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Novos serviços do transporte público de Goiânia estão à espera

Após prometer implantar novidades para usuários a cada mês desde maio, nova modalidade de tarifação não chegou aos usuários em junho e nem em julho

Modificado em 20/09/2024, 04:33

Validação no Terminal Praça A: tarifa cheia do transporte é de R$ 7,26

Validação no Terminal Praça A: tarifa cheia do transporte é de R$ 7,26 (Fábio Lima)

Há dois meses que os usuários do sistema de transporte coletivo metropolitano de Goiânia esperam novos modelos de tarifação sem que qualquer novidade seja anunciada pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

Em fevereiro deste ano, com o início da nova Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), foi prometido um novo serviço para o sistema a cada mês a partir de maio. Ao todo, sete modelos foram anunciados com o planejamento de implantação ao longo deste ano, mas apenas dois saíram do papel até então.

O primeiro deles foi o Bilhete Único, iniciado já no dia 2 de abril, e que permite ao usuário do Cartão Fácil fazer até quatro integrações após o primeiro embarque em um período até 2h30.

Já no mês seguinte, os trabalhadores que utilizam o sistema metropolitano puderam utilizar o Passe Livre do Trabalhador (PLT), implantado como uma alternativa ao vale-transporte pago pelas empresas de forma obrigatória por lei trabalhista. No caso do PLT, ao custo de R$ 180 mensais pagos pela empresa que aderiu ao serviço, o usuário pode realizar até oito viagens diárias por todos os dias do mês.

A previsão era que em junho um novo serviço fosse anunciado para os passageiros. Havia a expectativa de que fosse implantado o Bilhete Meia-Tarifa, que permitiria o pagamento de R$ 2,15 (metade do valor da tarifa atual, de R$ 4,30) para viagens de até 5 quilômetros (km) de distância. No entanto, nada foi implantado no sistema metropolitano desde então.

O DAQUI apurou que a demora tem relação com a necessidade de estudos técnicos e verificação da tecnologia para o funcionamento do serviço. Até então, havia a dúvida de como seria a medição da distância da viagem.

O principal modelo seria a implantação de linhas específicas que se locomoveriam por pontos estratégicos dentro da distância de 5 km e a cobrança de meia-tarifa, o que seria tecnicamente mais fácil de ser realizado, mas demandaria um remanejamento da frota.

Outro modelo seria a fiscalização via aplicativo, com a medição da distância da viagem, e pagamento da tarifa diretamente por esta via. A CMTC ainda não confirma qual modelo será o realizado. No entanto, o presidente da CMTC, Tarcísio Abreu, na segunda-feira (25) confirmou que essa bilhetagem será a próxima a ser lançada, o que deve ocorrer ainda em agosto.

O Bilhete Meia-Tarifa tem a intenção de aumentar o uso do transporte coletivo entre usuários de curtas distâncias. Existe o entendimento de técnicos do setor de que para essas viagens o valor de R$ 4,30 é considerado alto, já que fica próximo ao que se gastaria com um transporte por aplicativo, por exemplo, que daria mais comodidade e confiabilidade. Com a redução do preço, no entanto, faria com que os ônibus ficassem mais competitivos. Para se ter uma ideia, com essa distância na viagem, seria possível se locomover da Praça Cívica até o alto do Setor Bueno pagando R$ 2,15, por exemplo.

O cronograma da CMTC deve seguir ainda com a implantação do cartão de um dia, depois cartão de uma semana, o pós-pago e o cartão família. Os dois primeiros são voltados aos usuários esporádicos, como os turistas da capital. Eles permitiriam utilizar qualquer linha e por inúmeras vezes o sistema metropolitano pelo tempo contratado (24 horas ou uma semana) por um valor fixado que ainda não foi definido pela CMTC.

Já o Cartão Família tem a premissa de que poderá ser usado por cinco pessoas do mesmo núcleo familiar ao custo de uma única passagem e aos finais de semana. O Bilhete Pós-pago também deverá ser implantado via aplicativo específico do sistema e permite que as viagens realizadas ao longo do mês sejam pagas em uma fatura no mês seguinte.

Adesão

Os serviços já implantados neste ano no sistema metropolitano possuem cerca de 20% de adesão dos usuários. No caso do Bilhete Único, o primeiro a ficar à disposição, já representa 21,2% de todo o uso de ônibus na região metropolitana, o que representa 1.166.765 validações. O número absoluto é menor do que nos meses anteriores o que é explicado por ser julho um mês de férias escolares, com a redução geral da demanda do serviço. Em junho, por exemplo, foram 1.988.939, mas que representou 20,6% da demanda total.

Já com relação ao PLT, até então, 1.477 empresas trocaram o sistema de vale-transporte pelo modelo alternativo proposto pela CMTC. Este volume representa 17,7% do total de empresas cadastradas na Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) e emprega um total de 17.333 trabalhadores que são usuários de ônibus. Esse montante de passageiros é o relativo a 15,7% do total cadastrado na RMTC.

Ainda há 8.354 empresas que continuam a fornecer apenas o vale-transporte, cujo uso se dá pelo Cartão Fácil, o que permite aos 110.629 trabalhadores utilizarem também o benefício do Bilhete Único. Válido lembrar que os novos serviços foram possibilitados pela mudança no modelo de tarifação, com a implantação da tarifa de remuneração de R$ 7,26, custeado por subsídio.

Subsídio inicia em agosto

O pagamento do subsídio ao sistema metropolitano de transporte coletivo, aprovado em lei estadual no fim de 2021, só deve começar a chegar ao consórcio das empresas concessionárias em agosto. As prefeituras de Goiânia, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia e o Estado de Goiás ainda aguardam o cálculo final sobre qual o valor que deverá ser pago.

A lei determina que Estado e Goiânia devem arcar, cada um, com 41,2% da diferença entre a tarifa de remuneração (R$ 7,26) e a tarifa pública (R$ 4,30), enquanto que Aparecida custeia 9,4% e Canedo 8,2%. Neste mês, estado e Goiânia ainda realizaram o pagamento do Plano Emergencial realizado judicialmente para conter os problemas gerados pela pandemia da Covid-19, mas relativo a abril.

O subsídio, além dos modelos de tarifação, também vai permitir a renovação da frota do sistema. Em junho, seis novos ônibus já foram entregues. Eles estão operando no Eixo Anhanguera e suas extensões para complementar a frota da Metrobus. Ao todo, serão 30 ônibus articulados e 45 convencionais, os quais serão usados na linha interárea Anhanguera e entrarão em operação em até setembro. Em média o investimento será de R$ 600 mil em cada ônibus e todos serão usados no Eixão.

IcMagazine

Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

Geral

Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)