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Rafael Cardoso tem carro roubado em arrastão no Rio: 'Atiraram na gente'

Ator contou que crime ocorrido na quinta-feira, 15, o motivou a se afastar das redes sociais: 'Foi um divisor de águas'

Modificado em 26/09/2024, 00:28

Rafael Cardoso em cena de 'O Outro Lado do Paraíso'

Rafael Cardoso em cena de 'O Outro Lado do Paraíso' (Estevam Avellar / Globo / Divulgação)

O ator Rafael Cardoso viveu momentos de tensão ao passar por um arrastão na última quinta-feira, 15, no Rio de Janeiro. "Fui assaltado na Washington Luís, tomei um monte de tiro, graças a Deus não morri", contou nos stories do Instagram de sua mulher, Mariana Bridi.

"Fui o segundo carro. Saiu um cara com arma na minha cabeça, arma na barriga, tomei uma pistolada no peito. Além disso, os caras não satisfeitos em terem levado nosso carro, na hora que eles estavam saindo, estava eu e o Paulo - nosso funcionário, meu irmãozão - eles começaram a atirar na gente. A gente correu igual sei lá o que pra ir embora", contou.

Segundo o ator, o episódio o motivou a se afastar de suas redes sociais por algum tempo: "Isso pra mim foi um divisor de águas. Vou fazer só o que importa pra mim de verdade, o que acho importante. Então não tô mais no Instagram por um tempo. Um beijo, até já!"

Sua mulher, Mariana, com quem tem dois filhos, também comentou o assunto: "A gente tá falando, rindo, brincando... Porque foi f***. Já passaram alguns dias, o aniversário do Rafa [ocorrido no sábado, 17] foi super importante, a gente celebrou muito."

"É muito importante dizer que tá difícil. O Rio de Janeiro, o Brasil, tá muito perigoso. Tá assustador sair de casa."

A sogra de Rafael, Sonia Bridi, jornalista da Globo, compartilhou um desabafo sobre a situação em seu Instagram. Segundo sua filha, o relato foi escrito a pedido do próprio Rafael, para que não tivesse que 'reviver' a situação.

"Estamos desprotegidos. Se hoje Aurora e Tintim, e também Marquinhos e Mateus - filhos do Paulo- ainda têm pai, é por força do acaso [...]. Minha família teve sorte. Milhares de outras, não."

"Na madrugada de quinta, meus netos dormiam tranquilos quando o pai deles estava com uma arma na cabeça. Rafael e Paulo voltavam do sítio com uma carga de produtos orgânicos. A camionete foi cercada e abalroada nas laterais por cinco carros que estavam no arrastão".

"Não ofereceram resistência. Mas os bandidos mesmo assim se revezaram mantendo-os com armas na cabeça, no peito, nas costas. [...] Famílias foram postas no meio da rua e os carros levados. Ao se afastarem, os bandidos dispararam em direção às vítimas."

"Esses arrastões são rotina. Todo mundo sabe onde acontecem. Que a Polícia Rodoviária Federal, a PM do Rio e a Polícia Civil não sejam capazes de impedir isso, é para mim inexplicável. Crimes a mão armada são crimes contra a vida. Devem ser prioridade de todas as autoridades."

Confira a íntegra abaixo:

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Hoje os arrastões nas estradas de acesso ao Rio foram notícia: 7 em 24 horas. Mas quantos nos últimos dias? Na madrugada de quinta, meus netos dormiam tranquilos quando o pai deles eatava com uma arma na cabeça. Rafael e Paulo, que trabalha com ele, voltavam do sítio com uma carga de produtos orgânicos. A camionete foi cercada e abalroada nas laterais por cinco carros que estavam no arrastão na rodovia Washington Luis. Vários carros foram parados pelo bando. Rafael e Paulo não ofereceram resistência. Mas os bandidos mesmo assim se revezaram mantendo-nos com armas na cabeça, no peito, nas costas. Em determinado momento Rafael tinha 3 armas apontadas contra ele. Famílias foram postas no meio da rua, e os carros levados. Ao se afastarem os bandidos dispararam em direção às vítimas. Ninguém se feriu por muita sorte. Esses arrastões são rotina. Todo mundo sabe onde acontecem. Que a Polícia Rodoviária Federal, a PM do Rio e a Polícia Civil não sejam capazes de impedir isso, é para mim inexplicável. Crimes à mão armada são crimes contra a vida. Devem ser prioridade de todas as autoridades. Estamos desprotegidos. E se hoje Aurora e Timtim e também Marquinhos e Mateus - filhos do Paulo - ainda tem pai, é por força do acaso, da sorte, do poder divino, para quem tem fé. E é a isso que estamos entregues em muitas áreas do Rio: à sorte e à fé. Minha família teve sorte. Milhares de outras, não.

Uma publicação compartilhada por @soniabridi em 19 de Nov, 2018 às 4:11 PST

Geral

Mulher é atingida por tiro enquanto tomava sol na Barra da Tijuca, no Rio; vídeo

Rosangela da Silva, 58, estava deitada em uma espreguiçadeira, ao lado de uma piscina, quando foi atingida de raspão pelo disparo

Modificado em 30/12/2024, 15:24

undefined / Reprodução

Uma mulher foi baleada de raspão na cabeça enquanto tomava de sol em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Rosangela da Silva, 58, estava deitada em uma espreguiçadeira, ao lado de uma piscina, quando foi atingida de raspão pelo disparo. O caso ocorreu na tarde deste domingo (29).

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (assista acima). Condomínio fica localizado a poucos metros da Avenida Ayrton Senna, uma das principais do bairro.

A mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e, em seguida, encaminhada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. Ela foi atendida e liberada horas depois. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que Rosangela realizou uma tomografia e passa bem.

Polícia Civil investiga a origem do projétil. O caso foi registrado na 32ª DP, em Taquara, na zona oeste. A Polícia Militar do Rio afirmou que nenhuma operação policial estava sendo realizada na região no momento do incidente.

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (Reprodução/Redes sociais)

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (Reprodução/Redes sociais)

Geral

Turista argentino morre em acidente em Angra dos Reis

Outras três pessoas ficaram feridas e foram levadas ao hospital

Modificado em 28/12/2024, 10:25

Lanchas envolvidas no acidente que resultou na morte do turista argentino.

Lanchas envolvidas no acidente que resultou na morte do turista argentino. (Reprodução/g1)

Um turista argentino morreu nesta sexta-feira (27) após uma colisão entre duas lanchas em Angra dos Reis (RJ). O acidente ocorreu na Ponta de Jurubaíba, mais conhecida como Praia do Dentista.

Os Corpo de Bombeiros foi acionado no local às 11h40 da sexta. Outras três pessoas ficaram feridas, dois argentinos e um morador de Angra, e foram levadas ao Hospital Geral de Japuíba. Todos seguem em observação.

A Prefeitura de Angra dos Reis disse, em nota, que prestou suporte à Capitania dos Portos e que as embarcações envolvidas no acidente eram legalizadas pela agência de turismo local, a TurisAngra.

A Marinha informou que não há indícios de poluição hídrica nem riscos à segurança da navegação no local em que ocorreu o acidente.

IcMagazine

Famosos

Ney Latorraca marcou o teatro e a televisão com seu humor

Ator morreu nesta quinta-feira (26) em decorrência de uma sepse pulmonar

Modificado em 26/12/2024, 09:28

Ney Latorraca em 'Vamp'

Ney Latorraca em 'Vamp' (Reprodução/ TV Globo)

O ator Ney Latorraca, que morreu nesta quinta (26) aos 80 anos, marcou o teatro e a televisão com seu humor. Antonio Ney Latorraca nasceu em Santos, no litoral paulista, em 27 de julho de 1944. Filho de cantores de cassino, ele começou a atuar aos seis anos, numa radionovela da rádio Record. Fez sua estreia nos palcos em 1964, aos 20, numa encenação de "Pluft, O Fantasminha", de Maria Clara Machado, também em Santos.

Pouco depois, Ney Latorraca partiu para São Paulo e procurou grandes nomes do teatro nos anos 60, como Flávio Rangel, Maria Della Costa, Cacilda Becker e Walmor Chagas. Participou de "Reportagem de um Tempo Mau", de Plinio Marcos, mas a peça foi censurada e teve só uma encenação, no Teatro de Arena, na região central de São Paulo.

Ao longo dos anos 60, fez pequenas participações em novelas como "Beto Rockfeller", "Super Plá", "Audácia, a Fúria dos Trópicos" e no teleteatro da TV Cultura, em produções como "Yerma".

Em 1967, entrou para a Escola de Arte Dramática da USP, onde se formou em 1969 e teve Marilia Pêra como madrinha. Naquele ano, encenou "O Balcão", de Jean Genet, dirigido por Victor Garcia. Nos anos 70, participou, nos palcos, do musical "Hair" e de "Jesus Cristo Superstar". Ainda no início da década, foi contratado pela TV Record, onde esteve em cinco novelas.

Em 1975, fez sua estreia na Globo, na novela "Escalada", de Lauro César Muniz, como o playboy Felipe. No ano seguinte, viveu o rebelde Mederiquis da novela "Estúpido Cupido". O personagem só se vestia de preto e circulava em uma lambreta batizada pelo ator de Brigitte.

Nos anos 80, participou das novelas "Chega Mais", "Coração Alado" e "Um Sonho a Mais" e nas minisséries "Avenida Paulista", "Rabo de Saia", "Anarquistas Graças a Deus", "Memórias de um Gigolô" e "Grande Sertão: Veredas".

No teatro, dedicou-se a "Rei Lear" em 1983 e, três anos depois, começou a participar do sucesso "O Mistério de Irma Vap". Ao lado de Marco Nanini e sob direção de Marilia Pêra, foram nove anos ininterruptos em cartaz. Em 1996, a peça voltou aos palcos para uma curta temporada.

No fim dos anos 80, Latorraca viveu um de seus personagens mais populares e marcantes: o velhinho Barbosa, de "TV Pirata". "Quando era o Barbosa, nunca imaginei que seria aquele sucesso. Ninguém esperava que aquilo fosse funcionar como uma mudança [no humor]", disse o ator em entrevista à Folha, em 2007.

Entre suas participações no cinema, destacam-se "O Beijo no Asfalto" (1980), "Ópera do Malandro" (1982), "Ele, o Boto" (1986), "Festa" (1989) e "Carlota Joaquina" (1995).

Nos palcos, protagonizou "O Médico e o Monstro" (1994), "Don Juan" (1995), "Quartett" (1996) e "O Martelo (1999). Em 2011, atuou em "A Escola do Escândalo".

Nos anos 90, fez sucesso como o Conde Vlad de "Vamp" (1991), em que contracenou com Claudia Ohanna. Antes e depois da novela, passou pelo SBT na minissérie "Brasileiras e Brasileiros" e em "Éramos Seis". De volta à Globo, participou de "Zazá" (1997), "O Cravo e a Rosa" (2000), "O Beijo do Vampiro" (2002), "Da Cor do Pecado" (2004), "Bang Bang" (2005) e "Negócio da China"

"Certa ocasião, Antônio Ney Latorraca foi convidado para apresentar a cerimônia de entrega de uma edição do Prêmio Sharp de Música. Momentos antes de entrar no palco, tentou colar um de seus dentes que havia quebrado com uma daquelas supercolas que colam tudo, até o dedo de quem a está usando. E foi exatamente isso o que aconteceu com o artista. Seu dedo ficou firmemente preso ao dente, mas nem por isso o ator se desesperou. Entrou no palco como se nada tivesse acontecido, com uma parte da mão dentro da boca e a outra apoiada no queixo, posando de intelectual a refletir. Fez o que tinha para ser feito e saiu do palco sem nenhum resquício de gafe. O público achou que era mais uma de suas graças.

Entretanto, o leonino, que nasceu rotundo, com seis quilos, em 1944 ""um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945)"", em Santos, litoral de São Paulo, reinou em sua área por ter batalhado como um soldado determinado a vencer na arte de interpretar.

Dois anos depois de ter nascido, uma simples "canetada" do então presidente Eurico Gaspar Dutra (1883-1974) fez com que os pais de Latorraca perdessem o emprego. Ambos trabalhavam apresentando-se em cassinos, que foram extintos pelo decreto-lei 9.215, de 30 de abril de 1946, que proibia os jogos de azar no Brasil sob o argumento de que eram degradantes para o ser humano. Degradante, no entanto, ficou a situação financeira da família.

O pai do ator, Alfredo, era crooner, e a mãe, Nena, corista. Os dois escolheram o ator Grande Otelo (1915-1993) para ser o padrinho de batismo de Latorraca.

O ator contava que vivia em pensões e que seus pais nunca puderam dar a ele gibis ou brinquedos. "Meus pais eram pobres e deixavam isso claro. Não tinha essa de ficar magoado. Eu brincava com uma caixa de charutos e achava o máximo. Me sentia parte de um trio interessante e diferente", falou o artista para a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha, em 24 de setembro de 2017. Ainda em Santos, o artista ajudava os pais com o "dinheirinho" arrecadado com a entrega de marmitas no Instituto de Educação Canadá, escola onde estudou e repetiu de série três vezes por conta da matemática.

Com os cassinos fechados, os pais de Ney Latorraca mudaram-se para São Paulo. Foi na capital paulista que ele atuou pela primeira vez como profissional na peça "Reportagem de Um Tempo Mal", de Plínio Marcos (1935-1999). Uma curiosidade envolve sua estreia nos palcos: Latarroca, na ocasião com 20 anos, encenou essa peça apenas uma vez, no Teatro de Arena, pois a Censura Federal vetou as apresentações na sequência.

O ator cursou a Escola de Arte Dramática (EAD) em São Paulo, onde durante três anos aprendeu interpretação, mímica, maquiagem, expressão corporal e outras disciplinas fundamentais na formação de atores. Nunca faltou a nenhuma aula. Entre os mestres que ensinavam na instituição estavam o diretor Antunes Filho e o ator e diretor de teatro, cinema e televisão Ziembinski (1908-1978). Latorraca se formou tendo a atriz Marília Pêra (1943-2015) como madrinha.

Para se manter enquanto estudava e participava da montagem de algumas peças, o ator trabalhou em uma boutique feminina, além de ter sido funcionário em uma agência bancária."

TV E TEATRO

Ney Latorraca sempre se dedicou a atuar no teatro e TV ao mesmo tempo. O primeiro trabalho do ator na televisão foi fazendo figuração na extinta TV Tupi. As novelas "Beto Rockfeller" (1968) e "Super Plá" (1969) contaram com a participação do artista.

No auge do movimento hippie no Brasil, na década de 1970, o artista atuou nas montagens teatrais de "Hair" (1970) e "Jesus Cristo Superstar"(1972), entre outras. Na TV, por indicação da atriz Lilian Lemmertz (1937-1983), o ator foi contratado pela Record para participar de novelas.

Latorraca ingressou na TV Globo para fazer parte do elenco das novelas "Escalada" (1975) e "Estúpido Cupido" (1976), que lhe renderam notoriedade. Daí em diante, virou ator consagrado, com participação garantida em diversos folhetins. Em "Um Sonho a Mais" (1985), assegurou sua versatilidade ao interpretar cinco personagens diferentes, entre eles uma mulher, Anabela Freire, figura de grande sucesso na trama.

Segundo revelava frequentemente em entrevistas, seu comprometimento com o trabalho gerava uma ansiedade, que era controlada por meio de um concentrado trabalho de preparação, antes de gravar uma cena em estúdio ou interpretá-la no palco.

"Antes de dormir, deixo a roupa que irei vestir no dia seguinte em uma cadeira. Quando me levanto, visto a roupa e o personagem que tenho de interpretar", dizia o ator, que reconhecia a importância de trabalhar em equipe e fazia questão de passar o texto com os colegas antes de ouvir a palavra "ação".

Latorraca costumava dizer que "a turma toda" deveria estar sempre afiada com ele em um trabalho, desde o motorista que o apanhava em casa. "Pego o texto das mãos dele [motorista], marco, converso com o diretor batendo as cenas e amo gravar o ensaio, porque o primeiro sentimento é o mais autêntico", falava.

Para desempenhar personagens tão marcantes, o ator dizia trabalhar primeiro com sua intuição, antes de ler o texto ou saber de qualquer informação vinda do diretor ou autor. O nome do personagem já indicava como ele deveria ser.

Quanto a seu próprio nome, o artista costumava brincar que era Antônio Ney Latorraca e não "Neila", como alguns desavisados o chamavam nas ruas. "Quando me chamam de 'seu Neila', envelheço 200 anos", disse aos risos ao participar do programa de Jô Soares certa vez.

No teatro, Latorraca integrou com o ator, diretor e produtor teatral Marco Nanini o grande sucesso "O Mistério de Irma Vap" (1984), que teve produção de Marília Pêra. A peça permaneceu nos palcos cerca de 11 anos, entrando para o "Guinness Book of Records" em 2003 como a peça em cartaz por mais tempo no Brasil. Em 2006, a história foi adaptada para o cinema.

Em 1990, o ator se desligou temporariamente da Rede Globo para trabalhar na novela "Brasileiras e Brasileiros", produzida pelo SBT. Em 1991, de volta à Globo, o artista fez grande sucesso no papel de Conde Vlad, chefe dos vampiros da novela "Vamp", antes de retornar ao SBT para fazer o remake da novela "Éramos Seis", em 1994.

Mesmo com um intenso trabalho na TV, Latorraca nunca abandonou o teatro. Ele participou de vários espetáculos, entre os quais estão "O Médico e o Monstro" (1994) e "Don Juan" (1995), sucessos absolutos de público e bilheteria.

Antes de entrar em cena, Latorraca não deixava de cumprir um ritual: pedia sempre proteção à mãe, que, segundo ele, sempre estava a seu lado. Quando perdeu a amiga Marília Pêra, de quem sentia tremendamente a falta, passou a invocá-la também antes da ação. "Falávamos todo dia", comentava.

MUSICAIS

Versátil, além da participação na primeira montagem brasileira de "Hair", com Antônio Fagundes e Sonia Braga no elenco, dividiu o palco com seu padrinho, Grande Otelo, no musical "Lola Moreno" (1979).

Aos 73 anos, Ney Latorraca, ao lado da atriz Claudia Ohana, estreou no início de 2017, no Rio, o musical "Vamp", adaptação da novela da Globo de 1991, retomando o mesmo personagem para a alegria dos muitos fãs. O espetáculo também foi montando em São Paulo, repetindo o sucesso.

Foi nessa ocasião que Latorraca anunciou sua aposentaria dos palcos, mas logo em seguida a desmentiu por meio da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha, no dia 24 de setembro de 2017: "Foi uma frase de efeito, para chamar a atenção. Para o foco brilhar em mim. Para as pessoas me perguntarem justamente sobre isso", disse o ator.

Latorraca gostava de atenção e reconhecimento. "Viver é muito intenso. Falar é intenso, pagar boleto é intenso. Não consigo ficar só contemplando", dizia. "Representar é uma grande trepada. Talvez a melhor de todas. Porque tem o aplauso no fim. É o que me mantém, me dá tesão, é o aplauso. Eu adoro."

A complicação que enfrentou por causa de uma cirurgia na vesícula, em 2012, foi para o ator "um divisor de águas". "Todo mundo achava que eu ia morrer. Mas voltei. Poucas pessoas têm essa segunda vida", disse o ator em entrevista na qual afirmou que havia parado de fumar há 14 anos e que não bebia mais.

Latorraca também afirmava não ter medo da solidão. "Da morte, sim. Ela vai tirar de mim as coisas que eu tenho e que são lindas", falou o ator, morto nesta quinta (26), que pretendia deixar seu patrimônio para quatro instituições de amparo a artistas e a doentes.

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Famosos

Daniel comemora 40 anos de carreira com programa sobre gerações do sertanejo na Globo

Chitãozinho & Xororó, Rionegro & Solimões, As Marcianas, Lauana Prado e Ana Castela são algumas das participações confirmadas para se encontrarem com o artista

Modificado em 10/12/2024, 14:47

Cantor Daniel na gravação do programa Viver Sertanejo que estreia do domingo (15)

Cantor Daniel na gravação do programa Viver Sertanejo que estreia do domingo (15) (Reprodução/Redes Sociais cantor Daniel)

O resgate de um sertanejo raiz, com o típico clima country (cafezinho, fogão de lenha, roça e gado) é o cenário de um novo programa de Daniel na Globo, que vai promover encontros entre artistas consagrados do gênero.

Chitãozinho & Xororó, Rionegro & Solimões, As Marcianas, Lauana Prado e Ana Castela são algumas das participações confirmadas para se encontrarem com o artista na fazenda do cantor em Brotas, no interior de São Paulo, local das gravações. A estreia de Viver Sertanejo está prevista para 15 de dezembro, após Globo Rural.

Para ele, é uma forma de mostrar ainda mais sua essência em um dia sagrado da semana na sua vida. "Já deu certo ter chegado até aqui nesses 40 anos de carreira, é gratificante. Não mereço, mas agradeço tudo. Deu certo porque nós [ele e equipe] somos simples", falou ele em coletiva de imprensa da qual o F5 participou.

"Existe a responsabilidade, mas não deveria estar ali um apresentador. Sabia que deveria anfitriar, reunir pessoas, prosear e cantar."

O cantor falou que vinha tendo vontade de falar com mais pessoas e teve a ideia de criar um podcast quando chegou o convite da emissora. Foi tudo perfeito e redondo, segundo ele.

A escolha de Daniel para o comando da atração foi tomada por ele conseguir conversar com as diferentes gerações, de acordo com o diretor do programa, Gian Bellotti. "Ele é aberto ao novo e irreverente ao passado. É uma enciclopédia musical".

Daniel já falou que o sertanejo passa por mudanças e desafios em entrevista à Folha de S.Paulo. Na coletiva, ele refletiu sobre a transição do gênero do analógico para o digital e afirmou que o artista tem cada vez mais responsabilidades sobre como se comportar e o que falar. "Viver é uma celebração da história dos artistas convidados."