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Prefeitura de Goiânia suspende entrega do BRT após estrago em viaduto

Obra sofreu rebaixamento na cabeceira e ainda não tem data para inauguração. Estações intermediárias do corredor também atrasaram. Engenheiro estima dois meses para operação do viaduto

Modificado em 21/09/2024, 00:32

Viaduto no cruzamento da Perimetral Norte com a Goiás Norte: carros passam em via lateral improvisada. Liberação não tem prazo previsto

Viaduto no cruzamento da Perimetral Norte com a Goiás Norte: carros passam em via lateral improvisada. Liberação não tem prazo previsto (Wesley Costa/O Popular)

A entrega de parte do Trecho 2 do BRT Norte-Sul, com a circulação dos ônibus no eixo de transporte foi suspensa. A data programada era o aniversário de Goiânia, 24 de outubro. O motivo é um imprevisto. Houve rebaixamento no encabeçamento do viaduto, que está em construção no cruzamento das avenidas Goiás Norte e Perimetral Norte.

A Prefeitura de Goiânia afirmou ontem que não há nova data prevista para a entrega da obra e do trecho do corredor. A administração municipal declarou, no entanto, que isto só vai ocorrer quando técnicos informem haver plenas condições de liberação do local.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que "ao tomar conhecimento de que as obras das estações intermediárias atrasaram e de que não vai conseguir garantir a total segurança do Viaduto da Perimetral Norte, no Trecho 2 do Corredor BRT Norte-Sul, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, determinou que só vai inaugurar a obra quando houver total segurança para a população e a plena condição de operação."

Ainda na nota, a Prefeitura detalha que no último feriado, 12 de outubro, a cabeceira do viaduto sofreu um rebaixamento e o prefeito determinou à Secretaria de Infraestrutura de Goiânia (Seinfra) que realize um levantamento técnico para identificar e solucionar a questão. A data da entrega será divulgada assim que o novo cronograma for estabelecido.

Especialista em obras de infraestrutura, engenheiro Everton Schmaltz diz que o prazo mínimo para deixar esta obra pronta seria de um mês, mas para que ela tenha funcionalidade, com conclusão de sinalização e calçadas, por exemplo, dois meses.

A Seinfra foi procurada na quarta e na quinta-feira desta semana, mas não comentou o andamento dos trabalhos. No canteiro de obras, localizado no cruzamento das avenidas Goiás Norte e Perimetral Norte, operários informaram que estavam trabalhando todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados na tentativa de entregar o serviço dentro do prazo, mas nem eles acreditavam nisso por conta da alteração no cronograma desta semana.
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Uma das pessoas ouvidas pela reportagem, que atua na obra e prefere não ter o nome publicado, havia informado, antes da Prefeitura, que havia ocorrido um rebaixamento do solo no encabeçamento em um dos lados do viaduto. Ela já previa o retardo da entrega. Ela disse que os colegas que atuam nesta área estavam havia alguns dias realizando o reparo. "A gente não sabe quanto tempo mais levará (para concluir a obra)."
O engenheiro Everton Schmaltz explica que este é um problema comum em obras deste tipo. "Ocorre geralmente quando o solo é diferente do que era esperado. (...) Retira-se a terra que poderia ser um problema e faz-se o aterramento", explica. Ele diz que é uma situação simples e recorrente.

In loco
O engenheiro Everton Schmaltz tem experiência neste tipo de obra e visitou o canteiro na manhã de ontem. Ele observou o andamento da construção do viaduto e do terminal de passageiros. Pela observação, ele entende que a parte estrutural de concreto está com 90% de conclusão. "Talvez um pouco mais. Faltam detalhes, muretas e outras coisas menores."

Já os aterros de acesso ao viaduto têm cerca de 40% de conclusão. Ele ressalta que, depois desta etapa, ainda faltariam o sistema viário, de iluminação, de pavimentação e drenagem, que ainda não foram iniciados. "Existe uma diferença entre terminar uma obra e deixar uma obra 100% funcional para ser utilizada. Para a conclusão estima-se que seriam por volta de 25 a 30 dias. Para colocar em utilização pode se estimar em até 60 dias, se apertarem muito o ritmo, em 50 dias."

Schmaltz destaca, no entanto, que para deixar o tráfego fluir de forma mais regular na Perimetral Norte, é possível estimar em 15 dias, mas não em condições ideais. Para que a Avenida Goiás Norte possa, de fato, ter fluxo normal de veículos, inclusive dos ônibus do transporte coletivo, ele explica que ainda é necessária a conclusão completa do terminal, além da obra do viaduto. Neste caso, por contar também com uma obra civil e não somente a obra rodoviária, ele entende que podem existir outros fatores que possam atrasar um pouco mais.

O engenheiro destaca, também, que as técnicas e estratégias utilizadas na construção são modernas e atuais, apesar de mais caras. "A técnica de placas e pó de pedra (no acesso e rebaixamento) é resistente e considerado melhor material."

Linha inicial tem 10 km de extensão

Com a mudança de cronograma informada pela Prefeitura de Goiânia para entrega do viaduto da Perimetral Norte, o trecho 2 do Corredor BRT Norte-Sul também fica sem data para receber os primeiros veículos no BRT. A operação para atendimento de passageiros tem previsão de iniciar com seis veículos, conforme foi mostrado pelo POPULAR há dez dias.

O primeiro trecho do ônibus BRT Norte-Sul a operar deverá ser entre o Terminal do Recanto do Bosque e a Rodoviária de Goiânia, no Setor Norte Ferroviário. Esta linha tem 10,5 quilômetros e os terminais e plataformas de embarque e desembarque estão sendo finalizados. O terminal que fica ao lado do viaduto em construção está em fase de acabamento. As plataformas até o terminal rodoviário também passam pelos ajustes finais para o início da operação.

A ideia inicial era inaugurar um trecho maior, que contemplaria até um total de 18 quilômetros, até o Terminal Isidória, ofertando duas linhas de transporte coletivo, mas o restante da obra só deve ser finalizada em dezembro pela Seinfra. O terminal que está com a reconstrução sendo finalizada deverá retomar a operação para receber ônibus de outras linha até que o BRT opere de fato. Desde o fim de setembro de 2019, os passageiros que usavam o Isidória estão sendo atendidos em uma estrutura improvisada na Alameda João Elias Caldas, no Setor Pedro Ludovico.

Os seis veículos para o início da operação do BRT têm capacidade para levar cada um até cem passageiros. A expectativa é que, juntos, realizem mais de 200 viagens por dia, com capacidade de até 36 mil passageiros.

Os veículos de 14 metros de comprimento não são articulados, diferentes dos que fazem a linha do Eixo Anhanguera. Quatro deles devem fazer a linha de quase cinco quilômetros e dois outros ônibus estarão à disposição para serem usados em falhas dos primeiros.

Conforme apurado anteriormente, as viações HP e a Reunidas serão responsáveis pela linha, de maneira conjunta.

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Funcionária é morta pelo ex dentro de supermercado de Goiânia, diz PM

Delegado relatou que vítima estava separada do homem há quatro meses. Eles morreram no local

Modificado em 24/04/2025, 16:26

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Um homem de 62 anos matou a ex-mulher, de 60, a tiros e se matou em seguida dentro de um hipermercado, por volta das 9h desta quinta-feira (24), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A vítima, identificada como Sílvia Barros, era funcionária do estabelecimento.

O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, disse em entrevista a TV Anhanguera que a vítima estava recém-separada do ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira. Segundo ele, a suspeita é de um feminicídio.

O que nós apuramos através das diligências de investigações iniciais é que eles foram casados durante 36 anos e haviam se separado há quatro meses. Ela saiu de casa em dezembro do ano passado, mas ele não aceitou o término e tentou reatar o casamento algumas vezes", disse o delegado.

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No entanto, Alfama pontua que não há relatos na polícia sobre ameaças do homem à vítima. "Não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela, que estiveram aqui no local, relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência", completou.

O supermercado Atacadão disse que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, "e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso".

O delegado relatou que o homem chegou, sabia que ela estava no hipermercado, a procurou e quando encontrou a mulher efetuou ao menos dois disparos. A polícia relatou que a vítima morreu no local.

Alfama antecipou que a arma de fogo usada no crime pertence a um terceiro, que será investigado. Ele disse não saber ainda como o atirador teve acesso a essa arma.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, mas que a vítima e o autor dos disparos já estavam mortos no local.

Nota da PM na íntegra:

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, na Avenida Perimetral, em Goiânia. Informamos também que a ocorrência está em andamento e que os demais órgãos responsáveis pela investigação do caso já foram acionados.

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

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Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

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Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

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Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".