Técnica de enfermagem é presa suspeita de falsificar e vender atestados, em Goianésia
Após ter sido denunciada e ouvida pela polícia em 2024, a mulher continuou vendendo atestados falsos
Jordana Rafaela
20 de março de 2025 às 15:31
Modificado em 20/03/2025, 15:54

Atestados apreendidos pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) em Goianésia (Divulgação/Polícia Civil de Goiás (PCGO))
Uma técnica de enfermagem de 30 anos foi presa suspeita de falsificar e vender atestados, em Goianésia, na região central de Goiás, segundo Polícia Civil (PC). Conforme a delegada do caso, Alanna Delfino, a mulher responderá por falsidade documental e ideológica e quem comprou os atestados poderá ser responsabilizado por uso de documento falso. A PC segue investigando para apurar se há outros envolvidos.
Por não ter o nome divulgado, O POPULAR , não localizou a defesa até a última atualização desta reportagem. Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) informou que está ciente do caso e se for constatada falsificação, o conselho tomará as medidas cabíveis (confira nota na íntegra ao final da matéria) .
A suspeita foi presa na quarta-feira (19). Segundo delegada, foi localizado na casa da mulher vários atestados. "Conseguimos localizar vários e vários atestados médicos, tanto de clínicas particulares quanto de do sistema único de saúde, atestados médicos em branco para serem preenchidos, atestados médicos já preenchidos em nome de terceiros. Apreendemos também um receituário azul que é de controle especial e medicamento de uso controlado", afirmou Alanna Delfino.
A mulher responderá por falsidade documental e ideológica. Já os compradores poderão ser responsabilizados por uso de documento falso, com penas que ultrapassam cinco anos, conforme a Polícia Civil.
Até agora identificas seis (compradores), porém há indícios que pode ser um número bem maior devido à estrutura de falsificação que havia em casa, dezenas de atestados em branco e dezenas já preenchidos", informou delegada ao POPULAR .
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A técnica de enfermagem passou a ser investigada no final de 2024 devido a denúncias de empresários sobre atestados suspeitos apresentados por funcionários nas empresas. Conforme delegada Alanna Delfino, ao menos dois médicos da cidade foram vítimas de ter nome e registros usados na falsificação dos atestados. A mulher trabalhou com os dois durante um curto período.
Segundo a polícia, apesar da mulher ter sido ouvida em dezembro do ano passado, período que foi denunciada, ela continuou com as atividades criminosas. Desta forma, causou prejuízo a empresas e ao sistema de saúde. De acordo com a delegada, a mulher agiu durante um longo período com as práticas de falsificação.
Ainda conforme a PC, as investigações continuarão para identificar outros envolvidos. Além disso, a polícia reforça que a compra e o uso de documentos falsificados são crimes.

Durante buscas realizada pela polícia foi apreendido atestados médicos, carimbos, receituários de controle especial e medicamentos controlados (Divulgação/Polícia Civil de Goiás (PCGO))
Nota do Coren
O Conselho Regional de Enfermagem, responsável por normatizar e fiscalizar o exercício profissional da categoria já está ciente do caso.
Se for constatado a falsificação e atuação irregular, o conselho tomará as medidas e providências cabíveis quanto a investigação e apuração das possíveis ilegalidades e irregularidades éticas cometidas pela referida profissional.