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Polícia faz medição na T-9 para saber velocidade de veículos envolvidos em racha

Investigação apontou que os ocupantes da Hilux e da BMW estavam em uma boate de Goiânia consumindo bebidas alcoólicas e, ao deixarem o local, teriam apostado uma corrida na avenida

Modificado em 20/09/2024, 01:20

Usando as imagens das câmeras e os frames, com o tempo de deslocamento dos veículos, será possível calcular a velocidade durante o racha.

Usando as imagens das câmeras e os frames, com o tempo de deslocamento dos veículos, será possível calcular a velocidade durante o racha. (Wesley Costa/O POPULAR)

A Polícia Técnico-Cientifica realizou uma medição na tarde desta sexta-feira (3) na Avenida T-9, no setor Bueno, em Goiânia, para saber a velocidade dos veículos envolvidos em um racha, que culminou na morte de dois jovens na madrugada de 7 de maio.

Por conta do trabalho, o trecho entre a rua T-30 e a rua T-33 foi interditado nesta tarde pela Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) para "dar segurança aos servidores da Polícia Técnico-Científica".

A perícia informou que o trabalho não se trata de uma reconstituição. Por meio da medição, que utiliza frames de câmeras de segurança e deslocamento em segundos, a polícia consegue ter uma estimativa muito próxima da velocidade dos veículos no momento do acidente.

"Não é uma reconstituição, é uma tomada de imagens com medida da via pra fazer uma sobreposição com imagens gravadas no dia pra poder fazer o cálculo da velocidade com mais precisão. A partir disso (dos dados obtidos na medição) eles vão fazer os cálculos da velocidade, e vão ter também a correção estatística, o valor calculando o erro nessa velocidade, que é muito baixo por conta desse trabalho que eles estão fazendo aqui agora." - explicou o perito Olegário.

"Com os dados obtidos não será preciso reconstituir o acidente. Com base nos depoimentos e imagens já será possível concluir a investigação", afirmou o perito criminal Olegário.

"A reconstituição só será necessária se a autoridade policial que é o delegado, achar necessário. Tudo indica que não será necessário uma reprodução simulada. Até porque já houve uma perícia no dia do fato. Então nós temos o laudo de local, e esse daqui agora." - completou.

O acidente

A perícia ocorreu no âmbito das investigações do acidente que provocou a morte de dois jovens (um no local do acidente e outro no hospital), na madrugada de 7 de maio.

De acordo com informações da Delegacia de Crimes de Trânsito (Dict), os ocupantes da Hilux e da BMW estavam em uma boate da capital consumindo bebidas alcoólicas e, ao deixarem o local, teriam apostado um racha, dirigindo em alta velocidade na avenida T-9.

Marcella Sonia Gomes do Amaral, de 15 anos, foi arremessada do veículo e morreu ainda no local. Já Wictor Fonseca Rodrigues, de 20 anos, que foi internado após também ser arremessado, teve a morte encefálica constatada no dia 10 de maio.

Usando as imagens das câmeras e os frames, com o tempo de deslocamento dos veículos, será possível calcular a velocidade durante o racha.

Usando as imagens das câmeras e os frames, com o tempo de deslocamento dos veículos, será possível calcular a velocidade durante o racha. (Wesley Costa/O POPULAR)

Os peritos demarcaram parte da rua para aferir as medições e poderem calcular a velocidade dos veículos no momento do acidente.

Os peritos demarcaram parte da rua para aferir as medições e poderem calcular a velocidade dos veículos no momento do acidente. (Wesley Costa/O POPULAR)

Trecho da Avenida T-9 foi interditado durante a tarde dessa sexta-feira (3), para que a Polícia Científica realizasse os procedimentos de medição.

Trecho da Avenida T-9 foi interditado durante a tarde dessa sexta-feira (3), para que a Polícia Científica realizasse os procedimentos de medição. (Foto: Wesley Costa/O POPULAR)

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Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Motorista envolvido em acidente que matou irmãos na BR-414 estava bêbado, diz polícia

Polícia Civil acompanha o caso e continuará com as investigações para apurar as causas do acidente

Modificado em 21/04/2025, 14:43

Segundo a PRF, motorista embriagado causou acidente que matou irmãos na BR-414, em Abadiânia (Divulgação/PRF e Reprodução/Redes Sociais)

Segundo a PRF, motorista embriagado causou acidente que matou irmãos na BR-414, em Abadiânia (Divulgação/PRF e Reprodução/Redes Sociais)

O motorista envolvido no acidente que matou irmãos na BR-414 estava dirigindo bêbado, conforme informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O acidente aconteceu na manhã do último sábado (19), em Abadiânia, na região do Entorno do Distrito Federal.

Como o nome do motorista não foi divulgado pelas autoridades, O DAQUnão conseguiu localizar a defesa dele até a última atualização dessa matéria.

O acidente envolveu um Hyundai HB20 e uma caminhonete Ford Ranger. No Hyundai estavam uma mulher, de 31 anos, e seus três filhos: Daniel da Silva Barbosa, de 13 anos, Samuel da Silva Barbosa, de 6, e um bebê de 1 ano. Enquanto na caminhonete estavam quatro pessoas, incluindo o motorista.

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De acordo com a PRF, após o acidente, os motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro. A motorista do HB20 não apresentou ingestão de álcool. Já o motorista da Ranger testou positivo, com 0,52 mg/L de álcool no sangue, teor considerado crime pela legislação que permite até 0,05 mg/L de álcool por litro de ar expelido.

A Polícia Técnico-Científica foi acionada e esteve no local para investigar as circunstâncias do acidente. A Polícia Civil acompanhará o caso e dará continuidade às investigações para apurar as causas do acidente.

Acidente na BR-414 envolveu uma caminhonete Ford Ranger e um Hyundai HB20 (Divulgação/PRF)

Acidente na BR-414 envolveu uma caminhonete Ford Ranger e um Hyundai HB20 (Divulgação/PRF)

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".