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Reconstrução do Eixo Anhanguera em Goiânia está parada há dez dias

Restauração do asfalto do corredor exclusivo era prometida para acabar em novembro, mas só 25% foram realizados após 4 meses

Modificado em 20/09/2024, 05:16

Máquinas da Prefeitura estão paradas na região da Praça das Mães

Máquinas da Prefeitura estão paradas na região da Praça das Mães (Wildes Barbosa)

Há pelo menos dez dias, as máquinas que deveriam ser usadas na reconstrução asfáltica do corredor exclusivo de transporte coletivo da Avenida Anhanguera estão estacionadas na Praça das Mães, no Setor Oeste, sem qualquer atividade.

Os únicos funcionários da Prefeitura de Goiânia no local são para vigiar os equipamentos. As obras foram iniciadas no dia 7 de junho com a promessa de serem finalizadas em novembro para a restauração de todo o Eixo Anhanguera, com 28 quilômetros (km). Quatro meses depois de iniciadas, apenas 25% das vias para a passagem dos ônibus foram concluídas.

No primeiro mês de obra, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), responsável direto pelo serviço, chegou a fazer a restauração no trecho entre o Terminal Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, e a Praça Botafogo, no Setor Leste Vila Nova, em um total de 4 km (15% do total). Ao todo, a Avenida Anhanguera, em seu trecho urbano, possui 14 km, mas a obra está sendo contada pela Prefeitura como um total de 28 km por ter de fazer as duas vias utilizadas pelos ônibus.

Já no mês seguinte, em agosto, as obras tiveram lentidão em sua realização, tendo sido feita a restauração em apenas mais 1 km, chegando até a Avenida Araguaia, no Setor Central. Desde então, o ritmo continua lento e foi feito apenas o trecho do Centro da capital, ou seja, até o cruzamento com a Avenida Paranaíba, próximo ao Centro de Convenções de Goiânia.

Segundo a Seinfra, foram gastos, até então, 2.100 toneladas de massa asfáltica. A pasta municipal informa ainda que as obras estão paralisadas há aproximadamente uma semana.

No entanto, a reportagem esteve no local no dia 2 deste mês e o maquinário já estava estacionado na Praça das Mães, onde permanecia pelo menos até o final da tarde desta terça-feira (11). Populares ouvidos na região no dia 2 disseram que os equipamentos já estavam parados durante a semana anterior, ou seja, a última do mês de setembro.

A Seinfra explica que a paralisação se dá porque "em todo o período de virada de mês existe uma reprogramação de valores de insumo das empresas que fornecem matéria-prima à base de petróleo".

A secretaria informa ainda que está "normalizando a situação essa semana e está programado o reinício para a semana que vem". Outro ponto alegado para a interrupção do serviço e a lentidão da obra foi a antecipação do período de chuvas para o início do mês.

"Ainda falta serem feitos os trechos da Avenida Paranaíba até o Terminal Padre Pelágio, no Setor Ipiranga, e do Terminal Praça da Bíblia ao Terminal Novo Mundo, cerca de 9 km, onde devem ser utilizados aproximadamente 10 mil toneladas de massa asfáltica", complementa a Seinfra.

Quando do começo das obras, a Seinfra explicou que o início se daria da Praça da Bíblia para o Terminal Padre Pelágio por se tratar de um trecho mais complicado, em razão de um maior tráfego de veículos, e por isso seria feito primeiro e durante o período de seca.

A previsão era a obra em três etapas. A primeira seria da Praça da Bíblia até o Terminal Praça A, a segunda seguiria da Praça A até o Padre Pelágio e, depois, seria feita a reconstrução do trecho entre a Praça da Bíblia e o Terminal Novo Mundo. Agora, faltando apenas um mês para o prazo inicial de entrega, nem mesmo a primeira etapa foi realizada.

Pra depois

De acordo com a Seinfra, a programação no momento está com a divisão em dois trechos, um da Praça da Bíblia ao Terminal Padre Pelágio e outro no sentido contrário, ou seja, da Praça da Bíblia ao Terminal Novo Mundo. Neste caso, a secretaria municipal informa que, em razão dos problemas envolvendo a compra da matéria-prima e o início do período chuvoso, a previsão para a entrega do primeiro trecho continua sendo na data prevista, que seria no final de novembro, porém, o segundo trecho "deverá ser reprogramado em função dos fatores descritos acima".

A reconstrução do asfalto da via de transporte coletivo na Avenida Anhanguera se deu após uma decisão judicial da juíza Patrícia Carrijo em ação da Metrobus, detentora da concessão para operar o sistema de transporte coletivo metropolitano no Eixo Anhanguera e suas extensões.

A empresa desejava que a Prefeitura fosse responsabilizada pela manutenção do asfalto, que está deteriorado e prejudicava os veículos, pois sofrem desgastes em pneus, motor e sistema de amortecimento. Já o Paço entendia que, por ter a concessão, a Metrobus deveria realizar também o serviço de manutenção do local.

A discussão foi iniciada ainda em 2018 e só em 2022 começou a ter uma solução, um período em que o asfalto da Avenida Anhanguera ficou ainda mais deteriorado. Em algumas vezes, houve um serviço de tapa-buraco realizado pelo Paço Municipal, como em 2018 e em 2019, de maneira paliativa. Em maio, a Prefeitura, em respeito à decisão judicial, realizou cronograma com a previsão de início das obras até junho com entrega do serviço em novembro.

A restauração seria feita em duas etapas. Nesta primeira, há apenas obras de recapeamento do asfalto de toda a via dos ônibus de modo a ser um paliativo para que os veículos da Metrobus possam se locomover com menor risco de danos. Uma restauração completa da Avenida Anhanguera, incluindo também a pista de ônibus, está prometida para ser iniciada no segundo semestre de 2023.

Geral

Funcionária é morta pelo ex dentro de supermercado de Goiânia, diz PM

Delegado relatou que vítima estava separada do homem há quatro meses. Eles morreram no local

Modificado em 24/04/2025, 16:26

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Um homem de 62 anos matou a ex-mulher, de 60, a tiros e se matou em seguida dentro de um hipermercado, por volta das 9h desta quinta-feira (24), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A vítima, identificada como Sílvia Barros, era funcionária do estabelecimento.

O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, disse em entrevista a TV Anhanguera que a vítima estava recém-separada do ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira. Segundo ele, a suspeita é de um feminicídio.

O que nós apuramos através das diligências de investigações iniciais é que eles foram casados durante 36 anos e haviam se separado há quatro meses. Ela saiu de casa em dezembro do ano passado, mas ele não aceitou o término e tentou reatar o casamento algumas vezes", disse o delegado.

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No entanto, Alfama pontua que não há relatos na polícia sobre ameaças do homem à vítima. "Não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela, que estiveram aqui no local, relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência", completou.

O supermercado Atacadão disse que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, "e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso".

O delegado relatou que o homem chegou, sabia que ela estava no hipermercado, a procurou e quando encontrou a mulher efetuou ao menos dois disparos. A polícia relatou que a vítima morreu no local.

Alfama antecipou que a arma de fogo usada no crime pertence a um terceiro, que será investigado. Ele disse não saber ainda como o atirador teve acesso a essa arma.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, mas que a vítima e o autor dos disparos já estavam mortos no local.

Nota da PM na íntegra:

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, na Avenida Perimetral, em Goiânia. Informamos também que a ocorrência está em andamento e que os demais órgãos responsáveis pela investigação do caso já foram acionados.

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

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Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".