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Jogadores conheceram quadrilha das apostas após comprar tênis no Instagram

Moraes e Gabriel Tota declaram ao MP-GO que foram procurados por Victor Yamasaki Fernandes, réu nos processos oriundos da Operação Penalidade Máxima

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 00:30

Diligência do Gaeco em Goiânia no âmbito da Operação Penalidade Máxima

Diligência do Gaeco em Goiânia no âmbito da Operação Penalidade Máxima (MP-GO/Divulgação)

Dois jogadores envolvidos no escândalo de manipulação de resultados no futebol brasileiro declararam que não conheciam pessoalmente os apostadores que os levaram ao esquema. As declarações estão em depoimentos dos atletas ao Ministério Público de Goiás (MP-GO). Os vídeos dos depoimentos foram divulgados pelo UOL.

Gabriel Tota e Moraes, que ano passado defenderam o Juventude, conheceram a quadrilha enquanto compravam tênis pelo Instagram. "Quem me procurou foi o Victor, eu conheço ele como V.Y., conversei só pelo Instagram, sempre comprei roupas, tênis com ele, que ele vende, e quando falei por WhatsApp salvei como V.Y., que é o nome do Instagram da loja dele", disse Moraes, em depoimento ao promotor Fernando Cesconetto.

O Victor, no caso, é Victor Yamasaki Fernandes, também conhecido como Vitinho ou V.Y., que de acordo com o MP constituiu organização criminosa com outras cinco pessoas. Foi ele quem trouxe Gabriel Tota para o negócio. O jogador confirmou, em entrevista à promotora Gabriella Clementino. "O Vitinho me apresentou o Bruno (Lopez, que de acordo com o MP é o chefe da quadrilha)", disse Tota.

Assim como Moraes, Tota apontou que nunca viu o grupo pessoalmente. "Que eu saiba (o Vitinho trabalha) como vendedor de tênis, que é a loja que tem no Instagram. Sempre falei com eles por telefone, porque nunca tive contato pessoalmente nem com o Vitinho e nem com o Bruno", afirmou o ex-jogador do Juventude.

A atuação da quadrilha ao qual Victor fazia parte "visava ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas de futebol, de modo a garantir o êxito em elevada apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso", segundo palavras do Ministério Público na denúncia.

Victor foi quem intermediou a manipulação dos jogos Palmeiras x Juventude e Goiás x Juventude, pela Série A do Campeonato Brasileiro do ano passado, além da partida entre Caxias x São Luiz, pelo Campeonato Gaúcho deste ano.

Outro atleta que apontou nunca ter encontrado o grupo criminoso pessoalmente é Victor Ramos. O zagueiro virou réu no processo por ter negociado com os apostadores. "Doutor, não conhecia ele não. Não conheço pessoalmente, não tive contato com ele, somente foi em ligação, através de celular", disse o zagueiro.

O MP aponta que Victor Ramos, "de forma consciente e voluntária, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, aceitou a promessa de vantagem patrimonial indevida com o fim de alterar o resultado ou evento de competição esportiva entre Guarani x Portuguesa".

O atleta receberia R$ 100 mil para fazer um pênalti no confronto, mas ele não fez a ação. Como não foram encontrados outros jogadores que participassem da manipulação, o pagamento antecipado não foi feito ao zagueiro, nem a aposta no jogo em questão.

O QUE DIZEM AS DEFESAS
A advogada de Moraes, Cláudia Mendonça Noventa, disse que o jogador fez acordo com o MP e está arrependido. Ela ainda acrescentou que ele não é mais réu e não deve ser utilizado como bode expiatório, pois já prestou todos os esclarecimentos e vai aguardar a situação dele no STJD.

"Ele foi procurado pelo senhor Victor Yamazaki quando estava em um momento que precisava. Foram dois jogos que ele realmente aceitou, recebeu um sinal de R$ 5 mil contra o Palmeiras e R$ 20 mil contra o Goiás, mas nos lances dos jogos, se você assistir, vê que ele tomaria o cartão mesmo que não aceitasse o dinheiro", disse a advogada.

"O Moraes não fez parte dos grupos de WhatsApp dos atletas que ficavam comentando que tomariam os cartões. Ele foi contatado apenas pelo Victor Yamazaki e a conversa foi com ele. Fez errado, ele mesmo sabe que errou, hoje está cooperando com a Justiça, é um colaborador do processo", acrescentou Claudia.

A defesa de Victor Ramos, por meio do advogado Ivan Jezler, enviou uma nota dizendo que a " acusação não imputa a Victor a condição de integrante de organização criminosa, bem como não afirma ter o atleta praticado qualquer ato de execução com a finalidade de manipular a idoneidade e integridade do jogo. Objetivamente, o zagueiro jamais foi advertido com cartões, e não cometeu qualquer penalidade máxima em jogos que constituem o objeto da investigação".

Acrescentou que "a denúncia foi oferecida com base, apenas, em prints (capturas de tela) parciais de conversas travadas no WhatsApp. Ainda assim, as mensagens demonstram um contexto diverso, revelando reiteradas recusas do atleta em participar de qualquer manipulação desportiva, juntadas pelo próprio MP. Essa prova eletrônica ainda terá sua validade verificada judicialmente".

E finalizou apontando que "não houve aceitação ou recebimento de vantagem com a finalidade de manipular resultados ou provocar infrações. A defesa escrita do jogador será apresentada buscando sua absolvição sumária. Deve-se preservar a presunção de inocência de Victor Ramos e observar a sua história no futebol profissional, evitando as consequências irreversíveis de publicações que buscam condenações apressadas e antecipadas".

Tota, por sua vez, disse que não gostaria de falar nada no momento.

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Jogos do Goiás e do Flamengo estão entre os investigados por suspeita de manipulação dos resultados

Partida do time carioca aconteceu pela Série A, contra o Avaí, pelo Brasileirão de 2022. Esmeraldino é investigado em jogo contra o Goiânia, pelo Goianão de 2023

Modificado em 19/09/2024, 01:13

MP-GO já identificou 25 partidas suspeitas de tentativa de fraude no resultado

MP-GO já identificou 25 partidas suspeitas de tentativa de fraude no resultado (Cristiane Mattos / Staff Images Woman / CBF)

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou a 3ª fase da Operação Penalidade Máxima, nesta terça-feira (28), com finalidade de cumprir 10 mandados de busca e apreensão em Goiás e mais quatro estados. O objetivo é apurar possíveis fraudes em resultados de partidas de futebol.

Dentre os oito jogos que são alvo de investigação do MP-GO, nesta 3ª fase da Operação, chama a atenção as partidas envolvendo dois times da Série A do Campeonato Brasileiro: Goiás e Flamengo.

O confronto do Flamengo foi diante do Avaí válido pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro 2022, em que o Rubro-Negro foi derrotado no Maracanã por 2 a 1. No entanto, não há nenhuma especificação sobre qual o fato que está sendo observado pelos responsáveis da operação.

Já o confronto do Goiás foi diante do Goiânia válido pela 10ª rodada do Campeonato Goiano 2023, no qual o Esmeraldino venceu na Serrinha por 2 a 0. De acordo com os investigadores, o esquema fraudulento seria para que os jogadores do Galo Carijó garantissem que o Goiás sairia vencedor ao intervalo da partida. O clássico terminou com o placar de 2 a 0, com dois gols marcados ainda no 1º tempo.

Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima está na sua terceira fase e teve início em fevereiro deste ano, a partir de denúncia levada ao MP-GO pelo Vila Nova. A operação é feita por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI).

Os criminosos aliciavam jogadores profissionais com a promessa de altos valores financeiros. Em troca, os atletas se comprometeriam a receber cartões amarelos ou vermelhos, cometer pênaltis ou favorecer algum placar parcial na partida, visando o lucro dos envolvidos em sites de apostas esportivas.

O MP-GO já identificou 25 partidas suspeitas de tentativa de fraude no resultado, das quais 9 são da Série A do Campeonato Brasileiro, 7 são da Série B do Campeonato Brasileiro, 9 são de campeonatos estaduais (Mato-Grossense, Gaúcho, Goiano, Paulista e Paraibano).

Veja lista das partidas suspeitas:

Palmeiras X Juventude (10.09.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Juventude X Fortaleza (17.09.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Goiás X Juventude (05.11.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Ceará X Cuiabá (16.10.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Sport X Operário-PR (28.10.2022 - Série B do Campeonato Brasileiro)
Vila Nova x Sport (06.11.2022 - Série B do Campeonato Brasileiro)
Goiás x Goiânia (12.02.2023 - 10ª rodada do Campeonato Goiano)
Red Bull Bragantino X América-MG (05.11.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Santos X Avaí (05.11.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Botafogo X Santos (10.11.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Cuiabá X Palmeiras (06.11.2022- Série A do Campeonato Brasileiro)
Sampaio Corrêa X Londrina (05.11.2022 - Série B do Campeonato Brasileiro)
Chapecoense X Tombense (21.10.2022 - Série B do Campeonato Brasileiro)
Criciúma X Tombense (05.11.2022 - Série B do Campeonato Brasileiro)
Red Bull Bragantino X Portuguesa-SP (21.01.2023 - Campeonato Paulista)
Guarani X Portuguesa-SP (08.02.2023 - Campeonato Paulista)
Bento Gonçalves X Novo Hamburgo (11.02.2023 - Campeonato Gaúcho)
Caxias X São Luiz-RS (12.02.2023 - Campeonato Gaúcho)
Luverdense X Operário de Várzea Grande (11.02.2023 - Campeonato Mato-Grossense)
Avaí X Flamengo (12.11.2022 - Série A do Campeonato Brasileiro)
Náutico X Sampaio Corrêa (23.09.2022 - Série B do Campeonato Brasileiro)
Náutico X Criciúma (07.10.2022 - Série B do Campeonato Brasileiro)
Goiânia X Aparecidense (21.01.2023 - 4ª rodada do Campeonato Goiano)
Nacional X Auto Esporte (24.01.2023 - Campeonato Paraibano)
Sousa X Auto Esporte (15.02.2023 - Campeonato Paraibano)

Até o momento, as duas fases anteriores resultaram no oferecimento de três denúncias, todas já recebidas pelo Judiciário. Ao todo, 32 pessoas foram acusadas de integrar uma organização criminosa e praticar corrupção no âmbito esportivo.

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STJD pune nove atletas por manipulação e absolve três jogadores

Todas as condenações foram em primeira instância e cabe recurso ao Pleno do Tribunal

Modificado em 19/09/2024, 00:36

Alef Manga é réu no terceiro processo resultado de denúncia apresentada pelo MP-GO

Alef Manga é réu no terceiro processo resultado de denúncia apresentada pelo MP-GO (Thiago Ribeiro/AGIF)

Depois de mais de sete horas de julgamento, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) suspendeu mais nove atletas por envolvimento no caso de manipulação de resultados no futebol brasileiro. Outros três jogadores foram absolvidos pela 2ª Comissão Disciplinar. Todas as decisões foram em primeira instância e cabe recurso ao Pleno.

Em depoimento, o atacante Alef Manga confessou participação no esquema. Segundo provas obtidas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), o jogador aceitou receber um cartão amarelo em partida do Brasileirão de 2022 (era jogador do Coritiba) com a promessa de pagamento de R$ 50 mil, sendo R$ 5 mil antecipado. Ele recebeu o valor e informou que vai devolver ao MP-GO.

Por unanimidade, o atacante foi suspenso por 360 dias e multado em R$ 30 mil. Alef Manga estava no Coritiba e foi negociado, por empréstimo, para o Pafos, do Chipre. A CBF solicitou internacionalização das punições, mas não obteve retorno da FIFA. Portanto, a tendência é que ele possa atuar fora do País.

Os atletas absolvidos foram: Jesus Trindade, ex-Coritiba, Sidcley, ex-Cuiabá, e Pedrinho, ex-Athletico-PR.

Thonny Anderson, ex-Coritiba, não foi suspenso, mas recebeu punição em multa: R$ 40 mil. Ele possui contrato com o ABC, que está na Série B, e aguarda para saber se será reintegrado.

Dos atletas julgados nesta quarta-feira (9), o lateral esquerdo Igor Cariús já tinha sido julgado anteriormente pelo STJD. Foi absolvido na outra ocasião em primeira instância, mas, desta vez, foi punido com suspensão de 540 dias e multado em R$ 50 mil.

O julgamento desta quarta-feira (9) ocorreu na esfera desportiva. Sete atletas são réus no terceiro processo do MP-GO, oriundo da Operação Penalidade Máxima. São eles: Alef Manga, Sidcley, Pedrinho, Jesús Trindade, Dadá Belmonte, Thonny Anderson e Igor Cariús. Outros cinco jogadores assinaram acordos e não foram denunciados na esfera criminal na fase atual: Diego Porfírio, Nino Paraíba, Sávio, Bryan García e Vitor Mendes.

Confira as punições dos jogadores:

  • Nino Paraíba - punido 480 dias e multa de R$ 40 mil
  • Igor Cariús - 540 dias e multa de R$ 50 mil
  • Bryan Garcia - 360 dias e multa de R$ 30 mil
  • Diego Porfírio - 360 dias e total em multa de R$ 70
  • Alef Manga - 360 dias e multa R$ 30 mil
  • Vitor Mendes - 430 dias e multa de R$ 40 mil
  • Sávio - 360 dias e multa de R$ 30 mil
  • Dadá Belmonte - 720 dias e R$ 70 mil
  • Thonny Anderson - sem gancho, mas multa de R$ 40 mil
  • Os atletas absolvidos:

    Alef Manga é réu no terceiro processo resultado de denúncia apresentada pelo MP-GO

    Alef Manga é réu no terceiro processo resultado de denúncia apresentada pelo MP-GO (Thiago Ribeiro/AGIF)

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    Em depoimento no STJD, Alef Manga admite participação em esquema de apostas

    Jogador foi denunciado por ter aceitado receber um cartão amarelo na partida entre Coritiba e América-MG, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022

    Modificado em 19/09/2024, 00:57

    Alef Manga é réu no terceiro processo resultado de denúncia apresentada pelo MP-GO

    Alef Manga é réu no terceiro processo resultado de denúncia apresentada pelo MP-GO (Thiago Ribeiro/AGIF)

    O atacante Alef Manga, hoje no Pafos, do Chipre, admitiu que aceitou uma proposta para levar um cartão amarelo quando jogava pelo Coritiba - o episódio foi em 2022. A confissão foi feita por ele nesta quarta-feira (9), em depoimento ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

    O QUE ELE DISSE?

    Confissão: "Ele [Diego Porfírio] veio até mim no quarto, me chamou para conversar no corredor sobre voltar atrás para eu tomar o cartão amarelo. Veio conversar, eu falei que não queria fazer, não queria, não queria, mas depois acabei aceitando. Falou para mim que o rapaz ia depositar o dinheiro depois do jogo. Fomos para o jogo, aconteceu que eu tomei o cartão amarelo".

    Sem pagamento: "Depois da partida, ele me comunicou que tinha falado com o pessoal para que pudessem depositar o dinheiro. Ao longo da semana, não depositaram o dinheiro na minha conta. Falei com o Porfírio que eu queria o contato do rapaz para saber o motivo de não terem depositado".

    Arrependimento: "Eles começaram a insistir, depois no CT e no telefone, para que eu tomasse o amarelo contra o Corinthians, que o valor ia ser dobrado. Nesse caso eu falei que não queria fazer mais, estava muito arrependido pelo que fiz. Depois ele falou que, quanto mais ele juntasse jogadores para tomar cartão, ele ganhava mais dinheiro de comissão. Não sei o valor, eu não falei com os apostadores, não tive contato com ninguém. Foi de fato o que aconteceu".

    Devolução: "Estou aqui para deixar bem claro que estou à disposição de vocês para devolver o dinheiro".

    O CASO DE ALEF MANGA
    Alef Manga foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por ter aceitado receber um cartão amarelo na partida entre Coritiba e América-MG, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022.

    Os apostadores chegaram até o então atacante do Coritiba por meio de Diego Porfírio, que também atuava pelo Coxa na época. Pelo cartão amarelo recebido, Alef Manga recebeu R$ 45 mil.

    Após o vazamento de prints envolvendo o nome do atacante em conversas, o Coritiba afastou o jogador, mas acabou reintegrando o atacante após ele prestar depoimento ao MP-GO.

    Contudo, o cenário mudou depois da denúncia feita pelo órgão em julho, que foi aceita e tornou Alef Manga um réu no processo. O jogador voltou a ser afastado e, pouco depois, foi emprestado pelo Coritiba ao Pafos.

    Réu no processo por manipulação no futebol, Alef Manga pode receber uma pena do STJD. Até o momento, o órgão - que atua apenas no âmbito esportivo - eliminou quatro jogadores, suspendeu oito e livrou três.

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    STJD mantém eliminação de Ygor Catatau e altera punições de três atletas envolvidos em manipulação

    Quatro jogadores tiveram recursos julgados nesta quinta-feira (17) no STJD

    Modificado em 19/09/2024, 00:35

    Ygor Catatau teve pena de eliminação mantida pelo Pleno do STJD

    Ygor Catatau teve pena de eliminação mantida pelo Pleno do STJD
 (Divulgação/Sampaio Corrêa)

    O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva manteve a eliminação de Ygor Catatau, hoje sem clube, e fez alterações nas punições de três atletas em julgamento de recursos da Procuradoria e da defesa de atletas denunciados por terem algum tipo de participação no caso de manipulação de resultados no futebol brasileiro. Todos são ex-jogadores do Sampaio Corrêa, mas não permaneceram no clube neste ano.

    Ygor Catatau, que atuava no Irã e hoje está sem clube, teve a pena de eliminação mantida. No processo criminal acatado pela Justiça de Goiás e que serviu como base de provas para a denúncia oferecida pela Procuradoria do STJD, o atacante é identificado como intermediário no grupo de cinco jogadores que estavam no Sampaio Corrêa e teriam aceitado cometer um pênalti na partida contra o Londrina, na última rodada da Série B do ano passado.

    Todos os outros atletas punidos no julgamento em primeira instância pela 5ª Comissão Disciplinar, tiveram alterações nas penas no julgamento desta quinta-feira (13) no Pleno do STJD.

    Matheusinho, que pertence ao Cuiabá, e Paulo Sérgio, que tem vínculo com o Operário-PR, tiveram suspensões e multas reduzidas: de 720 dias para 600 dias e de R$ 70 mil para R$ 50 mil.

    O único que teve pena aumentada foi André "Queixo". Em primeira instância, ele recebeu multa de R$ 50 mil. O valor foi mantido, mas agora com acréscimo de suspensão de 600 dias.

    O quinto atleta envolvido foi Allan Godoi. O zagueiro, porém, foi absolvido em primeira instância e não teve recurso apresentado pela Procuradoria do STJD.

    Esse foi o último julgamento de recursos de atletas que já tiveram julgamentos no STJD após denúncias oferecidas pela Procuradoria.

    Veja abaixo todas as punições de atletas com algum tipo de envolvimento no caso de manipulação no futebol brasileiro entre 2022 e 2023:

  • Igor Cariús: absolvido
  • Allan Godói: absolvido
  • Ygor Catatau: eliminado do futebol e multa de R$ 70 mil
  • Gabriel Tota: eliminado do futebol e multa de R$ 30 mil
  • Matheus Gomes: eliminado do futebol e multa de R$ 10 mil
  • Romário: eliminado do futebol e multa de R$ 80 mil
  • Gabriel Domingos: suspenso por 720 dias e multa de R$ 80 mil
  • Moraes: suspenso por 720 dias e multa de R$ 55 mil
  • Matheusinho: suspenso por 720 dias e multa de R$ 70 mil
  • Paulo Sérgio: suspenso por 720 dias e multa de R$ 70 mil
  • André "Queixo": suspenso por 600 dias e multa de R$ 50 mil
  • Paulo Miranda: suspenso por 720 dias e multa R$ 70 mil
  • Eduardo Bauermann: suspenso por 360 dias e multa R$ 35 mil
  • Fernando Neto: suspenso por 360 dias e multa de R$ 15 mil
  • Kevin Lomónaco: suspenso por 360 dias e multa de R$ 25 mil