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Assessoria confirma shows de Gusttavo Lima no Pará após revogação de ordem de prisão

Modificado em 04/11/2024, 08:46

Assessoria confirma shows de Gusttavo Lima no Pará após revogação de ordem de prisão

(Divulgação Folhapress)

O cantor Gusttavo Lima, investigado sob suspeita de envolvimento em esquema de bets, tem dois shows marcados para este fim de semana no Pará. As apresentações ocorrem após revogação da ordem de prisão contra ele.

Na sexta-feira (27), ele se apresenta em Marabá e, no sábado (28), em Parauapebas.

"A agenda de shows está mantida", afirmou a assessoria de imprensa do cantor.

Nesta terça (23), o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, revogou a prisão do artista, afirmando que "as justificativas utilizadas para a decretação da prisão preventiva e para a imposição das demais medidas cautelares constituem meras ilações impróprias e considerações genéricas".

A ordem de prisão contra o cantor foi dada no âmbito da Operação Integration, feita pela Polícia Civil de Pernambuco. Iniciada em abril de 2023, ela investiga uma organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro e que teria movimentado quase R$ 3 bilhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023.

A influencer Deolane Bezerra também foi alvo da operação, e chegou a ser presa. Ela foi liberada nesta terça. As casas de apostas Esportes da Sorte e VaideBet também são investigadas.

A decisão do desembargador é válida apenas para a ordem de prisão preventiva - Gusttavo Lima segue investigado pela suspeita de ligação com as bets.

Na manhã de terça, a Polícia Federal tinha pedido a inclusão do cantor na difusão vermelha da Interpol. Ele já tinha sido incluído no Sistema de Tráfego Internacional. Com a revogação da prisão, ele deve ser retirado da lista.

A defesa de Gusttavo Lima disse, em nota, que recebeu a revogação da prisão com "sentimento de justiça".

"A decisão da juíza de origem [que decretou a prisão] estabeleceu uma série de presunções contrárias a tudo que já se apresentou nos autos, contrariando inclusive a manifestação do Ministério Público do caso", diz a defesa.

Ao decretar a prisão na segunda (23), a juíza de primeira instância Andréa Calado da Cruz apontou suspeita de que Gusttavo Lima teria dado guarida a duas pessoas investigadas na Operação Integration —José André da Rocha Neto (dono da VaideBet) e sua esposa Aislla Rocha— a ficarem fora do país, mesmo com mandado de prisão em aberto.
Gusttavo Lima viajou para a Grécia no início de setembro para comemorar o seu aniversário junto com amigos. Segundo o desembargador, o embarque aconteceu no dia 1º de setembro, e a ordem de prisão contra o casal foi dada no dia 3.

"Logo, resta evidente que esses não se encontravam na condição de foragidos no momento do embarque, tampouco há que se falar em fuga ou favorecimento a fuga", escreveu o magistrado ao justificar a revogação da prisão de Gusttavo Lima.

A juíza também apontou, na segunda-feira, que o cantor adquiriu participação de 25% da VaideBet, o que acentua, na visão dela, "a natureza questionável de suas interações financeiras".
Por sua vez, o desembargador Guilliod Maranhão entendeu, na decisão desta terça-feira, que isso "não constitui lastro plausível capaz de demonstrar a existência da materialidade e do indício de autoria dos crimes".

Geral

Quem era Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP encontrada morta na zona leste de SP

A mais velha de três irmãos, pesquisadora de 28 anos viveu toda a vida em Itaquera e tinha o sonho de visitar a Europa

Modificado em 20/04/2025, 13:54

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo (Reprodução/Redes Sociais)

A estudante e pesquisadora Bruna Oliveira da Silva, 28, foi a primeira de sua família a chegar ao ensino superior. Era estudiosa desde a infância na zona leste de São Paulo, seguindo os conselhos da mãe, que dizia: "quando você estuda, você não deixa ninguém te manipular".

Bruna foi encontrada morta na noite de quinta-feira (17) em um estacionamento na região da Vila Carmosina, na zona leste. Estava desaparecida desde domingo (13), quando foi de metrô do Butantã, na zona oeste, até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha.

Na estação, Bruna disse que não tinha como chegar em casa e que estava com pouca bateria no celular. Seu namorado então fez uma transferência de dinheiro para que ela pudesse pedir uma viagem por aplicativo para completar o trajeto. A partir daí, a família não teve mais notícias de Bruna.

Eu tenho certeza que ela morreu lutando, porque ela falava 'mãe, ninguém põe a mão em mim'", diz Simone Silva. "Ela tinha pavor desse tipo de coisa, de feminicídio. E dizia: 'temos que lutar por essa causa."

Ela era formada em Turismo na EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), conhecida como USP Leste. Recentemente, Bruna havia sido aprovada no mestrado no programa de pós-graduação em mudança social e participação política da mesma unidade. Em nota, a direção da EACH-USP lamentou a morte de Bruna.

Tinha dois irmãos mais novos ---um de 25 anos e outro de 12, este último do segundo casamento de sua mãe.

O último ano de Bruna na graduação coincidiu com a gravidez, aos 21. Ela pensou em pausar os estudos, mas a insistência da mãe a fez persistir. O filho, Iuri, era recém-nascido quando ela se formou. Hoje, tem sete anos.

Segundo a mãe, ela deu aulas de inglês em colégios particulares e também dava palestras, inclusive fora de São Paulo. Morou em várias casas e apartamentos, sempre na região de Itaquera.

Há cerca de cinco anos, passou a morar com o pai, numa casa que ele havia acabado de comprar com as economias de uma vida inteira do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Devorava livros e tinha paixão por viagens. A última foi para o Espírito Santo ---uma promoção de passagens aéreas e uma decisão impulsiva a levaram até lá. Simone só ficou sabendo quando Bruna enviou uma foto da praia.

Voltou encantada com as praias e alimentando a ideia de se mudar para lá. Seu grande sonho era atravessar o Atlântico e conhecer a Europa.

Com o passar dos anos, virou uma conselheira da própria mãe. "Ela falava para mim: 'não abaixe a cabeça para ninguém, não deixe ninguém machucar você'", conta Simone.

"Ela nasceu para sorrir. Se você pegar qualquer foto dela desde bebê, é sempre sorrindo."

A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte. Não há ainda informações sobre possíveis culpados ou o que teria ocorrido até a sua morte.

Geral

Motorista de caminhão que levou meia tonelada de cocaína com carga de melancias disse que iria receber R$ 20 mil

Em depoimento, o motorista afirmou a policiais que foi abordado com a oferta por dois suspeitos em um posto de Porto Nacional. Caso foi enviado para tramitar na Justiça Estadual

Modificado em 11/04/2025, 12:44

Operação em Fátima apreende 565 kg de cocaína escondidos em caminhão que transportava melancias (Divulgação/FICCO-TO)

Operação em Fátima apreende 565 kg de cocaína escondidos em caminhão que transportava melancias (Divulgação/FICCO-TO)

O motorista do caminhão que transportava mais 556 kg de cocaína junto com uma carga de melancias prestou depoimento à Polícia Federal (PF) e afirmou que receberia R$ 20 mil pelo transporte das drogas . A versão também foi informada a dois policiais que fizeram a abordagem no município de Fátima, na região central do Tocantins.

A apreensão aconteceu nesta quarta-feira (9) em ação realizada pela Polícia Federal, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO). A suspeita da polícia é de que a droga tenha entrado no Brasil de avião.

Além do motorista, de 37 anos, mais dois presos vão passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (10). Outras duas pessoas chegaram a ser levadas para delegacia, mas acabaram sendo liberadas. Os nomes não foram divulgados e por isso o Daqui não conseguiu contato da defesa deles até a última atualização desta reportagem.

Conforme o relato do motorista e dos policiais, o caminhoneiro saiu de Santa Fé de Goiás com a carga de melancia na segunda-feira (7) e deveria fazer a entrega na quarta-feira em Santa Izabel, no Pará.

Por volta das 11h de terça-feira (8), o motorista parou em um posto de Porto Nacional depois que o caminhão apresentou problemas mecânicos. Nesse momento ele foi abordado por dois homens, que chegaram em uma picape branca e ofereceram R$ 20 mil para ele fazer o transporte da droga.

Segundo o motorista, como estava com problemas financeiros, resolveu aceitar o dinheiro, que só receberia após entregar a grande quantidade de cocaína no destino.

Como acordo feito, os homens teriam levado o caminhão para ser carregado com a droga, mas não permitiram que o motorista fosse junto. Cerca de uma hora depois, teriam voltado e entregado o veículo ao caminhoneiro.

Durante a negociação os suspeitos não teriam dito ao motorista onde a droga deveria ser entregue, mas afirmaram que no dia seguinte, na quarta-feira, alguém entraria em contato para combinar o local.

O plano foi frustrado quando o motorista chegou em Fátima e foi abordado pelas equipes policiais que acabaram descobrindo e apreendendo a droga. Aos policiais ele contou que não conhecia os dois suspeitos que o abordaram e que não sabia a quantidade de droga que estava transportando.

Maços de dinheiro apreendidos durante oparação (Divulgação/FICCO-TO)

Maços de dinheiro apreendidos durante oparação (Divulgação/FICCO-TO)

Caso enviado para Justiça Estadual

A identificação do caminhão com as drogas contou com o apoio de diversas forças de segurança, entre elas do Grupo Especial de Fronteira de Mato Grosso (GEFRON/MT). Segundo a polícia, pelas características da embalagem, a cocaína pode ter sido produzida na Bolívia, Peru ou Colômbia .

Após pedido do Ministério Público Federal para que sejam decretadas as prisões preventivas dos suspeitos presos, a 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal no Tocantins declinou da competência e determinou que o caso fosse enviado para a Justiça Estadual dar andamento ao processo.

No caso, não restou minimamente evidenciada transnacionalidade do ilícito, uma vez que as drogas foram apreendidas no Município de Fátima/TO quando era transportada para local ignorado pelo condutor do veículo, tendo o delito, portanto, ocorrido dentro do território nacional", conforme destacou o juiz substituto Hallisson Costa Glória.

O caso foi enviado ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Porto Nacional. O Tribunal de Justiça informou que o motorista e os outros dois suspeitos passarão por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira (10).

Maior apreensão em 15 anos

Conforme informações da Polícia Federal, esta foi a maior apreensão de cocaína dos últimos 15 anos no estado. Também houve a apreensão de dinheiro em espécie, veículos utilizados na logística de distribuição dos entorpecentes, cinco armas de fogo de uso restrito e de uso proibido, incluindo pistolas e carabinas com numeração raspada e sem registro legal.

Os suspeitos foram conduzidos à Superintendência Regional da Polícia Federal no Tocantins, em Palmas, onde prestaram depoimentos.

Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, posse ilegal de armas de fogo de uso restrito e de uso proibido. As penas somadas podem ultrapassar 47 anos de reclusão.

Armas e munições apreendidas com suspeitos de tráfico internacional (Divulgação/FICCO-TO)

Armas e munições apreendidas com suspeitos de tráfico internacional (Divulgação/FICCO-TO)

Geral

Jovem desaparecida pode ter sido assassinada e queimada em fornalha de cerâmica pelo companheiro, diz polícia

Adair Gonçalves, de 53 anos, foi indiciado na conclusão da investigação da morte de Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos. Crime teria sido cometido após ela descobrir abusos contra as filhas

Modificado em 08/04/2025, 21:30

Homem preso pela Polícia Civil suspeito de matar ex-companheira (Polícia Civil/Divulgação)

Homem preso pela Polícia Civil suspeito de matar ex-companheira (Polícia Civil/Divulgação)

O inquérito que apura o desaparecimento de Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos, foi concluído com o indiciamento do empresário Adair Gonçalves, de 53 anos, pelos crimes de tortura, estupro, feminicídio tentado, feminicídio consumado e ocultação de cadáver. Ele teria matado a companheira e queimado o corpo na fornalha de uma cerâmica de sua propriedade.

A jovem desapareceu no dia 18 de agosto de 2023 em Guaraí, na região centro-norte do estado. A cerâmica passou por perícia após a Polícia Civil receber informações de que o corpo dela teria sido queimado no local, após a morte.

Adair foi preso preventivamente em março deste ano. Na época, uma testemunha disse que recebeu informações de que ele confessou a uma terceira pessoa que matou Míria.

A defesa do indiciado informou que recebeu o resultado do indiciamento com 'indignação e surpresa' e que 'serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair' (veja nota na íntegra no fim da reportagem).

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Possível motivação

O motivo do crime, segundo a polícia, seia porque Adair teria abusado sexualmente das filhas de Míria. Ela teria descoberto os abusos e isso levou o indiciado a matá-la. "Já ao final das investigações, fomos surpreendidos com essa nova informação [...] Nesse sentido, após os fatos terem sido descobertos por Míria, esta acabou sendo morta e com requintes de crueldade", explicou o delegado Joelberth Nunes de Carvalho.

Míria vivia com o indiciado e sofria violência física e psicológica. Ela já tinha tentado matá-la jogando-a de um carro em movimento, conforme a polícia.

"Chama a atenção a violência e brutalidade que teria sido empregada pelo autor com o intuito de causar violência física e psicológica na vítima, que era obrigada a praticar sexo contra sua vontade e, muitas vezes com outras pessoas, e de forma violenta", explicou Joerberth.

Além das agressões contra Míria, a polícia apurou que Adair também cometeu crimes semelhantes com outros mulheres e em diferentes cidades do Tocantins.

Os depoimentos que deu à polícia entraram em conflito, o que aumentou a desconfiança contra ele dentro da investigação. "Nas vezes em que foi instado a prestar depoimento, o indivíduo apresentou versões conflitantes que não condizem com a realidade dos fatos, o que nos motivou a intensificar as diligências investigativas com o intuito de descobrir as motivações para esses crimes bárbaros", disse o delegado Antonione Wandré, que também está à frente do caso.

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

A polícia recebeu informações que levaram às equipes a realizarem a perícia na cerâmica do suspeito na sexta-feira (4). O objetivo era buscar algum indício de que o corpo da jovem foi destruído no local.

Após ser concluído o inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais do caso.

Íntegra da nota da defesa

A defesa manifesta indignação e surpresa com o indiciamento do nosso constituinte, destacando a desnecessária espetacularização do caso, que tramita desde o início em segredo de justiça, mas tem cada andamento reportado em tempo real à mídia, talvez com o objetivo de atrair protagonismo a quem não conseguiu elucidar um suposto crime mesmo após mais de 2 anos de investigação. A equipe de defesa reforça que serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair. Vinícius Moreira, Wagner Nascimento, José Augusto Nascimento e Leonardo Almeida (advogados).

Geral

Suspeito de estuprar as filhas em Minas Gerais é preso no Tocantins após passar 15 anos foragido

Idoso supostamente cometeu os crimes contra duas adolescentes de 13 e 15 anos, em 2010. Prisão aconteceu em Araguaína, no norte do Tocantins

Modificado em 03/04/2025, 20:19

Suspeito foragido de Minas Gerais há 15 anos está preso em Araguaína

Suspeito foragido de Minas Gerais há 15 anos está preso em Araguaína (SSP/Divulgação)

Um homem de 72 anos foi preso por suspeita de estupro de vulnerável contra duas filhas. O suspeito estava foragido desde 2010 e foi preso nesta quinta-feira (3), em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Na época do crime, as vítimas tinham 13 e 15 anos.

Os crimes foram cometidos em Gurinhatã (MG) e o suspeito foi preso em Araguaína, norte do Tocantins, após compartilhamento de informações entre as Polícias Civis dos dois estados. O nome dele não foi divulgado, por isso o Daqui não teve acesso à sua defesa.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Vara Infância e da Juventude e de Precatórias da Comarca de Ituiutaba (MG). A prisão aconteceu no âmbito da Operação Protetor.

O homem foi levado para a Unidade Penal de Araguaína, onde permanecerá à disposição da Justiça mineira.