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Além de título da F1, Massa busca indenização de quase R$ 500 milhões

Piloto brasileiro tem dois objetivos: conseguir reparação para o automobilismo brasileiro e ser indenizado por tudo o que acredita ter deixado de ganhar

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 01:05

Ex-piloto da Fórmula 1, Felipe Massa integra o grid da Stock Car atualmente

Ex-piloto da Fórmula 1, Felipe Massa integra o grid da Stock Car atualmente
 (Divulgação/Stock Car/Site)

LUCIANO TRINDADE

Quando decidiu travar uma batalha na Justiça para ser reconhecido como o campeão de 2008 da Fórmula 1, Felipe Massa, 42, tinha dois objetivos: conseguir uma reparação para o automobilismo brasileiro e, não menos importante, ser indenizado por tudo o que acredita ter deixado de ganhar.

Bernardo Viana, advogado brasileiro que lidera a equipe jurídica de piloto no Brasil, estima que seu cliente tenha registrado perdas que podem ultrapassar os US$ 100 milhões (R$ 494 milhões). "É só a gente voltar atrás, olhar as informações sobre os aumentos de contratos de campeões, patrocínios e tudo o mais. Isso fora o ganho de imagem que ele teria", afirma à reportagem.

"Estamos falando de uma causa muito substancial", diz. "Mas, só para acentuar, o principal objetivo dele é esportivo."

Nesta semana, representantes de Massa enviaram notificações denominadas "preservation notices" para Ferrari, Renault-Alpine, ING (ex-patrocinadora da equipe francesa), Flavio Briatore, Pat Symonds e Steve Nielsen.

"Preservation notices" são requerimentos formais de preservação de documentos, usados para tornar o destinatário ciente de um litígio. A ação tem como meta evitar a destruição ou a modificação de documentos, neste caso relacionados ao GP de Singapura de 2008.

Engenheiro da Renault na época, Pat Symonds teria pedido a Nelson Piquet Jr., filho do tricampeão Nelson Piquet, que batesse o carro de propósito durante a corrida para beneficiar Fernando Alonso, seu companheiro na equipe francesa. A ação alterou a dinâmica da prova no momento em que Massa a liderava.

O desfecho da prova impactou, também, a decisão do Mundial, vencido por Lewis Hamilton por um ponto de diferença em relação ao brasileiro da Ferrari.

Flavio Briatore, que era o chefe da Renault, hoje é embaixador da F1. Pat Symonds trabalha na Formula One Management (FOM), braço comercial da categoria. Steve Nielsen tem cargo na FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

A presença desses nomes na F1 atual incomoda Massa. Sobretudo porque ele deu início à sua empreitada após uma recente entrevista de Bernie Ecclestone. Ex-chefão da F1, Ecclestone afirmou que ele, o então presidente da FIA, Max Mosley, e Charlie Whiting, que era diretor de provas, souberam do escândalo durante a temporada de 2008, mas optaram deliberadamente por não agir.

"Isso é muito grave", afirmou o piloto em recente entrevista à Folha, antes de apontar a declaração do ex-dirigente como um "fato novo" para tentar reabrir o caso na Justiça.

Embora tenha dito, também, que considera o brasileiro campeão de 2008, Ecclestone agora critica a ação do piloto. "O clã Massa só se preocupa com dinheiro. Mas as chances de isso acontecer são zero."

O brasileiro tem buscado apoio de figuras importantes do automobilismo, como membros da Ferrari, Nelsinho Piquet e até mesmo Hamilton. O que o piloto não entende, de acordo com seus advogados, é por que a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) ainda não se mobilizou.

"Essa inércia nos preocupa, esse silêncio da CBA, que deveria ser a principal interessada conosco. O que mais sofreu, além do Felipe, foi o automobilismo brasileiro, com a falta de investimento, a falta de patrocínio, tudo o que não aconteceu e poderia ter acontecido depois do título", argumenta Bernardo Viana.

"Nós esperamos e torcemos para que a CBA saia dessa inércia e atue de forma efetiva, não só de discurso, porque parte da função da CBA é representar nosso automobilismo."

Procurada pela reportagem, a entidade afirmou em nota que "o presidente [Giovanni Guerra] já manifestou seu apoio no âmbito da FIA --e junto ao próprio piloto-- exclusivamente na esfera esportiva". A ênfase no aspecto esportivo se justifica porque "a CBA e seu presidente não têm qualquer envolvimento, interesse e benefícios em eventuais pleitos econômicos, políticos e judiciais".

"O presidente da CBA considera legítimo e pertinente o pleito do ex-piloto da Ferrari. E, como esportista, o dirigente entende ser o brasileiro o verdadeiro campeão mundial de F1 de 2008", acrescenta o texto.

Não tem sido fácil para Massa ecoar sua luta no circo da F1, embora ele ainda atue como um dos embaixadores da categoria. Na última etapa, em Monza, ele foi orientado a não comparecer ao autódromo para evitar constrangimentos.

A categoria ordenou ainda a retirada de uma faixa colocada por torcedores ferraristas com a frase "Felipe Massa campeão de 2008". Isso se deu após os advogados do piloto terem enviado uma carta à F1 e à FIA, obrigatória no Reino Unido --onde teve início o processo-- antes do ajuizamento de uma ação judicial.

"Só consigo especular sobre o motivo. Mas, com certeza, ficaram com medo da pressão dos tifosi [como são conhecidos os torcedores da Ferrari], que, com toda a razão, pressionariam a F1, a Ferrari, a FIA, para fazer o que é certo", diz Viana.

Inicialmente, a FIA e a F1 teriam um prazo de 15 dias para responder à carta, enviada em agosto pelos representantes do brasileiro. As partes, no entanto, concordaram em estipular nova data, e as entidades terão agora até 12 de outubro para se manifestar.

Veja a íntegra da nota da CBA:

"Por princípio, tendo em vista que a razão de sua existência é o Piloto Brasileiro, é dever da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) apoiar incondicionalmente e dar suporte institucional a todo pleito dirigido à FIA por seus filiados e, neste caso, há uma motivação adicional de caráter pessoal [do presidente] em contribuir desportivamente com Felipe Massa.

Neste sentido, o presidente já manifestou seu apoio no âmbito da FIA - e junto ao próprio piloto - exclusivamente na esfera esportiva. Frise-se 'esportiva' porque a CBA e seu presidente não têm qualquer envolvimento, interesse e benefícios em eventuais pleitos econômicos, políticos e judiciais.

O presidente da CBA considera legítimo e pertinente o pleito do ex-piloto da Ferrari e, como esportista, o dirigente entende ser o brasileiro o verdadeiro campeão mundial de Fórmula 1 de 2008.

Destaca, porém, que tal posicionamento de forma alguma desmerece o piloto Lewis Hamilton, que exerceu sua atividade de forma competente e longe dos acontecimentos que geraram a discussão que ora se apresenta.

Apesar de Felipe Massa já ocupar um honroso lugar no pódio dos grandes ídolos brasileiros no automobilismo internacional, a hipótese de ser considerado oficialmente o campeão mundial de 2008 representaria um estímulo adicional às novas gerações de pilotos brasileiros que estão sendo formadas no kartismo e nas categorias-escola de monopostos, notadamente a Fórmula 4 e, complementarmente, seria auspiciosa manifestação de justiça.

Para além do campo esportivo e de cidadania, essa correção histórica, mesmo que tardia, representaria outro motivo de honra para a Gestão Giovanni Guerra, eleita em 15 de janeiro de 2021, uma vez que, de lá para cá, já pudemos comemorar os títulos mundiais de Kart (Matheus Morgatto), Fórmula 2 (Felipe Drugovich) e Fórmula 3 (Gabriel Bortoleto)."

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Virginia é condenada pela Justiça a indenizar seguidora que não recebeu óculos após compra

Na decisão, do Tribunal de Justiça do Paraná, os magistrados afirmaram que Virginia tem responsabilidade civil já que o produto estava vinculado ao seu nome.

Virginia Fonseca

Virginia Fonseca (Divulgação)

Uma seguidora processou Virginia Fonseca após não receber um óculos de sol que comprou quando a influenciadora fez uma publicidade em suas redes sociais.

Na decisão, do Tribunal de Justiça do Paraná, os magistrados afirmaram que Virginia tem responsabilidade civil já que o produto estava vinculado ao seu nome.

A consumidora adquiriu o produto por R$ 130,00 reais. Na argumentação, Virginia afirmou não ter responsabilidade pelo ocorrido e que apenas divulgou o óculos, que continha seu nome. A Folha de S.Paulo procurou a influenciadora por meio de sua assessoria de imprensa, mas não teve resposta.

"A atuação da influenciadora ultrapassou a mera promoção publicitária. A divulgação de um produto com o seu nome próprio implica a responsabilidade direta pela sua qualidade e entrega", disseram os juízes. No Instagram, Virginia tem 53 milhões de seguidores.

Uma empresa de hospedagem do site e um comércio de acessórios também foram condenados na ação.

A condenação é de R$ 2.000,00 reais, acrescido de juros e correção monetária.

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Fã de Goiás da Taylor Swift recebe indenização após show ser cancelado no Rio de Janeiro

Decisão foi emitida em segunda instância pelo juiz Claudiney Alves de Melo, conforme consta no documento

Taylor Swift no The Eras Tour

Taylor Swift no The Eras Tour (Reprodução/Redes sociais)

Uma fã do estado de Goiás da cantora americana Taylor Swift, recebeu uma indenização de mais de R$ 8 mil, definida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), após ter que arcar com gastos extras devido a cantora ter cancelado um show de última hora no Rio de Janeiro em novembro de 2023. A decisão foi emitida em segunda instância pelo juiz Claudiney Alves de Melo, conforme consta no documento.

A ação informa que a mulher teve diversas despesas extras, como o gasto com novas hospedagens e transporte para permanecer na cidade até a nova data do show.

Sobre o show

O show de Taylor Swift estava marcado incialmente para o dia 18 de novembro de 2023, mas em decorrência das fortes ondas de calor, a empresa desmarcou no mesmo dia, faltando poucas horas para o início do evento, o show da cantora.

No processo consta que a fã enfrentou longas filas e esperou por horas até ser avisada do cancelamento. Durante a longa espera, a mesma não teve nenhuma assistência da empresa responsável pelo evento.

Decisão

Com base nisso e na comprovação pela fã dos gastos extras, o juiz constatou que a mulher sofreu 'transtornos, frustrações e abalos psicológicos', sendo que ela não recebeu a devida assistência da empresa durante os fatos.

Dessa forma, foi estabelecida uma indenização no valor de R$ 5 mil pelos danos morais, além dos custos com as diárias extras de hotel, no valor de R$ 3.179,32 e R$ 240 pelo transporte, totalizando o valor de R$ 8.419,32.

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Botafogo celebra Libertadores e pinta Buenos Aires de alvinegro

Celebração oficial foi organizada pela Conmebol em um terreno a cerca de 5 km do Monumental de Nuñez, palco da decisão contra o Atlético-MG

Marlon Freitas, ex-jogador do Atlético-GO, ergue a taça de campeão da Libertadores

Marlon Freitas, ex-jogador do Atlético-GO, ergue a taça de campeão da Libertadores (Vitor Silva / Botafogo)

Eles já eram a torcida mais sonora e, na noite deste sábado (30), com o título da Copa Libertadores em mãos, os botafoguenses se reuniram em pontos turísticos de Buenos Aires para comemorar.

A celebração oficial foi organizada pela Conmebol em um terreno a cerca de 5 km do Monumental de Nuñez, a casa do River Plate que acolheu a partida, mas muitos torcedores buscaram os cartões-postais da capital argentina, como Porto Madero, para comemorar.

Bares e restaurantes no turístico bairro de Palermo ficaram repletos de camisetas branco e pretas. O local de comemoração da torcida mudou várias vezes. O Monumental é afastado dos pontos principais da capital argentina, e os botafoguenses só conseguiram deixar o estádio por volta das 20h, depois de o Galo esvaziar as arquibancadas.

O Obelisco, tradicional ponto de celebração dos argentinos, foi vetado pela polícia. O local já foi palco de acidentes envolvendo torcedores que terminaram em morte. Outra região de parque no bairro de Palermo foi descartada devido à dificuldade de acesso por ônibus.

Restou Porto Madeiro, a região de prédios comerciais e restaurantes colado ao rio da Prata que encanta turistas brasileiros e tradicionalmente lota nas noites de sábado.

Estabelecimentos de comércio e trabalhadores autônomos argentinos aproveitaram a movimentação --os taxistas e motoristas de aplicativo, por exemplo, passaram o dia transportando torcedores alvinegros. Nos restaurantes, o desafio era achar um que não tivesse clientes com camisas listradas branco e preto.

A glória inédita não foi trivial, desde o esforço de torcedores para chegar ao país vizinho para um duelo entre duas equipes brasileiras que fazia alguns argentinos torcerem o nariz.

Um dos que expressaram a frustração foi o porta-voz presidencial Javier Lanari: "Nada mais deprimente que assistir na TV à final da Libertadores entre dois times do Brasil e, ainda mais, na Argentina; completinho o combo", escreveu em seu perfil pessoal no X.

Não apenas o peso financeiro da viagem foi um desafio para muitos, como também a disponibilidade de voos diretos. Torcedores dos dois times brincavam que tinha sido necessário fazer muita baldeação para chegar, em referência às várias conexões aéreas.

"Irmão, eu cheguei a olhar voo fretado, um teco-teco, tamanho o desespero", dizia um torcedor do Galo na madrugada deste sábado no saguão do aeroporto de Florianópolis, enquanto esperava, com a torcida rival, o trecho final de sua viagem a Buenos Aires.

"Teve um [torcedor] que foi para o Peru! Depois Chile, para então chegar a Buenos Aires."

A caminho do Monumental de Nuñez (a pé, já que o trânsito e os bloqueios impediam a passagem de carros em dez quarteirões), mais de 30 ônibus que levaram a torcida brasileira se enfileiravam pela avenida Presidente Figueroa Alcorta. Boa parte dos que vieram por terra já partiriam na madrugada deste domingo (1º) para o Brasil.

O trânsito era intenso para uma tarde de sábado, e a maioria dos torcedores foi caminhando pelos parques portenhos. Os alvinegros mudaram a dinâmica da capital.

Na saída do estádio, torcedores do Galo caminharam pacificamente buscando uma rota de saída para chegar a hotéis, cafés e restaurantes.

No estádio, o espanto eram os preços. Garrafa de 600 ml de água ou refrigerante por 6.000 pesos (R$ 35 no câmbio oficial ou R$ 32 no "blue", o mais usado). Hambúrguer? 12.000 pesos.

É a alta dos preços na Argentina, consequência de um choque econômico que tem rendido louros a Javier Milei, mas que não deixa de desanimar nem a torcida mais vibrante.

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Gabriel Bortoleto é confirmado na Sauber e Brasil volta a ter titular na Fórmula 1 em 2025

Brasileiro está confirmado no grid e seguirá na equipe quando o time passar a se chamar Audi a partir de 2026

Gabriel Bortoleto está confirmado como piloto titular da Sauber na Fórmula 1 em 2025

Gabriel Bortoleto está confirmado como piloto titular da Sauber na Fórmula 1 em 2025 (Divulgação / fiaformula2)

O brasileiro Gabriel Bortoleto está confirmado como piloto titular da Sauber na Fórmula 1 em 2025 e seguirá na equipe quando o time passar a se chamar Audi a partir de 2026. Com isso, ele encerra um hiato de oito anos sem titulares do país na principal categoria do automobilismo, desde a aposentadoria de Felipe Massa em 2017.

Bortoleto completou recentemente 20 anos, e vem tendo uma ascensão meteórica nas categorias diretamente abaixo da Fórmula 1. Ele foi campeão da Fórmula 3 logo em seu ano de estreia, em 2023, e é atualmente o líder da Fórmula 2, com duas rodadas duplas para o final da temporada.

Seu nome passou a circular como um possível alvo da Audi no final de julho, e as conversas ganharam força com a grande performance do brasileiro no GP da Itália, quando ele venceu a corrida principal saindo da última colocação.

Mas havia um entrave, resolvido nas últimas semanas: Bortoleto era piloto da academia da McLaren, que o liberou para que ele pudesse ser anunciado ainda com o campeonato da F2 em andamento.

BORTOLETO TEVE UMA ASCENSÃO METEÓRICA NOS ÚLTIMOS 2 ANOS
O piloto não vinha de resultados tão expressivos nas categorias de base até assinar com a A14 Management, agência de Fernando Alonso, que passou a guiar sua carreira em setembro de 2022. Ele conseguiu um teste com a equipe Trident, foi bem, e garantiu sua vaga na F3.

Foi um campeonato cerebral, administrando a vantagem que tinha conquistado nas primeiras etapas do ano, sem cometer os erros e ter os altos e baixos que costumam marcar essas categorias em que os pilotos ainda estão se desenvolvendo.

Com o título e um bom projeto de patrocínio por trás, formando um pacote atrativo para qualquer equipe, Bortoleto conseguiu uma boa vaga também na F2, na Invicta Racing, além de ter entrado para o programa de jovens pilotos da McLaren.

Embora a Invicta fosse uma das melhores equipes do campeonato, ainda havia dúvidas quanto ao rendimento de cada equipe, já que a Fórmula 2 estreou um novo carro neste ano. Tanto, que pilotos que já estão garantidos na F1 em 2025 e que atualmente dividem o grid da F2 com Bortoletto - Ollie Bearman e Kimi Antonelli - que também correm por uma equipe forte, a Prema, nunca estiveram na disputa pelo título.

Bortoleto teve alguns problemas técnicos e azares no começo do ano, mas ao longo da temporada foi mostrando regularidade e cresceu no último terço do campeonato, saindo da etapa do Azerbaijão na liderança. Faltam rodadas duplas, no Qatar e em Abu Dhabi, e ele tem 4.5 de vantagem para o segundo colocado.

O plano de carreira inicial era fazer dois anos de F2, lutando pelo título logo de cara. O objetivo dele, Gabriel, era mais alto: emular Oscar Piastri, Charles Leclerc e George Russell e ser campeão como estreante na F3 e na F2. Até porque esse tipo de currículo não é ignorado pelas equipes de F1. Embora não tenha conquistado o título ainda, ele fez o bastante para que a Audi se interessasse.

NÃO DÁ PARA ESPERAR MUITO DA SAUBER
A Audi vem investindo pesado na equipe que continuará como Sauber até o final de 2025. A fábrica montada pelos alemães para fazer o motor da F1 de 2026 tem um nível de maquinário até superior ao das concorrentes. Porém, o desafio de competir de igual para igual com fabricantes com larga experiência na F1 é grande e não se espera que sua unidade de potência estreie no mesmo nível dos rivais.

O desafio não para por aí. A estrutura da própria equipe Sauber tem recebido atualizações, embora a fábrica não seja das mais acanhadas entre os times da F1. O que vem mudando, e muito, é a quantidade e qualidade dos profissionais que trabalham na equipe, uma vez que a Audi vem pinçando funcionários dos rivais, especialmente de times grandes.

À frente do projeto está Mattia Binotto, ex-chefe da Ferrari. E em 2026 chega Jonathan Wheatley, um dos responsáveis pelo sucesso da Red Bull, que vai voltar a se juntar ao chefe dos mecânicos, Lee Stevenson, que tem atraído outros ex-Red Bull para o time. Mas o próprio rendimento da equipe neste ano, sem nenhum ponto marcado, mostra que ainda há muito pela frente, o que espantou os pilotos mais experientes que foram procurados pelo time, especialmente Carlos Sainz.

No final, a equipe ficou entre contar com Valtteri Bottas por mais um ano para que ele ajudasse nesta fase de transição ao lado do também experiente Nico Hulkenberg, ou contar com um jovem. E optou por Bortoleto como uma aposta a longo prazo.