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Obras no asfalto do Eixão da Avenida Anhanguera seguem em ritmo lento

Revitalização do asfalto no corredor exclusivo de transporte coletivo ficou paradaa por 10 dias no começo de outubro e desde então só avançou mais 600 metros

Modificado em 20/09/2024, 05:24

Obras no asfalto do Eixão da Avenida Anhanguera seguem em ritmo lento

(Wildes Barbosa / O Popular)

Em um mês, as obras de revitalização das pistas do transporte coletivo da Avenida Anhanguera só andaram cerca de 600 metros. O serviço iniciado em junho passado tinha a previsão de requalificar o asfalto de todo o Eixão, somando 28 quilômetros (km), até o final de novembro, em cálculo que leva em consideração as duas mãos da via central. No entanto, com o realizado até então, soma-se cerca de 7,6 km, entre a Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, e a Praça Dr. Abraão Rassi, em frente ao Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), no Setor Oeste.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) informa que as obras estão em andamento, mesmo que em ritmo mais lento. Em outubro, por pelo menos dez dias, o maquinário que realizava o serviço ficou parado na Praça das Mães, também no Setor Oeste. Na ocasião, a Seinfra informou que "em todo o período de virada de mês existe uma reprogramação de valores de insumo das empresas que fornecem a matéria prima, a base de petróleo". Havia a promessa de normalização da situação ainda na primeira semana do mês passado para o reinício da obra, mas ainda assim, o trabalho andou pouco de lá para cá.

O novo titular da Seinfra, Denes Pereira, que desde a semana passada acumula o cargo com a de secretário da Secretaria Municipal de Administração (Semad), afirma que o problema de aquisição do material, que é um Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), continua, o que tem prejudicado o andamento da obra. No entanto, ele explica que a Seinfra prepara uma solução para a situação para os próximos dez dias, quando então haverá matéria prima suficiente para dar um andamento mais célere ao trabalho. Outro problema alegado é a antecipação do período chuvoso, o que prejudica a normalidade do cronograma.

"É um período pré-chuva, então todo mundo foi atrás desse material antes para conseguir fazer os serviços em outras obras particulares. Acaba que a procura foi muito grande e fica difícil de encontrar no mercado, dificultou para a gente. Mas estamos pensando em uma solução para resolver isso nos próximos 8 ou 10 dias de vez", argumenta Pereira, mesmo sem antecipar qual seria a solução que vem sendo planejada pelo Paço. Ele reforça ainda que, de todo modo, as obras estão andando e não ficaram paradas nesse período. Segundo a Seinfra, já foram gastos 3.108 toneladas de massa asfáltica, um investimento total de R$ 1.818.180.

Até o começo de outubro, haviam sido gastos 2.100 toneladas de massa asfáltica na obra, conforme o informado pela Seinfra na ocasião. Ao todo, a previsão é que sejam utilizados até 9,660,51 toneladas de CBUQ na pista central da Avenida Anhanguera. Os trabalhos de requalificação da pista dos ônibus do Eixão ocorrem de forma direta, ou seja, os próprios servidores da Seinfra é quem tem realizado o serviço, que consiste na reconstrução de toda a capa asfáltica e ainda realiza o nivelamento do pavimento de algumas estações de embarque e desembarque de passageiros, o que já ocorreu nas denominadas Universitária e Botafogo.

Ainda faltam ser feitos os trechos da Praça Abraão Rassi até o Terminal Padre Pelágio, no Setor Ipiranga, e do Terminal Praça da Bíblia ao Terminal Novo Mundo. Válido lembrar que o serviço é realizado após decisão judicial favorável da juíza Patrícia Carrijo em ação da Metrobus, detentora da concessão para operar o sistema de transporte coletivo metropolitano no Eixo Anhanguera e suas concessões. A disputa ocorria com a empresa cobrando da Prefeitura de Goiânia a manutenção do asfalto da via, que no entendimento dos técnicos da Metrobus era o principal responsável pelos problemas mecânicos apresentados constantemente pela frota de ônibus. O Paço entendia que a manutenção seria da própria Metrobus, por ser a concessionária da linha.

A Justiça deu ganho de causa à empresa, obrigando o Paço Municipal a manter o corredor de ônibus em boas condições. A disputa foi iniciada ainda em 2018 e neste período houve deficiência no cumprimento de viagens por parte da Metrobus com a redução da frota. No primeiro semestre deste ano, a concessionária publicou edital para contratação de 114 novos ônibus, que serão elétricos. O processo foi questionado, primeiramente pelo Ministério Público do Estado de Goiás, adiando a abertura para junho, quando então foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). Em razão disso, houve um acordo operacional com outras concessionárias para incremento da frota com 60 ônibus.

Em outubro, após acordo com a Metrobus, o edital será atualizado, com a previsão de publicação em dezembro. O Estado de Goiás, que detém a maior parte das ações da empresa, estima que os novos ônibus devem começar a operar no mês de abril. No entanto, ainda não há um cronograma da chegada dos veículos. No edital anterior, o documento previa que cerca de 14 ônibus já estariam em operação neste segundo semestre de 2022.

Novo cronograma vai até junho

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) vai realizar a requalificação asfáltica da pista central da Avenida Anhanguera até o mês de junho do ano que vem. Inicialmente, o acordo judicial feito com a Metrobus era de finalizar toda a revitalização do Eixo Anhanguera até novembro deste ano. Há um mês, já havia a divulgação de mudança nesta programação. Na ocasião, o trecho entre os terminais Praça da Bíblia e Padre Pelágio seria entregue na data inicial, enquanto que da Praça da Bíblia ao Terminal Novo Mundo seria realizado a partir do primeiro semestre de 2023, dividindo a obra em duas etapas.

Agora, a Seinfra realiza um novo cronograma e divide a obra em três etapas. Desta forma, fica prometido até dezembro deste ano a requalificação asfáltica do Eixão entre a Praça da Bíblia e o Terminal Praça A, no Setor Campinas. Válido lembrar que, no momento, as obras estão prontas apenas até a Praça Abraão Rassi, no Setor Oeste. A segunda etapa da obra seria entre os terminais Praça da Bíblia e Novo Mundo, no sentido Goiânia a Senador Canedo, o que é estimado para ficar pronto até março do ano que vem.

A terceira e última etapa da obra, entre os terminais Praça A e Padre Pelágio, seria iniciada a partir de março e com a previsão de finalização até junho de 2023. Segundo a Seinfra, faltam 7.736 toneladas de massa asfáltica para concluir, com custo de R$ 4.525.560. O secretário da Seinfra, Denes Pereira, afirma que as obras vão seguir mesmo com o período chuvoso deste final de ano.

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Funcionária é morta pelo ex dentro de supermercado de Goiânia, diz PM

Delegado relatou que vítima estava separada do homem há quatro meses. Eles morreram no local

Modificado em 24/04/2025, 16:26

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Um homem de 62 anos matou a ex-mulher, de 60, a tiros e se matou em seguida dentro de um hipermercado, por volta das 9h desta quinta-feira (24), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A vítima, identificada como Sílvia Barros, era funcionária do estabelecimento.

O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, disse em entrevista a TV Anhanguera que a vítima estava recém-separada do ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira. Segundo ele, a suspeita é de um feminicídio.

O que nós apuramos através das diligências de investigações iniciais é que eles foram casados durante 36 anos e haviam se separado há quatro meses. Ela saiu de casa em dezembro do ano passado, mas ele não aceitou o término e tentou reatar o casamento algumas vezes", disse o delegado.

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No entanto, Alfama pontua que não há relatos na polícia sobre ameaças do homem à vítima. "Não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela, que estiveram aqui no local, relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência", completou.

O supermercado Atacadão disse que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, "e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso".

O delegado relatou que o homem chegou, sabia que ela estava no hipermercado, a procurou e quando encontrou a mulher efetuou ao menos dois disparos. A polícia relatou que a vítima morreu no local.

Alfama antecipou que a arma de fogo usada no crime pertence a um terceiro, que será investigado. Ele disse não saber ainda como o atirador teve acesso a essa arma.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, mas que a vítima e o autor dos disparos já estavam mortos no local.

Nota da PM na íntegra:

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, na Avenida Perimetral, em Goiânia. Informamos também que a ocorrência está em andamento e que os demais órgãos responsáveis pela investigação do caso já foram acionados.

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

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Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

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Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".