Geral

Raul Gil fala sobre problema no coração e diz não ter medo da morte

Aos 81 anos, o apresentador do SBT deu dicas de longevidade e refletiu sobre a vida.

Modificado em 25/09/2024, 00:33

O apesentador Raul Gil

O apesentador Raul Gil (Reprodução/Instagram/@raulgil3)

Raul Gil falou, em entrevista ao Tv Fama, na última terça-feira (29), sobre o seu quadro de arritmia cardíaca e o que pensa sobre a morte. Ele revelou que foi internado, em setembro deste ano, para tratar o problema e "rezou muito" para se recuperar.

"Arritmia é uma coisa que eu acho que 90% das pessoas têm e não sabem. Quando descobrem, tem que se cuidar. Eu fiz 20 e poucos exames e saíram todos maravilhosos, inclusive pela minha idade. Próstata, sangue, diabete, essas 'cosaiadas' todas", afirma.

"Deu uma arritmia, aí meu médico falou: 'você terá que ficar uma noite aqui no hospital para a gente dar um jeito nisso'. Eu fiquei, mas eu rezei muito, pedi muito a Deus, porque não estava voltando ao normal. Pedi a noite inteira para essa arritmia sumir", recorda.

O apresentador conta que o médico iria lhe dar alta às 9 horas da manhã, mas foi liberado antes, quando tudo voltou ao normal. Ele diz também que não tem medo de morrer, mas sim de sofrer. "Todos nós temos um final, e quando chegar o final, temos que aceitar."

Raul Gil aproveitou a conversa para dar algumas dicas de como envelhecer com saúde e viver mais tempo. "O segredo da longevidade é não fazer muita zona, não beber, dormir bem, pelo menos oito horas por noite, não fumar e se dedicar também a Deus."

Papa Francisco tem mais uma noite tranquila no hospital

Líder da Igreja Católica está internado desde o dia 14 de fevereiro. Esta é a quarta e mais longa hospitalização do pontífice desde 2021,

Religioso foi acometido por uma bronquite que evoluiu para um quadro de pneumonia nos dois pulmões

Religioso foi acometido por uma bronquite que evoluiu para um quadro de pneumonia nos dois pulmões (Divulgação/Vaticano News)

Como tem ocorrido nos últimos dias, o papa Francisco passou uma noite tranquila e acordou por volta das 8h (horário de Roma) nesta terça-feira (11), segundo boletim divulgado pelo Vaticano.

Francisco está internado desde o dia 14 de fevereiro. Esta é a quarta e mais longa hospitalização do papa desde 2021, o que gera preocupações devido aos problemas de saúde que o fragilizaram nos últimos anos, como cirurgias no cólon e no abdômen, além de dificuldades para caminhar.

Na véspera, a equipe médica havia retirado o prognóstico reservado que constava no estado de saúde do pontífice. Na prática, os profissionais de saúde afastaram as incertezas sobre sua recuperação, embora sem indicar uma previsão de alta.

O anúncio pareceu consolidar uma melhora no estado de saúde do papa, uma vez que o fato de os médicos terem retirado o prognóstico significa que sua vida não está em "perigo iminente devido à infecção que o levou a ser internado", segundo Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano. Ele acrescentou, contudo, que o quadro continuava complexo.

Acometido por uma bronquite que evoluiu para um quadro de pneumonia nos dois pulmões, o pontífice enfrentou uma série de crises respiratórias desde sua entrada no hospital Gemelli, em Roma. A última delas ocorreu no último dia 3, quando ele sofreu "dois episódios de insuficiência respiratória".

Geral

Papa Francisco tem noite tranquila após melhora do quadro clínico, diz Vaticano

Pontífice chega ao 15º dia de internação, em Roma, na Itália

Modificado em 28/02/2025, 11:06

Papa Francisco.

Papa Francisco. (Reprodução/g1)

Após evolução positiva de seu quadro clínico, o papa Francisco teve uma noite tranquila, informou o Vaticano na manhã desta sexta-feira (28). "Como nos dia anteriores, a noite foi tranquila e o papa está descansando ", escreveu a Santa Sé, de forma sucinta, como vem sendo a praxe.

O boletim divulgado na noite de quinta-feira (27) já apontava uma melhora de sua condição de saúde, sem, no entanto, alterar o prognóstico médico. "Em vista da complexidade do quadro clínico, são necessários mais dias de estabilidade clínica" para fazê-lo, ponderava o comunicado.

Assim, o prognóstico "cauteloso" continua sendo usado pelos médicos na avaliação do risco de vida que o papa corre. Apesar da observação, foi o segundo boletim a não descrever o quadro clínico como grave.

Francisco dedicou a manhã de quinta-feira à fisioterapia respiratória, alternando-a com o repouso. Ele também já usou máscara, no lugar de cânulas nasais, para o tratamento. À tarde, participou de oração na capela do 10º andar do hospital Agostino Gemelli, o mesmo do seu apartamento, recebendo a eucaristia; em seguida, dedicou-se às atividades de trabalho, relatou a Santa Sé.

Pela manhã, a assessoria já havia informado que o papa estava de bom humor e já se sentava em uma poltrona de seu quarto. O pontífice chega ao 15º dia de internação, em Roma. Este já é o período de internação mais longo de Jorge Mario Bergoglio, 88, desde que se tornou papa em 2013, superando o período de dez dias em 2021, quando se submeteu a uma cirurgia eletiva no intestino.

Sua condição clínica, a mais complexa que enfrenta em seu papado, já havia mostrado uma leve melhora no período anterior. A leve insuficiência renal observada nos últimos dias cessou. O quadro geral de estabilidade é festejado por fiéis, religiosos e turistas que participam da prece do Santo Rosário, na praça São Pedro. A cerimônia vem sendo realizada desde segunda-feira (24) e deve seguir ocorrendo enquanto Francisco estiver hospitalizado. O hospital Gemelli é outro ponto de peregrinação.

A tomografia computadorizada do tórax, realizada na terça-feira (25), mostrou uma evolução normal do quadro inflamatório pulmonar. Os exames de sangue e hematológicos confirmaram a evolução. Na segunda-feira, a Santa Sé havia informado que a "insuficiência renal leve", relatada pela primeira vez no fim de semana, não era motivo de preocupação. Foi o primeiro sinal positivo desde o agravamento de seu estado de saúde.

No sábado (22), Francisco chegou a precisar de transfusão de sangue depois de uma "crise respiratória prolongada", uma situação que não se repetiu desde então. Ele tem uma pneumonia dupla, uma infecção grave que pode inflamar e causar cicatrizes em ambos os pulmões, dificultando a respiração. O Vaticano descreve o quadro infeccioso como complexo, causado por dois ou mais micro-organismos.

O papa é particularmente propenso a infecções pulmonares porque desenvolveu pleurisia quando jovem e teve parte de um pulmão removido.

A agenda do fim de semana foi cancelada, incluindo a audiência do Jubileu, que faz parte de uma programação extensa em 2025. A celebração, que ocorre a cada 25 anos, é a maior em curso no catolicismo. O Angelus, como é chamada a tradicional oração que o papa conduz ao vivo, da janela do Palácio Apostólico, na praça São Pedro, deve ser limitado à publicação de um texto online, como já foi feito nos últimos dois fins de semana.

Geral

Incêndio atinge Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo destruiu parte dos materiais hospitalares da unidade. Ninguém ficou ferido

Modificado em 03/02/2025, 09:23

undefined / Reprodução

Um incêndio atingiu o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa) na madrugada desta segunda-feira (3). Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo ocorreu no setor de armazenamento de materiais hospitalares da unidade, que fica no Bairro Conde dos Arcos. As chamas já foram extintas e ninguém ficou ferido. Um vídeo mostra como ficou o local após o trabalho dos bombeiros (assista acima) .

Ainda conforme os militares, um bombeiro que estava de plantão no hospital como médico foi quem iniciou o combate às chamas. No local tinham 76 pacientes no momento do incêndio, sendo que todos foram removidos preventivamente para outras áreas da unidade.

As chamas destruíram parte dos materiais hospitalares, como kits cirúrgicos e estruturas metálicas, além de causarem fuligem nas paredes e teto. Ainda não se sabe o que pode ter causado o incêndio.

Em nota, a direção do hospital informou que o foco do incêndio foi no aparelho de ar-condicionado, o que facilitou o combate às chamas e controle da situação. A unidade também disse que houve a evacuação de algumas alas como precaução, para garantir a segurança de pacientes e acompanhantes (leia na íntegra ao final do texto).

A Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) também se pronunciou sobre o ocorrido. O órgão disse que o centro cirúrgico do hospital foi interditado por estar localizado ao lado da Central de Material e Esterilização (CME). Com isso, as cirurgias eletivas e de emergência estão temporariamente suspensas (leia na íntegra ao final do texto).

Estragos causados pelo incêndio no Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa). (Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Estragos causados pelo incêndio no Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa). (Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Nota Heapa

*A direção do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada informa sobre incidente ocorrido na unidade:

  • No início da manhã dessa segunda-feira, 03/02 um princípio de incêndio foi detectado na Central de Material e Esterilização (CME) e rapidamente foi seguido o protocolo de evacuação do local e combate às chamas primeiramente pela equipe de brigadistas que passam por capacitação e reciclagem para agir em situações como essa;
  • O foco do incêndio foi no aparelho de ar-condicionado, o que facilitou o combate às chamas e controle da situação;
  • As equipes assistenciais cuidaram para garantir o conforto e segurança de pacientes e acompanhantes e houve a evacuação de algumas alas como precaução com a fumaça para garantir a segurança de pacientes e acompanhantes, que logo retornaram permitindo a continuidade do atendimento;
  • Com a situação controlada e a chegada da equipe do Corpo de Bombeiros foi feito o acompanhamento para minimizar riscos e evitar reignição;
  • O Centro Cirúrgico do Heapa permanecerá fechado para completa desinfecção e readequação do material esterilizado e o retorno à normalidade deverá ocorrer até o final da tarde dessa segunda-feira ou no máximo até a manhã de terça-feira;
  • A direção reitera seu compromisso de prestar um serviço de excelência e humanização no atendimento a toda a comunidade de Aparecida de Goiânia e região.*
    Nota SES-GO
  • A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) mobilizou equipes técnicas para acompanhar e avaliar os impactos do incêndio ocorrido na madrugada desta segunda, 03/02, no Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (HEAPA).

    Um curto-circuito no aparelho de ar-condicionado da Central de Material e Esterilização (CME) da unidade foi identificada como a causa do incêndio, que foi rapidamente contido. Contudo, devido à fumaça, alguns pacientes precisaram ser removidos, por precaução, das salas adjacentes ou próximas ao CME. Nenhum paciente ou colaborador se feriu em decorrência do incidente. Até o momento, três pacientes estão sendo transferidos da unidade.

    O centro cirúrgico foi interditado por estar localizado ao lado do CME, onde materiais foram comprometidos pelo fogo. Por essa razão, as cirurgias eletivas e de emergência estão temporariamente suspensas.

    Tão logo foi informada sobre o ocorrido, a SES-GO acionou profissionais das Superintendências de Infraestrutura; de Regulação, Controle e Avaliação; e de Políticas e Atenção Integral à Saúde para realizarem uma avaliação in loco dos danos e dos possíveis impactos para o atendimento na unidade.

    A SES-GO segue monitorando a situação e reforça seu compromisso em assegurar um atendimento seguro e de qualidade para a população. Mais informações serão divulgadas conforme atualizações da análise da equipe técnica e da assessoria do hospital.

    IcEsporte

    Esporte

    Futebol goiano já registrou casos de arritmia cardíaca

    Paulo Ramos e Fabrício Carvalho, que atuaram no Estado, tiveram problemas cardíacos

    Modificado em 17/09/2024, 17:23

    Paulo Ramos morreu em 2009 depois de uma parada cardiorrespiratória em decorrência da arritmia

    Paulo Ramos morreu em 2009 depois de uma parada cardiorrespiratória em decorrência da arritmia (O Popular)

    Em Goiás, dois casos de arritmia cardíaca foram emblemáticos em jogadores de futebol: o do meia Paulo Ramos e do atacante Fabrício Carvalho. O zagueiro uruguaio Juan Izquierdo, do Nacional-URU, faleceu na última terça-feira (27), em decorrência de morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca

    Paulo Ramos defendeu equipes como o Vila Nova, Grêmio e Juventude, e morreu há quase 15 anos, no início de setembro de 2009. Fabrício Carvalho voltou a atuar pelo Goiás em 2007, após dois anos fora dos gramados por causa de exames realizados no ex-clube dele, o São Caetano (o mesmo do zagueiro Serginho, cuja morte se deu no dia 27 de outubro de 2004, após sentir mal súbito num jogo no Morumbi, entre São Paulo e São Caetano).

    À época, os problemas cardíacos de Paulo Ramos e Fabrício Carvalho foram diagnosticados pelo médico Sérgio Rassi, cardiologista e especialista em arritmologia, considerado uma das referências no assunto no País.

    Sergio Rassi explica que, para fazer atividades físicas com segurança, é preciso fazer alguns exames, como histórico do paciente (engloba os antecedentes familiares), o ecocardiograma e o teste ergométrico (também conhecido como teste do esforço). São básicos, essenciais e obrigatórios.

    Segundo ele, é possível detectar 95% das situações mais corriqueiras entre os atletas. Os casos mais específicos precisam de exames e avaliações mais acurados. São as chamadas doenças primárias do coração.

    Foi o que se fez com Paulo Ramos e Fabrício Carvalho. Ambos tinham arritmia cardíaca e cada um precisava de tratamento específico.

    Inicialmente, a anomalia de Paulo Ramos foi detectada quando estava no Grêmio, em 2006. Ele retornou ao Vila Nova e após ser um dos destaques da campanha do clube na Série C de 2007 houve a recomendação para que o jogador fizesse um diagnóstico com Sergio Rassi. O quadro dele havia piorado no comparativo dos exames.

    "Ele (Paulo Ramos) tinha algumas comorbidades. Fiz o estudo eletrofisiológico do coração", lembrou o médico. "Falei direto aos familiares, à noiva dele e a um diretor do Vila Nova que ele (Paulo Ramos) estava proibido de jogar futebol", atestou Sergio Rassi.

    A recomendação foi para que Paulo Ramos colocasse um marca-passo especial, o cardiodesfibrilador implantável (CDI) e ter uma série de cuidados com a saúde. O ex-jogador tentou retomar a carreira, sem o consentimento de Sérgio Rassi e de outros especialistas.

    Ele se sentiu mal durante uma "pelada", num campo da grande Goiânia. Chegou a ser socorrido, mas teve parada cardiorrespiratória em decorrência da arritmia que precisava de tratamento adequado.

    O caso de Fabrício Carvalho foi um pouco diferente. Afastado do São Caetano em 2005, após avaliações médicas, o ex-jogador estava disponível no mercado e seria opção para o ataque do Goiás. "O caso dele (Fabrício Carvalho) foi o outro lado da moeda do Paulo Ramos. Tinha uma situação que não era grave, era mais benigna", descreveu Sergio Rassi.

    Porém, o ex-jogador precisava usar medicamentos específicos e fazer exames periódicos a cada três meses. Fabrício Carvalho ficou no Goiás de 2007 ao início de 2008. Ele depois rodou por vários clubes, deixou de jogar em meados de 2015 e anunciou a aposentadoria do futebol em 2016, aos 38 anos.

    Sergio Rassi não comentou o caso de Juan Izquierdo, mas ressalta que é preciso ter cuidados no esporte, como os exames e avaliações sugeridos por ele, assim como recomenda que todos os CTs e estádios tenham o desfibrilador externo automático (DEA).

    Lembranças de amigos

    Tim e Alexandre foram companheiros de Paulo Ramos no Vila Nova. Os dois eram próximos do ex-jogador. O trio fez parte da última conquista de título do Goianão do clube (2005).

    Depois, Alexandre e Paulo Ramos jogaram a Série C 2007 e participaram do acesso à Série B 2008, enquanto Tim se tornou diretor da base do alvirrubro.

    Quando receberam a notícia da morte de Paulo Ramos, no dia 1º de setembro de 2009, Alexandre e Tim se assustaram. O ex-jogador estava afastado de treinos e jogos no clube desde 2008. Isso era algo público, mas o impacto da morte dele foi forte para os colegas um ano depois. Eles contam que o ex-jogador nunca aceitou o fato de ser obrigado a encerrar a carreira jovem.

    "Foi um susto. Eu sabia que o Paulo (Ramos) decidiu fazer outros exames. Ele tinha alguns exemplos de jogadores que voltaram a atuar, como o Washington (artilheiro da Série A pelo Athletico-PR em 2004, com 34 gols, e outras passagens marcantes no futebol, que teve problemas cardíacos, fez uma angioplastia e implantou um Stent na artéria do coração para voltar a jogar).

    "No caso do Paulo (Ramos), fez outros exames que mostravam que a situação era grave", lembrou Tim. Segundo ele, a impressão que se tinha era que o companheiro de clube queria voltar a jogar.

    "Era (caso) grave, mas como ele (Paulo Ramos) nunca havia sentido nada, era difícil a ideia de parar de jogar tão jovem (23 para 24 anos), não acreditava nisso. Por isso, buscou outras alternativas após os exames (primeiro no clube e, depois, com o cardiologista Sérgio Rassi). Ele esperava outras possibilidades para voltar a jogar", citou Tim. Ele se assustou quando soube da notícia, pois imaginava que Paulo Ramos não estava mais atuando.

    Alexandre jogou com Paulo Ramos na base do Vila Nova e no time principal. Era um pouco mais velho que o habilidoso meia atacante e recorda que ele não aceitava a interrupção da carreira.

    "Foi muito triste (morte). Ele (Paulo Ramos) pegava carona comigo, até perto da casa dele. Fui jogar no exterior e quando voltei, em 2009, eu o encontrei num shopping pouco antes de morrer. Creio que cerca de uma semana antes. Ele me disse que voltaria a jogar. Foi a última vez que falei com ele", revelou Alexandre.

    Fifa e CBF exigem liberação para jogar em contrato

    As exigências em relação aos protocolos médicos e rigor com a realização de exames chegaram aos clubes. A morte de Paulo Ramos não foi um caso isolado e dela ficou o exemplo de que o departamento médico das equipes precisa ser rigoroso.

    Paulo Ramos havia sido diagnosticado com arritmia cardíaca no Vila Nova e não pode se manter na ativa como atleta profissional. Porém, buscou outras alternativas e arcou com os riscos no dia 1º de setembro de 2009.

    No Vila Nova, o médico Leonardo Mello explica que há uma sequência de passos a serem seguidos desde a chegada do atleta ao clube. "Temos um protocolo para admitir (contratar) o atleta. São feitos os testes cardiológicos: eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de esforço, os exames laboratoriais, nos quais podemos detectar alterações, se houverem", destacou.

    Leonardo Mello ressalta que a responsabilidade não é só do clube ou das entidades que organizam os torneios. O médico é quem autoriza o atleta a jogar. POPULAR procurou os outros clubes da capital, Atlético-GO e Goiás, mas não obteve resposta.

    "Isso é preconizado pela Fifa e CBF. Inclusive, vai na assinatura do contrato. Além do atleta e do presidente (do clube), nós (médicos) também assinamos o contrato dizendo que (o atleta) está apto à prática. Então, a responsabilidade é muito grande", afirmou Leonardo Mello.

    O profissional do Vila Nova explica que houve evolução no acompanhamento nos jogos e treinos e no atendimento, quando há necessidade de que sejam feitos.

    "Sempre temos a preocupação de ser o mais ágil possível. Acompanhamos todos os treinos, estamos nos jogos, temos o desfibrilador conosco, temos o suporte de duas ambulâncias, uma para cada equipe nos jogos", detalhou o médico do time colorado.