar com a cobrança. Segundo a Segen, o retorno da bilheteria é uma das opções para auxiliar no custeio e manutenção do parque. "No entanto, o prefeito Sandro Mabel já determinou que a população de baixa renda terá gratuidade", garante a pasta.

IcEsporte

Esporte

Reforma no Parque Aquático de Goiânia deve atrasar para sair do papel

Liberação para início das obras ainda não foi autorizado pela Prefeitura de Goiânia, que aguarda pagamento de taxa pelo Estado para dar andamento ao processo na SEPLANH

Modificado em 04/11/2024, 08:57

Piscina de 50m do Parque Aquático de Goiânia não recebe competição há mais de dez anos

Piscina de 50m do Parque Aquático de Goiânia não recebe competição há mais de dez anos (Wesley Costa)

A reforma do Parque Aquático de Goiânia vai demorar um pouco mais para sair do papel. Por causa de procedimentos burocráticos junto à Prefeitura de Goiânia, a Secretaria de Esporte e Lazer do Estado de Goiás (Seel) ainda não obteve a autorização para iniciar as obras na piscina de 50 metros, que não recebe provas desde 2013 e está interditada desde 2016.

Qualquer obra que o Estado decidir fazer requer autorização do município para início das obras. Como o Parque Aquático está localizado em Goiânia, a Seel precisa da liberação da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (SEPLANH) para começar a reforma na praça esportiva.

O processo junto à SEPLANH foi aberto no dia 16 de setembro deste ano, quase um mês depois da Seel ter divulgado, na edição dia 19 de agosto do Diário Oficial do Estado (DOE), o nome da empresa que venceu o processo de licitação para realizar as obras na piscina principal do Parque Aquático.

De acordo com a SEPLANH, desde então o processo está parado na Prefeitura de Goiânia no aguardo do pagamento da taxa inicial para aprovação do projeto. O valor da taxa é de R$ 154 mil, montante considerado alto pela diretoria da Seel.

"Ficamos felizes de, há pouco tempo, concluir o processo licitatório, a empresa já se preparou para cumprir a ordem de serviço. O problema é que está politizado na prefeitura de Goiânia e o projeto não é aprovado por lá, está parado aguardando um 'ok'", desabafou o secretário da Seel, Rudson Guerra.

Ele disse que a SEPLANH pediu "novamente a documentação do projeto" (o alvará de regularização) e o pagamento da taxa inicial para o andamento do processo interno. "O que a gente gostaria é que o poder público municipal atuasse da mesma forma como o governo de Goiás, pensando no povo e não politizando ações administrativas", completou Rudso Guerra.

Em nota enviada ao jornal, a SEPLANH explicou que o pagamento da taxa é o primeiro passo para dar andamento no processo que tem como finalidade autorizar o início de uma obra em Goiânia. A Seel pretende pagar a taxa para o município na próxima semana.

Depois do pagamento da taxa, a Seel terá de emitir laudo do uso do solo, haverá uma análise documental na SEPLANH e uma vistoria no local (Parque Aquático) antes da aprovação do projeto que dará autorização para início das obras. A cada passo do procedimento, a prefeitura pode fazer novas exigências à Seel.

A previsão da Seel era que as obras começassem ao longo de outubro. A reforma no Parque Aquático terá custo de R$ 3,349 milhões. O valor foi financiado junto à Caixa Econômica Federal, que aprovou a documentação da MRL Construtora, empresa vencedora do processo licitatório do Estado para a reforma da piscina olímpica.

Por causa do atraso burocrático, o contrato com a MRL Construtora ainda não foi assinado. O edital da licitação prevê que as obras sejam concluídas em 18 meses a partir da assinatura do contrato.

Como ainda não tem autorização para realizar a reforma, a Seel optou por ainda não formalizar o documento por entender que pode ter aumento com os custos da reforma, se esta não for concluída dentro do período previsto. Se isso ocorrer, o Estado terá de arcar com novos custos, já que o financiamento junto à Caixa prevê os R$ 3,349 milhões.

Os estudos e projetos de engenharia da área da piscina de 50 metros estão prontos desde o ano passado. A reconstrução é restrita à área da piscina olímpica. O local onde estão as duas outras piscinas, de 25 metros (cada), recebeu ajustes nos últimos anos e voltaram a ser utilizadas em 2019 para iniciação esportiva e atividades para idosos e paradesporto.

A piscina longa (50m) do Parque Aquático de Goiânia, que já foi palco de edições do Campeonato Brasileiro e Sul-Americano, está inativa há mais de dez anos. O último evento realizado no local foi o Torneio Aberto de Outono, em abril de 2013, que contou com 108 atletas.

No período que marca a inatividade da piscina longa do Parque Aquático, Goiânia deixou de sediar eventos de expressão na natação. A expectativa do Estado é que esse cenário mude com a reforma, que vai atrasar para começar.

Confira a nota enviada pela SEPLANH:
A Secretaria de Planejamento e Habitação (SEPLANH) informa que o processo em questão foi aberto no dia 16 de setembro de 2024, mas está pendente o pagamento da taxa inicial. Os passos necessários para a conclusão do processo incluem:

1) Pagamento da taxa inicial; 2) Emissão do uso do solo; 3) Análise documental; 4) Vistoria fiscal; 5) Aprovação do projeto. <br /> Adicionalmente, destacamos que o local em questão não possui projeto aprovado, sendo, por isso, requerido o alvará de regularização.

IcEsporte

Esporte

Capacidade do Serra Dourada pode chegar a 60 mil lugares

Número exato da nova capacidade ainda não está definido, mas estimativa é de aumento com as obras de modernização

Modificado em 04/11/2024, 08:52

Serra Dourada tem capacidade de 38.412 lugares neste ano e deve ter crescimento com reforma&#13;

Serra Dourada tem capacidade de 38.412 lugares neste ano e deve ter crescimento com reforma&#13; (Fábio Lima)

A capacidade do estádio Serra Dourada deve aumentar para cerca de 60 mil lugares após a reforma de modernização, que tem início previsto para 2025 e deve ser concluída em 2028. O número exato ainda não está definido, mas a expectativa da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) é de um aumento considerável. A capacidade atual é de 38.412 lugares.

Em um primeiro momento, o Estado divulgou que a capacidade do estádio seria de 43,6 mil lugares. O número foi citado na Audiência Pública no dia 6 de maio deste ano.

A justificativa para o aumento na estimativa é por causa da criação de novas arquibancadas e camarotes, que estão entre as obrigações que a iniciativa privada terá de fazer no Serra Dourada.

Os prédios em que estão a administração da Seel (lado Norte) e onde ficava a sede da Federação Goiana de Futebol (lado Sul) devem ser utilizados para a criação de camarotes, por exemplo, o que ajudaria no aumento da capacidade. A geral deixará de existir para ampliação das arquibancadas.

"O Serra Dourada até 2018 recebeu 40, 50 mil pessoas. A divisão de torcida era feita pelos próprios policiais. Em 2019, ampliamos a questão da segurança e dividimos o estádio de forma mais segura, houve a redução para 38 mil lugares. Só que agora temos a possibilidade de criação de novas arquibancadas, por isso acredito que (a capacidade) pode chegar a 60 mil lugares", explicou o secretário da Seel, Rudson Guerra.

Desde 2020, o Serra Dourada recebeu apenas 14 jogos. Nesse período, passou mais de dois anos sem receber qualquer partida oficial. Desde que foi reaberto, em 2022, o maior público no principal palco do futebol goiano foi de 35.195 pessoas, sendo 31.627 pagantes na vitória do Flamengo, por 2 a 1, contra o Atlético-GO, na 1ª rodada da Série A deste ano.

Geral

Terminal Praça da Bíblia muda pontos de embarque para passar por reforma

Passageiros terão de utilizar novos locais para tomar e deixar ônibus a partir deste sábado (21). Obra terá duração de 1 ano

Modificado em 04/11/2024, 08:46

Terminal Praça da Bíblia: intervenção integra projeto de reestruturação&#13;

Terminal Praça da Bíblia: intervenção integra projeto de reestruturação&#13; (Wesley Costa)

++GABRIELLA BRAGA++

Passageiros do transporte coletivo que utilizam o Terminal da Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia, terão de utilizar novos pontos de embarque e desembarque a partir deste sábado (21), quando terá início a reforma do espaço. A previsão é que seja finalizada em um ano. A intervenção faz parte do projeto de reestruturação do transporte público, anunciado em janeiro, com proposta de reforma nos terminais e estações do Eixo Anhanguera.

A estrutura provisória para atendimento dos usuários está montada nas proximidades do terminal. Serão oito áreas, contadas de A a H, entre a Avenida Independência, Praça da Bíblia, e a Avenida Laurício Pedro Rasmussem (veja quadro). Além disso, uma linha especial estará em funcionamento para levar os passageiros, gratuitamente, para a Estação Universitária, situada em frente à Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), entre a Avenida Anhanguera e a 5ª Avenida.

De acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivo (CMTC), as estruturas provisórias serão todas cobertas, com iluminação fotovoltaica, câmeras de monitoramento, base do Batalhão de Terminais da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), além de banheiros e serviços de compra de créditos e recarregamento do Bilhete Único. Também haverá profissionais para orientação dos passageiros.

"Toda estrutura de informação também foi preparada para que os passageiros tenham o mínimo de contratempos. Mapas com orientação dos locais de parada das linhas, placas e totens de informação nos locais de parada dos ônibus e em seus arredores foram instalados, além de distribuição de panfletos explicativos por uma equipe do RedeMob Consórcio", cita a CMTC, em nota conjunta com a Secretaria-Geral de Governo de Goiás (SGG). Também não é descartada a possibilidade de ajustes nos primeiros dias de operação na estrutura provisória.

Ainda conforme a companhia, haverá mudanças para o embarque nos ônibus nos novos pontos. A entrada, agora, será pela porta dianteira, com validação da viagem no sistema do ônibus. Já no Eixo Anhanguera, os usuários terão a opção de se deslocar até a Estação Vila Bandeirantes, entre as ruas 5 e 6, no setor homônimo, a cerca de 400 metros. Há também a opção de utilizar a linha especial até a Estação Universitária.

O jornal questionou à CMTC o valor da obra, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

Projeto Nova RMTC

A reforma do Terminal Praça da Bíblia integra o projeto Nova Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (Nova RMTC) anunciado pelo Governo de Goiás em janeiro deste ano. Ao todo, serão R$ 1,6 bilhão em investimentos do tesouro estadual, além de recursos das prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira, e das concessionárias do transporte público, para a reestruturação do serviço.

Durante o anúncio do investimento, foi apresentado que 1,2 mil veículos serão substituídos. Além disso, toda a frota do Eixo Anhanguera será eletrificada e os terminais e estações serão reformados. A previsão é que a reestruturação do Eixo será totalmente concluída até o fim de 2025. Além do Terminal Praça da Bíblia, o Terminal Novo Mundo já está em obras desde janeiro e deve ser concluído até dezembro. Outros quatro terminais -- Praça A, Padre Pelágio, Dergo e Senador Canedo -- também receberão a reforma.

Até o momento, foram concluídas as intervenções em cinco estações do Eixo Anhanguera, chamado também de BRT Leste Oeste, nos moldes das plataformas do BRT Norte Sul, inaugurado no fim de agosto. São elas a estação do Lago das Rosas, Anhanguera, Vila Bandeirantes, Universitária e Hemocentro. Na ocasião da entrega desta última, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) informou que "todas as 19 estações do Eixo Anhanguera serão reformadas ao longo dos próximos meses".